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Os bravos e encorpados toiros da ganadaria José Manuel Duarte proporcionaram excelentes lides no festival Ó Forcão Rapazes, que se realizou no Soito, no dia 18 de Agosto.
Perante uma praça municipal completamente lotada, em que os bilhetes se esgotaram e muitos não puderam entrar, teve lugar uma expressiva demonstração da maior e mais viva tradição do concelho do Sabugal, a Capeia Arraiana, que se realizou dentro do espírito de amizade e alegria que caracterizam a festa dos rapazes que pegam ao forcão.
Os toiros estiveram à altura das exigências do festival. Todos investiram bem ao forcão proporcionando óptimas lides às diferentes equipas.
Depois do desfile das nove equipas representativas de outras tantas aldeias raianas onde a tradição taurina não despega, iniciou-se o espectáculo, sob a orientação do experiente Esteves Carreirinha, o orador de serviço.
A primeira equipa a pisar a arena foi a dos Fóios, equipando com camisola azul. Os perto de trinta jovens que pegaram ao forcão enfrentaram um toiro preto forte e pujante, talvez o melhor de toda a tarde, que investiu vigorosa e continuadamente. O aparelho, seguro firmemente e dirigido com mestria pelo rabeador, rodopiou ao sabor das investidas do animal. Por mais de uma vez se pensou que o toiro iria contornar o forcão, mas os pegadores foram velozes e exímios no seu trabalho de plena sincronia, evitando o pior. Foi uma óptima lide, e certamente uma das melhores da tarde, o que fez com que o Festival abrisse com chave de ouro.
Seguiu-se a lide da equipa de Aldeia do Bispo, que equipou de azul claro. Os rapazes enfrentaram um toiro castanho muito forte que saiu fulgurante do curro, embatendo com violência na galha. O forcão aguentou firme e volteou ao sabor da investida. Porém o animal não marrava com a insistência do primeiro, afastando-se por vezes, sendo necessário incitá-lo para novos acometimentos. Ainda assim proporcionou uma boa lide, devido ao trabalho notável dos rapazes que pegaram ao forcão com valentia conseguindo tirar partido de um toiro que tinha que ser chamado para investir com alma.
O terceiro toiro da tarde coube a Alfaiates, cujos pegadores, ostentando a cor laranja nas camisolas, aguentaram um primeiro embate fortíssimo, a que se seguiram outros de igual vigor. Os rapazes mostraram-se sempre atentos e trabalharam em perfeita sincronia. De tanto embater e rodopiar o touro cansou-se e ficou menos insistente. Depois da lide os moços agarraram o animal, feito apenas igualado pela rapaziada de Aldeia da Ponte. O tempo concedido à equipa foi bem aproveitado, nomeadamente por dois jovens, os irmãos Batista, que cometeram a proeza de saltar sobre o dorso do animal, nomeadamente o Frank que deu um moral, o que causou espanto entre os espectadores e valeu um longo e merecido aplauso.
A turma de Aldeia Velha, vestindo de verde, enfrentou um dos melhores toiros da tarde, um animal castanho muito forte, que teve uma entrada fulgurosa, atacando a galha esquerda do forcão com muita violência, fazendo estalar o madeirame. À descomunal força do toiro contrapôs-se o empenho total da equipa, que segurou firme o aparelho e volteou ao sabor das endiabradas investidas. Com o correr do tempo e face ao cansaço o toiro bateu mais a compasso, ainda que sempre com força, obrigado os pegadores a um empenho permanente. A lide de Aldeia Velha esteve entre as melhores da tarde, o que lhe valeu sucessivos aplausos do público que enchia as bancadas da praça.
Os rapazes dos Forcalhos equiparam com camisolas castanho-avermelhadas (bordô) e enfrentaram com o forcão um toiro preto que bateu bem inicialmente, mas que depois passou a hesitar. Numa das investidas na galha o toiro correu com vigor tentando contornar o aparelho, o que gerou um clamor nas bancadas, num momento em que se anteviu o pior. Porém o intrépido rabeador acelerou o movimento circular do forcão e evitou que o animal o contornasse. No final, face às sucessivas hesitações do toiro, valeu o incitamento dos rapazes para que continuasse as fortes investidas no aparelho.
O Soito, que equipou de cinza, lidou um toiro castanho bastante alto, mas algo menos encorpado que os demais. Saiu no curro e investiu forte à galha esquerda, da qual demorou a despegar, proporcionando um bom momento de faena. Depois continuou a investir numa e outra galha, sendo contudo mais frouxo no encontro com o aparelho. A equipa da casa não beneficiou porém da bravura indómita do toiro que outras equipas tiveram em sorte, mas conseguiu ainda assim uma óptima lide. Encostado o forcão, os cortadores do Soito depararam-se com o toiro colado às tábuas, sendo de difícil chamamento para o meio da praça, o que desagradou à malta que gosta de «atentar» o animal.
A Lageosa equipou de azul escuro e lidou um toiro também negro que, tal como os restantes, bateu bem à investida inicial, quando saiu do curro. Marrou na galha direita, fazendo com que os pegadores rodopiassem rapidamente, o que fez levantar uma expressiva nuvem de poeira. Passado esse primeiro momento da lide, foi necessário incitar o animal para que voltasse a investir, conseguindo-se ainda assim bons momentos, em que os capeadores mostraram a mestria com que pegam ao forcão. O pó que se levantava da arena levou a que os Bombeiros do Soito regassem o solo, o que foi imprescindível para a continuação do Festival.
O Ozendo, que vestiu de vermelho, enfrentou um toiro preto, que quando entrou na praça deu um enorme trabalho à equipa, valeu-lhe permaneceu unida, bem agarrada ao aparelho, movendo-se em plena sincronia ao sabor das tremendas investidas do animal. O toiro meteu por mais de uma vez a cabeça por baixo do forcão tentando levantá-lo, valendo para o evitar a intrepidez e a boa atenção dos homens das galhas. Com o andar da lide o animal foi manifestando desinteresse pelo forcão, porém bateu sempre forte e com alma, partindo até uma galha numa das investidas. A equipa do Ozendo proporcionou uma das grandes lides da tarde.
Coube a Aldeia da Ponte fechar o Festival. Os rapazes, com camisola verde alface, lidaram um toiro preto, que marrou violentamente no forcão, fazendo estalar as galhas, o que chegou a criar um sussurro nos espectadores. Contudo a bravura do toiro não assustou os corajosos pegadores, que se mantiveram firmes e ágeis no lidar do forcão. Com o evoluir da faena o animal desinteressou-se pelo forcão, sendo necessário estimulá-lo para novas investidas. Aldeia da Ponte tem bons cortadores, que na fase que se segue à lide com o forcão geram um bom espectáculo, quase sempre coroado com a pega do animal, porém desta feita o toiro colou-se demasiadamente às tábuas, o que dificultou o trabalho dos aldeiapontenses, que no entanto honraram os seus créditos consumando a pega.
Foi uma tarde de excelente promoção da capeia arraiana, que mais uma vez se revelou enquanto manifestação popular emocionante e viva, com condições para se continuar a afirmar com um dos grandes potenciais de promoção do concelho do Sabugal.
plb
Os encerros e as capeias arraianas na Raia sabugalense têm um novo protagonista. Chama-se José Manuel Monteiro Duarte mas todos o conhecem por «Fininho». O ganadero tem apresentado nos dois últimos anos excelentes curros com destaque para a recente Capeia de Aldeia do Bispo onde houve um reconhecimento unânime da qualidade dos toiros em praça. «No dia em que acabarem os encerros e as capeias a Raia perde a sua identidade», diz-nos quem sabe do que fala numa conversa descontraída onde confessou que agora o grande objectivo é fazer uma corrida no Campo Pequeno, em Lisboa.

José Manuel Monteiro Duarte, o «Fininho» como é conhecido na Raia sabugalense, nasceu há 41 anos na freguesia de Famalicão da Serra, concelho da Guarda.
«Comecei sozinho em 1994», lembra o ganadero no início da nossa conversa no Café do César, na Ruvina, onde chegou à hora marcada acompanhado da mulher Joaquina. A entrevista esteve inicialmente marcada para a quinta onde tem os toiros mas um calendário muito preenchido no mês de Agosto deixou essa visita para futura oportunidade. O terreno com muitos carvalhos vai desde o caminho agrícola da descida da Laje da Guarda até ao rio Côa contornando o cabeço da Senhora das Preces, local de romaria dos ruvinenses.
Voltando às memórias dos primeiros tempos diz-nos que aprendeu muito com o ganadero Manuel Rui, para quem trabalhou e a quem namorou uma filha. «Era o maior das touradas», diz com admiração.
– Qual foi a primeira capeia que realizou na Raia sabugalense?
– A primeira corrida, uma garraiada, com toiros meus teve lugar a 10 de Junho de 1994 numa praça desmontável em Famalicão da Serra. Fui comprar os animais ao Ribatejo e no primeiro ano e meio fiz 19 corridas. A minha primeira corrida na Raia foi em Aldeia do Bispo na tradição capeia do Carnaval. Nesse tempo ainda tinha os toiros a pastar em Famalicão mas tomei a melhor decisão da minha vida. Optei por vir sozinho para a terra dos toiros. Aqui é que é o Mundo das touradas e dos cavalos. Nesse tempo, no tempo do Emiliano e do Paco, os encerros tinham muito peso. Curiosamente, de há dez anos para cá, voltaram a ter muita participação e fui obrigado a comprar cabrestos. Os encerros trazem muita gente. No dia em que acabarem os encerros e as capeias a Raia perde a sua identidade.
– Considera-se um ganadero?
– Em vinte anos já realizei mais de 400 corridas em concelhos como o Sabugal, Guarda, Almeida, Bragança, Águeda, Aveira, Penamacor ou Castelo Branco. Fiz um enorme investimento nestes dois últimos anos para mudar a forma de trabalhar melhorando os pastos, a alimentação e o transporte dos toiros separados em gaiolas. Considero que tenho todas as condições para ser reconhecido como ganadero e tenho ganas de triunfar. Além disso faltava-me um braço direito que encontrei na minha mulher Joaquina com a qual faço uma equipa. Foi como encontrar uma agulha no palheiro. A Joaquim passou de guardadora de ovelhas para tratadora de toiros. Foi uma mudança radical mas que está a valer a pena. Tem evoluído muito rapidamente e de forma surpreendente na maneira de ver e perceber o que é bom para o forcão. Já vai a pé fechar os toiros e as vacas de quatro e cinco anos.
– Como aconteceu aquela colhida no encerro de Nave de Haver?
– Já apanhei cornadas valentes há cerca de 15 anos com um toiro em pontas. Já este ano, em Nave de Haver, levei umas cambalhotas valentes no encerro a cavalo. Acontece. Normalmente ando no meio dos toiros sem problemas. Eles têm muita sensibilidade e percebem se estamos com medo ou não mas temos de mostrar que quem manda somos nós. São animais que aprendem depressa e que sabem quem os traba bem. Há momentos em que me deito na majedouro onde comem mas também já tive de subir a correr para os carvalhos mais perto.
– Como se escolhe um toiro para o forcão?
– Para bater bem ao forcão o toiro tem de ser macio e meigo. Os que levei à Capeia de Aldeia do Bispo, na semana passada, eram todos perfeitos. Tenho as corridas separadas em cada parque porque não convém juntar animais de ganaderias diferentes. Cada toiro faz uma corrida ao forcão e depois vai para o matadouro. Prefiro o gado português e já estou a trabalhar com várias ganaderias para preparar as corridas do próximo ano. Para criação própria tenho vacas de ventre a parir desde há cerca de três anos.
– Há cuidados especiais para preparar uma corrida como o Festival «Ó Forcão Rapazes»?
– Foi a Joaquina que escolheu a ganaderia Ortigão Costa mas tivemos em conta o orçamento. Os nove toiros (mais um sobrero de reserva) para o Festival «Ó Forcão Rapazes» têm apresentação, idade, peso, terapio e qualidade para não falharem. A «Ortigão Costa» é uma ganaderia de muita tradição que manda toiros para o Campo Pequeno, para Espanha e para França. A responsabilidade e o número de corridas e encerros obrigou-me a aumentar a equipa com alguns amigos que me acompanham. No entanto ainda não dá para viver exclusivamente das corridas. Os alimentos estão muito caros e, por isso, fora da época alta trato dos animais e dedico-me à venda de lenha.
– A temporada de 2012 está a correr de feição…
– Está a correr muito bem. Um passo importante que dei para chegar aqui foi um encerro nos Fóios há três anos em que me deram muito valor porque já há mais de 40 anos que não encerravam o gado todo. Esta temporada destaco os encerros e capeias de Aldeia do Bispo, Rebolosa, Fóios e, claro, o Festival da praça do Soito. Outros momentos importantes foram o encerro de Nave de Haver e a corrida em Vale da Mula que está a ganhar muito peso na região. Em Vila Boa animaram-se e voltaram a fazer uma corrida após mais de 20 anos muito por culpa dos meus amigos Manuel António, do filho e do Manuel «Forneiro» que também me andam a ajudar. (Enquanto conversávamos ficou apalavrada com o mordomo Carlos Pina Solito a garraiada da Bismula para o dia 22 de Agosto).
A Joaquina foi uma espectadora atenta de toda a conversa e apenas interveio para destacar as qualidades do nosso entrevistado. «O Zé Manel nasceu para ser ganadero. Está-lhe no sangue. Às vezes para embolar um toiro senta-se em cima dele com um àvontade como se estivesse a lidar com gado manso.»
A terminar o «Fininho» confessou um desejo: «Agora tenho como grande objectivo fazer uma Capeia Arraiana na Catedral em Lisboa.»
Contactos: Telemóvel: 963 912 967. Facebook: Ganaderia José Manuel Duarte Fininho.
Os toiros do Festival Ó Forcão Rapazes podem ser vistos Aqui.

O José Manuel Duarte surpreende por manter uma expressão quase inalterável ao longo da conversa. Transmite convicção, gosta de pormenorizar os factos e percebe-se que tem as ideias arrumadas.
jcl
O mês de Agosto carrega sempre o secreto apelo do regresso às origens para os que estão longe. No concelho do Sabugal faz povoar as aldeias, abrir as persianas, lotar os bancos das igrejas e encher os lugares públicos com um estranho mas familiar linguajar mesclado aqui e ali de expressões e palavras de origem francesa. Mas, para muitos dos sabugalenses é o tempo da mãe de todas as touradas – a capeia arraiana – espectáculo único que andou escondido esotericamente nas praças das nossas aldeias e que, agora, de há uns anos para cá parece ter perdido a vergonha e tudo faz para se dar a conhecer ao mundo. A tradição manda que as touradas com forcão, precedidas de encerro, se iniciem na Lageosa no dia 6 de Agosto e terminem em Aldeia Velha no dia 25. E que se oiça bem alto o grito: «Agarráááio»
DIA | FREGUESIA | EVENTO |
3 e 4 | Soito | Garraiadas/Largadas |
6 | Lageosa da Raia | Encerro e Capeia Arraiana |
6 | Ruivós | Garraiada Nocturna com forcão |
7 | Soito | Encerro e Capeia Arraiana |
8 | Rebolosa | Encerro e Capeia Arraiana |
10 | Soito | Tourada à portuguesa nocturna |
12 | Aldeia da Ponte | Tourada à portuguesa |
13 | Aldeia do Bispo | Encerro e Capeia Arraiana |
13 | Seixo do Côa | Garraiada |
14 | Nave | Capeia Arraiana |
15 | Aldeia da Ponte | Encerro e Capeia Arraiana |
15 | Ozendo | Encerro e Capeia Arraiana |
16 | Vale de Espinho | Garraiada |
16 | Vale das Éguas | Garraiada nocturna com forcão |
17 | Alfaiates | Encerro e Capeia Arraiana |
17 | Fóios | Capeia Arraiana Nocturna |
18 | Soito | Festival «Ó Forcão Rapazes» |
20 | Forcalhos | Encerro e Capeia Arraiana |
21 | Fóios | Encerro e Capeia Arraiana |
25 | Aldeia Velha | Encerro e Capeia Arraiana |
Fonte: Rota das Capeias da Câmara Municipal do Sabugal |
«A Capeia Arraiana não é uma tauromaquia qualquer. Como uma espécie de religião em que se acredita, não basta assistir, é preciso participar, ir ao encerro, comer a bucha, beber uns goles da borratcha e voltar com os touros, subir para as calampeiras, ser mordomo, ser crítico tauromáquico, discutir a qualidade dos bitchos da lide ou, simplesmente, ser fotógrafo da corrida que não deixa ninguém indiferente, corre na massa do sangue, provoca um nervoso miudinho, levanta os pêlos do peito, atarracha a garganta e perturba o sono. É um desassossego colectivo que comove.» António Cabanas in «Forcão – Capeia Arraiana».
jcl
A empresa «João Tomé Saraiva – Sociedade de Construções», com sede na Guarda, é o novo empreiteiro da obra de Execução das Redes de Água e Saneamento na aldeia do Ozendo, por cedência da firma que inicialmente venceu o concurso da empreitada.
O novo empreiteiro substitui a empresa «Luís Pais dos Santos – Obras Públicas, Privadas e Terraplanagens» na execução da obra, a pedido desta, o que foi autorizado pela Câmara Municipal do Sabugal, que é a dona do empreendimento.
A cessão da posição contratual obriga a nova firma a cumprir com rigor o caderno de encargos definido aquando da adjudicação à empresa que venceu o concurso público.
Pese embora seja celebrado um novo contrato com a empresa que agora terá a responsabilidade da execução da obra, o contrato de empreitada anteriormente firmado terá de ser transcrito de modo a ser cumprido integralmente, evitando-se assim um novo procedimento concursal.
A firma João Tomé Saraiva trabalha já há vários anos no concelho do Sabugal, onde já executou outras obras de saneamento para a Câmara Municipal. Actualmente tem em execução a obra da estrada variante ao Soito, integrada no projecto de ligação A23-Fronteira, que está em fase de conclusão.
plb
E as vencedoras foram… Ivone Correia e Lurdes Rasteiro. Em jogo tradicionalmente de homens as sucessivas vagas de vazas foram acumulando «mocas» demolidoras e o único par feminino entre os 20 participantes venceu a final do terceiro Torneio de Sueca que terminou no sábado, 11 de Dezembro, no Ozendo.

O terceiro torneio de sueca, onde a felicidade chega em cada jogo depois dos 60 pontos, decorreu durante dois sábados – com dois grupos de 10 pares – na ARCO-Associação Recreativa e Cultural do Ozendo e foi conquistado pela única dupla feminina em prova constituída por Ivone Correia e Lurdes Rasteiro.
Na tarde/noite de sábado, 11 de Dezembro, o salão da associação encheu-se de craques que treinam praticamente todos os dias e que se inscreveram na prova cheios de fé na vitória e nos prémios finais.
Jogada após jogada, jogo após jogo, o par feminino ia «arrumando» com a concorrência masculina que, inevitavelmente, se queixava de má sorte com o embaralhar das cartas.
As finais entre os quatro melhores pares foram jogadas após o jantar entremeando um nervosismo envergonhado com as nuvens de fumo e as minis até que para surpresa de todos chegaram à finalíssima as duplas Beto Martins-Carlos Barata e Ivone Correia-Lurdes Rasteiro.
O José Gonçalves, grande organizador do torneio e treinador assumido da dupla feminina, devorava as jogadas num prolongado silêncio. «Ensinei-a a jogar, eu fiquei na primeira eliminatória e ela chega à final», desabafava num registo entre o resignado e o surpreendido.
O final da história já todos sabemos. A única dupla feminina do torneio da sueca da Associação do Ozendo levou de vencida, sem piscar de olhos nem toques marotos por baixo da mesa, os 19 pares de simpáticos machões. Ah! É verdade! E no final dividiram as oito notas de 50 euros do primeiro prémio entre as duas e mandaram vir uma grade de minis para comemorar.
Parabéns às campeãs.
jcl
E as vencedoras foram… Ivone Correia e Lurdes Rasteiro. Em jogo tradicionalmente de homens as sucessivas vagas de vazas foram acumulando «mocas» demolidoras e o único par feminino entre 20 participantes venceu a final do Torneio de Sueca que terminou no sábado, 11 de Dezembro, no Ozendo.
GALERIA DE IMAGENS – TORNEIO DE SUECA – OZENDO – 11-12-2010 |
Fotos Capeia Arraiana;– Clique nas imagens para ampliar |
jcl
A sessão ordinária do executivo da Câmara Municipal do Sabugal do dia 10 de Novembro de 2010 aprovou as candidaturas para a rede de saneamento básico para as localidades de Quarta-feira, Rebelhos, Batocas, Badamalos, Lomba, Monte Novo, Ruivós, Vale das Éguas e Ozendo e para as Etar’s de Penalobo e do Cró. O prazo de execução é de 12 meses.

Sessão ordinária pública de 10 de Novembro de 2010
A sessão ordinária pública do dia 10 de Novembro de 2010 no Salão Nobre dos Paços do Concelho foi presidida por António Robalo e contou com a presença dos vereadores Delfina Leal, Ernesto Cunha, Francisco Vaz, Joaquim Ricardo e Luís Nunes Sanches. Em cima da mesa estavam documentos e votações importantíssimas e fundamentais para a governação do município em 2011.
O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, declarou aberta a reunião às 10.30 horas e solicitou de imediato uma alteração à ordem de trabalhos. «Proponho que sejam discutidos, em primeiro lugar, os projectos de saneamento básico eternamente adiados para as pequenas freguesias do concelho. É importante votar este ponto para que os serviços camarários possam agilizar o processo ainda durante a manhã», pediu o presidente.
Presidência propõe ao executivo debate participativo sobre o Orçamento
Mas havia ainda mais duas propostas consideradas fundamentais para a presidência: «Proponho uma reunião extraordinária para a próxima quarta-feira para discutir o Orçamento para 2011. Considero fundamental que o executivo tenha a noção clara das receitas e despesas e possíveis folgas que muito possivelmente não vão existir. Até aqui o Orçamento sempre foi apresentado pela presidência. Este ano pretendo fazer, com todos, um debate participativo. Apesar de sofrermos um corte de mais de um milhão de euros e de termos margem para endividamento o nosso município é tratado em pé de igualdade com aqueles que já não se podem endividar. É mais uma penalização injusta. Por outro lado necessitamos de iniciar a discussão pública de alteração ao PDM da nova zona de implemental empresarial do Alto do Espinhal. Para que o documento possa ser levado à próxima Assembleia Municipal é fundamental a sua aprovação nesta sessão porque o documento tem de estar em discussão pública durante 30 dias.»
O vereador socialista Francisco Vaz aproveitou para recordar que «apesar de termos passado a reunir quinzenalmente sempre defendemos encontros semanais à quarta-feira até porque temo-nos apercebido do avolumar de assuntos fora da ordem de trabalhos».
Governador Civil da Guarda quer discutir o PROT-Centro
O executivo tomou conhecimento do convite do Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, para discutir o PROT-Centro numa reunião que vai ter lugar na terça-feira, 16 de Novembro, no Governo Civil e «permitir uma posição concertada da região e do distrito e evitar pontos de vista personalizados para cada concelho».
Obras do IGESPAR metem água em Sortelha
O vereador Francisco Vaz perguntou o que pensa fazer a Câmara relativamente à igreja de Sortelha que, apesar de obras recentes, tem infiltrações problemáticas no telhado. O presidente esclareceu que «os serviços camarários iam intervir mas já não vão» porque «assumi, sob pena de perder o mandato, mandar lá uma equipa da Câmara». «Chove lá dentro mas o IGESPAR não deixa mexer no telhado. Possivelmente temos ali um caso de Ministério Público», acrescentando ainda que no dia da inauguração do Museu do Côa falou com os responsáveis do IGESPAR para que «nos dissessem que materiais utilizar que nós assumíamos os custos». O director regional do IGESPAR marcou uma reunião para o dia 24 de Agosto em Sortelha. Desmarcou e nunca compareceu. O projecto passou, então, para delegação de Castelo Branco. «O projectista escolheu mal a telha e agora quer cinco mil euros para alterar o seu próprio projecto que tem direitos de autor. Fez um erro e agora quer dinheiro para alterar», acrescentou com ironia. Francisco Vaz confessou a sua preocupação com «o dinheiro dos contribuintes que foi mal gasto na igreja de Sortelha» concordando também que «é um caso de Ministério Público».
A vice-presidente, Delfina Leal, bem documentada, informou que «os técnicos municipais elaboram um parecer onde sugeriram um tipo de telha diferente e que está mais de acordo com os rigores do nosso clima». O vereador Joaquim Ricardo defendeu «a urgência de uma reparação e, depois, da participação para o Ministério Público».
Orçamento da Sabugal+ adaptado para plano de austeridade
Joaquim Ricardo informou que «já depois de ter elaborado o orçamento da Sabugal+ foi aprovado o Orçamento de Estado que altera as regras para as empresas municipais. O conselho de administração entendeu rever o orçamento e adoptar as medidas restritivas que estão em curso em todo o País. Entendo que devo comunicar ao Conselho Geral todas as alterações e propunha que este assunto seja transferido para a próxima reunião. O orçamento está feito e tenho-o comigo para distribuir pelo executivo». Na sequência desta informação o presidente propôs «retirar da ordem de trabalhos o orçamento da Sabugal+ e alertar para o facto de que também a Câmara deverá adoptar e aprovar um plano de austeridade no Orçamento de 2011».
Saneamento em nove aldeias do concelho do Sabugal
Após as intervenções iniciais António Robalo colocou à discussão a candidatura das obras de saneamento básico para algumas das mais pequenas freguesias do concelho do Sabugal. No seu entendimento «as Águas de Zêzere e Côa só muito remotamente fariam estas obras em virtude do baixo aglomerado populacional» no entanto «a concretização destes serviços em pequenas aldeias são muito importantes para a minha presidência».
A Câmara Municipal do Sabugal vai candidatar cinco projectos para execução das redes de saneamento básico:
1 – Rede de águas e esgotos de Quarta-feira e Rebelhos. (729.870,19 euros);
2 – Batocas e Badamalos (672.898,68 euros);
3 – Lomba e Monte Novo (885.958,71 euros);
4 – Ruivós e Vale das Éguas (808.620,78 euros);
5 – Ozendo (587,349,87 euros).
Estão, igualmente, em fase de candidatura a ETAR de Penalobo, o saneamento das Lameiras e a ETAR do Cró. O prazo de execução da obra é de 12 meses. Relativamente a Ruivós o projecto inicial prevê a construção de uma pequena necrófita. No entanto o parecer dos serviços técnicos aconselham uma ligação à Ruvina por elevatória e depois por conduta para a ETAR de Vale de Éguas. O processo irá sofrer posteriormente um ajustamento que se fosse feito agora já não permitiria a sua candidatura. As propostas foram aprovadas por unanimidade e foi, de imediato, solicitado aos serviços camarários para acelerarem o processo. Assim apenas ficam de fora o Cardeal e o bairro periférico de Alfaiates que ainda não têm os respectivos projectos concluídos.
Alteração ao PDM na zona de implantação empresarial do Alto do Espinhal
O presidente inforrmou, de seguida, o executivo sobre «a necessidade de alterar de zona rural para zona empresarial o PDM do Alto do Espinhal na freguesia das Quintas de São Bartolomeu. Temos o parecer favorável da conferência de serviços da Autorida Florestal Nacional em Coimbra mas foi-nos exigida em redor uma faixa de 100 metros contra incêndios que já foi delimitada pela Comissão municipal florestal de defesa contra incêndios do Sabugal». António Robalo propôs que «seja votada a discussão pública durante 30 dias num local que esteja aberto todos os dias» e deixou a sugestão para que o documento fosse colocado no Museu que está aberto todos os dias cumprindo o prazo de forma a permitir a sua votação na Assembleia Municipal». A proposta foi votada por unanimidade.
Irregularidades graves na APEES
Após a leitura, rectificação e aprovação da acta da reunião anterior pelos membros do executivo presentes foi tempo de discutir uma carta da APEES-Associação de Pais e Encarregados de Educação do Sabugal dando conta de um total de cerca de 88 mil euros de dívidas encontradas pela auditoria mandada realizar pela actual direcção.
O vereador Francisco Vaz entendeu pedir uma clarificação das datas da declaração de não dívida da Segurança Social quando a auditoria registou cerca de 25 mil euros que não foram pagos ao organismo estatal e cerca de 37 mil euros a uma instituição bancária.
Com o objectivo de tentar solucionar o grave problema o presidente António Robalo propôs «uma transferência por adiantamento ao protocolo de 15 mil euros e o pagamento do empréstimo bancário para a aquisição de equipamentos de cozinha no valor de 37 mil euros» defendendo que «os equipamentos devem ficar propriedade da autarquia num edifício camarário» porque «não podemos esquecer que a APEES está a substituir a Câmara no fornecimento de refeições aos alunos». Delfina Leal aproveitou para informar que «a APEES parou o transporte de alunos e há quatro crianças com necessidades especiais que já solicitaram apoio camarário». A vice-presidente disse ainda que «a actual direcção já se transferiu os escritórios para as instalações do Bairro Social para reduzir custos de arrendamento».
O vereador Luís Sanches considerou que «o crime compensa e devemos solicitar à Caixa de Crédito Agrícola os motivos do empréstimo, por quem e para quê» e o vereador Joaquim Ricardo acrescentou que «devemos resolver o problema da APEES mas os números da auditoria são demasiados redondos para serem rigorosos e por isso devemos solicitar uma certidão actual à Segurança Social e tentar resolver o problema com muita seriedade».
O presidente informou que vai ser pedido aos serviços camarários para fazer um inventário dos equipamentos e conferir com o empréstimo e as amortizações e aproveitou para sugerir uma visita às instalações para que o executivo tomasse conhecimento com a realidade.
Socialistas votam contra obras na A23. Joaquim Ricardo absteve-se.
A reunião continuou com a votação para aprovação de verbas para as obras da A23 que teve os votos contra dos dois vereadores socialistas e a abstenção do vereador Joaquim Ricardo. A votação dos pagamentos na ligação Cardeal-Soito teve, igualmente, os votos contra dos dois vereadores socialistas presentes.
Novo concurso para requalificação das margens do Côa
A finalizar o presidente informou que no concurso público para requalificação das margens entre pontes do Rio Côa no Sabugal foi anulado por incomprimento processual dos quatro candidatos. Os erros detectados levam à abertura de um novo concurso público.
Adesão à Associação dos Municípios com actividade taurina
O concelho do Sabugal aderiu (sem custos) à Associação Portuguesa dos Municípios com actividade taurina. A adesão à associação para promoção e manutenção de roteiros taurinos na Península Ibérica aguarda o envio dos estatutos e o valor da quota e depois será votada em Assembleia Municipal.
Reunião intensa e onde foram discutidos assuntos importantíssimos para a governação do concelho do Sabugal.
jcl
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