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Os cogumelos venenosos fizeram mais uma vítima mortal, uma mulher de 64 anos, e deixaram um homem em estado muito grave, desta vez foi na Torre, aldeia da freguesia e concelho do Sabugal.

Ludovina Martins, de 64 anos, e João Correia, de 65, emigrantes em França, mas e a passar férias e a tratar da terra, colheram e comeram cogumelos, o que foi fatal: a mulher não resistiu a uma disfunção hepática aguda e acabou por morrer segunda-feira nos Hospitais da Universidade de Coimbra. O marido está em estado grave.
Ao que tudo indica os cogumelos ingeridos eram da espécie amanita phalloides, muito venenosa. Comeram os cogumelos e fecharam-se em casa, onde estiveram dois dias a sofrer, até que pediram socorro aos vizinhos, que por vez chamaram o INEM.
O INEM deslocou-se imediatamente ao local e conduziu o casal ao centro de saúde do Sabugal, de onde seguiram para o hospital da Guarda e depois para Coimbra. Ludovina martins, em estado muito grave, não resistiu e faleceu, enquanto que João Correia ficou internado no serviço de Gastrenterologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde ainda permanece, sem estar fora de perigo, embora com prognóstico favorável.
O acontecido deixou os habitantes da Torre em estado de choque. Muitos não compreendem como se enganaram na colheita dos cogumelos, uma vez que o casal era apreciador e aparentemente conhecedor das espécies.
Com este caso na Torre, eleva-se para quatro o número de mortes provocadas por cogumelos venenosos nas últimas três semanas. Em finais de Outubro, em Peso da Régua, um casal e o filho morreram após ingerirem cogumelos da mesma espécie, amanita phalloides. O filho tinha 42 anos de idade, o pai 68 e a mãe 70.
O envenenamento por ingestão de cogumelos venenosos provoca a rápida falência do fígado, dos rins e do sistema nervoso. Em casos graves só o transplante hepático evita a morte.
plb

A pedido do presidente da direcção da Associação Cultural e Recreativa da Torre, José Joaquim Marques, publicamos a convocatória da Assembleia-Geral da Associação, que se realiza no dia 7 de Abril naquela localidade do concelho do Sabugal.

Associação Cultural e Recreativa da Torre«Convocatória
Ao abrigo do disposto no artº 8º dos Estatutos da Associação Cultural e Recreativa da Torre, convocam-se os sócios para a reunião ordinária da Assembleia Geral, a realizar no dia 7 de ABRIL de 2012, ás 21h00m, nas instalações sociais, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto 1 – Apreciação e votação das contas de exercício relativo ao ano anterior.
Ponto 2 – Outros assuntos com relevância para a Associação.
Ponto 3 – Redução de numeração do numero de Sócios
Ponto 4 – Informações.
Ponto 5 – Eleições
Se à hora designada não se encontrarem presentes o número mínimo de sócios para dar início à Assembleia, a mesma terá início passados 30 minutos, em segunda convocação, com o número de sócios que estiverem presentes.
O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
Drº Joaquim Esteves Saloio»

No próximo sábado, dia 17 de Setembro, a Associação Cultural e Recreativa da Torre (ACRT), vai reiniciar a sua actividade de ensino musical.

Associação Cultural e Recreativa da TorrePelo terceiro ano consecutivo adultos e crianças poderão frequentar as aulas de viola, órgão e acordeão na associação da Torre, freguesia do Sabugal.
José Joaquim Marques, presidente da direcção da ACRT, defende as virtudes desta actividade que a associação mantém, considerando que «a vertente musical do Atelier é diferente do ensino convencional musical, na medida em que não implica um estudo tão aprofundado como o exigem os conservatórios de Música, mas permite igualmente aprender música». Os métodos de aprendizagem seguidos são, na sua opinião, os mais apropriados, na medida em que «podemos aprender a tocar primeiro os instrumentos musicais e aprofundar a teoria depois».
A Torre é uma aldeia anexa à freguesia do Sabugal, de que dista sete quilómetros, cuja Associação local tem evidenciado uma actividade contínua em variadas vertentes, contribuindo assim para a dinamização da aldeia.
As inscrições para o Atelier de Música da Torre encontram-se abertas e os interessados poderão para o efeito contactar os responsáveis através dos telefones: 968961280 ou 963834623.
plb

Um CD em homenagem a Frei João Domingos, natural da Torre, Sabugal, e falecido em Agosto de 2010, está a ser vendido, em várias casas de material fonográfico de Luanda, capital de Angola, país de África onde prestou serviço religioso.

Frei João Domingos - Torre - SabugalIntitulado «Cristo, modelo de vida», o trabalho tem como protagonista a cantora angolana Pérola, a quem coube interpretar grande parte dos temas musicais.
Segundo uma nota divulgada pela Angop, agência de notícias angolana, o mentor do projecto foi o frade José Paulo, que incluiu no CD uma miscelânea de músicas com sermões de frei João Domingos emitidos durante os 28 anos de missão em Angola.
Com 13 canções, o disco traz mensagens de encorajamento e exaltação à fé cristã, assim como orientação para o seguimento de uma vida assente no amor ao próximo.
De acordo com Frei José Paulo, trata-se de uma «justa homenagem ao homem de fé e amigo da convivência sadia entre as pessoas».
Além da cantora Pérola, compõem o disco outras vozes como a de Frei Mário Rui, Irmã Filomena, cantora gospel Branca e coro da Escola de Música do Carmo.
O programa de homenagem a frei João Domingos, levado a cabo desde 7 de Agosto, compreendeu ainda a realização de uma sessão de cânticos de louvor no princípio da semana, no Cinema Atlântico, com a presença de vários convidados, com destaque para o cardeal D. Alexandre do Nascimento.
Em 28 anos de missão evangélica em Angola, além de promover a formação intelectual dos frades e da juventude angolana, através do Instituto de Ciências Religiosas de Angola (ICRA) e do Instituto Superior João Paulo II, frei João Domingos destacou-se pelas suas homilias nas missas onde conseguia tocar o sentimento dos angolanos.
A agência de notícias angolana considera que Frei João Domingos foi uma das vozes da Igreja Católica mais ouvidas, tanto pelos crentes, quanto pela população em geral.
Frei João Domingos nasceu em 1933, na Torre, concelho do Sabugal. Aos 18 anos entrou na Ordem dos Pregadores. Formou-se em Portugal e no Canadá, onde foi ordenado padre e fez o leitorado e a licenciatura em Teologia, em 1959 e o Mestrado, em 1968.
plb

O PSD alcançou um resultado histórico no distrito da Guarda elegendo três dos quatro deputados e alterando o tradição equilíbrio (2 e 2) entre os PSD e o PS. O PSD venceu em todos os concelhos do distrito da Guarda tendo alcançado no concelho do Sabugal 3472 votos (48,20%) contra 2004 (27,82%) do PS.

No círculo eleitoral da Guarda o Partido Social Democrata elegeu três deputados – Manuel Meirinho, Carlos Peixoto e Ângela Guerra – e o Partido Socialista apenas um deputado – Paulo Campos – ficando de fora, como grande derrotado da noite, José Albano que se posicionava em segundo lugar. O distrito da Guarda elege quatro deputados e tradicionalmente têm sido divididos entre os sociais-democratas e os socialistas.
Manuel Meirinho em declarações à agência Lusa considerou que a candidatura do PSD alcançou «um resultado histórico». O Partido Social Democrata, liderado pelo politólogo independente, alcançou 46,32 por cento dos votos, elegendo três deputados. Já o PS conseguiu 28,31 por cento dos votos e elegeu apenas um deputado, o que já não ocorria desde 1995, altura em que os dois partidos passaram a eleger dois deputados cada.
«É um resultado histórico para o distrito, que expressa o esforço feito numa campanha de proximidade junto das pessoas, séria e serena, muito transparente e muito sóbria», afirmou à Lusa Manuel Meirinho, eleito deputado pelo distrito da Guarda, tal como Carlos Peixoto e Ângela Guerra. Segundo Manuel Meirinho, os eleitores do distrito «preferiram a seriedade a uma campanha feita de forma agressiva e com algum vazio do ponto de vista das ideias» e garantiu que o partido trabalhou para obter «uma grande vitória».
Quanto ao facto de a lista distrital ter sido liderada por um independente, disse que a «mistura» de militantes e de independentes «mostra aos eleitores que os partidos são estruturas abertas».

ELEIÇÕES LEGISLATIVAS  –  5-6-2011
DISTRITO DA GUARDA

CONCELHO DO SABUGAL  –  FREGUESIA A FREGUESIA
Águas Belas Aldeia da Ponte Aldeia da Ribeira Aldeia S.António Aldeia do Bispo
Aldeia Velha Alfaiates Badamalos Baraçal Bendada
Bismula Casteleiro Cerdeira Fóios Forcalhos
Lageosa da Raia Lomba Malcata Moita Nave
Penalobo Pousafoles Quadrazais Quintas S. B. Rapoula do Côa
Rebolosa Rendo Ruivós Ruvina Sabugal
Santo Estêvão Seixo do Côa Sortelha Soito Vale das Éguas
Vale de Espinho Valongo do Côa Vila Boa Vila do Touro Vilar Maior

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jcl

Gerações e gerações a olhar do Vale lá para cima e a imaginar lendas, fazem deste rochedo um mito local. Fica na encosta que dá para o Vale Casteleiro / Castelo de Sortelha, mas do lado esquerdo de quem sobe. É um simples barroco. Mas, por ser tão imponente, sempre encantou as pessoas.

Quem não conhece o imenso e belo vale que liga a Serra da Vila (Sortelha) ao Casteleiro, nem vai imaginar do que falo. Mas quem conhece, vai gostar de ler.
Há muitos, muitos anos, nos tempos de antanho, houve uma lenda encantadora que incluía mouras encantadas e a certeza popular de um tesouro escondido debaixo de um rochedo enorme – o Barroco Riscado.
O penedo vê-se de quase todo o Vale. Na foto, fica à direita do campo observado.
Por este mesmo vale, mas do outro lado, corre a mítica Ribeira da Nave, tradicional fonte de fertilidade, com a sua água abundante e cristalina.
Nestes campos de todo o vale, milhares e milhares de pessoas labutaram, de geração em geração, produzindo o essencial do seu sustento.
Todo o Casteleiro e muita gente de Sortelha sempre viveram o Vale e os seus mistérios.
Olhar cá de baixo para o Castelo deve ter feito as delícias de toda a miudagem desde tempos idos. Da minha, na década de 50 do século XX, fez de certeza – e não acredito que eu fosse muito diferente, enquanto criança, dos miúdos deste local que viveram no tempo em que se usava a Calçada Romana como via de atravessamento do Vale ou dos que ali viveram na Idade Média, por exemplo.
Pois é neste Vale que o Barroco Riscado ganha proeminência de quase feitiço.
É no vale que a água que se bebia ou ainda se bebe se faz acompanhar de uma camada superior esverdeada, que na minha meninice o meu avô me garantia ser de urânio. E nada de estranho nisso, soube depois: as Minas da Bica são ali mesmo, do outro lado da encosta, e foram exploradas para a extracção de urânio pelos ingleses na II Guerra Mundial. Nada mais simples de entender do que os veios de água que percorrem a serra trazerem à mistura resquícios do famoso metal. E não se pode esquecer que nos anos 30 do século XX e até 1950, mais coisa, menos coisa, exploraram os mesmos ou outros ingleses na Serra da Pena, a poucos quilómetros, as Águas Rádium também famosas e muito bem publicitadas em jornais de Castelo Branco, por exemplo.
«Rádium» – radioactivas, radioactividade, urânio… estão a ver?
Pois volto ao Barroco Riscado, para terminar com uma história de encantar as crianças que nós éramos. O povo chamou-lhe «riscado» porque tem a meio, lá em cima, uma enorme fissura de lado a lado: por causa de algum abalo sísmico, de certeza.
Subi lá apenas uma vez, quando era um jovem dos meus 15 ou 16 anos.
Foi valente aquela aventura.
É preciso que saiba que no cimo daquela rocha há umas poças redondíssimas, seguramente em resultado da erosão do vento e da chuva, mas que a imaginação popular nos vendeu sempre como sendo os pratos em que comiam as mouras encantadas que viviam dentro do Barroco Riscado…
Por outra parte, contava-se que um dia um cavaleiro e o seu aio passavam pelo local e o nobre terá lido o seguinte numa inscrição feita na pedra: «Quem me voltar, grande surpresa há-de encontrar». Mais ou menos isto. Foram buscar reforços à aldeia e à vila e lá conseguiram virar o monstro do Barroco Riscado. Depois de virado, encontraram outra inscrição, que foi de facto uma surpresa: «Bem-haja quem me virou / Que já há tantos anos deste lado estou».
Imaginam a nossa cara de encanto e os nossos olhos de espanto, ao ouvirmos estas histórias, há 50 anos? Era o maravilhoso a impressionar-nos…
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes

No passado Domingo, dia 26 de Dezembro, o palco da Associação Cultural e Recreativa da Torre foi pequeno para os 20 alunos do atelier de música, onde demonstraram os seus dotes musicais, fruto da aprendizagem que têm vindo a desenvolver com o professor Jermela.

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Foi uma tarde muito bem passada, com os familiares e amigos emocionados e orgulhosos da excelência dos dotes, das capacidades e da enorme vontade de aprender (alguns a darem os primeiros passos) dos alunos da música.
Para os mais pequenos foi uma estreia nervosa, mas tocaram e cantaram as suas músicas com muita alegria. Os mais velhos apresentaram várias músicas, encantaram toda a plateia e deixaram a promessa de, para breve, pisarem outros palcos. Vontade não lhes falta e nós daremos todo o apoio possível para que os seus sonhos se realizem.
Nesta época festiva em que a aldeia quase duplica a população, no Domingo triplicou e demonstrou a todos que se aprende e que não são precisos muitos luxos para encantar.
Um feliz Ano Novo
Associação Cultural e Recreativa da Torre

A colocação na aldeia da Torre de uma escultura representativa de Frei João Domingos, da autoria do escultor Eugénio Macedo, foi a forma encontrada pelos habitantes para homenagearem o seu ilustre conterrâneo, falecido em Lisboa no dia 9 de Agosto deste ano, que se destacou no apoio às populações carenciadas de Angola.

A ideia da homenagem partiu de um familiar do Frei João Domingos, o senhor Olíbio Melro, que recebeu de imediato o apoio da população da Torre, que se prontificou a colaborar no financiamento da obra. O trabalho foi entregue ao escultor Eugénio Macedo, que colocou logo mãos à obra.
A escultura está quase concluída, pelo que se antevê a sua inauguração na primeira quinzena de Outubro. O monumento evocativo será colocado no largo da aldeia, defronte da porta da igreja.
Frei João Domingos Fernandes era membro da congregação dos padres dominicanos do Rosário e morreu vítima de um Acidente Cardiovascular Cerebral, deixando consternados os que o conheciam, sobretudo os habitantes da Torre, aldeia do concelho do Sabugal onde nascera há 77 anos e onde ia frequentemente.
Licenciou-se em Teologia, em França, e obteve o grau de Mestre no Canadá. Antes de ir para a Angola foi professor e director do seminário dominicano português, professor de filosofia no Centro de Estudos de Fátima e de Teologia na Universidade Católica de Lisboa. Chegou a Angola em 1982, para começar num projecto ligado aos padres dominicanos. Mais tarde, foi convidado pelos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé para reitor do Instituto da Ciências Religiosas de Angola. Foi ainda superior dos padres dominicanos em Angola e primeiro pároco da paróquia do Carmo, em Luanda. Fundou o Instituto Superior João Paulo II e o Centro Cultura Mosaico
Em 1998, foi agraciado com a comenda da Ordem Mérito do Estado Português.
O escultor Eugénio Macedo vem realizando diversos trabalhos, que se traduzem em monumentos que povoam e região, dentre os quais se refere o monumento ao imigrante no Meimão, a escultura de Agostinho da Silva em Figueira de Castelo Rodrigo, a estátua de D. Dinis em Alfaiates, as esculturas da Senhora da Graça e do Bombeiro no Sabugal.
plb

Morreu na madrugada de ontem, em Lisboa, o Frei João Domingos, natural da Torre, concelho do Sabugal, vítima de um ataque cardíaco. Completava nesse mesmo dia 77 anos de vida e encontrava-se doente desde Abril deste ano, altura que saiu de Angola para Portugal.

Frei João Domingos - Torre - SabugalO Frei João Domingos vai a enterrar amanhã, quarta-feira, dia 11, em Lisboa. Em vida o prestigiado Frei João Domingos pediu para ser enterrado onde morresse, para não dar trabalho aos irmãos da sua congregação.
Frei Domingos Fernandes adoptou o nome João Domingos depois de receber a ordem dos padres dominicanos. Antes de ir para a Angola foi director e professor no seminário dominicano português, professor de filosofia no Centro de Estudos de Fátima e de Teologia na Universidade Católica de Lisboa.
Chegou a Angola em 1982 a convite de Dom Zacarias Kamuenho, na época bispo do Sumbe, província do Kwanza Sul, para começar um trabalho ligado aos padres dominicanos em Angola. Mais tarde, foi convidado pelos bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé para ser o reitor do Instituto da Ciências Religiosas de Angola.
Licenciou-se em Teologia, em França, e possuía um mestrado na mesma área, obtido no Canadá. Foi superior dos padres dominicanos em Angola e primeiro pároco da paróquia do Carmo, em Luanda. Fundou o Instituto Superior João Paulo II e o Centro Cultura Mosaico.
Em Angola exerceu os cargos de reitor e docente de Doutrina Social da Igreja no Seminário Maior e no Instituto de Ciências Religiosas de Angola e foi ainda professor de Deontologia no curso médio de educadores sociais e doutrina social da Igreja e Direitos Humanos, no Seminário Maior de Luanda, e do curso de Educação Moral e Cívica e de Teologia Pastoral, no seminário Maior de Luanda.
Em 1998, foi agraciado com a comenda da Ordem Mérito do Estado Português.
Em memória do frei, que teve 53 anos de sacerdócio, celebra-se hoje uma missa na Paróquia da Nossa Senhora do Carmo, em Lisboa.
O religioso agora falecido era muito estimado na Torre, terra onde tem família, que visitava amiudadamente.
plb

O advogado sabugalense David Pina, falecido em Dezembro, foi esta terça-feira, 6 de Julho, homenageado pelo Rotary Club de Lisboa, do qual foi membro, através de um jantar em que a prelecção evocativa foi proferida pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa.

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A iniciativa aconteceu no Hotel Tivoli, em Lisboa, onde se juntaram dezenas de companheiros «rotarios», colegas advogados, magistrados, familiares e amigos de David Pina.
A sessão evocativa iniciou-se com o ritual próprio do clube, com a saudação às bandeiras. Depois actuou o coro do Tribunal da Relação de Lisboa (CORELIS), que interpretou um conjunto de canções que eram do gosto especial do advogado de Pousafoles do Bispo.
Após o jantar falou o professor Marcelo Rebelo de Sousa, que fez uma muito apreciada prelecção dedicada às muitas paixões de David Pina. E o professor de Direito, amigo e colega «rotario» do homenageado, evocou algumas dessas grandes paixões.
Desde logo a paixão pela família, pela mulher e pelos dois filhos. Também a paixão por aprender e por ensinar, o que o levou a percorrer muitas terras e muitas escolas, sempre em busca do saber. Foi um distinto pedagogo, que ensinou em Lisboa, Paris, Bruxelas, Toulouse, Grenoble, Lille, Bordéus, Genéve.
Viveu também a paixão pela sua profissão, a advocacia, e as muitas actividades a que se dedicou. Viveu como cidadão português e europeu, dedicado a inúmeras causas e inserido em diversos movimentos.
Teve um papel determinante em múltiplas associações nacionais e internacionais, em áreas como as da integração europeia, do Direito Europeu, do Direito Comparado, do Direito da Concorrência ou do Direito da Propriedade Industrial.
Convicto europeísta, foi autor de obras individuais e colectivas sobre o Acto Único, o Tratado de Roma ou a política regional como instrumento da integração europeia.
Marcelo Rebelo de Sousa, deixou sobretudo bem vincada a «paixão de viver» de David Pina:
«A paixão com que colocou o seu vasto saber e a sua capacidade de ensinar, de comunicar e educar ao serviço das causas sociais mais nobres, mais exigentes e mais dignas, como as da luta pelos direitos das pessoas, do combate à fome, à miséria, à pobreza, às injustiças sociais. Na resistência às ditaduras, às intolerâncias, às xenofobias, aos racismos. A paixão com que conduziu essas lutas, em todos os movimentos a que pertencia, sem desfalecimentos ou condescendências. A paixão com que fez da sua vida muitas vidas: marido, pai, amigo, companheiro, estudioso, professor, advogado, dirigente associativo, comunicador, autor, militante português e europeu, defensor de valores e batalhador pelos injustiçados e espezinhados.
Muitas vidas sabia tocar, com aquelas qualidades que distinguem as novas fileiras, qualidades que pude testemunhar, já lá vão quase 40 anos quando nos conhecemos na mesma escola de Direito e em mim nasceu uma irreprimível admiração pelo David Pina.
Era, como seria sempre, forte no carácter e vincado na postura. Era, como seria sempre, visceralmente bom no coração e visionário no temperamento. Era, como seria sempre, esclarecidamente líder na formação, mas extraordinariamente generoso.
Excessivo na dedicação aos outros – dava sempre mais do que recebia –, não conhecia limites de disponibilidade, de esforço, de entrega, sempre com a palavra amiga, com o humor rápido, com o humor bem português.»
Depois das efusivamente aplaudidas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, seguiram-se algumas intervenções de colegas e amigos de David Pina, dentre elas a de Joaquim Esteves Saloio, natural da Torre, concelho do Sabugal, amigo de sempre do homenageado, que o conheceu quando estudaram no Seminário do Fundão, onde primeiramente se prepararam para a vida. «Tenho a certeza que muito do que foi David Pina e que aqui nos foi magistralmente transmitido pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa, também se deveu ao que aprendeu no seminário», disse Esteves Saloio.
David Pina nasceu em 1943 em Pousafoles do Bispo. Licenciado em Direito, dedicou-se à docência e à advocacia, empenhando-se também em inúmeras causas sociais. O seu escritório de advogados, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, recebeu em estágio inúmeros jovens sabugalenses, que ali tiraram o seu estágio de advocacia. Foi fundador e dirigente da Casa do Concelho do Sabugal e era um homem que amava muito a sua terra e os seus conterrâneos.
plb

José Joaquim Marques nasceu há 39 anos no Sabugal. As voltas da vida levam-no até à Torre, anexa da freguesia do Sabugal, onde casou. Em 2003 é confrontado com o fecho do único café da aldeia e aceita o desafio de transformar as degradadas instalações da Associação num espaço mais acolhedor. Obra puxa obra e depois dos interiores foi tempo do parque de estacionamento, do palco das festas, do jardim infantil e da velha escola primária transformada em viveiro de vocações musicais. Há obra à vista na Torre.

José Joaquim Marques - Associação Torre

José Joaquim Marques tem 39 anos e é natural do Sabugal. filho de Maria José e José Marques Lindeza, naturais do Fundão, que vieram para o Sabugal estabelecer-se com a abertura da Auto-Mecânica. Casou com Gabriela Marques na Torre e em Agosto de 2001 foi nomeado mordomo das festas de Nossa Senhora de Fátima. Na altura aceitou com a condição da receita apurada na festa ser investida na Torre. E nasceu a Associação Cultural e Recreativa da Torre. Mais pormenores na primeira pessoa…
– Em Setembro de 2003 vim passar um fim-de-semana à Torre. Entretanto chegaram ao pé de mim três pessoas – ti Domingos, José Saloio, Manuel Galdério – pedindo-me para fazer alguma coisa pela Associação da Torre. «A Ti Adorinda vai fechar o café e nós não vamos ficar aqui com nada», disseram-me. A Associação já estava constituída e este espaço onde nos encontramos por detrás da velhinha escola primária estava abandonado mas era o sítio ideal para instalar um espaço de convívio com bar. Decidi ir falar com a ti Adorinda e perguntei-lhe – sei que vai fechar, quanto é que quer pelas cadeiras, pelas mesas, pelo balcão, pela máquina de café? – e ela confirmou-me que fechava no final do mês. Pediu-me 1000 euros por tudo. E logo ali fechámos negócio.
– Quando é que abriram?
– Falei com o João Susano e preparámos tudo para abrir provisoriamente logo em Outubro. No sábado fomos comprar bebidas, guardanapos, copos, etc., e no domingo no final da missa avisámos que o bar da Associação já estava em funcionamento. Até hoje.
– Vê-se muita obra feita. A recuperação do edifício da sede, o palco das festas, o jardim infantil, o estacionamento…
– Investimos todas as receitas do bar e as quota dos sócios em melhoramentos. A Escola Primária estava quase destruída e decidi ir ter com o Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Morgado, a solicitar-lhe apoio. O Presidente pediu-me um orçamento com a indicação do que pretendíamos fazer. Como o edifício era propriedade da Câmara Muncipal e da Junta de Freguesia do Sabugal entrámos em negociações e conseguimos que o edifício fosse considerado património da Associação.
– As actividades decorrem ao longo do ano?
– Temos 230 sócios e organizamos actividades ao longo de todo o ano. Fazemos a fogueira de Natal, as Janeiras, convívios, torneios de sueca, caminhadas, btt’s e passeios pelo país. Antigamente as pessoas de mais idade da Torre ficavam em casa mas agora já vêm até à nossa sede para beber um cházinho, para conversar com os amigos. Até por isso vale a pena este esforço.
– A escola de música é uma grande aposta?
– A escola de música surgiu por intermédio de uma das nossas directoras, a Claude, e da Sílvia, ambas cá da terra. Todos os sábados, das 14 às 18 horas, temos 32 alunos que vêm aprender com um professor de Vilar Formoso. Comprámos bombos para tentar criar um grupo de bombos. Estamos a trabalhar para o concelho. Não recebemos nada por ter cá a escola de música. O espaço tem sido utilizado, também, para exposições de artesanato em parceria com a Casa do Castelo de Natália Bispo.
– Que projectos tem o presidente da Associação para o futuro?
– Gostaria de ampliar a sede da Associação e fazer uma piscina para tentar fixar os emigrantes durante todo o mês de Agosto na aldeia. Mas muito do trabalho feito só tem sido possível com a ajuda do João Susano, o Nabais, o Domingos e todos os outros.
«Temos feito uma grande obra que muito nos orgulha. e para esta gente da Torre continuo sempre com forças para continuar», diz-nos a terminar José Joaquim Marques, presidente da Associação Cultural e Recreativa da Torre.
jcl

À fala com… José Joaquim Marques, presidente da Associação Recreativa e Cultural da Torre.

GALERIA DE IMAGENS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL RECREATIVA DA TORRE
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Tal como aconteceu no ano passado, a população da Torre festejou com muita alegria o Natal e a chegada do Ano Novo 2010.

Sendo uma época em que todas as terras do concelho recebem os emigrantes e imigrantes, a Torre também recebeu, este ano muitos emigrantes de França para quem desejamos que tenham tido uma boa viagem.
Como todos os anos em todas as aldeias existe a tradição do Madeiro e a Torre, não foge à regra, com a sua fogueira de Natal, mas nessa noite estava muito frio as pessoas refugiaram-se na associação, estando um pouco mais acolhedor.
No domingo a seguir ao Natal houve um sócio que ofereceu uma feijoada de javali e na segunda-feira outro sócio ofereceu um borrego e o nosso director «cozinheiro» fez um belo guisado para todos os sócios que estavam presentes.
Porque nesta época o S. Pedro é amigo de todos com o aparecimento da neve, houve alegria e as brincadeiras das gentes da terra.
Pelas 19 horas começaram a chegar às instalações as pessoas que estavam inscritas, para passagem de ano, cerca de 60 pessoas.
Foi servido o jantar: uma sopa de galinha, bacalhau à braz e lombinhos de porco com cogumelos.
Para além das entradas houve também uma grande variedade de sobremesas, e para acabar um café e o digestivo.
À meia-noite foi servido o tradicional Bolo-Rei acompanhado pelo Champanhe e as passas de uvas, com votos de muita saúde e paz para o ano 2010.
A festa continuou pela noite dentro com um bailarico feito com aparelhagem de som.
A Direcção da ACRT agradece a todos os sócios que participaram nesta actividade e que a ajudaram a organizar, permitindo-nos proporcionar à gente da nossa terra alguns momentos de confraternização que é sempre saudável e em especial na época natalícia, um muito obrigado a todos e Próspero Ano Novo 2010.
acrt

Continuando a analisar as fotografias do Cortejo de Oferendas, realizado no Sabugal, em 1947, a favor do Hospital do Sabugal, eis hoje a representação da Torre.

Cortejo de Oferendas -  1947 - Torre

Joao Aristides DuarteA Torre é, hoje, uma localidade anexa do Sabugal, tal como era em 1947.
A representação da Torre está a desfilar junto à tribuna, onde se encontravam as altas individualidades da época.
Antes da Torre, termina o seu desfile o Soito (com a Banda Filarmónica a fingir, já motivo de crónica anterior).
A Torre apresenta um Rancho de raparigas, algumas ainda bastante jovens, que vão vestidas com saias à moda antiga e levam (algumas) um lenço ao pescoço.
A multidão que rodeia as participantes da Torre é imensa. Quase não há espaço para poderem executar a sua dança de roda.
Algumas das raparigas da Torre estão a tocar adufe e outras usam um chapéu de palha de aba larga, na cabeça.
Atrás (já depois do cartaz onde está escrito o nome da localidade) surgem umas mulheres com mais idade e vestidas com xaile preto.
«Memória, Memórias…», opinião de João Aristides Duarte

akapunkrural@gmail.com

Ao sétimo dia de campanha o ex presidente da Câmara e actual presidente da Assembleia Municipal, António Morgado, juntou-se à comitiva socialista e tomou a palavra para defender o voto em António Dionísio.

morgadoAntónio Morgado acompanhou no dia 5 de Outubro, a campanha do Partido Socialista, tomando mesmo a palavra nos comícios realizados nos Fóios, em Vale de Espinho, Quadrazais e na Torre. O actual presidente da Assembleia Municipal, eleito nas listas do PSD, que desta vez não é candidato, explicou as razões porque decidiu apoiar a candidatura de António Dionísio e teceu duras criticas à maioria que governa o Município.
«Nestas eleições não há motivos para votar a pensar nos partidos. Devemos pensar antes nas pessoas, e a pessoa que melhor pode representar o concelho e fazer um mandato válido é o António Dionísio. Por isso lhe dou o meu apoio», justificou o ex-presidente da Câmara, que decidiu envolver-se directamente na campanha autárquica sabugalense.
António Morgado, pediu mesmo desculpa aos sabugalenses por ter apoiado a equipa que constitui o executivo actual, afirmando ter-se enganado redondamente ao acreditar que a mesma estava à altura das exigências: «mostraram-se incapazes, e nada digno de registo fizeram durante estes quatro anos, pelo que não merecem ser eleitos para um novo mandato».
Na Torre, a sua terra natal, António Morgado fez o discurso mais eloquente, pedindo aos seus conterrâneos que votem na mudança.
António Morgado já tinha dado sinais de apoio à candidatura do PS, nomeadamente quando em Agosto apareceu ao lado de António Dionísio no Festival «Ao Forcão Rapazes» e quando marcou presença na apresentação das listas de candidatos do PS no dia 20 de Setembro. Porém esta aparição na campanha socialista ultrapassou as expectativas.
plb

Na noite do dia 21 de Junho de 2009, a Associação Cultural e Recreativa da Torre (ACRT) celebrou o S. João com uma sardinhada oferecida aos sócios e amigos da colectividade.

Associação Cultural e Recreativa da TorreOs convivas começaram a chegar pelas 20 horas e desde logo se colocaram os assadores a postos, com as sardinhas devidamente alinhadas. Depois de prontas para serem degustadas, as inicialmente previstas revelaram-se poucas e tiveram de ser reforçadas, por fim, o caldo verde, bem no ponto e preparado por algumas das associadas.
Outrora a Torre tinha por tradição fazer a fogueira do S. João, fogueira essa com reminiscências nas festas pagãs do solstício do Verão (que coincide com o começo da Estação), a queima era de rosmaninho, e esta também era realizada nas várias habitações, era uma forma de purificar as casas depois do longo Inverno e o fumeiro associado ao mesmo.
A ACRT tem ainda como novidade a instalação da internet, na sede da Associação, iniciativa desta com a colaboração levada a cabo pela Junta de Freguesia do Sabugal, o que permite aos associados estarem em comunicação com o mundo, nomeadamente com os vários associados residentes em muitos países estrangeiros (desde a França, Alemanha, Canadá e até Angola). Está para breve a criação de uma página da ACRT e ainda um e-mail à mesma associado, um grande bem haja à Junta de Freguesia que permitiu este benefício.
Há ainda que salientar a construção de um pequeno parque infantil, junto da sede da Associação, parque esse que se destaca pelas suas cores vivas e que permitirá às crianças tempo de divertimento, ainda que sejam escassas as habitualmente residentes.
Para melhoria do espaço ocupado pela Associação, a mesma recuperou uma nora que existia no «terreiro» da antiga escola primária, nora essa que foi colocada em destaque num pedestal em forma de poço com iluminação própria.
Continuamos a contar com todos os associados e amigos para fazer mais e melhor pela Torre, muito obrigado
José Amaral Marques

Na noite de 24 de Janeiro, reuniram-se na Associação Cultural e Recreativa da Torre um conjunto de pessoas entre os 8 e os 70 anos de idade, munidos de acordeões, violas, pandeiretas e realejos. Afinaram as vozes e com pouca mestria, mas muita força de vontade, assim se iniciaram as cantorias e o cortejo.

As portas das habitações abriam-se com contentamento, enquanto o grupo assim cantava:

Boas festas, boas festas
Nós aqui as vamos dar
Janeiras na Torre Às senhoras desta casa
Se as quiserem aceitar

Somos os Jovens da Torre,
Foi Natal e agora Reis,
Vimos pedir as janeiras
E as esmolas vós dareis

Levante-se lá minha Senhora
Desse banco de cortiça
Venha dar as Janeiras
Ou morcela ou chouriça

A população respondeu com entusiasmo e oferendas, desde chouriços, morcelas, rebuçados, chocolates e até alguns Euros. Do Deus «Juno», a quem se deve os nome de «Janeiro», ninguém se lembrou, mas o espírito da mitologia romana devida ao mesmo, foi devidamente cumprida, pois as “Janeiras”alegraram o povo da Torre e é também muita a alegria de ver como nem sempre a tradição já não é o que era.
Roucos os cantores, mas com alegria na alma e vontade de repetir nos «Janeiros» vindouros, seguiram, então, os convivas e quem aos mesmos se juntou no cortejo, para a Associação, onde puderam saborear alguns dos petiscos dados, devidamente regados, mas já invocando outro Deus, este grego, «Baco» de seu nome.
A Associação agradece a toda a população da Torre.
José J. Amaral Marques

À semelhança do ano passado, a população da Torre festejou com muita alegria o Natal e a chegada do Ano Novo 2009.

Associação Cultural e Recreativa da TorreSendo uma época em que todas as terras do concelho recebem os emigrantes e imigrantes, a Torre também recebe, com um menor número (não se sabe o porquê), mas o convívio foi grande entre as pessoas da terra.
A Associação teve o seu belo cabaz de natal, guarnecido com as mais diversas iguarias, que saiu a um sócio compatriota da terra, o senhor António Lousa.
Como todos os anos em todas as aldeias existe a tradição do Madeiro e a Torre, não foge á regra, com a sua fogueira de Natal.
A passagem de ano foi organizada pela Associação Cultural e Recreativa da Torre, com a colaboração das sócias Fátima Nabais e Dina Nabais.
Pelas 19 horas começaram a chegar às instalações as pessoas que estavam inscritas, cerca de 40 pessoas.
Foi servido o jantar: o bacalhau e lombinhos de porco.
Para além das entradas também uma grande variedade de sobremesas, confeccionadas e trazidas pelos sócios participantes.
À meia-noite foi servido o tradicional Bolo-Rei acompanhado pelo Champanhe e das passas de uvas, com votos de muita saúde e paz para o ano 2009.
A festa continuou pela noite dentro com um bailarico feito com aparelhagem de som.
Como a comida e a alegria abundaram neste ultimo dia do ano 2008, o saudável convívio repetiu-se na ACRT no dia seguinte.
A direcção da ACRT agradece a todos os sócios que participaram, nesta actividade e que a ajudaram a organizar, permitindo-nos proporcionar à gente da nossa terra alguns momentos de confraternização que é sempre saudável e em especial na época natalícia, um muito obrigado a todos e Próspero Ano Novo 2009.
José J. Amaral Marques

As refeições para degustar a gastronomia das terras raianas estão marcadas para o RaiHotel no Sabugal (sexta-feira à noite), restaurante Beto Martins no Soito (sábado ao almoço), restaurante Robalo (sábado à noite) e Trutalcôa no domingo com o almoço de encerramento da concentração. No sábado ao final da tarde o lanche está marcada para Albergaria de Argañan, um gentil convite do Alcalde Narciso. Vamos definir, agora, o programa de sábado à tarde.

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Após o almoço no Restaurante Beto Martins os participantes na concentração reúnem-se no parque da Praça de Toiros do Soito de onde será dada a partida para uma prova de regularidade respeitando as velocidades legais, com saída de minuto a minuto, em direcção a Aldeia da Ponte unindo os dois redondéis das festas taurinas arraianas.
Partida do primeiro carro prevista para as 15 horas. Passagem pela Nave (15.10-15.15), Alfaiates (15.20-15.30), Aldeia da Ponte (15.45-16.15).
Após o agrupamento do último concorrente os carros rumam ao parque de estacionamento da Sacaparte onde terá lugar a partir das 17.00 horas uma prova de slalom com entrada livre para todos os que quiserem ver mais de perto as máquinas a acelerar em parque fechado.
Após a «brincadeira» que tem como objectivo a confraternização entre todos os participantes será tempo de rumar a Albergueria de Argañan onde, a convite do Alcalde Narciso, terá lugar um lanche à moda da Espanha.
No final do dia o regresso dos carros será feito por Alfaiates, Soito, Ozendo, Torre e Sabugal.
O jantar está marcado para saborear os petiscos na brasa do João do Resturante «Robalo».
A noite é livre. Os participantes na concentração vão receber um voucher oferecido pelos estabelecimentos «O Bardo» (Largo do Castelo) e «Bravo’s Bar» (no centro do Sabugal) que apoiam o evento para visitarem os respectivos bares e onde poderemos escutar mais de perto todas as peripécias do primeiro dia.
Fim da segunda etapa.
jcl

Mantendo a tradição realizou-se por iniciativa da Associação Cultural e Recreativa da Torre um churrasco para todos os associados, familiares e população da Torre. O convívio ocorreu no dia 10 de Agosto, antecedido de uma Assembleia Geral de apresentação de contas e debate de pontos de interesse associativos.

Associação da TorreO churrasco consistiu num porco assado no espeto, no momento, pela firma «Soares», de Castelo Branco. O bicho encontrava-se com um excelente tempero e boa assadura, e pouco sobrou, sendo inúmeras as pessoas presentes. A Associação providenciou ainda pão, bebida variada e fruta no final.
A festa realiza-se nesta data para permitir o convívio dos muitos emigrantes naturais da Torre, ou com raízes nesta, e que se deslocam em Agosto. Muito tem contribuído a Associação pelo são convívio da população da Torre, dada a inexistência de qualquer outro local onde as pessoas se possam encontrar, beber uns copos, falar das suas vivências ou alheias, jogar às cartas, snooker, matraquilhos ou ping-pong.
Tendo em vista prosseguir com os melhoramentos que a Associação tem levado a cabo, este ano, conseguiu, com o dinheiro angariado, construir um palco digno de concertos de envergadura.
A Associação agradece a todos os associados e amigos da Torre que muito têm contribuído para que se continue no bom caminho, em especial as pessoas que ao longo do ano mantêm a Associação viva.
Um grande obrigado e que forças e vontade haja para continuar.
Joaquim Marques (presidente da Direcção)

No passado dia 9 de Agosto comemoraram-se na Igreja da Torre, concelho do Sabugal, as bodas de ouro sacerdotais do Frei Dominicano João Domingos da Ordem dos Pregadores. As cerimónias coincidiram com a data de aniversário do homenageado que nasceu há 75 anos no dia de São Domingos.

Homenagem a Frei João DomingosA Eucaristia de Acção de Graças decorreu na Igreja da Torre, concelho do Sabugal, pelas 12 horas, presidida por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, e acompanhado pelo Provincial Frei José Nunes, frei Pedro Fernandes (irmão do frei João), frei Bernardo Domingues, frei Miguel dos Santos, padre Hélder, padre Souta (anterior pároco do Sabugal) e diácono António Lucas Fernandes.
A cerimónia foi seguida de um almoço-convívio organizado pela família que contou com a presença de cerca 170 pessoas entre familiares e amigos.
No final da refeição foram projectadas fotografias e o percurso de Frei Domingos e lido um texto baseado numa entrevista efectuada por uma aluna do ICRA ao homenageado.
A homenagem contou ainda com a presença do Cónego Pereira de Matos (Vigário Geral da Diocese da Guarda) e do Padre José Júlio.
Frei João Domingos fez nesse dia, precisamente, 75 anos, tendo nascido com o nome de Domingos Fernandes, numa aldeia chamada Torre, do concelho e paróquia do Sabugal, distrito da Guarda. O nome foi-lhe dado por ter nascido perto do dia de S. Domingos.
No seio de uma família da classe média, agricultores e pastores, cresceu com os valores do catolicismo. A ida à missa, à catequese e a oração do terço ao final do dia na igreja, faziam parte do seu quotidiano. Com os pais, cuja convivência era pacífica e fiel, aprendeu a verdade e honestidade, a franqueza e confiança.
O início do seu caminho pela vida religiosa começou a desenhar-se em 1946, após o exame da 4.ª classe, com a vinda de uns padres dominicanos da Ordem dos Pregadores que realizaram exames de admissão ao seminário. A Ordem tinha um Seminário Menor, perto de Fátima, onde ministrava o curso liceal. Fez o exame e foi aprovado. Recebeu o nome de João, na tomada de hábito em 1951, a 7 de Setembro, nome religioso que o ligava à Ordem dos Pregadores ou Dominicanos. A partir daí foi sempre chamado por Frei João Domingos.
Em Julho de 1955, o Superior, um padre dominicano canadiano, chamou-o e perguntou-lhe se estava disposto a ir para o Canadá estudar teologia durante 4 anos. Respondeu afirmativamente, fez os votos solenes (perpétuos) e partiu.
Durante esse período, para além do estudo, ajudou muitos emigrantes portugueses no Canadá, a maior parte deles vindos dos Açores, que tinham dificuldade com a língua. Ajudou-os na Emigração, no Ministério do Trabalho, com o preenchimento de papéis e mudança de contratos de trabalho.
Trabalhou, posteriormente, na América, três meses por ano, durante 23 anos, num Centro de Atendimento e Aconselhamento, aprendendo muito com as pessoas e, sobretudo, com os psicólogos e psiquiatras com quem trabalhava, para ajudar as pessoas a resolverem os seus problemas.
Em França, esteve no ano de 1968, ano do ressurgimento da juventude na Europa. Passou por Paris e outras cidades, mas foi em Estrasburgo que passou um ano escolar inteiro, onde vivia com os dominicanos e estudava na Faculdade de Teologia. Celebrava, também, missa numa Escola de Reeducação de Jovens e numa igreja onde se reuniam os emigrantes portugueses.
Em Portugal, trabalhou oito anos no Seminário dos Dominicanos em Aldeia Nova, sete dos quais como Director. Passados, esses 8 anos, foi Superior do Convento dos Dominicanos em Fátima onde ajudou a criar, um Centro do Estudos, aberto a seminaristas e jovens, rapazes e raparigas, novidade que, na altura, nem toda a gente aceitou bem. O centro conta hoje com mais de quatro mil estudantes.
Em 1975 voltou ao Canadá onde estudou durante um ano. Regressou em 1976 e foi viver em Lisboa na Casa dos Dominicanos em Benfica. Foi nomeado Director do ISTA (Instituto de Teologia São Tomás de Aquino) e começou a dar aulas de teologia na Universidade Católica de Lisboa. Nesse tempo, desempenhou, simultaneamente, outras funções, como: pregação e animação das pequenas comunidades religiosas de padres e irmãos operários, inseridas nos bairros de Lisboa e Porto e nas aldeias do Interior.
Em 1981 iniciou o seu percurso no país em que permanece até hoje, 2008, Angola. O projecto dos Dominicanos em África inclui o trabalho como missionários na pastoral, na educação, na promoção e no desenvolvimento do povo.
Em Agosto de 1988, respondendo ao pedido dos bispos da Igreja Católica, assumiu a reitoria do ICRA (Instituto de Ciências Religiosas de Angola) em Luanda. Assim, em Setembro desse ano assumiu o ICRA e a paróquia do Carmo, juntamente com outros dominicanos onde foi pároco durante quatro anos.
A partir de 1992, deixou de ser o pároco, mas continua sempre a trabalhar como colaborador, apenas ausente desde Setembro de 1992 a Agosto de 1993, ano sabático, em que esteve em Jerusalém, em estudos bíblicos.
O ICRA foi criado pelos bispos de Angola a 8 de Dezembro de 1984 e tem como objectivos a formação de quadros angolanos baseada em filosofias de altruísmo e honestidade.
As competências adquiridas de frei João Domingos incluem ainda: «Filosofia e Teologia» na Faculdade de Teologia Católica, em Strasbourg, França; «Mestrado em Teologia Dogmática», na Faculdade de Teologia, do Collegium Philosophiae et Theologiae Dominicanum, Ottawa, Canadá; Director e professor no Seminário Dominicano português, professor de «Filosofia» no Centro de Estudos de Fátima; professor de «Teologia» na Universidade Católica de Lisboa; reitor e professor de »Doutrina Social da Igreja» no Seminário Maior e no ICRA, em Luanda; professor de Deontologia no curso médio «Educadores Sociais e Doutrina Social da Igreja e Direitos Humanos», no Seminário Maior de Luanda e no curso de Educação Moral e Cívica; professor de «Teologia Pastoral» no Seminário Maior de Luanda; professor de «Deontologia» no Curso Médio de Educadores Sociais; e Professor do «Pensamento Social da Igreja» no curso superior de Assistentes Sociais no Instituto Superior João Paulo II onde foi também reitor e professor de «Direitos Humanos» no curso superior de Professores e Educação Moral e Cívica, no mesmo Instituto João Paulo II, em Luanda.
Foi agraciado em 1998 com a comenda Ordem Mérito do Estado Português.
Natália e Gabriela (primas do Frei João Domingos)

A Volta a Portugal em Bicicleta andou por terras beiroas passando no distrito da Guarda, onde causou furor entre a população, que vê na Volta uma festa.

A Volta passando em Cheiras - PinhelAs terras do lado Norte do distrito da Guarda conheceram cedo a passagem dos ciclistas, logo à terceira etapa, no tradicional ataque ao Alto da Torre, na Serra da Estrela. Na «etapa rainha» da Volta Rui Sousa afirmou-se como melhor trepador e posicionou-se em vantagem para lutar pela vitória final.
No dia 17, domingo, houve a ligação da Guarda a Viseu, com a caravana a percorrer as terras da Beira Alta. Pinhel incluiu-se no percurso e os ciclistas cruzaram as terras do concelho, para gáudio das populações que acorreram à estrada, animando os atletas.
À última hora o percurso foi porém alterado. As obras existentes na estrada nacional que liga a Guarda a Pinhel, passando pelas Feixedas, estava em obras e a alternativa foi a caravana seguir por Pínzio, Safurdão, Manigoto e Vascoveiro para alcançar assim a Cidade Falcão.
A notícia correu célere de boca em boca e rapidamente jovens e idosos se juntaram ao redor da estrada, à espera de ver passar a volta. E lá vieram as motas da Brigada de Trânsito, os veículos da RTP, os carros de apoio e dos directores da prova e das equipas e, claro, os ciclistas, que passaram em grande velocidade pelas aldeias, para gáudio de todos.
A Volta é uma festa que se repete todos os anos e vale bem a pena lutar para que passe nas nossas terras.
plb

O diácono Hélder Lopes, que tem coadjuvado o padre Manuel Igreja Dinis, no Sabugal, vai ser ordenado padre pelo Bispo da Guarda, em cerimónia a realizar na Sé da Guarda, às 16 horas do dia 29 de Junho.

Padre Hélder LopesA diocese da Guarda vai ter dois novos padres, e um deles é o jovem diácono que tem prestado serviço eclesiástico no Sabugal.
Helder José Tomás Lopes é natural de Colmeal da Torre, concelho de Belmonte. Tem 24 anos, mas no dia da ordenação terá já 25, pois nasceu a 27 de Junho. Estudou nos seminários diocesanos do Fundão e da Guarda e tirou o curso de Teologia no Instituto Superior de Teologia, filiado no Pólo de Viseu da Universidade Católica Portuguesa. No dia 7 de Outubro de 2007 foi colocado no Sabugal, como auxiliar do padre Manuel Dinis, que entretanto substituíra na paróquia o padre António Souta. Passados poucos dias, a 21 de Outubro, foi ordenado diácono, também na Sé da Guarda, ficando a exercer funções nas paróquias do Sabugal, Aldeia de Santo António e Rapoula do Côa.
Para além de Hélder Lopes, haverá ainda a ordenação de um novo sacerdote que passará a prestar serviço na diocese. Trata-se de Gilberto Joaquim Roque Antunes, que é natural da paróquia de Almaceda, concelho e distrito de Castelo Branco e diocese da Guarda. A cerimónia servirá também para ordenar como diácono Valter Tiago Salcedas Duarte, que é natural da paróquia de S. Pedro, concelho da Covilhã.
O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, está especialmente feliz com as novas ordenações, dada a escassez de vocações na diocese. Os novos ministros da Igreja poderão ajudar a colmatar a falta de religiosos junto das comunidades cristãs, onde uma boa parte dos sacerdotes já são idosos. Talvez há uma décadas atrás uma ordenação sacerdotal fosse uma cerimónia banal, mas hoje qualquer ordenação comove a comunidade diocesana, devido à manifesta falta de padres nas paróquias.
plb

A «70.ª edição da Volta a Portugal edp» foi apresentada oficialmente no Museu da Electricidade em Lisboa. A prova com quase 1600 quilómetros realiza-se entre 13 a 24 de Agosto. Inclui a tradicional subida à Torre na terceira etapa e a ligação entre a Guarda e Viseu na etapa seguinte. Após um dia de descanso os ciclistas partem de Gouveia em direcção a São João da Madeira.

70.ª Volta a Portugal em BicicletaUma das grandes dificuldades e sempre um momento marcante em cada Volta é a subida à Torre, na Serra da Estrela, que este ano vai surgir logo na 3.ª etapa. A corrida sairá no sábado, 16 de Agosto, para Seia chegando ao ponto mais alto de Portugal continental após 171,5 quilómetros.
No dia seguinte, para recuperar do esforço, o pelotão terá pela frente apenas uma contagem de montanha de terceira categoria. Esta quarta tirada sairá da Guarda e levará a caravana até Viseu, onde, no dia seguinte, será dada folga ao pelotão. A data de 18 de Agosto está reservada para a recuperação de forças na cidade de Viriato.
A prova será retomada, após o dia de descanso, em Gouveia saindo a caravana em direcção a São João da Madeira. Ao sexto dia a 70.ª Volta a Portugal edp vai fazer o percurso entre Aveiro e Gondomar numa etapa que se prevê calma e tranquila atendendo ao baixo grau de dificuldade. A Póvoa de Varzim, arredada há tantos anos do mapa da Volta, vai assistir em 2008 à partida de uma etapa. A 21 de Agosto a cidade poveira dará início à sétima tirada que será concluída no Monte da Senhora da Assunção em S. Tirso.
A cidade de Portimão vai acolher, pelo terceiro ano consecutivo, o início da Volta a Portugal edp. O prólogo que vai abrir a edição da prova, a 13 de Agosto, terá a extensão de 6,8 quilómetros. Ao ser percorrido em sistema de contra-relógio com partida e chegada à marina de Portimão, o prólogo fará os primeiros escalonamentos na classificação individual. Os primeiros dias de corrida serão muito semelhantes aos de 2007 com Beja a receber o final da 1.ª etapa que sairá de Portimão e que será a mais longa da «70.ª Volta a Portugal edp».
aps

Segunda-feira é dia de publicar a «Imagem da Semana». Ficamos à espera que nos envie a sua escolha para a caixa de correio electrónico:
capeiaarraiana@gmail.com

Largo do Municipio – Imagem da Semana (5-5-2008)Data: 26 de Abril de 2008.

Local: Praça da República, Sabugal.

Legenda: Perspectiva da Torre do Relógio e da fonte.

Autoria: José Joaquim Marques

Clique na imagem para ampliar

O sabugalense Joaquim Esteves Saloio teve engenho e arte para concretizar uma difícil passagem de testemunho enquanto presidente da Mesa da Assembleia Geral dos anteriores órgãos sociais da Casa do Concelho do Sabugal. Vamos conhecer um pouco melhor este carismático bancário-advogado.

Joaquim Esteves Saloio, é natural da Torre, no concelho do Sabugal. Nasceu no seio de uma família de agricultores e foi o quinto de seis filhos de Manuel José Saloio e Maria Domingas Martins Esteves.
Frequentou a Escola Primária na Torre mas nesse tempo o exame da 4.ª classe era feito no Sabugal. A custo lá confessou que sabia muito bem a data, 1956, porque tinha ganho o prémio do melhor exame desse ano no concelho do Sabugal. Insistimos para que nos explicasse como tudo aconteceu apesar de nos ir dizendo que «talvez fosse melhor não pôr isso no artigo»:
– Era um tipo muito envergonhado na terceira classe. Houve uma altura em que a professora da classe feminina adoeceu e levavam as raparigas à tarde para a nossa sala. Invariavelmente tinha dores de barriga para me deixarem ir mais cedo para casa. O exame da quarta classe no Sabugal foi feito pelo director e pela professora Nina, que dava aulas na Colónia Agrícola de Martim-Rei. Trocavam muitos segredinhos e como pensei que eram namorados fui respondendo descontraidamente às perguntas. No final deram os parabéns à minha professora, a D. Isabel Baltasar, mulher de José Maria Baltasar, que foi presidente da Câmara Municipal do Sabugal antes do 25 de Abril.
Nesse ano ingressou no Seminário Menor da Guarda (instalado no Fundão) onde estudou durante cinco anos. Mas logo nas primeiras férias do Natal quando chegou à aldeia o primo, António Esteves Morgado (que veio a ser presidente do município sabugalense), correu a dizer-lhe: «Oh Quim! Tens que ir à escola porque a professora tem uma caixa com 36 livros e um diploma do melhor exame para te dar.» E assim ficou registada a data para sempre.
Joaquim Saloio frequentou o Seminário Maior na cidade da Guarda durante sete anos. Foi jogador-treinador da equipa dos seminaristas entre 1965 e 67 e recorda os renhidos desafios com o Colégio de São José, do Outeiro de São Miguel, do Reformatório do Mondego e com o Liceu da Guarda onde alinhava o célebre Cameira que chegou a ser internacional português.
Concluiu o curso de Teologia com 23 anos e o padre Joaquim Teles Sampaio, da Amoreira, levou-o para Moçambique para a paróquia de Macuti, na Beira, onde foi responsável pelo canto coral, catequese e escutismo acumulando com as aulas de Moral na Escola Industrial e Comercial Freire de Andrade. «Não fui ordenado padre porque ainda não tinha feito 24 anos. Eu teria requerido a dispensa da idade se o bispo me proporcionasse trabalhar em equipa com os padres Pereira de Matos e Bernardo José Guerra Ribeiro», esclareceu-nos a propósito.
Passado um ano foi incorporado na tropa em Lourenço Marques, primeiro com a especialidade de secretariado e depois em Nampula, como alferes na chefia dos Serviços de Contabilidade e Administração. Aproveitou para dar aulas e ganhar algum dinheiro extra na Escola Industrial e Comercial Neutel de Abreu.
– Um dia entra pela repartição dentro um tipo a dizer que era da Guarda. «E eu também», respondi-lhe. «Sou do Sabugal», acrescentou então. «E eu também», repeti. Olhámos um para outro incrédulos. E foi lá longe em Moçambique que conheci o Morgado Carvalho do Soito. Foi uma festa.
Em 1974, a seguir ao 25 de Abril, regressou ao continente e ao Sabugal.
– Concorri e entrei no BES (antigo Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa) tendo ficado colocado nos serviços centrais na sede. Passei pela secção de letras, pelo departamento Internacional e finalmente fui secretário do Conselho de Administração do BES durante cerca de 13 anos. Pertenci durante muitos anos à direcção do Grupo Desportivo do banco onde em colaboração com Nuno Espinal fundámos o BESCLORE (Grupo de Danças e Cantares do BES).
Decidiu matricular-se na Universidade de Direito tendo-se licenciado em Direito em 1982.
Em Outubro de 2000 ingressou nos corpos sociais do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) como presidente do Conselho Geral e desde 2003 é presidente da Mesa Unificada da Assembleia e Conselho Geral.
– Uma dia, José Cunha, director do banco combinou comigo ir comer lebre com feijão branco a um restaurante na Baixa. Fiquei sentado ao lado do dono dos armazéns Capelo. E a propósito do Sabugal, o senhor Manuel Capelo diz-me que ainda era primo de uma tal Ti Domingas. Na Torre apenas duas mulheres tiveram esse nome e uma já tinha morrido – Só pode ser a minha mãe – disse-lhe concluindo que acabava de conhecer mais um primo.
As estórias das férias de Verão de Joaquim Saloio enquanto andou no Seminário foram mais que muitas. Entre as publicáveis aqui ficam duas:
Com os nossos 18 ou 19 anos eu e o meu primo, António Morgado, iamos até ao Ozendo e costumavamos visitar a Ti Isabel, mãe da Alexandrina Pereira. Nesse tempo as mulheres sentavam-se nas escaleiras das casas à fresca da tarde. Comentando o pagamento das patentas* uma das senhoras presentes virou-se para nós e disse – Vocês os dois! Se algum vier casar ao Ozendo não paga de patenta menos de cinco contos de réis! – ficámos, estupefactos, a olhar um para o outro mas rematámos «Não importa! Arranjamos melhor sem ter que pagar a patenta!» e fomos embora. Aqui fica outra… Uma vez na Capeia de Quadrazais, como andava no seminário, tive um lugar reservado só para mim na janela da casa da Olinda, filha da Ti Maria do Balhezinho. A meio da capeia apareceram duas raparigas na janela do lado. A dona da casa apresentou-nos e diz-me – Éh Quim! Atira-te a elas! São universitárias!
E terminou com música: «Na altura o Rádio Altitude era conhecido como o Rádio Moca. No top das músicas pedidas esteve durante muito tempo a Baby Baby Camback. Outras modas!»
Fez-se sócio da Casa do Concelho do Sabugal por influência da então estudante Amélia Martins, de Rendo. «Colaborei com a Casa no Conselho Fiscal e ultimamente como presidente da Mesa da Assembleia Geral onde passei uma das mais atribuladas fases da instituição. Felizmente que tudo está no bom caminho. Agora é preciso olhar para a frente.»
Joaquim Esteves Saloio na primeira pessoa.

* A «Patenta» ou «Pagar o vinho» era uma moda que caiu em desuso nas terras raianas em que os forasteiros que quisessem namorar raparigas da aldeia eram obrigados a pagar uma borga para todos os solteiros. Só depois lhe era permitido circular e permanecer junto da casa da sua amada.
jcl

À semelhança do ano passado, a Associação Cultural e Recreativa da Torre (ACRT) festejou no dia 12 de Agosto mais um ano de actividade, ocasião que juntou na aldeia um grande número de pessoas.

ACRTNas instalações da ACRT, teve lugar uma reunião extraordinária, em que participou um elevado número de sócios, na qual se falou no tipo de actividades que esta associação tem vindo a proporcionar aos seus associados e nos projectos que a direcção pretende realizar.
Em seguida foi oferecido um jantar de rodízio para os sócios e familiares.
A direcção da ACRT agradece a todos os sócios que participaram nesta actividade e que ajudaram a organizar, permitindo-nos proporcionar à gente da nossa terra alguns momentos de confraternização, que é sempre saudável nesta época.
Bem haja a todos os sócios que acreditam em nós e nos entusiasmam a continuar.
José J. Amaral Marques

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