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O chefe de gabinete da presidência da Câmara Municipal do Sabugal, Vítor Proença, representou por delegação de poderes o presidente do município, António Robalo, numa reunião do Conselho Executivo da Comunidade Intermunicipal das Beiras (Comurbeiras). O presidente da Comissão Política Concelhia do Sabugal, Nuno Teixeira, assinou uma declaração política onde considerou que a situação foi ilegal e causou embaraços aos restantes membros da Comurbeiras.
Reproduzimos, de seguida, a tomada de posição do presidente da Comissão Política Concelhia do Sabugal:
«Declaração política da Concelhia do Partido Socialista do Sabugal
Votação ilegal do Chefe de Gabinete da Câmara Municipal do Sabugal obriga anulação de Votação.
Realizou-se ontem, dia 29 de Novembro, uma sessão ordinária da Assembleia Intermunicipal da Comurbeiras, Comunidade Intermunicipal (CIM) das Beiras.
Após ter sido entregue aos Deputados Intermunicipais, a minuta da ata número 06/2012, da reunião do Conselho Executivo desta mesma Comunidade, realizada no dia 20 do corrente mês, constatou-se que o Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, não esteve presente, tendo delegado competências no seu Chefe de Gabinete que representou o nosso Município.
O excerto da ata que comprova esse fato: “Município de Sabugal, representado pelo Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara, Victor Manuel Dias Proença, que apresentou declaração, que se anexa, subscrita pelo Senhor Presidente do Município do Sabugal, António dos Santos Robalo, pela qual lhe confere plenos poderes de voto.”
Uma vez mais, o Senhor Presidente da Câmara demonstrou falta de rigor e de alguns conhecimentos para desempenhar o cargo para o qual foi eleito, assim como o seu Chefe de Gabinete provou não estar à altura do cargo para o qual foi nomeado. Ocupando o Chefe de Gabinete um cargo de nomeação e não um cargo de eleição, esta votação é ilegal, mesmo que o Senhor Presidente da Câmara lhe tenha delegado por escrito poderes para tal.
A responsabilidade e a obrigação de responder legalmente e estatutariamente (conhecimento da lei e dos estatutos e regulamentos destes Organismos) seria o mínimo a esperar da prestação do Senhor Presidente da Câmara e restante equipa da Presidência.
Este episódio, levou à anulação de todas as votações no âmbito da “Reforma Administrativa do Território” realizadas nessa reunião e ao embaraço de todos os presentes. O Sabugal foi desta feita falado pelas piores razões e questionamo-nos se esta situação não terá já acontecido outras vezes.
Esta situação lamentável, colocou em causa a “nossa” credibilidade e seria expectável da parte do Senhor Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, tomar as devidas medidas para minimizar/remediar/corrigir a situação perante os Deputados Intermunicipais, o Conselho Executivo da Comurbeiras CIM e todos os Sabugalenses.
O Presidente da Comissão Política Concelhia do Sabugal
Nuno Alexandre Sanches Teixeira»
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O Capeia Arraiana aproveita:
…para publicar os nomes dos membros da Assembleia Intermunicipal. Aqui.
…e para reproduzir o n.º 1, do artigo 19.º (natureza e composição) dos estatutos da Comurbeiras: «1 — O Conselho Executivo é o órgão de direcção da Comunidade Intermunicipal e é constituído pelos Presidentes das Câmaras Municipais de cada um dos municípios integrantes, os quais elegem, de entre si, um Presidente e dois Vice-Presidentes.»
jcl
A GNR comunicou ter apreendido estupefacientes e detido traficantes em Vilar Formoso e em Celorico da Beira, tendo igualmente detido quatro jovens espanhóis que faziam grafitis em comboios na estação do Pocinho.
No decurso de uma operação conjunta entre a GNR e a Guardia Civil de Espanha, realizada no dia 27 de Janeiro na zona da fronteira, foi detido um indivíduo de 23 anos de idade, residente em Barcelos, por crime de tráfico de estupefacientes. O suspeito tinha na sua posse 194,7 gramas de cannabis (liamba), adquirida, ao que tudo indica, em Espanha. Presente ao Tribunal Judicial de Almeida, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
Na noite de 24 de Janeiro, militares do Núcleo de Investigação Criminal da Guarda, detiveram uma mulher de 22 anos de idade, residente em Celorico da Beira, por crime de tráfico de estupefacientes. A suspeita tinha na sua posse 6,4 gramas de haxixe, quantidade que excedia o limite máximo quantitativo, permitido para consumo. Presente ao Tribunal Judicial de Celorico da Beira, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, ficando a aguardar o resultado do Inquérito.
Na madrugada de 27 de Janeiro, militares do Posto Territorial de Foz Côa, detiveram quatro indivíduos, de 19 e 21 anos de idade, de nacionalidade espanhola, ambos estudantes e residentes em Madrid (Espanha), pelo crime de dano em comboio, na Linha do Douro. Os suspeitos foram surpreendidos quando efectuavam grafitis nas composições de um comboio que se encontrava na Estação da CP do Pocinho – Foz Côa, tendo-lhes sido apreendidas 20 latas de spray. Presentes ao Tribunal Judicial de Foz Côa, foi-lhes aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência e uma caução de 200 euros.
plb
O Documento Verde da Reforma da Administração Local, apresentado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, estabelece critérios para a redução de juntas de freguesias que, aplicadas ao distrito da Guarda fazem com que desapareçam 212 freguesias, num total de 336. No concelho do Sabugal desaparecerão 20 freguesias.
O documento, que tem por epígrafe «Uma Reforma de Gestão, uma Reforma de Território e uma Reforma Política», define uma metodologia baseada em critérios orientadores (demográficos e geográficos) que deverão presidir à nova organização autárquica.
Da aplicabilidade desses critérios orientadores elaborou-se um mapa que aponta para a agregação ou fusão de muitas freguesias, que, no caso do distrito da Guarda, se eleva a 212.
Vejamos as freguesias que vão desaparecer em cada concelho se a reforma autárquica avançar nos exactos termos em que está definida no Documento Verde.
Sabugal (desaparecem 20 freguesias, num total de 40): Águas Belas, Aldeia da Ribeira, Badamalos, Baraçal, Forcalhos, Lomba, Moita, Nave, Penalobo, Pousafoles do Bispo, Rapoula do Côa, Rendo, Ruivós, Ruvina, Seixo do Côa, Vale das Éguas, Valongo, Vila Boa, Vila do Touro. Vilar Maior.
Aguiar da Beira (sete freguesias, num total de 13): Eirado, Forninhos, Gradiz, Pinheiro, Sequeiros, Souto de Aguiar da Beira, Valverde.
Almeida (23 freguesias, num total de 29): Ade, Aldeia Nova, Azinhal, Cabreira, Castelo Bom, Castelo Mendo, Freixo, Junca, Leomil, Malpartida, Mesquitela, Mido, Monte Perobolço, Naves, Parada, Peva, Porto de Ovelha, São Pedro de Rio Seco, Senouras, Vale de Coelha, Vale da Mula, Vale Verde, Vilar Formoso.
Celorico da Beira (15 freguesias, num total de 22): Baraçal, Cadafaz, Carrapichana, Cortiçô da Serra, Lajeosa do Mondego, Linhares, Maçal do Chão, Mesquitela, Minhocal, Prados, Rapa, Salgueirais, Velosa, Vide Entre Vinhas, Vila Boa do Mondego.
Figueira de Castelo Rodrigo (12 freguesias, num total de 17): Algodres, Almofala, Cinco Vilas, Colmeal, Escarigo, Freixeda do Torrão, Penha de Águia, Quintã de Pêro Martins, Vale de Afonsinho, Vermiosa, Vilar de Amargo, Vilar Torpim.
Fornos de Algodres (11 freguesias, num total de 16): Cortiço, Fuinhas, Juncais, Maceira, Matança, Muxagata, Queiriz, Sobral Pichorro, Vila Chã, Vila Ruiva, Vila Soeiro do Chão.
Gouveia (cinco freguesias, num total de 22): Figueiró da Serra, Freixo da Serra, Mangualde da Serra, Vila Cortês da Serra, Vila Franca da Serra.
Guarda (39 freguesias, num total de 55): Adão, Albardo, Aldeia do Bispo, Aldeia Viçosa, Alvendre, Avelãs de Ambom, Avelãs da Ribeira, Benespera, Carvalhal Meão, Cavadoude, Codesseiro, Corujeira, Faia, Fernão Joanes, Gagos, Gonçalbocas, João Antão, Meios, Mizarela, Monte Margarida, Pêro Soares, Porto da Carne, Pousade, Ramela, Ribeira dos Carinhos, Rocamondo, Santana da Azinha, Jarmelo (São Miguel), Jarmelo (São Pedro), Seixo Amarelo, Sobral da Serra, Trinta, Vale de Estrela, Vela, Videmonte, Vila Cortês do Mondego, Vila Franca do Deão, Vila Garcia, Vila Soeiro.
Manteigas (uma freguesia, num total de quatro): Vale da Amoreira.
Mêda (13 freguesias, num total de 16): Aveloso, Barreira, Carvalhal, Casteição, Coriscada, Fonte Longa, Longroiva, Marialva, Pai Penela, Prova, Rabaçal, Ranhados, Vale Flor.
Pinhel (20 freguesias, num total de 27): Atalaia, Azevo, Bogalhal, Bouça Cova, Cerejo, Cidadelhe, Ervas Tenras, Ervedosa, Lamegal, Lameiras, Manigoto, Pereiro, Pomares, Póvoa D’ El-Rei, Safurdão, Santa Eufémia, Sorval, Valbom, Vale de Madeira, Vascoveiro.
Seia (10 freguesias, num total de 29): Cabeça, Carragozela, Folhadosa, Lajes, Santa Eulália, Santa Marinha, São Martinho, Sazes da Beira, Várzea de Meruge, Lapa dos Dinheiros.
Trancoso (26 freguesias, num total de 29): Aldeia Nova, Carnicães, Castanheira, Cogula, Cótimos, Feital, Fiães, Freches, Granja, Guilheiro, Moimentinha, Moreira de Rei, Palhais, Póvoa do Concelho, Reboleiro, Rio de Mel, Sebadelhe da Serra, Tamanhos, Terrenho, Torre do Terrenho, Torres, Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves, Vila Garcia, Vilares.
Vila Nova de Foz Côa (10 freguesias, num total de 17): Castelo Melhor, Chãs, Horta, Mós, Murça, Numão, Santa Comba, Santo Amaro, Sebadelhe, Touca.
A situação é muito diferente em Castelo Branco, onde a redução das freguesias levará apenas à agregação ou fusão de 39 em todo o distrito – as mesmas que desaparecem apenas no concelho da Guarda. Belmonte perde apenas uma freguesia – Colmeal da Torre – enquanto que Penamacor perde cinco – Águas, Aldeia de João Pires, Bemposta, Meimão e Vale da Senhora da Póvoa.
plb
Na noite de 29 de Julho, o Núcleo de Investigação Criminal da Guarda da GNR, deteve um indivíduo de 24 anos, residente no Sabugal, por crime de tráfico de estupefacientes.
Segundo a nota semanal do Comando Territorial da Guarda da GNR, o detido tinha na sua posse 14,3 gramas de haxixe, quantidade suficiente para 75 doses individuais. Tendo sido presente ao Tribunal Judicial do Sabugal, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
No dia anterior, 28 de Julho, a GNR deteve em Vila Nova de Foz Côa, um jovem de 20 anos, residente naquela localidade, igualmente por crime de tráfico de estupefacientes. O detido tinha na sua posse 34,7 gramas de haxixe, quantidade suficiente para 175 doses individuais. Presente ao Tribunal Judicial de Foz Côa, ficou com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência a aguardar o resultado do Inquérito.
No mesmo dia 28 de Julho, a GNR deteve em Celorico da Beira um homem de 46 anos de idade, residente em Maçal do Chão, que tinha na sua posse uma arma branca (um punhal com 13 cm de lamina), que lhe foi apreendida. A detenção ocorreu após um quadro de conflito e discussão a propósito de motivos fúteis, tendo o suspeito ameaçado duas senhoras com a referida arma. Presente ao Tribunal Judicial de Celorico da Beira, ficou com a medida de coação de Termo de Identidade e Residência.
No dia 29 de Julho, militares do Destacamento Territorial de Pinhel detiveram um indivíduo de 31 anos de idade, sem profissão, residente em Póvoa D’el Rei, concelho de Pinhel, em cumprimento de um Mandado de Detenção, emanado pelo Tribunal Judicial de Espinho, por crime de condução ilegal.
O suspeito, já com antecedentes criminais, está a ser investigado pela prática de vários crimes perpetrados nos concelhos de Pinhel, Trancoso e Mêda, nomeadamente, furto de veículos, de metais (cobre, ferro e ferramentas) e em estabelecimentos comerciais, bem como condução ilegal e abuso sexual de menor (adolescente). O detido, encontrava-se em liberdade condicional e foi entregue, pelas 22 horas desse dia, no Estabelecimento Prisional da Guarda par cumprir 14 meses de prisão efectiva.
plb
Durante a semana passada, a GNR deteve em todo o distrito da Guarda 20 Indivíduos pela prática de diversos crimes. Realizou ainda uma grande operação de controlo do tráfico rodoviário e registou 15 acidentes de viação.
Verificaram-se 14 detenções em flagrante delito, das quais seis por condução sob o efeito do álcool, duas por condução sem habilitação legal, quatro por desobediência à autoridade e duas por furto em estabelecimento comercial. Verificaram-se ainda seis detenções através do cumprimento de mandados judiciais.
As detenções por furto respeitaram a dois indivíduos, de 17 e 19 anos de idade, naturais de Gouveia e de Lisboa, respectivamente, e foram efectuadas em Celorico da Beira no dia 15 de Junho. Na madrugada desse dia, os suspeitos cometeram um furto no interior de um estabelecimento comercial e, após diligências investigatórias, efectuaram-se buscas domiciliárias autorizadas pelos proprietários da residência visada, tendo-se recuperado, entre outros objectos, dois computadores portáteis, dois telemóveis, diversas garrafas de bebidas espirituosa, tabaco e dinheiro subtraídos naquele estabelecimento.
Durante o período em análise verificaram-se 15 acidentes de viação. Nove resultaram de colisão, quatro de despiste e dois de atropelamento. Dos sinistros resultaram seis feridos leves.
plb
O governador civil da Guarda, Santinho Pacheco, vai homenagear, esta quinta-feira, dia 28 de Abril, os primeiros presidentes de câmara municipal do distrito eleitos democraticamente após o 25 de Abril de 1974. A família de João A. Antunes Lopes, primeiro presidente da Câmara Municipal do Sabugal, vai receber a título póstumo a condecoração.
No salão nobre do Governo Civil da Guarda vai ter lugar, às 21.00 horas desta quinta-feira, a cerimónia de homenagem aos primeiros presidentes de câmara do distrito da Guarda.
A sessão solene vai contar com a presença do secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, do primeiro governador civil da Guarda, Alberto Antunes (do concelho do Sabugal) e do actual, Santinho Pacheco.
Além de João A. Antunes Lopes (a título póstumo), primeiro presidente da Câmara Municipal do Sabugal, vão ser homenageados os autarcas de Aguiar da Beira, António Raimundo Cunha (a título póstumo); Almeida, António José Sousa Júnior; Celorico da Beira, Carlos A. Faria de Almeida; Figueira de Castelo Rodrigo, José Pinto Lopes (a título póstumo); Fornos de Algodres, Francisco Paulo Almeida Menano; Gouveia, Alípio Mendes de Melo; Guarda, Victor Manuel Gonçalves Cabeço/Abílio Aleixo Curto; Manteigas, Homero Lopes Ambrósio (a título póstumo); Mêda, Luís E. Figueiredo Lopes (a título póstumo); Pinhel, António Luís Santos Fonseca; Seia, Jorge A. Santos Correia; Trancoso, António Almeida (a título póstumo) e Vila Nova de Foz Côa, José Costa Ferreira (a título póstumo).
«É tempo de a nível distrital se comemorar Abril da liberdade lembrando os primeiros presidentes de câmara eleitos nos 14 concelhos do nosso distrito, exaltando assim o papel insubstituível que o poder local desempenhou na construção desta segunda República e no arranque de um período de desenvolvimento e de modernização das nossas terras, sem paralelo em toda a nossa história secular», destacou Santinho Pacheco.
A cerimónia insere-se nas comemorações distritais do 25 de Abril.
jcl (com agência Lusa)
A vereadora do PS na Câmara do Sabugal, Sandra Fortuna, natural do Casteleiro, integra a lista de potenciais candidatos a deputado pelo círculo da Guarda nas eleições legislativas de 5 de Junho.
A lista, aprovada esta madrugada pelos socialistas do distrito, é encabeçada por José Albano, presidente da federação distrital do PS, seguindo-se António Carlos Santos, delegado regional da Fundação INATEL.
Os nomes foram discutidos e aprovados numa reunião da comissão política distrital, que reuniu em Celorico da Beira, e incluem ainda Amílcar Salvador, vereador em Trancoso, Sotero Ferreira, de Foz Côa, e Pedro Rebelo, líder da juventude socialista distrital.
A lista terá de ser sancionada pela direcção do partido, podendo o secretário-geral, José Sócrates, impor um cabeça de lista diferente, o que se considera praticamente certo, à semelhança de resto do que se passou nas últimas legislativas, em que o líder indicou Francisco Assis (que agora encabeça a lista do Porto).
Idália Serrão, actual Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, é apontada como a mais provável escolha de José Sócrates para a Guarda.
plb
Segundo notícia da Agência Ecclesia, o bispo da Guarda insurgiu-se este domingo, 27 de Março, contra as políticas educativas e laborais que têm reflexos negativos nos agregados familiares, tendo defendido a sua renovação.
A Agência Ecclesia, citou as palavras de D. Manuel Felício na homilia da missa celebrada em Celorico da Beira: «Na hora em que está aberto o processo para repensar a sociedade portuguesa, é bom não esquecer, mas colocar na primeira linha das nossas preocupações a necessidade de reformar as nossas leis e políticas de família».
O prelado criticou o peso que a dimensão económica ocupa na dinâmica familiar: «As famílias não são em primeiro lugar unidades de produção e consumo material. São sim, primeiro de tudo, santuários de amor e de vida, onde, no diálogo fraterno e entre gerações, se lançam as bases de uma sociedade renovada».
«Os baixos índices de natalidade que nos envergonham, mesmo dentro desta Europa envelhecida, que começa a dar alguns sinais de querer acordar, não podem deixar-nos dormir tranquilos», afirmou ainda o bispo da Guarda.
Referindo-se à influência do Estado na educação, o prelado disse que «convém pensar seriamente em devolver à sociedade civil e em particular às famílias o direito fundamental que lhes assiste de serem os protagonistas dos projectos educativos que devem ser propostos aos seus filhos».
O responsável da Igreja Católica em Portugal pela doutrina da fé considera que «o Estado é a pessoa menos indicada para fazer projectos educativos», dado que «é neutro e laico e os valores, a começar pelos mais nobres, não podem faltar» nesses programas.
Portugal está «a desperdiçar o capital mais importante que é o capital humano», referiu Manuel Felício, que denunciou os sistemas educativos que «roubam» os filhos aos pais para decidirem os seus projectos pedagógicos, e «ainda por cima lhes transmitirem a mensagem de que esta é a melhor ajuda para as famílias».
plb
«Sei que assumo uma grande responsabilidade ao opor-me tão formalmente às suas intenções; mas, nem que seja destituído e nem que com isso perca a cabeça, não seguirei o movimento para Coria e Plasencia de que me fala a não ser, repito, que tal me seja ordenado pelo Imperador» – missiva que de Ney para Massena, recusando a ordem de encaminhar o seu corpo para o Sabugal, seguindo o caminho para a Estremadura espanhola.
O marechal Michel Ney era o comandante do sexto corpo de exército, e tinha no movimento retrógrado da terceira invasão de Portugal a espinhosa missão de seguir na retaguarda, contendo os ataques do exército aliado.
Ney, que era filho de um soldado veterano francês, e que subira na hierarquia militar até ao generalato devido aos seus elevados méritos em combate, tinha na altura 42 anos e acumulava com o posto de marechal o título de Duque de Elchingen. Muito popular entre os soldados, que o tinham como o melhor dos marechais de França, era chamado Le Rougeaud (O avermelhado) e Le Brave des Braves (O Bravo dos Bravos), tendo este último apodo sido conferido pelo próprio Napoleão.
Massena e Ney odiavam-se mutuamente. O «Bravo dos Bravos» nunca se conformou por ter sido colocado sob as ordens do «Filho Querido da Vitória» (nome dado por Napoleão a Massena) e a terceira invasão de Portugal foi uma sucessão de dissensões entre os dois marechais. Massena era o comandante-em-chefe, senhor de um prestígio enquanto estratega apenas superado pelo do próprio Napoleão Bonaparte, mas Ney era o mais resoluto e corajoso dos marechais do Império.
Em Paris, imediatamente antes de partir para a Península, Massena tentou demover o Imperador a colocar Ney entre os seus lugar-tenentes no Exército de Portugal, por lhe conhecer o mau carácter. Napoleão retorquiu-lhe: «Ney é um general de vanguarda: se as suas ideias no gabinete são fracas, ele resgata esse defeito no terreno; maneja tão bem a infantaria como a cavalaria; vai ser-lhe muito útil, não será preciso estimular-lhe o ardor».
Mas os problemas com Ney começaram logo quando Massena se juntou ao seu novo exército em Salamanca. Queria apressar o cerco a Ciudad Rodrigo e entrar em combate com os postos avançados ingleses, no que foi a custo contido por Massena. Já em plena marcha em Portugal, nas alturas do Buçaco, foi a impaciência de Ney que ditou a precipitação da batalha, que os franceses perderam. Na retirada Massena queria ter seguido para Coimbra, onde concentraria o exército, mas Ney não cumpriu por inteiro os itinerários, inviabilizando assim essa movimentação.
Porém o clímax da rivalidade entre os marechais estava marcado para Celorico, quando Massena deu ordens para a movimentação para o sul, a fim de entrar em Espanha por Alcântara e atingir o vale do Tejo, entre Coria e Plascencia, a partir de onde relançaria a invasão de Portugal. O fogoso Ney não concordava e afirmou-lhe que desobedeceria, se persistisse nesse clamoroso erro. Os ajudantes de campo de ambos os marechais levavam e traziam cartas com as ordens de Massena e as respostas de Ney. Este exigia saber se as disposições provinham do Imperador, pois caso contrário não as acataria, e aquele reafirmava as ordens, intimando de que era imperioso dar-lhe cumprimento. A um ponto, Ney decidiu esticar a corda e informou Massena que recuaria com o seu corpo para Almeida. Massena desesperou e escreveu-lhe: «Previno-o, senhor marechal, de que se torna responsável pelo mau exemplo que a sua desobediência dá ao exército e, talvez, pelas consequências, ainda mais deploráveis, que dela podem resultar. Queira responder-me se persiste na sua desobediência, desprezando a autoridade que o Imperador me confiou; nesse caso, saberei tomar disposições para mantê-la.»
As coisas já tinham ido longe de mais e não havia espaço para recuar. Ney informou que não deixaria que o seu corpo marchasse com o resto do exército para sul. Massena informou então formalmente os generais de divisão do sexto corpo que deixavam de obedecer a Ney, passando a receber instruções directas do estado-maior general, e ordenou ao marechal que seguisse imediatamente para Espanha, deixando o exército. O recalcitrante Ney ainda reagiu alegando a ilegitimidade da ordem: «Como foi o Imperador que me confiou o comando do sexto corpo, ninguém além de Sua Majestade tem o direito de mo retirar». Porém Massena manteve as disposições e confiou o comando do corpo ao general Loison, acabando Ney por se dirigir para Espanha.
As tropas do sexto corpo amavam Ney, que era o seu verdadeiro líder. À fome que passavam, pela falta de provisões, juntava-se agora a desmotivação e o sentimento de injustiça para com o seu marechal. O capitão Guingret, que servia nesse corpo, escreveria mais tarde: «O afastamento inesperado do duque de Elchingen tinha desmoralizado completamente o espírito das suas três divisões. Desde que nos constituíram em sexto corpo, nas épocas eternamente gloriosas de Austerlitz e de Friedland, adquirimos pouco a pouco o hábito de nos considerar como uma família de guerreiros, de que o marechal Ney fora sempre o guia.»
Bécet de Léocour, chefe do estado-maior de Ney, também deixou um testemunho similar: «A sua partida causou uma impressão muito deplorável no moral das tropas, que tinham por ele tanta confiança quanto apego e que estavam muito longe de conceder os mesmos sentimentos ao sucessor que lhes atribuíam».
O atraso do movimento provocado pela obstinação de Ney seria fatal para as tropas francesas que não conseguiram concretizar com sucesso o movimento em direcção ao sul. Ney foi afastado no dia 23 de Março de 1811 e, dentro de dias, a 3 de Abril, no Sabugal Wellington atacaria o corpo de Reynier, ditando assim o retorno dos franceses a Espanha, pondo fim à terceira invasão de Portugal.
Paulo Leitão Batista
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