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A Confraria do Bucho Raiano do Sabugal marcou presença no segundo Grande Capítulo da Confraria da Marmelada de Odivelas que se realizou este sábado, 24 de Novembro, no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo.

A cerimónia de entronização de novos confrades realizou-se este sábado, dia 24 de Novembro, em Odivelas, com a presença de muitas pessoas ligadas ao poder local e empresarial, bem como diversas confrarias gastronómicas vindas de todo o país, entre as quais ao do Bucho Raiano, que ali esteve representada por seis confrades.
Pelas 11 horas, após a concentração dos convidados, iniciou-se uma visita ao Mosteiro de São Dinis e São Bernardo. A cicerone foi a Professora Máxima Vaz, natural da Abitureira, freguesia de Vila do Touro, Sabugal, e residente em Odivelas. Doutorada em História é uma das mais importantes individualidades odivelenses e condecorada por entidades como o Rotary Clube de Odivelas ou a Confraria da Marmelada. A Junta de Freguesia de Odivelas atribuiu-lhe o nome de uma rua e a Câmara Municipal fez o mesmo em relação a uma escola básica do concelho.
A historiadora que conhece como ninguém, ou como muito poucos, a história do Reinado de D. Dinis, cativou a audiência pela forma clarividente com que exibiu o seu extenso saber, sempre doseado com um humor bem oportuno. Começou por mostrar o átrio da Rainha Santa, a cozinha velha do mosteiro, os claustros, a sala do capítulo, tendo a aula de história e a visita acabado na igreja do Mosteiro, junto ao túmulo do Rei Dom Dinis.
Máxima Vaz explicou o papel de D. Dinis em Odivelas, onde mandou erigir o mosteiro alegando fazê-lo em resultado de uma promessa que fizera quando no momento em quue foi atacado por um urso quando andava a caçar. Admiradora da figura histórica do Rei Lavrador, explicou ainda o seu papel relevante na consolidação das fronteiras do país, no desenvolvimento da economia e a sua habilidade na política e diplomacia do reino perante os demais monarcas europeus.
Maria Máxima Vaz concluiu a sua viagem «dinisina» afirmando que «Odivelas deve a sua existência a D. Dinis porque se não tivesse sido este Rei esta Terra não teria passado da vulgaridade, não teria tido história alguma».
A cerimónia de entronização dos novos confrades aconteceu na sala do capítulo do convento, que estava repleta de pessoas, entre convidados e assistentes.
Na cerimónia foram entronizados 22 novos confrades, que prestaram juramento e receberam as insígnias, entre os quais José Carlos Lages, vice-chanceler da Confraria do Bucho Raiano, que residindo em Odivelas quis pertencer à confraria local.
À cerimónia de entronização seguiu-se o almoço no refeitório do Instituto.
A representar a Confraria do Bucho Raiano estiveram, para além do vice-chanceler, o grão-mestre Joaquim Silva Leal, o chanceler Paulo Leitão Batista, o almoxarife Paulo Terras Saraiva, e ainda as confreiras Delfina Leal e Ana Paula Sousa.
plb
A Confraria do Bucho Raiano do Sabugal marcou presença no segundo Grande Capítulo da Confraria da Marmelada de Odivelas que se realizou este sábado, 24 de Novembro, no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo.
CONFRARIA DA MARMELADA DE ODIVELAS – 24-11-2012 |
Fotos Capeia Arraiana e José Valverde – Clique nas imagens para ampliar |
jcl
Passou de cem o número de confrades e amigos do Sabugal e do bucho raiano que no sábado, dia 10 de Novembro, se juntaram no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete, para conviver e degustar os bons sabores das nossas terras.
Fotos de Daniel Salgueiro e José Carlos Calixto
Passou de cem o número de confrades e amigos do Sabugal e do bucho raiano que hoje, dia 10 de Novembro, se juntaram no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete, para conviver e degustar os bons sabores das nossas terras.
O convidado de honra deste almoço foi o general Pina Monteiro, Chefe de Estado-Maior do Exército, que se juntou aos confrades para saborear com os conterrâneos o bom bucho.
Enquanto observavam a magnífica paisagem que o estuário do Tejo proporcionava, os convivas foram conversando e provando as farinheiras e morcelas grelhadas que serviram de entrada. Depois passou-se para o salão, onde, já nas mesas, foi servido o Dom Bucho, acompanhado, como manda a tradição, com grelos de nabo e batatas cozidas.
Após as sobremesas e os cafés, por ser véspera de S. Martinho, vieram à mesa castanhas assadas e jeropiga, tudo produto da terra, o que satisfez o apetite e o gosto dos comensais.
À mesa estiveram um chefe de cozinha e um monitor da Escola de Hotelaria da Casa Pia, que ali vieram a convite da Confraria para conhecerem o bucho e para dar seguimento a uma parceria. Os alunos terão formação acerca do que é uma confraria, tendo por modelo a Confraria do Bucho. Também estudarão e proporão novas formas de confeccionar e de apresentar o bucho. A ideia é aproveitar o sabor tradicional desta peça gastronómica para a partir dela se prepararem novas iguarias. Também se apresentarão propostas inovadoras acerca da forma como o bucho pode ser «empratado» e servido à mesa.
O almoço de Alcochete também serviu para se marcar o próximo convívio, que acontecerá em Elvas, no Alentejo, em 19 de Janeiro de 2013. Nessa data haverá almoço de bucho no Hotel Brasa, sendo anfitrião o confrade Daniel Salgueira.
plb
A Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas (FPCG) elegeu ontem os novos corpos sociais, em cuja composição passa a estar a Confraria do Bucho Raiano, do Sabugal, que será vice-presidente do Conselho Directivo.
A eleição aconteceu ontem, dia 26 de Outubro, em Vila Nova de Poiares, onde reuniram em congresso os representantes das confrarias federadas para votarem na única lista candidata aos órgãos directivos da FPCG.
A lista liderada pela Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal foi eleita, como era de esperar, recebendo 29 votos a favor, três abstenções e um voto contra.
Olga Cavaleiro, a agora eleita presidente da FPCG, congratulou-se pelo resultado obtido, manifestando-se disposta a liderar com êxito a agremiação das confrarias gastronómicas portuguesas. «Esta é uma equipa onde se entrevê cumplicidade, coesão e humildade», disse Olga Cavaleiro, ao agradecer os apoios recebidos. «Iremos desempenhar o mais alto cargo em prol da gastronomia e do nosso movimento confraternal. Sejamos capazes de honrar com o nosso trabalho e mobilização a nossa gastronomia e as nossas confrarias», concluiu.
Antes do acto eleitoral o V Congresso da FPCG procedeu à ratificação da proposta de exclusão de algumas Confrarias pelo facto de não pagarem as suas quotas, ainda que para isso tenham sido repetidamente alertadas.
No decurso do encontro o anfitrião das confrarias, Jaime Soares, presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, Juiz da Confraria da Chanfana e presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, relembrou o trabalho positivo realizado nestes anos pela Federação. Conseguiu-se a afirmação do movimento confrádico, que hoje tem um papel essencial da dinamização de muitas terras de norte a sul de Portugal. «As confrarias não promovem apenas a gastronomia, mas também o convívio, as tradições e a cultura», disse o autarca, que também deixou uma palavra de agradecimento para a Mordomo da Confraria da Chanfana, Madalena Carrito, que agora deixa as funções de presidente da FPCG: «Ela fez um excelente trabalho à frente da federação e assim dignificou a Confraria da Chanfana e Vila Nova de Poiares.».
A Confraria do Bucho Raiano esteve em Vila Nova de Poiares, representada pelo Grão-Mestre, Joaquim Silva Leal, e pelo Chanceler, Paulo Leitão Batista. Agora eleita para o Conselho Directivo da FPCG, a Confraria será aí representada pelo Grão-Mestre, que será um dos vice-presidentes da Federação.
A tomada de posse dos novos órgão sociais acontecerá no início de Janeiro de 2013.
plb
O habitual almoço anual da Confraria do Bucho Raiano na região de Lisboa realiza-se no dia 10 de Novembro, no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete.

O almoço anual na região de Lisboa da Confraria do Bucho Raiano está aberto a todos os sabugalenses e amigos do Sabugal que desejem inscrever-se, independentemente de serem ou não confrades da Confraria.
Os interessados podem inscrever-se por estas vias: enviando e-mail para o endereço confrariabuchoraiano@gmail.com, ou telefonando para os números 966823786 ou 963084143.
jcl
No passado dia 14 de Outubro cumpriu-se em Castro Daire o anunciado Primeiro Capítulo da Confraria do Bolo Podre e Gastronomia do Montemuro. Além da confraria madrinha (Confraria do Queijo Serra da Estrela), estiveram presentes representações de outras agremiações, designadamente as confrarias Sardinhas Doces de Trancoso, Saberes e Sabores da Beira, Grão Vasco, Chanfana, Gastronómica de Santarém. A Confraria do Bucho Raiano, do Sabugal, marcou presença com dois representantes: os confrades Natalina Baptista Martins e José Leitão Baptista. Da lavra deste último editamos um texto que nos informa como aconteceu a entronização da nova confraria gastronómica.
A novel confraria apresenta-se com um traje de surrobeco (à primeira vista parece burel, mas as duas cores desmentem essa impressão) constituído por capa castanha comprida, lisa, de uma só peça, com tecido acinzentado no colarinho e justaposto no peitilho, em zona de abotoamento, e de corte ziguezagueado. Desse mesmo tecido surge nas costas da capa uma espiga de trigo estilizada. O chapéu é um modelo borsalino fedora, condizente com as cores do traje. A capa, no lado esquerdo do confrade, exibe o símbolo da confraria, também presente no medalhão metálico do colar suspenso de larga fita dourada.
O dia acordou com chuva, mas à hora prevista o programa iniciou-se com as boas-vindas no Centro Municipal de Cultura, onde pontuavam elementos da confraria anfitriã, designadamente o grão-mestre Adérito Pereira Ferreira, que dirigia pessoalmente palavras de apreço e agradecimento aos convidados. Um trio de acordeonistas brindou os visitantes com trechos de música regional.
Iniciada no Auditório Municipal a sessão do I Capítulo da Confraria do Bolo Podre e Gastronomia do Montemuro, a mestre de cerimónias Lúcia Simões convidou para a mesa o confrade presidente e juiz da confraria Hélio Augusto Almeida Pinto e o presidente do município José Fernando Carneiro Pereira. No uso da palavra, o presidente e juiz fez uma breve saudação à assistência e agradeceu a todos a sua presença, o mesmo sucedendo com o orador seguinte, o presidente da Câmara Municipal.
Seguiu-se um intervalo para possibilitar a todas as pessoas presentes a primeira prova de produtos gastronómicos regionais, colocados em abundância numa mesa comprida situada no amplo recinto que servira já para recepção e boas-vindas. O bolo podre surgia como ícone de dimensões gigantescas, posando ao lado de um ramo de alecrim em lugar de honra. Na lauta mesa de iguarias, além do bolo podre tradicional, o leque de escolhas era variado: bolas de carne e de outros ingredientes, moiras, chouriças de carne e de bofes, entrecosto, chispe, iscas, presunto de cura tradicional, salpicão, torresmos, trutas de escabeche, arroz de forno com hortelã, feijão com couve galega, queijo fresco e curado, arroz-doce, compota de amoras silvestres, ananás, sortido de doçarias em miniatura, broa de milho, pão de padeira, rabanadas, folar e o típico bolo escangalhado. Para acompanhar esta miscelânea de sabores, foram servidas diversas bebidas, com destaque para o vinho rosé de Vila Franca das Naves, galardoado recentemente, e os vinhos regionais Aromática e Dois Lagares de pisa a pé.
De estômago aconchegado, a comitiva dirigiu-se de novo para o auditório, para assistir à sessão principal.
A mestre de cerimónias anunciou a constituição da mesa, desta vez formada pelo representante da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Manuel Leal Freire, pelo presidente e juiz da Confraria do Bolo Podre e Gastronomia do Montemuro e por um representante da confraria madrinha do Queijo Serra da Estrela.
Num discurso sugestivo, o orador Adérito Pereira Ferreira, grão-mestre da nova confraria, fez uma introdução relacionada com o concelho de Castro Daire e suas 22 freguesias, repartidas pelo vale e pela serra. Fez depois o enquadramento do bolo podre como tradição que tem origem no folar de produção caseira oferecido aos afilhados em época pascal e que era acompanhado com presunto e queijo de cabra, procedimento que se manteve praticamente até ao início dos anos de 1990, época em que começou a sua comercialização como produto industrial. Os ingredientes não variaram, mantendo-se a farinha de trigo, os ovos, o azeite, a banha, a manteiga, o fermento e o sal. Recentemente surgiram algumas variações que incorporam aromas de canela, laranja ou limão, mas que a confraria recusa para manter e defender a divulgação do produto genuíno.
A diferença entre o bolo caseiro e o bolo industrial ficou patente nos dois vídeos exibidos, suficientemente elucidativos para prescindirem de quaisquer esclarecimentos complementares.
Finalizado o discurso do grão-mestre, passou-se à cerimónia da entronização com o chamamento dos confrades – primazia dada aos fundadores – e colocação das insígnias, incumbência atribuída ao representante da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas e ao presidente da nova confraria.
O juramento foi feito de forma coletiva, com as palavras proferidas em voz alta.
Seguiu-se a distinção dos confrades de honra, personalidades que de alguma forma contribuíram para o engrandecimento do concelho nas mais variadas vertentes.
A cerimónia prosseguiu com discurso do representante da confraria madrinha, estabelecendo uma ligação que vem de tempos antigos entre os naturais de Castro Daire e as gentes da Beira-Serra, designadamente em trabalhos nos lagares de azeite.
O discurso de encerramento coube a Manuel Leal Freire, em representação da Federação, que dissertou sobre a formação das primeiras confrarias, remontando às catacumbas, para afirmar que as colectividades com origem no passado se projectam no futuro. Como é seu timbre, e recorrendo a uma memória prodigiosa, o orador entremeou no seu discurso de improviso quadras que evidenciam a sabedoria popular.
Após a troca de prendas entre as confrarias presentes, ocorreu no auditório a sessão de fotografias de grupo, pois a chuva impossibilitou o cortejo que estava previsto para o centro da localidade, com fotografia defronte da capela dos Carrancas, a que se seguiria o almoço no piso superior do Museu Municipal.
Novamente a mesa de repasto surgiu com a abundância costumada, possibilitando um excelente almoço volante e momentos de convívio, com a animação de quatro acordeonistas.
Quando as pessoas se sentiam já satisfeitas, embora o cansaço convidasse ao descanso em lugares sentados, a confraria anfitriã anunciou então o verdadeiro almoço para um recinto contíguo onde todos foram distribuídos por várias mesas preparadas para o efeito.
Na gastronomia regional não podia faltar o cabritinho de Montemuro com batatas assadas, as trutas do rio Paiva, o vinho tinto da vizinha região do Douro, o espumante Murganheira, a aletria, o arroz-doce, o bolo podre de maçã e as célebres fritas de abóbora e de chila, imprescindíveis em momentos de festa, designadamente no Natal.
Na ponta final, enquanto se saboreava o café, a água da alquitarra e o licor de hortelã, dois fadistas acompanhados por um acordeonista cantaram de mesa em mesa, à desgarrada, improvisando versos de circunstância que perpetuam a tradição do fadinho serrano.
Na despedida, o grão-mestre obsequiou cada um dos presentes com um saco de pano com o símbolo da confraria bordado a cores e contendo dentro do mesmo o bolo podre que dá nome a esta nova confraria gastronómica.
José Leitão Baptista
O habitual almoço anual da Confraria do Bucho Raiano na região de Lisboa realiza-se no dia 10 de Novembro, no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete.
O convívio de 2012 da Confraria do Bucho Raiano está programado para num local especialmente aprazível, num salão à beira-Tejo, com vista para a baía de Alcochete.
A ementa já está elaborada e inclui entradas, com broa, manteigas, paté, azeitonas, bem como as morcelas e farinheiras raianas assadas.
Também haverá sopa de alho francês, ao que se seguirá o esperado prato de bucho acompanhado de batata, nabiças e grelos. Para beber haverá vinhos de Rio Frio e do Vale da Judia, para além de cerveja e refrigerantes.
A sobremesa inclui arroz doce e ananás, a que se seguirá o café.
Após o almoço virão à mesa castanhas assadas e geropiga de Ruivós, em homenagem a São Martinho, patrono das festas outonais.
Os interessados podem inscrever-se por estas vias: enviando e-mail para o endereço confrariabuchoraiano@gmail.com, ou telefonando para os números 966823786 ou 963084143.
O almoço de bucho está aberto a todos os interessados que desejem inscrever-se, independentemente de serem ou não confrades da Confraria.
Inscreva-se e vá degustar o saboroso bucho raiano, e conviver entre amigos num belo e aprazível local da margem sul do Tejo.
O restaurante é defronte ao conhecido Hotel Al Foz, de Alcochete.
Paulo Leitão Batista – Chanceler da Confraria do Bucho Raiano
Quando se aproxima o tempo das matanças e da degustação do saboroso bucho, publicamos o texto da oração de sapiência proferida pelo Professor Fernando Carvalho Rodrigues na cerimónia do Terceiro Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, sucedido no Sabugal, no dia 18 de Fevereiro de 2012. O Professor fala do bucho, centrando-se em Creado, a sua terra de nascimento, que pertence à freguesia de Casal de Cinza e ao concelho da Guarda.
Quando no Império era Imperador Barack Obama, Sumo Pontífice Bento XVI e na Lusitânia era Pró-Consul Cavaco Silva, foi, em Creado, Mordoma da festa de Santo Antão uma filha do José Braz casada com um rapaz de Carpinteiro filho do Fausto Raposo. Em 2013, será a Lúcia, filha de Zé Aires, e mais o marido.
Há uns milhares de anos que é assim: A Festa de Creado é no dia de Santo Antão. É a festa do Padroeiro. Em cada ano, a 17 de Janeiro, o Povo reúne-se para nomear o Mordomo do ano seguinte. Santo Antão é o Santo Padroeiro de Creado. De lá, vêm, por muitas gerações, meus antepassados. Em cada ano ter proteínas dependia um pouco de caça, mas sobretudo do marrano. E todos os anos compravam os porcos para cevar durante o ano e iam e recebiam quem vinha para pedirem a protecção de Santo Antão na capela do seu orago em Creado.
No dia seguinte da Festa, depois de celebrada a missa, oferecem um pé vindo da matança de Dezembro ao Santo para que lhe guardar o bácoro próspero e com saúde. Seguia-se animada a arrematação dos donativos. O leilão, como é público, incita vaidades. Não tem mal. Num dia, não tem mal. A vaidade deixa mais uns dinheiros porque leva o pé quem mais oferecer. Em tempos de oscilações da bolsa. O pé pode render vinte euros. Pode até, como se tem visto ultimamente, chegar aos cinquenta euros. Sim, porque os marranos da nossa Beira Alta foram classificados pelas agências de notação em triplo AAA com prospectiva positiva. Espera-se que o pé de porco salve a classificação da dívida soberana logo que a produção se intensifique. Pelo menos, a capela de Santo Antão, em Creado, beneficia. O dinheiro das arrematações, em bolsa, reverte a favor da Igreja. É que o Mordomo é quem faz as arrematações e ninguém e tem ordem para arredar pé enquanto houver ofertas para arrematar. E, para cada pedaço quem oferece o pé é o primeiro a dizer quanto vale. Que isto de deixar cair o valor em bolsa é só para os banqueiros.
Ao Santo Antão em Creado vai o povo honesto. E mais a prece pelo marrano que viverá por aquele ano até Dezembro. Viverá em um T0 com esplanada. Chamam-lhe: o cortelho. Mas é o único animal a quem se oferece um estúdio enquanto vive. Casa de granito afagado e porta de cerne de carvalho. E um dia, libertado do peso de viver, só o fará se Santo Antão o proteger. Partes, todas as partes do marrano passarão por nós, Homo Sapiens Sapiens, e todos aqueles bocados terão o privilégio de reconhecer que existem, terão a alegria de contemplar e estudar o Universo de que são parte e a parte que faz ao mundo perguntar. É este o milagre, renovado, de Santo Antão do Egipto.
Terá nascido pelo ano 251 D.C.. Inventou como ser Monge. Mas como todos aqueles que fazem trabalho solitário solta-se-lhes a imaginação, a compreensão e têm a tentação da soberba que vem da Soberania sobre os Saberes. E tentação, esta e outras, teve Santo Antão do Egipto como todos os que contemplam mistérios. A humildade de uma via simples livrou-o sempre. Mas houve quem as imortalizasse.
Chama-se Hieronymus Bosch, o espírito medieval vivido de uma forma única. Nas tentações de Santo Antão que deixou no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa . Estão as extravagâncias de monstros escarnecendo gárgulas. Sentou monstros nas cadeiras do coro. Pôs demónios olhando de soslaio para as margens dos manuscritos. Distorceu, horrivelmente, humanos lançados com forquilhas para o inferno. São o esconjuro pela arte. Pela pintura. Com Bosch sente-se o cerco diabólico a Santo Antão. Representa o mundo como um prolífico formigueiro. Os quadros de Hieronymus Bosch têm que ser interpretados símbolo a símbolo. Ele e a sua pintura mostram a intromissão do demónio na vida humana. Os elementos da fantasia na sua obra dão-lhe um inesgotável fascínio. E, num dos vários quadros das tentações do Santo Antão. No que está em Madrid. Ao lado e protegido pela paz de Santo Antão está o marrano. Ambos serenos, em Paz, com Deus no reequilíbrio do nervosismo da fantástica imaginação. Na aceitação que cada classe de vida alimenta outra classe de vida até que possa contemplar Deus. Mas a vida da pintura de Hieronymus Bosch não é só tentação e descrição. Descrição mordaz da percepção da vida como hoje em dia atravessamos. É colhida em fonte popular na Nave dos Loucos. O quadro da «A Nave dos Loucos» é uma fonte inesperada do retracto da vida de hoje. Inesgotável para os modernos psiquiatras, sociólogos, economistas, retratados suponho, por um discípulo de estilo, Pieter Breughel, o velho, na condução pelos cegos deste novo e actual Mundo. Mas voltando a Hieronymus Bosch é no pormenor, no detalhe. Numa espécie de extensão da beleza, do talento e da técnica dos iluministas tão atentos ao pormenor que nos fazem aparecer tentações de Santo Antão e o marrano a seus pés.
E é essa mesma atenção ao detalhe que faz do Bucho, o enchido delicioso, o ultimo dos manjares para o Intróito. Também lhe chamam o Entrudo.
Para o Bucho, em Creado, num alguidar de barro colocam-se as carnes partidas em pedaços: orelhas, carnes que tenham cartilagem, pontas das costelas, couratos e o rabo. Temperam com alho, sal, pimentão doce e picante e um bom vinho. Cinco dias. Reparem bem. Cinco dias em vinha de alho. Vai-se provando, a suprema medida da ciência, para ver se está temperado suficiente. E mais vos digo: se não for bem temperado: Olhai! Estraga-se. Mas se fizerdes como vos digo a bexiga do porco que se guardou bem com o palaio encheu-se com as tais carnes temperadas. Vai ao fumeiro durante algumas semanas e guarda-se para o Carnaval. Com a Família, mais batatas cozidas e grelos de nabo (bem se não houver pode ser acompanhado por couve Portuguesa). Pinga e por fim o arroz doce.. Acho, que corta a gordura. Bem é arroz doce. Acabou-se. Sempre foi assim. E no fim, está-se de novo pronto a embarcar nesta «Nave de Loucos», pilotada pelos cegos Breughel e livres das tentações mas com a protecção de Santo Antão. Até porque de todos os porcos que nos dão hoje o Bucho um pé ser-lhe-á oferecido para o ano que vem. Sim, que com os Mordomos já nomeados em Creado não há crise, que as agências de notação não se estrevem, ou mesmo atrevem, a meter-se. O Bucho lá estará em 2013.
Só a faz parar de o apreciar o dia das Cinzas. Por causa da Lua que determina o dia de Páscoa, o Dia das Cinzas, calha sempre a meio da semana. É sempre numa quarta-feira este Dia das Cinzas. E nesse dia, durante milénios os Homens da Ordem Militar do Hospital marcavam-no, com uma Cruz de Cinza, na fronte, numa cerca da Freguesia de que Creado é parte: a Freguesia de Casal de Cinza. Passa por lá o eixo da Terra e nela se faz o melhor Bucho do Mundo e tudo isto é o maior dos Milagres de Santo Antão de Creado de Casal de Cinza, que também foi, em outros tempos, do Egipto.
P.S. O Autor escreve de acordo com a ortografia da Dona Laura. Três reguadas por cada erro no ditado chegaram para lhe acabar com todas as veleidades. Quer as passadas, quer as presentes, ou mesmo as futuras.
Fernando Carvalho Rodrigues
Dando continuidade à candidatura à Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas (FPCG), a lista que integra a Confraria do Bucho Raiano apresentou-se publicamente ontem, dia 26 de Setembro, no Porto, no Solar dos Condes de Resende.
A lista «Ousar Crescer» pretendeu, segundo a candidata à presidência, Olga Cavaleiro, mostrar que quer fazer diferente, apostando na aproximação aos que acreditam nas potencialidades do movimento confraternal gastronómico português.
O orador convidado foi o Dr Domingos Silva, que sugeriu algumas ideias para o futuro da federação e defendeu a «coesão» como princípio estruturante da actividade das confrarias.
A lista candidata à FPCG é assim constituída:
Conselho Directivo
Presidência: Confraria da Doçaria da Doçaria Conventual de Tentúgal
Vice-Presidências: Confraria do Bucho Raiano, Confraria do Queijo Serra da Estrela, Confraria dos Ovos Moles de Aveiro, Confraria Gastronómica da Madeira, Confraria do Bucho de Arganil, Confraria da Maçã Portuguesa.
Suplentes: Confraria As Sainhas e Confraria do Bodo.
Mesa do Congresso e Conselho Geral
Presidência: Confraria das Almas Santas da Areosa e do Leitão
Vice-Presidências: Confraria Gastronómica dos Gastrónomos dos Açores e Confraria do Cabrito e da Serra do Caramulo.
Secretários: Confraria do Moliceiro e Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões
Suplentes: Confraria Gastronómica O Rabelo e Confraria Gastronómica da Carne Barrosã
Conselho Fiscal
Presidência: Real Confraria do Maranho.
Relatores: Confraria Gastronómica do Ribatejo e Confraria do Bolo de Ançã.
Suplentes: Confraria da Broa de avança e Confraria das Papas de São Miguel.
A Confraria do Bucho Raiano esteve representada na cerimónia de apresentação da candidatura pelo Grão-Mestre, Joaquim Leal, e pelos confrades Francisco Santos e Rosa Santos.
plb
A Confraria do Bucho Raiano (CBR), com sede no Sabugal, integra a lista candidata aos corpos sociais da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas (FPCG).
A Lista de que a CBR faz parte tem como candidata à presidência do Conselho Directivo da FPCG a Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal. Na mesma lista a CBR é candidata a uma das vice-presidências, o que faz ao lado de outras confrarias, como a do Queijo Serra da Estrela, dos Ovos Moles de Aveiro, da Gastronomia da Madeira, do Bucho de Arganil e da Maça Portuguesa.
As eleições para a FPCG ocorrerá em 26 de Outubro, em Vila Nova de Poiares, onde se realizará o do Congresso das Confrarias. A confreira Madalena Carrito, da Confraria da Chanfana, decidiu não se recandidatar ao lugar de presidente da Federação, tendo-se candidatado ao lugar a confreira Olga Cavaleiro, da Confraria de Tentúgal, a cuja lista se juntou a Confraria do Bucho, que aí tem sido representada pelo Grão Mestre, Joaquim Silva Leal.
A lista de Olga Cavaleiro, até agora a única, foi apresentada no passado dia 19 de Setembro, em Tentúgal. Sob a epígrafe «Ousar Crescer», a lista será agora apresentada às confrarias do Norte, o que acontecerá em 26 de Setembro, no Solar dos Condes de Resende, no Porto.
A lista «Ousar Crescer» conta ainda com outras confrarias, nomeadamente a das Almas Santas, a da Areosa e do Leitão, dos Gastrónomos dos Açores, do Cabito da Serra do Caramulo, do Moliceiro, das Sainhas, do Bodo, dos Gastrónomos de Lafões, do Rabelo e da Gastronomia de Sever do Vouga.
De acordo com o programa apresentado, a lista que integra a Confraria do Bucho Raiano, propõe-se mobilizar a FPCG no sentido de ajudar as confrarias a criarem as condições de reconhecimento daquilo que são os bons produtos e, em parceria com outras instituições, facilitar a distinção do que melhor se faz na nossa gastronomia. Outra proposta é a qualificação dos produtos, fazendo com que quem os consome possa ficar satisfeito com a sua singularidade e a expectativa não dê lugar à frustração. O programa defende ainda, entre outras medidas, a constituição de uma base de dados com as receitas, as histórias associadas às receitas e os seus autores, os provérbios, os modos de produção, os ingredientes, e outros aspectos relevantes de cada produto gastronómico.
plb
A histórica cidade de Trancoso ganhou mais colorido este sábado, 22 de Setembro, com a realização do I Encontro das Confrarias das Beiras, iniciativa da Confraria das Sardinhas Doces de Trancoso com apoio da Câmara Municipal e empresa municipal Trancoso Eventos.

As confrarias gastronómicas das Beiras reúnem este sábado, 22 de Setembro, em Trancoso. O primeiro encontro é uma iniciativa da Confraria das Sardinhas Doces e conta com o apoio do município e da empresa municipal de Trancoso.
Um encontro de saberes e sabores, de experiências que nasceram na lonjura dos tempos e foram transmitidas de geração em geração, uma componente real e importante da Cultura Portuguesa, autêntica expressão do povo que guarda em si segredos da mesa de «arte de bem comer e bem beber» entendida esta como uma herança histórica, etnográfica e gastronómica mas também de elementos que se conjugam com a actividade agro-pecuária.
As Confrarias, ao conjugarem os cidadãos num objectivo de promoção, preservação e divulgação de produtos locais ou regionais ou de animais como é o caso do Cão Serra da Estrela, estão a preservar o património material e imaterial e contribuir para o desenvolvimento sócio-económico onde é de destacar o Turismo nas suas vertentes gastronómica, monumental, paisagística, o artesanato e as tradições.
Programa
09:30 – Recepção às Confrarias e Sardinha de honra.
10:30 – Sessão de boas vindas de Júlio Sarmento, Presidente da Câmara Municipal de Trancoso e representação teatral dos alunos do 2º ano do C.A.S.C. Escola Profissional de Trancoso.
10:45 – 1.º painel – A Gastronomia/As Confrarias e as Comunidades Locais. Moderador: Dr. Carlos Camejo. Participantes: As Mãos fadadas das Freiras (Santos Costa); Os Comeres da Beira na Idade Média (Armando Fernandes); A Singularidade das Comunidades Locais: Contributos de uma Confraria (Olga Cavaleiro).
11:45 – 2.º painel – Contributo das Confrarias para o desenvolvimento de uma Região. Moderador: Dr. Amaral Veiga. Confrarias Gastronómicas, baluartes de promoção e do desenvolvimentodos Territórios (Madalena Carrito); O contributo das confrarias para a promoção do produto endógeno (Luís Baptista); As confrarias e o Príncipe Kropotkin (Carvalho Rodrigues).
Debate
13:30 – Almoço: Hotel Turismo de Trancoso.
15:30 – Momento Musical: Coro da Santa Casa da Misericórdia de Trancoso.
15:45 – Encerramento. O Poder Local e as Confrarias locais e regionais (Júlio Sarmento).
16:00 – Visita a Trancoso.
17:00 – Lanche partilha com produtos das Confrarias.
jcl (com Gab. Comunicação e Imagem da C.M. Trancoso)
Torrelavega, capital de la comarca de Besaya (Cantábria), acogió en sus fiestas de la Virgen Grande 2012 a las cofradías gastronómicas, que acudieron a la llamada de la Cofradía del Hojaldre, para arroparlos en su IX Gran Capítulo.

Situada en el amplío valle dónde confluyen los ríos Saya y Besaya, es la capital de la comarca del Besaya y con sus más de 57.000 habitantes la segunda ciudad y la más industrializada de la comunidad autónoma de Cantabria.
Su historia se documenta a partir del siglo VIII, cuando dependía del monasterio de Yermo, en Cartés y de la abadía de Santa Juliana, en Santillana. De la Vega, como ya se conocía el lugar, toma el nombre de la familia de los Garcilasos –como también es llamada- considerándose a Garcilaso de la Vega I como fundador de la villa, siendo históricamente el solar de la casa noble de la Vega, cuya torre complementó el nombre con el que era conocida y que ha llegado hasta nuestros días. Dicha torre de sillería y tres cuerpos fue mandada construir por Leonor de la Vega y su hijo Iñigo López de Mendoza –marqués de Santillana- en el siglo XV y se ha conservado hasta 1937, así como su capilla, en cuyo solar se ha levantado la actual iglesia de la Virgen Grande.
Sobre la primitiva capilla adosada a la torre, se levanto en su momento la iglesia de la Consolación, y entre los años 1956 y 1964 la actual iglesia de la Virgen Grande, que alberga la talla de la Virgen del siglo XV de Lapayese. De carácter racionalista fue realizada por el arquitecto Luis Moya Blanco, reproduciendo el formato utilizado poco antes para la iglesia de la Universidad Laboral de Gijón, ejemplar obra de la postguerra española.
Extinguido con Leonor el linaje de la Vega, el solar pasa a los duques del Infantado, que concentran desde el siglo XV la administración de justicia e impuestos. Su industrialización comenzó en 1753, con la apertura del “Camino harinero o de las lanas” entre Reinosa y Santander, que favoreció la creación de diversas fábricas, transformando a partir del siglo XIX su primitivo aspecto agrario en industrial, con la apertura de las minas de Reocín en 1857 y la salmuera de Polanco en 1857. Precisamente por su industrialización y por el importante incremento demográfico, en 1895 la regenta María Cristina le otorga el título de ciudad.
Sin embargo Torrelavega nunca ha perdido su carácter agrario y ganadero, contando desde 1767 con mercado semanal, otorgado por Carlos III. De 1844 data el recinto de la Llama, lugar de ubicación de su prestigioso mercado semanal de ganados hasta 1974, en el que se traslada al recinto del “Mercado nacional de ganados Jesús Collado Soto”. Este recinto, conocido popularmente como la Cuadrona, es con sus 140.000 metros cuadrados cubiertos, el de mayor superficie de España y uno de los más importantes en cuanto a volumen de operaciones.
A la bulliciosa ciudad hemos llegado por la carretera de Asturias, cuya construcción data de 1800, para arropar a los cofrades hojaldres que rindan tributo a su popular producto, en la celebración de su IX Gran Capítulo, el caluroso domingo 19 de agosto de 2012.
Los actos comenzaron a primera hora de la mañana con la concentración de las Cofradías que hemos acudido al Capítulo, en la calle Santander, en dónde fuimos recibidos por los Cofrades locales con los que compartimos desayuno en la Cafetería Pilo Urbano, en la que se nos agasajo con estupendos canapés, hojaldres y polkas, al ritmo de la música y los bailes que corrían a cargo del «Grupo de danzas Virgen del Campo» de la vecina Cabezón de la Sal.
Las cofradías asistentes, a la que hay que sumar la anfitriona, han sido las cantabras de la «Anchoa de Cantabria de Santoña», «Respigo de Laredo» «Orujo de la Liébana», «Quesos de Cantabria», «El Zapico», «Nacimiento del Río Ebro» y la «Academia Cantabra de Gastronomía». Las asturianas de «Doña Gontrodo», «Quesu Gamoneu», «Orden de los Caballeros del Sabadiego», «Vino de Cangas», «Oricios», «Amigos de los Nabos», «Gastrónomos del Yumay» y «Amigos de los Quesos», junto con la del «Vino de la Rioja», «Vino de la Ribera del Duero», «La cerveza de Madrid», «La Alubia de Tolosa», la francesa «Confrarie Saint Romain» y la portuguesa «Confraria da Amadora». La representación de la Cofradía de los Amigos de los Quesos del Principado de Asturias, estuvo compuesta en esta ocasión por Armando Álvarez, Monchu Llana y el que suscribe, mientras que Estela –en silla de ruedas, aún convaleciente de su rotura de peroné- represento junto a María Luisa Llavona a la Cofradía Doña Gontrodo.
Concluida la concentración llego el momento de inicio del Capítulo en sí, con la marcha cívica por las calles de Villamojada –como la llamó Benito Pérez Galdos en su novela Marianela – en dirección al Ayuntamiento, dónde concluiría. La marcha la iniciaba el casi centenario grupo «Picayos de la Virgen de las Nieves» de Tanos (Torrelavega) que fue creado en 1916, a la que siguió la Cofradía anfitriona con un grupo de miembros repartiendo en el desfile las «polkas» a los transeúntes que observaban la misma, seguida del resto de Cofradías, cerrando la misma el mencionado Grupo de danzas Virgen del Campo.
El Ayuntamiento – en no muy buenas condiciones de habilitabilidad por cierto – esta ubicado desde 1906 en el palacio que Demetrio Herrera construyó en 1888, destacando en él sus escaleras principales de mármol y el salón de sesiones con su bóveda y pinturas románicas realizadas por el catalán Ramón Fraxenet.
En la fachada del engalanado edificio y bajo la bandera de la ciudad –por cuyos colores sus habitantes son llamados «portugueses» – se realizo la foto de familia de todos los cofrades de las respectivas Cofradías, antes de acceder al mismo a través del pasillo de aros que portaban los miembros del grupo de danzas.
En la comida de hermandad, hemos degustado un menú compuesto, por aperitivos de hojaldre de la Cofradía, marmita de bonito, e solomillo al tostadillo de Liébana con su guarnición. Postre: «Homenaje a la Cofradía del Hojaldre».
Los vinos elegidos han sido: vino blanco de la DOP Rueda (aunque en progama figuraba Ribera del Ansón, de la IGP Vino de Cantabria Costa) el tinto «Solar Viejo reserva vendimia seleccionada» con D.O.P.Rioja y el cava «Cantabria Infinita Brut» elaborado por Segura Viudas.
Muy correcto menú, con un exquisito postre elaborado en la confitería Hojaldres, por Germán Erquicia, uno de los cofrades más entusiasta y gran colaborador de la Cofradía, compuesto por una torrija de hojaldre borracha y dos tipos de tartas de hojaldres diferentes.
Al concluir la comida y antes de tomar el café, Javier Marcano como Gran Maestre, hizo público en compañía de sus compañeros cofrades que han formado parte del jurado, del veredicto del «I Concurso de pincho elaborados con hojaldre» organizado por la Cofradía en colaboración con la AEHC (Asociación empresarial de hostelería de Cantabria). En él han participado 42 establecimientos, que ofertaron sus elaboraciones desde el 10 al 19 de agosto a un precio de 2,5 euros que incluía pincho y bebida. El jurado seleccionó a 8 establecimientos: el Refugio de Tanos, bar Cabrero, restaurante Villa de Santillana, la Gárgola, restaurante Urbano´s, bar Mundial, restaurante Al Natural y cafetería Pilo Urbano. Los dos últimos han sido los finalistas, los otros 6 han recibido mención, siendo el vencedor final la cafetería Pilo Urbano (en la que había tenido lugar el desayuno de recepción del Capítulo) con su elaboración: «pincho de hojaldre de queso de cabra, cebolla caramelizada y mousse de pimiento rojo».

Luis Javier del Valle Vega
O Grogue é a aguardente tradicional de Cabo Verde, e o melhor grogue é o que é produzido a partir da cana sacarina dos regadios de Santo Antão, a ilha onde está sedeada a Confraria do Grogue, a «Congrog», a única que por enquanto existe no país. Estivemos na maior das ilhas cabo-verdianas do barlavento, onde, na cidade da Ponta do Sol, falámos com Alberto Carlos Lima, o fundador e confrade-presidente da Confraria do Grogue.
– Há quanto tempo foi fundada a Confraria do Grogue?
– Foi há quatro anos, realizámos este ano de 2012 o nosso quarto capítulo, onde entronizámos alguns novos confrades. Passámos a contar com 104 confrades efectivos após este capítulo.
– São a única confraria de Cabo Verde, por enquanto, mas sabemos que mantêm contactos regulares com confrarias portuguesas…
– Sim, nomeadamente com a federação das confrarias portuguesas, com a sua presidente, a Dra Madalena Carrito, que já esteve aqui em Santo Antão, num capítulo. Também já estivemos em Portugal em capítulos de confrarias e é nosso confrade de honra o Dr Jaime Soares, presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e Juiz da Confraria da Chanfana.
– Têm outros confrades de honra?
– Sim, homenageámos já várias personalidades dando-lhes o título de confrades de honra, como por exemplo os presidentes de todas as câmaras da ilha de Santo Antão, que são quatro, e o ex-presidente da República de Cabo Verde, Pedro Pires, entre outros.
– Ao que se fala, o grogue é um produto típico de Cabo Verde que é produzido em várias das suas ilhas. Qual a razão pela qual a confraria do Grogue foi fundada em Santo Antão?
– Porque o grogue produzido em Santo Antão é o mais genuíno de Cabo Verde. O verdadeiro grogue cabo-verdiano é aqui de Santo Antão.
– O que é que o diferencia do grogue das restantes ilhas?
– Muita coisa. A forma de o fazer, a partir da cana do açúcar e segundo o método tradicional, e também o paladar e o aroma. Muito do grogue que se fabrica em Cabo Verde é feito a partir de açúcar e não da cana-de-açúcar como aqui se faz. Esta ilha produz cana-de-açúcar, que é de onde se extrai o grogue, e é preciso ter em conta que a maior parte das restantes ilhas nem sequer produzem cana – como é que podem produzir o grogue tradicional?
– O grogue de Santo Antão está certificado?
– A Congrog está agora a tratar desse processo, que passa por diversas burocracias e por várias entidades.
– Quais são as principais actividades da Congrog?
– Para além dos capítulos anuais, fazemos reuniões de convívio e jornadas em que se debate a forma como devemos defender o nosso produto. Muitos dos nossos associados são fabricantes de grogue e estão muito interessados em valorizar o produto.
plb
De passagem por Cabo Verde, por razões profissionais, aproveitámos um dia livre dos afazeres do serviço para uma deslocação à ilha de Santo Antão, no extremo oeste do arquipélago, onde observámos as abruptas falésias, visitámos os esplêndidos vales verdes e conhecemos os amigos da Confraria do Grogue.
Da cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, embarca-se no ferry para a ilha de Santo Antão, que fica a apenas uma hora de navegação. O barco sulca diariamente as águas levando povo e turistas. Estes são sobretudo gente nova, franceses e alemães, que procuram os percursos montanhosos da ilha verde para saudáveis caminhadas. O barco transporta também viaturas, muitas delas camiões carregados de tudo o que os ilhéus do barlavento necessitam.
O barco acostou no Porto Novo, uma pequena cidade que vive da economia do porto marítimo, onde as gentes se encostam ao cais oferecendo o serviço de transporte aos turistas que chegam.
Optámos por procurar o mesmo transporte que os autóctones utilizam para se deslocarem à Ribeira Grande, a maior cidade da ilha, que dista quase uma hora de viagem por uma estrada sinuosa junto à costa, cavalgando as falésias íngremes e rochosas.
Já na Ribeira Grande procurámos pela Confraria do Grogue. Fomos informados de que para se contactar a confraria seria necessário ir à Câmara Municipal, na Ponta do Sol, e falar com o Carlos Bituca, o grande dinamizador do movimento confrádico em Cabo Verde. Uma nova tomada de transporte, numa carrinha, e chegámos à Ponta do Sol, onde entrámos no edifício da Câmara.
Lá estava o confrade-presidente da Confraria, Alberto Carlos Lima, também conhecido por Bituca, acompanhado pelo também confrade Jorge Pires.
Quem é confrade vê as portas abertas em toda e qualquer parte do mundo… E afirmamos isto, porque bastaram dois minutos de conversa e uma singela troca de adereços (uns pin’s de pôr na lapela) para, acto contínuo, sermos introduzidos no gabinete do presidente da Câmara, o dr Orlando, que dirigia a reunião ordinária dos vereadores. O dr Orlando, que é também um dos fundadores da Confraria do Grogue e grande entusiasta das suas actividades, afirmou-nos conhecer o presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, que há poucos meses esteve na ilha. Informado sobre o que era um bucho, confessou não quer morrer sem provar essa iguaria raiana e sem ir ao Sabugal visitar o autarca congénere.
Depois de uma conversa com os confrades do grogue, estes levaram-nos num jipe, viajando pelos deslumbrantes e férteis vales da ilha. Valeu a pena, porque observámos paisagens espectaculares, que nunca imaginámos existirem em Cabo Verde. Há plantios sucessivos de cana de açúcar (com a qual se faz o grogue) no fundo dos vales e em socalcos que escalam a montanha. Observam-se também palmeiras, mangueiras e, mais acima, pinheiros e outras espécies florestais, constituindo tudo uma paisagem luxuriante que merece a pena visitar.
Parece a ilha da Madeira, com as suas montanhas íngremes, com fartura de árvores e de água correndo pelas encostas, até no nome das terras: Ribeira Grande, Ponta do Sol, Paul.
Numa das encostas, num local chamado Boca da Coruja, entrámos no hotel Pedracin Village, composto por um conjunto de casinhas típicas, construídas em pedra, que se espalham pela encosta. O local está pejado de turistas que ali vêm encontrar-se com a natureza, fugindo ao reboliço das praias e dos resorts que estão instalados em ilhas como a do Sal e da Boavista.
Fomos recebidos pelo proprietário, o confrade e presidente da assembleia-geral da Confraria do Grogue, José Pedro Oliveira, que nos serviu um grogue da terra, e uma saborosíssima refeição típica de carne e peixe.
Valeu a pena conhecer os amigos da confraria do Grogue, que no dia 1 de Abril tiveram o seu capítulo anual, na cidade do Paul, na fabulosa ilha de Santo Antão.
plb
El 17 de marzo de 2012, Oliveira do Hospital, en Portugal, acogió los actos del XXIII Gran Capítulo de la Cofradía Queijo Serra da Estrela. Descripción, fotos y vídeo del mismo. Como cada año desde 2007, en el que la Cofradía de Amigos de los Quesos del Principado de Asturias se hermanó con la Cofradía del Queijo Serra da Estrela, acudo a Oliveira do Hospital, a celebrar con nuestros «hermanos portugueses» su Gran Capítulo, su gran día del año.

En esta ocasión a diferencia de los dos últimos años, en el que acudimos solos Estela y yo, nos acompañaron los amigos Jorge Martínez, Jesús Solís y Aquilino Suárez, por lo que la Cofradía de Amigos de los Quesos y la del Quesu Gamoneu estuvieron representadas por dos personas y Doña Gontrodo sólo por Estela.
Siguiendo la costumbre de los últimos viajes, hemos aprovechado para hacer un poco de turismo y conocer dos ciudades que no conocíamos: Peso de Regua y Viseu. La una cabecera del Alto Douro Vinhaterio y la otra la principal ciudad de la región Däo-Laföes.
Peso de Regua, fundada a la vera del río Duero, consiguió de su puerto fluvial su sustento económico, del mismo salían los barcos rabelos, típico barco portugués de vela, encargados de transportar las barricas de vino de oporto de las bodegas sitas en la zona, hasta Vila Nova de Gaia y Oporto. En la actualidad la creación de presas en diferentes zonas del río en los años setenta, impide que los mismos sigan ejerciendo su función, obligando a realizar el transporte por carretera. Hoy en día, la ciudad ha crecido considerablemente, dependiendo prácticamente su economía de la actividad vinícola, de la que es cabecera.

Allí hemos comido estupendamente en uno de los restaurantes de vanguardia de Portugal, “Castas e Pratos”, ubicado en unos antiguos almacenes de graneles, pegados a la estación del ferrocarril, que cuenta con unas modernas y acogedoras instalaciones integrados en un peculiar marco. Su comida tradicional evolucionada de alta calidad y su amplía carta de vinos elegida como la mejor de Portugal en 2011, lo han ubicado en pocos años entre los grandes del país vecino.
Viseu, con más de 100.000 habitantes, es una de las ciudades más antiguas de Portugal, cuya existencia se remonta a la época castreña y tuvo una gran importancia en la época romana. Aglutina historia y modernidad, con restos romanos, iglesias que marcan el paisaje urbano y casas solariegas de arquitectura sobria, pero de imponente granito. Su Catedral, del siglo XVI aunque comenzada en el XII, bien merece una visita, como la iglesia de la Misericordia y el museo Grao Vasco, todo ello en la Adro de Sé, una de las plazas más bonitas de Portugal. La Plaza de Rossio, dónde está ubicado el Ayuntamiento y la cava de Viriato, con la escultura en honor del héroe lusitano, que parece ser estuvo asentado largo tiempo en la ciudad, son otras de las visitas obligadas.

La modernidad de Visseu es palpable en el Centro Comercial Palacio de Gelo, dónde esta ubicado el Bar de Gelo, abierto en el año 2008, es único en Portugal y uno de los siete existentes en Europa. Tomarse un cóctel –única posibilidad existente, con la variante de con o sin alcohol – en sus instalaciones es una experiencia única, que no debe perderse.

La siguiente parada fue en Caldas de Senhorim, entre Nelas y Oliveira do Hospital, dónde nos esperaban nuestros anfitriones. Este año, los actos del Capítulo se ceñían al sábado, no habiendo la clásica cena de recepción de los viernes. Ello no quitó para que disfrutáramos junto con Pedro Couceiro, su esposa Fatima y su hijo Nuno y de Antonio Serra Amaral y su esposa Gracia, de una estupenda cena en el restaurante Zé Pataco y de la gastronomía tradicional de la región Däo-Laföes, dónde no faltaron la Chanfaina y los arroces con costela y con marisco, todo ellos regado con los vinos de Däo, que para eso estábamos en el territorio de esta DOP.
A pesar de la gran sequía que hay en todo Portugal este año, la mañana del sábado amenazaba lluvia en nuestra salida de Meruge, el bello pueblo dónde Pedro y Fatima tienen su residencia, y antes de llegar al nuevo recinto ferial de Oliveira la misma hizo su aparición, estando presente casi toda la mañana, desluciendo en buena parte el amplio programa que la Cámara Municipal tenía dispuesto para la XXI Festa do Queijo Serra da Estrela e outros produtos locais de qualidade.
El programa de actos del Gran Capítulo, no contenía actos en la mañana del sábado, lo que permitió una visita tranquila a los múltiples puestos de todo tipo que había en el ferial, con largas paradas en los puestos de las cinco queserías acogidas a la Denominación de Origen Protegida “Queijo da Serra de Estrela” que tienen su sede en el municipio de Oliveira do Hospital, y cuyos responsables son ya conocidos de nuestras visitas anteriores.
A la hora de la comida, nos desplazamos al centro de la localidad, al restaurante Johnny´s, donde dimos cuenta de buenas carnes de vacuno. Al amigo Pedro le gusta llevarnos a sitios diferentes en cada comida o cena, y ello nos permite ir conociendo la diferente oferta gastronómica que existe en el municipio.
Había tiempo para el descanso, que mis compañeros de viaje aprovecharon, pero el que suscribe tenía trabajo. Un año más formaba parte del jurado del Concurso gastronómico “Com queijo Serra da Estrela”, teniendo el placer de ser el único de los miembros que ha estado en el mismo desde su inicio, en el año 2010. Esta edición tenía como novedad el cambio de nombre de concurso de dulcerías por concurso gastronómico, abriéndose a elaboraciones saladas, y que había cuatro elaboraciones realizadas por establecimientos profesionales, contando también con dos elaboraciones de alumnos de la Escuela de hostelería local. Al concurso se han presentado 14 elaboraciones, en el que se ha vuelto de poner de manifiesto la versatilidad del queijo, en sus diferentes elaboraciones, en la cocina.

A las 17,30 horas comenzó el desfile de las veintisiete Cofradías españolas y portuguesas asistentes al Capítulo, que previamente nos habíamos ido concentrando en el recinto ferial, precedidos de la “banda Zambumbadas dos Pastores de Unhais da Serra” y de la Cofradía anfitriona.
Las cofradías portuguesas del Almas Santas de Areosa e do Leitäo, As Sainhas de Vagos, Barco Rabelo, Bucho de Arganil, Bucho Raiano de Sabugal, Cabritu da Serra do Caramulo, Cäo da Serra da Estrela, Carolos de Vila Nova de Oliveirinha, Chanfana, Doçaria de Tentúgal, Gastronómica de Bacalhau, Gastronómica de Laföes, Gastronómica de Madeira, Gastronómica do Norte Alentejano, Gastronómica de Pinhal do Rei, Gastronómica de Toiro Bravo, Gastronómica de Sever do Vouga, Gastronómica e enofilos de terras de Carregal do Sal, Leitäo de Barraida, Medronho de Tabúa, Ovos Moles de Aveiro, Queijo San Jorge y Sardinhas doces de Trancoso; las españolas de los quesos de Cantabria y del queso Manchego y las asturianas, formamos el vistoso desfile desde el recinto ferial en la parte norte de la ciudad, hasta la iglesia parroquial de la Exaltación de la Santa Cruz.
Allí se hicieron las fotos de familia, primero una sola de los miembros de la Cofradía anfitriona y otra conjunta de todos los asistentes. Las escaleras de esta iglesia de 1751, levantada sobre otra del siglo XIII y XIV, es el marco perfecto para tener un bonito recuerdo de esta acogedora ciudad.

El desfile continuó rodeando el parque “Ciudad jardín” dejando a la derecha la bella capilla de Santa Ana, y concluir el vistoso desfile en la casa de cultura César Oliveira, lugar dónde se celebraría el acto oficial del Capítulo, volviendo de esta forma al recinto que nos había acogido hace años, ya que los dos últimos se habían realizado en el salón noble del Ayuntamiento, aquí llamada Cámara Municipal.
El Capítulo estuvo presidido por el Gran Mestre de la Cofradía, Manuel Freire Leal, escoltado por Diogo Albuquerque, Secretario de Estado del Ministerio de agricultura, desarrollo rural, medio ambiente, marítimo y ordenación del territorio del Gobierno de Portugal y el alcalde de la localidad José Carlos Aleixandro. A los que acompañábamos el que suscribe como representante de la Cofradía de Amigos de los Quesos del Principado de Asturias, Madalena Carrito presidenta de la Federación de cofradías gastronómicas de Portugal (compuesta por 70 cofradías) y los cofrades locales Joao Madanelo (Escribano) y Miguel Serra Amaral (Secretario), ejerciendo como maestro de ceremonias, el Gran Conseillero y alma mater de la Cofradía Pedro Couceiro.
Una vez más la Cofradía ha tenido el bonito gesto y amabilidad de situarnos en la presidencia y cedernos la palabra en la celebración del Capítulo, y más cuando estaban presentes otra Cofradía hermana (Queijo San Jorge) y la que los había apadrinado en su momento (Quesos de Cantabria).
Como años anteriores mi intervención de agradecimiento fue en portugués y en ella tuve un emotivo recuerdo para el difunto cofrade del Queijo, Carlos Magalhanes, cuya viuda Rosé se encontraba entre nosotros. Carlos era un enamorado de nuestra tierra asturiana, fue junto con Pedro Couceiro de los primeros que he conocido, y con él mantenía continuo contacto, siendo su fallecimiento fue un duro golpe. No fue posible devolvernos la visita que le hicimos el año anterior, a su residencia en el bello lugar de Mont´Alto en Arganil, con motivo de la celebración del Capítulo anterior. Descanse en paz.
Las intervenciones del Gran Mestre, del Alcalde, del Secretario de Estado, la mía propia y de la Presidenta de la Federación, precedieron al juramento de los numerosos cofrades de mérito y los de número – 8 más con lo que ya suman 78 cofrades-, y a la presentaciones de María Eugenia Lemos sobre como distinguir el queso con DOP.
Hélio Loureiro, cocinero reputado portugués, que presta sus servicios profesionales en el Hotel Palacio de Oporto, tiene un programa de cocina en la televisión portuguesa y es colaborador de la Festa do Queijo, en el que en esta edición y en la anterior realizó en directo un “show-cooking” con elaboraciones con el queso Serra, fue nombrado Cofrade de Mérito. Con Hélio he tenido el placer de ser compañero suyo en la edición anterior y en la presente del concurso gastronómico.

Este era un Capítulo para celebrar, si en del año anterior se había presentado la candidatura con la que la Cofradía, presentaba al queso que defienden como candidato a una de las 7 maravillas gastronómicas de Portugal, este año tocaba reconocer a todos los involucrados por haberlo obtenido, de diferente forma.
A las Cámaras Municipales de toda la comarca de la Serra de Estrela, se les nombraba Cofrades de Mérito. Los alcaldes de Aguiar da Beira, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Seia y Tabúa, accedieron al estrado a recibir los honores y jurar como cofrades. Estas ocho Cámaras fueron junto con la de Oliveira do Hospital – que no fue nombrada, al serlo ya- las que dieron el apoyo oficial a la candidatura.
El otro reconocimiento se realizaba a los ganaderos suministradores de leche y a las cinco queserías elaboradoras de queso, pertenecientes al municipio de Oliveira do Hospital, acogidos y registrados en la Denominación de Origen Protegida Queijo Serra da Estrela. Todos los presentes recibieron su diploma “7 Maravillas de la Gastronomía” como parte involucrada principal, en la obtención del galardón obtenido por votación popular de todos los portugueses. Otros no lo pudieron recoger al estar trabajando, y es que la hora de entrega coincidía con la hora del ordeño de la tarde.
El concurso “7 Maravillas de la Gastronomía” se celebro por iniciativa de la RTP1 (Radio televisión portuguesa) siendo está la primera y única vez que se realizaba. El 10 de septiembre, la ciudad de Santarém, acogió la entrega de los reconocimientos a los productos premiados. Y allí estuvo una nutrida representación de la Cofradía y de la Cámara Municipal, para recoger el reconocimiento del Queijo Serra da Estrela como la maravilla gastronómica de Portugal en la sección “Entradas”, recibiendo ni más ni menos que 900.000 votos.
Los otros seis nombramientos han correspondido, a:
– Sección de sopas: El caldo verde.
– Sección de pescado: Sardinha asada.
– Sección de mariscos: Arroz de marisco.
– Sección de carnes: Leitäo (lechón) da Bairrada.
– Sección de caza: Alheira de Mirandella, y
– Sección de repostería: Pastel de Belém.
Para celebrar que en el acto, estábamos presentes todas las Cofradías que defendemos quesos en la península ibérica, en la que sólo faltaba la del Idiazabal, no quisieron desaprovechar la ocasión para hacerlo ver al resto de asistentes, y un representante de cada una de ellas subió al escenario, dónde han entregado un recuerdo del encuentro y dado por concluido el acto oficial. Los representantes de las portuguesas de San Jorge y Serra da Estrela, las españolas del de Cantabria y Manchego, y las asturianas del Principado de Asturias y del Gamoneu – que asistía por primera vez a este Capítulo- subimos hermanados al estrado.

Cabe destacar que después del acto oficial, ha tenido lugar el encuentro oficial entre dos de las tres únicas Cofradías de la península ibérica, cuyos cofrades son únicamente mujeres, la portuguesa de As Saiñas, de Vagos, en Aveiro y de Doña Gontrodo, de Oviedo. Ellas, junto con las Peralta de Portugal y la de Venecia, son las cuatro únicas europeas compuestas únicamente por mujeres. Seguro que de este encuentro, saldrán estupendas relaciones.
El Capítulo concluyó con la cena de hermandad realizada en la cercana Casa dos Espíritos, bonita discoteca habilitada para recoger la misma, dónde el catering del restaurante Visconde de Touriz (Taugá) fue el elegido para servir el menú. Este estuvo compuesto por:
– Buffet de entradas, compuesto por: queso Serra da Estrela y Serra da Estrela velho, queijinhos de oblea frescos pimenta e ervas, mantenga de oblea do Monte Maior, queijo creme, iogurte das nossas obleas con mel, henchidos das Beira, Leitöa da Bairrada y Chanfana. Estas dos últimas gentileza de las Cofradías que defienden estos productos, presentes en el acto.
– Crema de zanahoria con cubos de naranja y miel.
– Borrego Serra da Estrela al horno con castañas, y
– Requesón Serra da Estrela con dulce de calabaza, cosa dulce con queso Serra (realizada con receta de Hélio Loureiro), otros dulces y frutas y pastéis de Tentúgal y ovos moles de Aveiro, gentileza igualmente de otras dos Cofradías presentes.
Estupenda cena, regada con los estupendos vinos de la D.O.P. Däo, que abarca la zona limítrofe con Oliveira, a un precio muy razonable de //35// € y que dio paso a una agradable velada de un buen grupo, con la discoteca ya funcionando como tal.

De domingo, atendiendo la invitación del matrimonio Mendes –Carolina y Joan- nos desplazamos a la localidad de Alvôco das Várzeas, perteneciente al municipio de Oliveira, dónde disfrutamos de su hospitalidad y de su bello pueblo.
Tocaba el almuerzo de despedida con toda la familia Couceiro, en Casa Carlos, en la cercana localidad de Ponte de tres Brazos. Lo dicho Pedro, no se cansa de mostrarnos ofertas gastronómicas diferentes, y nosotros encantados.
Las compras en Oliveira, dónde aún es posible adquirir productos a precios más que interesantes, fueron la despedida a un espléndido fin de semana, dónde un año más pudimos renovar nuestro hermanamiento y estrechar los lazos de amistad que nos unen con una buena parte de los cofrades queseros. En mayo, con motivo del Gran Capítulo de Doña Gontrodo, tendremos ocasión de corresponderles todas sus atenciones.
«Vivir sin amigos, no es vivir.» Cicerón, Marco Tulio (106-43 a.C).
Luis Javier del Valle Vega
El 17 de marzo de 2012, dentro de los actos de la XXI Festa do Queijo Serra da Estrela, en Oliveira da Hospital, se ha celebrado este III concurso, en el que he tenido el placer de ejercer de jurado. O artigo junta recetas y fotografías de los platos.

Nuestra Cofradía hermana, del Queijo de la Serra da Estrela, celebra su Gran Capítulo coincidiendo con esta festa o feria, motivo por el cual me desplazo todos los años a esa acogedora ciudad portuguesa. Dentro de los múltiples actos que organiza la Cámara Municipal, se encuentra este concurso, en el que he tenido el placer de estar invitado como jurado en las tres ediciones del mismo, en el cuál he compartido compañeros diferentes, siendo el único que ha asistido a las tres ediciones.
El concurso se realizó dentro del marco de la XXI Festa do Queijo de la Serra da Estrela e outros produtos locais de qualidade, ante la presencia del público asistente a la misma.
Las novedades de este año han sido básicamente dos, una la presentación de platos salados, lo que ha motivado el cambio de nombre, pasando de ser concurso de dolçerias a gastronómico, y la segunda la presentación de profesionales y establecimientos de hostelería. Al igual que en la edición anterior, se han presentado alumnos de la Escuela de hostelería del municipio.
Los platos presentados a concurso tenían que contener Queijo Serra da Estela, en algunas de sus variedades o algunos de sus derivados, es decir Queijo Serra curado, Queijo velho de la Serra, fresco y requesón. Los concursantes presentados han sido catorce, tres más que en la edición anterior, suministrando la organización a los miembros del jurado un folleto con las recetas de los platos presentados. Los premios, en metálico, para los tres primeros clasificados de eran de 100 €, 75 € y 50 €, respectivamente.
El jurado lo hemos formado cinco personas, el cocinero Helio Loureiro, que cuenta con el programa Gostos y Sabores de la RTP, presta sus servicios profesionales en el Hotel Palacio de Oporto y es colaborador de la Festa, en el que realiza en directo un show-cooking; Soledad Abrantes, cocinera del restaurante de la Cámara Municipal de Oliveira; Antonio Moniz Palme, representando a la Cofradía del Queijo Serra da Estrela; Zacarías Puente, representando a la Cofradía del Queso de Cantabria, y el que suscribe en representación de la Cofradía de Amigos de los Quesos del Principado de Asturias. Estaba igualmente prevista la presencia de Mariana, de la quesería Dos Lobos, en representación de los productores de quesos, que al final no pudo asistir. La concejal de cultura de la Cámara Municipal, María Silvia, coordinó el concurso.
La puntuación ha realizar total, comprendida entre 1 y 20 puntos, estaba compuesta por 5 apartados, cada una con un porcentaje diferente. En concreto, estos eran: degustación (40 %), presentación (30 %), originalidad de la receta (15 %) otras consideraciones del jurado (10 %) y viabilidad comercial (5 %). Aunque había que especificar entre salado o dulce, los premios no distinguían unos de otros, ni si eran de profesionales o de aficionados.
La prueba de los diferentes platos, se ha realizado delante del público asistente y en un momento del mismo, nos han visitado las autoridades que recorrían la feria, que no han dudado en degustar la que se estaba evaluando en ese momento. El sobrante de cada elaboración podía ser degustado por el público asistente.
Los tres primeros premios, han correspondido:
Primer Premio:
Categoría: Dulce.
Nombre plato: Delicia de la abuela serrana.
Nombre del participante: Restaurante Principe da Cidade.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 5 huevos.
– 100 gramos de azúcar.
– 1 dl de agua.
– 4 dl de natas.
– 400 gramos de queso fresco de oblea.
– 1 bote de leche condensada.
– 100 gramos de galletas María.
Elaboración:
1 – En un tazo verter las yemas de los huevos, el azúcar y el agua.
2 – Poner a fuego, moviendo siempre, hasta que este ligado y retirar del fuego.
3 – Batir bien las natas, junto con el queso y la leche condensada, hasta que quede una mezcla homogénea.
4 – Batir las claras de los huevos y mezclar bien con las dos mezclas anteriores.
5 – Triturar bien las galletas y decorar con ellas.

Segundo Premio:
Categoría: Salado.
Nombre plato: Hojaldre de queso.
Nombre del participante: Escuela Hostelería de Oliveira do Hospital.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– Masa filo.
– Manteca de oveja.
– Queso da Serra.
– 1 dl de natas.
– 100 gramos de nueces.
– 2 hojas de gelatina neutra.
– Sal.
– Pimienta.
Elaboración:
1 – Pintar la masa filo con la manteca y hornear a 180º C.
2 – Batir las natas y mezclar con la sal y la pimienta.
3 – Picar bien las nueces y mezclar con la gelatina previamente derretida.
4 – Colocar una base de masa filo con queso Serra y poner encima otra base de masa filo. Encima colocar la mousse de nuez y terminar con otra capa de masa filo.
5 – Decorar al gusto.

Tercer Premio:
Categoría: Dulce.
Nombre plato: Quesada de requesón con cabello de ángel.
Nombre del participante: María Isabel Mendes.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 330 gramos de requesón.
– 2 huevos.
– 8 yemas de huevos.
– 200 gramos de azúcar.
– 100 gramos de cabello de ángel.
– Canela.
Elaboración:
1 – Mezclar el requesón con el azúcar.
2 – Posteriormente añadir los 2 huevos, las 8 yemas, el cabello de ángel y un poco de canela en polvo.
3 – Mezclar bien todos los ingredientes.
4 – Verter el preparado en moldes, previamente untadas con un poco de manteca.
5 – Cocer en el horno a una temperatura de 180º C.

El resto de participantes, han sido:
Categoría: Salado.
Nombre plato: Olibeiräo.
Nombre del participante: Joao Manuel Martins Quaresma.
Localidad: Santa Ovaia.
Ingredientes:
– 200 gramos de masa de pan de trigo o de centeno.
– 100 gramos de Aldeira Beira Alta. La Aldeira es un embutido de diferentes carnes troceadas.
– 100 gramos de queso de oveja curado y seco.
– 100 gramos de manzana Bravo Esmolfe (es un tipo de manzana local).
– 1 yema de huevo.
Elaboración:
1 – Con un rollo de cocina, extender la masa de pan hasta obtener un grosor de 0,5 cm, y cortar en cuadrados de 10 cm.
2 – Retirar la piel del embutido y cortarlo en rodajas.
3 – Pelar la manzana, quitarle el corazón y cortarlas en rodajas.
4 – Cortar el queso rodajas finas.
5 – Colocar encima de la masa, el embutido, la manzana y el queso.
6 – Hacer un bollo con la masa, cerrando bien los laterales.
7 – Pintar la masa con la yema del huevo, y cocer en el horno a 200º C durante cerca de 10 minutos.

Categoría: Dulce.
Nombre plato: Cascada de Estrela.
Nombre del participante: Isabel María Gouveia Ribeiro Neto.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes, para 4 personas:
– 1,5 dl de agua hirviendo.
– 50 gramos de manteca.
– 60 gramos de harina, tipo 55.
– 2/3 huevos de considerable tamaño.
– 1 requesón de unos 200 gramos.
– 200 gramos de dulce de frambuesa.
– 100 gramos de dulce de cabello de ángel.
– 100 gramos de geleatina de frambuesa
– Nueces y raspas de chocolate para decorar.
Elaboración:
1 – En un tazo verter el agua y la manteca, hasta que comience a hervir.
2 – Retirar del fuego y mezclar muy bien con la harina. Poner al fuego hasta que quede la mezcla suelta.
3 – Echar la mezcla en una manga pastelera y hacer unos bollos pequeños, que se meten en el horno, previamente calentado durante 20 minutos.
4 – Una vez cocidos, retirar y dejar enfriar.
5 – Mezclar bien el dulce de frambuesa y el requesón.
6 – Hacer un corte en los bollos y rellenar con la mezcla anterior.
7 – Disolver la gelatina de frambuesa con el cabello de ángel, las nueces y el chocolate.
8 – Verter por encima de los bollos y meter al frigorífico a enfriar.

Categoría: Dulce.
Nombre plato: Tarta de requesón con dulce de calabaza.
Nombre del participante: Restaurante típico Marques.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 1 base de masa hojaldrada.
– 3 huevos.
– 3 cucharas grandes de azúcar.
– 1 cuchara grande de harina.
– Dulce de calabaza al gusto.
– 20 cl. de natas.
– 1 requesón.
Elaboración:
1 – Colocar sobre la masa hojaldrada en una fuente y cubrirla con el dulce de calabaza.
2 – Mezclar bien los huevos, con las natas, el azúcar, el requesón y la harina.
3 – Verter sobre la fuente.
4 – Poner a cocer en el horno a 180º / 200º C.

Categoría: Dulce.
Nombre plato: Quesada de requesón.
Nombre del participante: Silvio Antonio da Costa Lourenço.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
Para la masa de la quesada.
– 500 gramos de harina.
– 200 gramos de margarina.
– Agua.
Para el relleno.
– 300 gramos de requesón.
– 100 gramos de harina.
– 200 gramos de azúcar.
– 4 huevos.
– 50 gramos de margarina.
– Un poco de canela.
– 0,50 cl de leche.
Elaboración:
1 – Preparar una masa para la quesada, con la harina, margarina y agua.
2 – Mezclar el requesón con el azúcar, y luego con los huevos, la margarina, la leche y la canela.
3 – Forrar moldes con la masa y verter la mezcla anterior.
4 – Cocer en el horno a una temperatura de 180º /200º C.

Categoría: Dulce.
Nombre plato: Bizcocho de requesón con dulce de calabaza.
Nombre del participante: Anabela Lobo Osório.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 300 gramos de requesón.
– 200 gramos de azúcar.
– 4 huevos.
– 0,50 dl de leche.
– 50 gramos de margarina.
– 10 gramos de levadura en polvo.
– 350 gramos de harina.
– Dulce de calabaza al gusto.
Elaboración:
1 – Batir bien las claras con el azúcar, y juntar con las yemas, la leche, la margarina y el requesón.
2 – Juntar la mezcla anterior bien con la harina y la levadura.
3 – Untar un recipiente redondo hondo con manteca.
4 – Verter la mezcla en el recipiente y meter a cocer en el horno.
5 – Una vez frío, partir por la mitad y rellenar con el dulce de calabaza. Igualmente con el dulce decorar la parte superior.

Categoría: Salado.
Nombre plato: Lazos de requesón con presunto.
Nombre del participante: Vitor Rafael Osório Cruz.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– Harina, para hacer masa hojaldrada.
– Margarina, para hacer masa hojaldrada.
– 300 gramos de requesón.
– 3 huevos.
– 100 gramos de jamón serrano.
– Hierbas aromáticas.
Elaboración:
1 – Hacer una masa hojaldrada, con la harina, la margarina y agua.
2 – Preparar una mezcla con el requesón, los huevos, el jamón y las hierbas aromáticas.
3 – Cortar la masa hojaldrada en rectángulos y rellenar con la mezcla anterior. Enlazar los extremos con una tira de jamón.
4 – Cocer al horno.

Categoría: Salado.
Nombre plato: Tartaletas con requesón y salmón ahumado.
Nombre del participante: Bárbara Marina Osório da Cruz.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– Harina, para hacer masa hojaldrada.
– Margarina, para hacer masa hojaldrada.
– 300 gramos de requesón.
– Salmón ahumado al gusto.
– Hierbas aromáticas.
– 2 yemas de huevos.
Elaboración:
1 – Hacer una masa hojaldrada, con la harina, la margarina y agua.
2 – Hacer unas tartaletas con la masa, colocar en moldes y cocer al horno. Dejar enfriar una vez sacadas.
3 – Mezclar bien el requesón, las hierbas aromáticas y rellenar las tartaletas.
4 – Decorar con el salmón ahumado.

Categoría: Dulce.
Nombre plato: Pudín de requesón.
Nombre del participante: Vitor Manuel Martins da Cruz.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 400 gramos de requesón.
– 500 gramos de azúcar.
– 12 huevos.
– 1 cuchara de licor de almendras.
– 300 gramos de harina.
– Canela al gusto.
– Corteza de 1 limón.
Elaboración:
1 – Mezclar bien el requesón con el azúcar, y luego con los huevos, el licor de almendra, la corteza del limón y la harina.
2 – Verter la mezcla en un molde.
3 – Cocer al baño maría.

Categoría: Salado.
Nombre plato: Serrabulho doce con queijo da Serra.
Nombre del participante: Boutique Hotel Quinta de Geia.
Localidad: Aldeia das Dez.
Ingredientes:
– Medio bol de sangre de cerdo cocida.
– 1 bol de azúcar.
– 100 gramos de almendras laminadas.
– 1 palo de canela.
– 2 cucharadas de tocino de cerdo derretido.
– 2 bollos de pan.
– 1 bol de queso Serra
Elaboración:
1 – Hacer un almíbar con el azúcar y un poco de agua.
2 – Echar al almíbar, las almendras, el palado de canela y la sangre de cerdo troceada.
3 – Una vez cocido un poco, añadir los bollos de pan cortados en láminas finas y con el tocino de cerdo.
4 – Dejar hervir todo junto durante 2-3 minutos y echar el queso cortado en tacos pequeños.
5 – Decorar con almendras laminadas, unos trozos de queso y palos de canela.
Servir como un postre.

Categoría: Dulce.
Nombre plato: Queijatina.
Nombre del participante: Escuela de Hostelería de Oliveira do Hospital.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 3 yemas de huevos.
– 150 gramos de azúcar.
– 50 ml de miel.
– 1 requesón de unos 300 gramos.
– 2 hojas de gelatina.
– 250 ml de natas.
– Agua.
Elaboración:
1 – Batir las yemas de los huevos.
2 – Hacer un jarabe con las la miel, el azúcar y un poco de agua.
3 – Verter el jarabe sobre las yemas y batir y mezclar muy bien.
4 – Batir las natas y mezclar bien con la mezcla anterior.
5 – Mezclar bien todo lo anterior con el requesón.
Enfriar, y servir con en vasos con grosellas y galleta laminada.

Categoría: Dulce.
Nombre plato: Tentación serrana.
Nombre del participante: Carina Micaela Neto.
Localidad: Oliveira do Hospital.
Ingredientes:
– 1 requesón de unos 300 gramos.
– 6 yemas de huevos.
– 100 gramos de azúcar.
– 1,5 dl de agua.
– 100 gramos de galletas.
– 100 gramos de almendras laminadas.
– 1 palo de canela.
– 1 corteza de limón.
Elaboración:
1 – Preparar un jarabe, con el azúcar, el palo de canela, la corteza de limón y un poco de agua.
2 – Mezclar bien las yemas con el requesón desecho y mezclar todo con el jarabe anterior.
3 – Engordar la mezcla anterior con las galletas y las almendras, en el fuego.
4 – Verter lo anterior en un molde y meter a cocer al horno.
5 – Decorar al gusto.
Observaciones: Esta mezcla se puede aprovechar para rellenar unos pasteles de masa quebrada.

Una vez más se ha puesto de manifiesto la versatilidad del queso en cocina, y que el concurso se va consolidando, si el primer año habían participado 7 concursantes, el año anterior fueron 10 y este 14, lo que significa un buen incremento. También es positivo que al mismo se hayan sumado profesionales, lo que igual a corto plazo deriva en realizar dos apartados, uno para profesionales y otro para aficionados. Lo mismo ocurre con preparaciones saladas, que es la primera vez que se presentan, al igual que en el apartado anterior, haber si en próximas ediciones, es posible hacer dos categorías.
Sin embargo, a mi entender, habría que ver la forma de potenciar el queijo Serra curado, como ingrediente principal, en las tres ediciones hay un exceso de elaboraciones que tienen como base el requesón (siempre de oveja) en detrimento de otros tipos de producto como el queso fresco, el amanteigado, el curado o el velho. En esta edición diez recetas (71,42 %) tenían como base el requesón, por solamente una de queso fresco y dos con queso curado, y uno ha echado en menos la fuerza tan peculiar del queso Serra, sobre todo cuando esta amanteigado, como dicen allí.
Mi felicitación a la Cámara Municipal por llevar a cabo esta iniciativa, y animarles a que la difundan entre sus ciudadanos y los asistentes a la festa, es un complemento ideal y puede ser un buen soporte de la semana de gastronomía “Paladares da Beira Serra, um outro sabor” que se desarrolla en el municipio durante la semana de la festa.
Igualmente agradecerles, tanto a la Cofradía Queijo Serra da Estrela como a la Cámara Municipal, que hayan pensado en mi persona, para formar parte del jurado del mismo.
«Se gana por lo que se sabe, no por lo que se hace.» Larreta, Enrique (1875-1961) novelista y diplomático argentino.
Luis Javier del Valle Vega
Sob o lema «Serra da Estrela mais que uma Montanha», a região da serra mais alta de Portugal apresenta-se na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) representada pelas suas confrarias gastronómicas, que assim darão expressão aos bons sabores que a região pode oferecer.
Em altura de crise económica, o turismo no estrangeiro pode ser substituído pelo turismo «cá dentro» e os operadores apostam forte na edição deste ano da Feira Internacional de Turismo, que se realiza em Lisboa, na FIL (Parque das Nações), de 29 de Fevereiro a 4 de Março.
A Turismo Serra da Estrela, em colaboração com 10 municípios, apresenta «novos conceitos» e propostas turísticas para seguir por parte de quem deseje visitar a região.
A Serra da Estrela conta com a adesão de diversas confrarias gastronómicas que irão colorir e animar o pavilhão mostrando os seus trajes e divulgando os pratos típicos que cada uma representa. Para além das confrarias gastronómicas marcará igualmente presença a Confraria do Cão da Serra da Estrela, que tem sede em Sortelha, concelho do Sabugal, que aí apresentará alguns exemplares do belo e dócil cão que guarda os rebanhos da serra.
Também do Sabugal é a Confraria do Bucho Raiano, que estará presente, assim como as Confrarias da Feijoca (Manteigas), da Broa e Bolo Negro (Loriga), das Sardinhas Doces (Trancoso), do Borrego (Celorico da Beira) e da Urtiga (Fornos de Algodres).
As provas e degustações dos produtos gastronómicos da Serra da Estrela serão garantidos com o apoio da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia e da Associação de artesãos da Serra da Estrela.
Merece ainda destaque a presença do Chef Luís Baena, que vai analisar algumas das características ímpares da gastronomia da região.
Para além da gastronomia a promoção da Serra da Estrela como destino turístico de excelência conta com a realização de tertúlias sobre potencialidades estratégicas, como: Turismo Cultural, Turismo Natureza, Gastronomia e Vinhos. As tertúlias servirão para apresentar projectos de promoção e valorização do Turismo Cultural e exemplos de grande sucesso que já têm implementação no terreno.
plb
No sábado passado, dia 18 de Fevereiro, o Sabugal e o Casteleiro viram passar o colorido dos trajes confrádicos, por ocasião da realização do terceiro Capítulo da Confraria do Bucho raiano.
Tudo começou pela manhã, no Mercado Municipal, onde os membros das diversas confrarias, vindos de variados pontos do país, se juntaram e acompanharam a inauguração da feira de produtos locais. Por amabilidade da Câmara e da empresa municipal Sabugal+, todos puderam degustar os produtos da terra, onde pontuaram o queijo, os enchidos, compotas, fruta, pão, azeite e vinho.
Pelas 11 horas a comitiva seguiu para o edifício do museu municipal, cujo auditório ficou «à pinha» para assistir à cerimónia. O capítulo iniciou-se com a actuação ao piano do jovem músico sabugalense João Cunha, que foi ouvido em absoluto silêncio e no final foi longamente aplaudido.
O padre Manuel Dinis, pároco do Sabugal, fez a bênção das insígnias e desejou aos presentes uma excelente jornada de convívio e de amizade. Seguiram-se algumas palavras de circunstância por parte do presidente da Câmara, António Robalo, que deu as boas vindas ao Sabugal, uma terra de tradições e de bons sabores gastronómicos.
Constituída a mesa do Capítulo, tomou a palavra o orador convidado, o professor Carvalho Rodrigues, a quem coube proferir a tradicional Oração de Sapiência. A intervenção do cientista, conhecido como o «Pai do Satélite Português», andou à volta da tradição gastronómica da sua terra de nascimento, Creado, uma anexa da freguesia de Casal de Cinza, concelho da Guarda. De memória apurada, lembrou que era à volta do porco que todos criavam no cortelho, que se fartava a mesa dos habitantes, que se esmeravam na confecção dos ricos sabores gastronómicos. Numa intervenção bem humorada, Carvalho Rodrigues encantou os presentes que o brindaram com uma longa ovação.
Seguiu-se a entronização de 10 novos confrades do bucho, que fizeram o juramento e receberam o traje e a respectiva insígnia, passando a fazer parte da família confrádica, que assim atinge os 73 confrades, devidamente trajados e entronizados.
Foi depois tempo de prestar preito a algumas personalidades, começando inevitavelmente pelo Professor Carvalho Rodrigues, que recebeu o título de Cancelário da Confraria. Como Cavaleiros da Confraria foram investidos o juiz conselheiro Manuel Cipriano Nabais, de Quadrazais, e o empresário Manuel Gouveia, de Sorteha. Houve ainda a atribuição de um diploma de honra à engenheira Felismina Rito Alves, do Soito.
No termo da cerimónia tomou a palavra o representante da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Manuel Leal Freire, da Bismula, cuja memória viva ficou bem patente ao recordar as velhas tradições gastronómicas da nossa região, bem como o trovar e o falar antigo do povo raiano.
Depois da cerimónia seguiu-se o desfile pelas ruas do Sabugal, com a foto de família captada com os confrades posando na escadaria da Casa dos Britos. À frente, a abrir o desfile seguiam os Bombos de Badamalos, vindo depois a comitiva de confrarias, exibindo as tonalidades dos seus diferentes trajes.
Já no Casteleiro, os confrades foram recebidos na sede da Junta de Freguesia, pelo seu presidente, António José Marques, que a todos serviu um aperitivo.
O almoço foi no restaurante «Casa da Esquila», onde 200 convidas degustaram o bucho, que se apresentou à mesa servido na forma tradicional e em ementas alternativas à habitual forma de o servir.
Aqui fica a referência às 13 confrarias presentes no Sabugal:
Confraria da Chanfana (Vila Nova de Poiares); Confraria do Queijo Serra de Estrela (Oliveira do Hospital), Real Confraria da Cabra Velha (Miranda do Corvo), Confraria das Sardinhas Doces (Trancoso), Real Confraria do Maranho (Pampilhosa da Serra), Confraria do Vinho de Lamas (Miranda do Corvo), Confraria dos Aromas e Sabores Raianos (Almeida), Confraria Gastronómica O Moliceiro (Aveiro), Confraria Gastronómica Raça Arouquesa (Arouca), Confraria da Castanha (Moimenta da Beira), Confraria Nabos e Companhia (Mira) e Confraria do Cão da Serra da Estrela (Sortelha).
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O cientista Fernando Carvalho Rodrigues, o magistrado Manuel Cipriano Nabais e o empresário Manuel Gouveia vão ser homenageados pela Confraria do Bucho Raiano no decurso da cerimónia de entronização dos novos confrades, que se realizará no dia 18 de Fevereiro, pelas 11 horas, no Auditório Municipal do Sabugal.
O programa do III Capítulo da Confraria contém um momento de homenagem a personalidades, onde será atribuída a qualidade de confrade honorário da confraria.
Uma das personalidades a homenagear é Fernando Carvalho Rodrigues, o cientista e professor universitário que a chancelaria da Confraria convidou para proferir a Oração de Sapiência.
Natural de Casal de Cinza, concelho da Guarda, Carvalho Rodrigues vai ser agraciado com o título de Cancelário, uma distinção reservada a personalidades consideradas de elevada representação e distinção.
Até há pouco tempo director de programas de ciência na NATO, é licenciado em Física pela Universidade de Lisboa e doutorado em Engenharia Electrónica pela Universidade de Liverpool. Em 1993 liderou o consórcio PoSAT que construiu e lançou o primeiro satélite português.
Fernando Carvalho Rodrigues integra diversas academias, nomeadamente a Academia Internacional de Astronáutica, Academia de Ciência Política, Academia de Marinha, Academia de Astronáutica da Federação Russa, Associação Americana para o Desenvolvimento da Ciência, Academia das Ciências de Nova Iorque, Academia das Ciências de Lisboa, Sociedade de Geografia de Lisboa, Sociedade Portuguesa de Física.
Recebeu diversos prémios e condecorações, dos quais se destacam o Pfizer (1977), a comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada (1995), o de doutor Honoris Causa pela Universidade da Beira Interior (1995) e a Medalha de Mérito da cidade da Guarda (1990).
Outra personalidade que a Confraria vai homenagear é o Juiz Conselheiro Manuel Cipriano Nabais, que será distinguido como o título de Cavaleiro, uma distinção conferida aos que se assinalam pela dedicação e serviço na divulgação da gastronomia da Beira Côa e do Bucho Raiano.
Manuel Cipriano Nabais nasceu em Quadrazais, concelho do Sabugal e iniciou a carreira de magistrado como delegado do Ministério Público, sendo depois Juiz de Direito em diversas comarcas. Tornou-se mais tarde Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Évora, ao qual presidiu durante anos e de onde saiu para assumir o lugar de Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Tem participado regularmente nas actividades da confraria.
A terceira personalidade que irá ser homenageada é o empresário Manuel Gouveia, natural de Sortelha, concelho do Sabugal, a quem será igualmente atribuída categoria de Cavaleiro da Confraria. Empresário de sucesso em diversos ramos de actividade, Manuel Gouveia, tem sido um dos grandes beneméritos do concelho, ajudando algumas obras sociais, como é o caso do lar da terceira idade da sua terra natal, cujos encargos de instalação assumiu por inteiro. Tem vindo igualmente a apoiar a Confraria do Bucho Raiano, oferecendo um dos vinhos da sua produção para Vinho Oficial da Confraria.
O Capítulo também homenageará a Engenheira Felismina Rito Alves, atribuindo-lhe um diploma de Honra, tendo em conta o seu contributo para a divulgação do bucho. Enquanto funcionária da Câmara Municipal Felismina Rito destacou-se pela organização dos Roteiros Gastronómicos em que se promoveram a gastronomia e os restaurantes do concelho, e foi a organizadora da candidatura do bucho raiano ao concurso das sete maravilhas gastronómicas realizado no ano de 2011.
São já confrades honorários da Confraria António Robalo, presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Manuel Rasteiro, presidente da Junta de Freguesia, Manuel Leal Freire, advogado e escritor, Manuel Joaquim Rito, empresário, e Santinho Pacheco, o último governador civil da Guarda.
Receberam diplomas de honra da confraria a Casa do Concelho do Sabugal e a LocalVisão Tv da Guarda.
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O III Capítulo da Confraria do Bucho Raiano é já amanhã, sábado, 18 de Fevereiro, no Sabugal. A concentração está marcada para o Mercado Municipal do Sabugal às 09:30 horas e a cerimónia de entronização para as 11:00 horas no Auditório Municipal do Sabugal. O almoço de bucho (que conta já com 160 inscrições) terá lugar no Restaurante Casa da Esquila no Casteleiro.

A recepção no Mercado Municipal e a cerimónia no Auditório Municipal têm entrada livre. O almoço no restaurante Casa da Esquila, no Casteleiro, é por marcação mas aberto a todos os confrades e amigos do bucho raiano.
jcl
No sábado de Carnaval, 18 de Fevereiro, vai realizar-se no Sabugal o III Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, que contará com a presença do Professor Carvalho Rodrigues, conhecido como «Pai do Satélite Português», natural de Casal de Cinza (Guarda), que proferirá a Oração de Sapiência, onde falará na gastronomia tradicional da região.
Os confrades do bucho e de outras confrarias convidadas vão concentrar-se no Mercado Municipal do Sabugal, onde haverá uma mostra de enchidos e outros produtos regionais, promovida pela Câmara Municipal, onde poderão ser degustados os bons sabores da terra.
A preceder a cerimónia, já no Auditório Municipal, haverá um momento musical, interpretado pelo jovem músico sabugalense João Cunha.
João Cunha, de 21 anos de idade, é natural de Águas Belas,e iniciou os estudos musicais aos14 anos, no Conservatório de Música de S. José, na Guarda. Actuou como intérprete em diversas salas de espectáculo da Guarda, Viseu, Sabugal, Belmonte, Seia, Figueira de Castelo Rodrigo, Coimbra, Porto, Lisboa. Destaca-se ainda a sua vertente como compositor, tendo já estreado, como intérprete, peças originais suas nos Dias da Música no Centro Cultural de Belém em 2008.
O Capítulo terá ainda a bênção das insígnias (pelo Padre Manuel Dinis), o juramento dos novos confrades e a homenagem a algumas personalidades pelo seu papel em prol da gastronomia da região.
Após a cerimónia os elementos das confrarias presentes efectuarão um desfile pelas ruas do Sabugal, abrilhantado pelos «Bombos de Badamalos».
No final do desfile a comitiva segue para o Casteleiro, onde haverá uma recepção aos participantes na Junta de Freguesia, imediatamente antes de se dirigirem ao restaurante Casa da Esquila onde será servido o almoço do bucho.
O Capítulo da Confraria está incluído no programa dos «Roteiros Gastronómicos – Sabugal à Mesa», iniciativa que se realiza de 18 a 21 de Fevereiro, na qual os restaurantes do concelho disponibilizam receitas tradicionais da cozinha raiana.
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No fim-de-semana do Carnaval estão programadas diversas iniciativas que promovem a gastronomia tradicional. Para além da iniciativa «Sabugal à Mesa», realiza-se o III Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, um workshop sobre os saberes e sabores da região. A par disso as Termas do Cró vão estar abertas e realizam-se desfiles carnavalescos.
As Termas do Cró, tirando partido dos equipamentos de vanguarda que possui, vão abrir em época especial durante o período do Entrudo, dando a possibilidade aos turistas de tirarem partidos da qualidade termal das suas águas e da excelência das infra-estruturas.
No que se refere à gastronomia, a grande aposta está na realização da iniciativa «Sabugal à Mesa – Roteiros Gastronómicos», uma proposta de descoberta dos sabores da cozinha típica raiana. A edição deste ano conta com a adesão de 12 restaurantes do concelho.
Integrado no programa do «Sabugal à Mesa» realiza-se no dia 17 de Fevereiro, às 15 horas, no Auditório Municipal, o workshop «Sabores e Saberes do Interior». Trata-se, de um encontro aberto ao público que reunirá diversos oradores, de onde se destacam Ana Paula Castelo (da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova), Paulo Sá Machado (da Confraria da Broa de Avintes), Rodolfo Queirós ( da Comissão Vitivinícola da Beira Interior) e ainda os chefs Valdir Lubave e Diogo Rocha.
A par da gastronomia, no sábado, dia 18, no Mercado Municipal, decorrerá uma Feira de Produtos Locais e, no domingo, dia 19, às 15 horas, as ruas da cidade vão ser palco de um grandioso desfile de Carnaval subordinado ao tema «A Cor, a Música e o Movimento», com a participação de cerca de 20 associações do concelho.
Ainda no quadro dos roteiros da gastronomia, realiza-se no dia 18 o 3º Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, que traz ao sabugal algumas personalidades, dentre as quais o professor Carvalho Rodrigues que proferirá a Lição de Sapiência, integrada da sessão solene onde os novos confrades farão a sua entronização confrádica. Haverá ainda a actuação musical de um jovem sabugalense, Pedro Cunha, e dos Bombos de Badamalos, que animarão o desfile de confraria que percorrerá as ruas do Sabugal. O almoço do Bucho acontece no Casteleiro.
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Tal como ao redor da lareira, a ouvir o crepitar de um lume vivo, assim nós nos encontrávamos todos satisfeitos, em volta de um Bucho Raiano, algures, no começo de uma longa noite, em Bruxelas, entre meados de Janeiro e o Carnaval.
Aqueles três homens e três mulheres estavam ali a festejar uma tradição que se transmitiu durante séculos e tenho a impressão de que só o olhar suave de um Bucho Raiano gorducho e redondinho, mas por demais astuto e vivaço, nos poderia fazer a contagem dos anos que o têm contemplado ao largo de tantas gerações.
Também não sabemos quantas lendas nos poderiam ter enfeitiçado para nos sentirmos como que endemoninhados perante um quase deus que ao mesmo tempo veneramos, nos encanta e alimenta. De que miragem fascinante andaríamos nós à procura?
Já cheirava a infância e a ternura, e repassavam pela nossa mente os gestos rituais das nossas mães e avós, quando o bucho nos activou as papilas gustativas, ao vê-lo todo rosado em cima da mesa. Parecia ter já bebido alguns copos de um clarete sorrateiro. Mesmo com as faces e as maçãs do rosto afogueadas, ainda não tinha perdido a sensatez ancestral de quem nos traz o sustento, a tradição, o encanto e a emoção de estarmos juntos.
Com o religioso silêncio, interrompido apenas pelo tilintar dos talheres e apressados para principiar um ritual iniciático, já estava preparado o ambiente para a evocação de lendas e tradições imemoriais ao redor de um Bucho Raiano. O anfitrião e confrade privar-se-ia de repetir os contos romanescos da sua infância e também nada diria sobre as múltiplas viagens ao interior de si próprio. Procuraria proporcionar uma atmosfera condigna, própria de um ritual legendário para favorecer o enlevo que brotaria espontaneamente das raízes e da memória.
Ambiente estranho este de estar em frente, melhor dito, em redor de um bucho. Todas as crenças, contos, lendas e produtos capitosos de uma terra se entremisturam para dar lugar ao dialogo amistoso e criativo que nos avivava o prazer de estarmos juntos. As histórias que cada um de nós tinha vivido ao longo da vida cruzavam-se com o olhar atento de um bucho que sabia observar, ouvir e interpelar para que a comunicação não se esgotasse num simples acto de levar à boca e que iria ter lugar dali a instantes. Este genuíno raiano de bucho pretendia assumir-se como uma caixa de ressonância, a transmitir-nos os ecos que evocavam a nostalgia e a saudade.
Mas este não era qualquer bucho. Era o Bucho Raiano! E já estávamos a esquecer este predicado distintivo e alusivo a culturas destinadas por natureza à ameaça e à extinção, simplesmente por estarem na fronteira e no interior. Porém, entre os convivas alguém as teria considerado ainda mais fecundas por terem resistido corajosamente entre dois mundos. A tradição teve a oportunidade de se afirmar ao longo dos séculos, mas não deixou de estar à escuta e com a porta aberta a outras culturas que nos alargavam os horizontes. Pudemos comparar, pudemos provar outros gostos, mas nem o rodar do tempo, nem as constantes passagens de forasteiros pela fronteira conseguiram destruir a tradição que se enraizou na nossa memória réptil, deixando-nos ficar um sabor constante e indelével que faz parte da nossa tradição cultural e gastronómica.
Este instinto de ir ao encontro e de observar tivemos o privilégio de o experimentar do cimo das serranias da nossa Serra da Malcata e dos vários montes que a constituem e a circundam. Das suas alturas pudemos olhar para mais longe, para outros mundos e não ficámos limitados aos horizontes que nos rodeavam, nem tão pouco asfixiados com o que tínhamos e comíamos.
E, a propósito do Bucho Raiano, já estávamos longe demais. É quando acordámos do nosso enlevo, já o professor Carvalho Rodrigues nos tinha conduzido para bem mais longe. Tínhamos passado várias fronteiras e estávamos já no Egipto, em companhia do Santo Antão. Este sim era um valente raiano e amigo dos buchos, das chouriças, dos porcos, dos presuntos, dos salpicões, das farinheiras e das farinhatas e de todas as tentações que de dia e de noite o assediavam. Não admira pois que também os grandes pintores como Jerónimo Bosch se tenham lembrado dele para o imortalizar numa pintura denominada as Tentações de Santo Antão, cujo belíssimo quadro, antes de chegar a Lisboa teria passado certamente pela raia sabugalense, itinerário fronteiriço obrigatório para chegar à capital do Reino.
O saco do bucho é um verdadeiro ninho de tentações. É o topo da raia humana atiçado por todas as seduções que nos assolam. A umas resistimos, mas a outras abrimos as portas, saboreando-as gostosamente até à medula dos ossos, inebriados com o prazer exacerbado da gula pecaminosa.
Que mistura esta da natureza tórrida, da concupiscência endiabrada e da ascética salamanquina ou avilena que se entrelaçam em vésperas de um tempo quaresmal, de deserto e de privações como se o mundo aqui terminasse!
Todo o saber acumulado num bucho raiano não caberá certamente na Livraria Orfeu, do Joaquim Pinto da Silva, observador atento aos sabores literários escondidos na raia beirã e que não deixava de manifestar a sua admiração pelos saberes acumulados numa peça de arte e tradição que se ia consumindo em cima de uma mesa à volta da qual não arredávamos pé. A sua Foz do Douro estava por um momento esquecida!
Eram os preparativos de um terceiro capítulo que se aproximava a passos largos. Tínhamos feito naquela noite uma longa viagem em companhia do fiel e solidário amigo Bucho Raiano. Agora, familiarizados com a sua amizade, iríamos com mais confiança ao seu encontro, em romagem peregrina, à escuta de um bom momento de inspiração e abertura a uma cultura e gastronomia ancestrais.
Joaquim Tenreira Martins
A Taberna Típica Quarta-Feira, restaurante do sabugalense José Dias, recebeu a Confraria do Bucho Raiano para mais um almoço na capital alentejana.

Trinta convivas, entre confrades, amigos e familiares, foram até Évora no dia 21 de Janeiro, sábado, onde encheram a sala do restaurante do amigo José Dias, que prima pelo bem receber e melhor servir.
A mesa apresentava-se farta, com cogumelos recheados, bucho fatiado, presunto, torresmos, queijo assado com orégãos e azeitonas. Degustadas as saborosíssimas entradas, veio à mesa uma esplêndida sopa de grão, a que se seguiram costelas de porco grelhadas e cachaço de vitela, acompanhados por um espectacular esparregado de couve-flor e batatas assadas no forno.
O vinho foi o do conhecidíssimo enólogo Paulo Laureano, da Vidigueira, um velho amigo da casa, que por dificuldades de agenda não pode estar presente. Porém o José Dias informou que fora o enólogo a oferecer o vinho que os convivas do bucho ali degustavam. E que vinho: um reserva Paulo Laureano especial.
Para finalizar a refeição vieram as sobremesas, dentre doces tradicionais alentejanos, cerejas, morangos e frutos secos.
A hora do café foi o momento das palavras que a ocasião impunha. O Chanceler da Confraria agradeceu ao José Dias a amabilidade de receber os sabugalenses com entusiasmo e extrema atenção, proporcionando a degustação de excelentes petiscos confeccionados na sua aprimorada cozinha.
Pela mão do Grão Mestre, Joaquim Leal, a Confraria concedeu ao restaurante Taberna Típica Quarta-Feira o Diploma de Honra, atendendo ao contributo para a divulgação da gastronomia raiana e pela digna representação do Sabugal no Alentejo.
Entre os presentes esteve o juiz conselheiro jubilado Manuel Cipriano Nabais, um quadrazenho que acompanha com regularidade as iniciativas da Confraria e que ali proferiu algumas palavras para afirmar a seu apego ao torrão natal, ainda que a vida o tenha feito andar por longe.
A finalizar o José Vaz, de Vale de Espinho, brindou os presentes com dois fados cantados à capela, para gáudio dos confrades e amigos do bucho.
Reportagem fotográfica do confrade Daniel Salgueira no Facebook. Aqui.
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Começou no sábado na Casa do Concelho do Sabugal o que se deveria chamar «Mês do Bucho Raiano».
E começou, para mim, em Lisboa, na nossa Casa do Concelho.
Foi bom ver dezenas e dezenas de sabugalenses e de amigos do Concelho deliciando-se com uns ótimos «buchos de ossos», ao que me disseram vindos do Talho do Júlio no Sabugal.
Boa jornada de afirmação deste tão nosso enchido!
E uma mesa, digamos, da presidência, onde pontificavam, entre outros, o Presidente da Casa, José Lucas, O Procurador Geral da República, Pinto Monteriro, a Confraria do Bucho Raiano, representada ao mais alto nível pelo Paulo Leitão, e eu próprio, Presidente da Assembleia Municipal.
Saímos dali reconfortados e confiantes de que o futuro do bucho raiano está garantido.
Gostei de saber do entusiasmo da Direção da Casa em arrancar ainda este ano com as obras, mais que necessárias de reabilitação da sede, estando certo que quer a Câmara, quer o setor empresarial concelhio, quer os sócios em geral saberão estar ao lado da Direção para que as obras tornem a Casa do Concelho ainda melhor.
Gostei também de saber que já está marcada a capeia no Campo Pequeno para o dia 2 de junho!
E o mês do bucho continua sábado em Évora na «Taberna Típica Quarta-Feira» do sabugalense e meu grande amigo Zé Farias.
Lá estarei, mais 29, pois a Taberna não dá para mais.
Conhecendo como conheço a qualidade de cozinheiro do Zé e da sua comadre alentejana, não tenho dúvidas que vai ser mais uma jornada gloriosa para os 30 felizardos!
E o mês do Bucho, se puder, terminará, como não podia deixar de ser, no Carnaval no Sabugal onde se realizará (18 de fevereiro) o Capítulo da Confraria, rumando depois para o Casteleiro onde a Casa da Esquila prepara já uma «bucharia» que, acredito, vai ficar na memória de todos!
PS: Stéphane Hessel será um nome quase desconhecido para muitos. Francês, nascido em 1917, homem da resistência francesa, continua hoje resistindo e lutando por um mundo melhor.
Já havia feito referência a um seu pequeno livro já em português chamado apropriadamente «Indignai-vos!».
Volto a falar nele, pois tenho nas minhas mãos um novo livro do mesmo autor chamado agora «Empenhai-vos!», de leitura obrigatória para todos os que continuam a luta por um mundo melhor.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
No dia 18 de Fevereiro (sábado de Carnaval) realiza-se no Sabugal o III Capítulo e Entronização da Confraria do Bucho Raiano, com a cerimónia protocolar prevista para o auditório municipal e o imprescindível almoço de bucho no restaurante A Casa da Esquila, no Casteleiro.
A grande novidade do capítulo deste ano da confraria do Bucho é a presença do cientista e professor Carvalho Rodrigues, conhecido por «Pai do Primeiro Satélite Português», natural de Creado, freguesia de Casal de Cinza e concelho da Guarda. O director de programas de ciência da NATO em Bruxelas vem ao Sabugal para proferir a «oração de sapiência» na cerimónia de entronização, falando no valor da gastronomia raiana.
Cumprindo-se a tradição do Entrudo, em que o bucho é rei à mesa, a Confraria do Bucho Raiano vai realizar o seu Capítulo, dando expressão à gastronomia sabugalense, com ênfase nos enchidos e demais pratos típicos do Inverno. O certame está inserido na iniciativa «Circuitos Gastronómicos» promovida pelo Município do Sabugal.
A concentração dos confrades do bucho e das demais confrarias convidadas e de outros participantes que desejem acompanhar o certame, acontecerá às 9h30 no Mercado Municipal, onde haverá uma mostra e prova de enchidos e outros produtos regionais, organizada pela Câmara Municipal do Sabugal.
Pelas 10h45 a comitiva dirige-se para o Auditório Municipal, onde se realizará a cerimónia protocolar de entronização de novos confrades, com o início previsto para as 11 horas.
A abrir a cerimónia haverá um momento musical proporcionado pelo jovem sabugalense Pedro Cunha, a que se seguirá uma mensagem de boas-vindas proferida pelo presidente da Câmara Municipal. O pároco do Sabugal, padre Manuel Dinis, benzerá depois as insígnias da confraria.
Pelas 11h40 intervirá o professor Carvalho Rodrigues, proferindo a esperada «oração de sapiência». Haverá depois a cerimónia de juramento e recebimento de insígnias por parte dos novos confrades do bucho, a que se seguirá a distinção de honra a algumas personalidades que se relevaram na afirmação do valor da gastronomia raiana.
A encerrar a cerimónia protocolar intervirão o grão-mestre da confraria e o representante da Federação das Confrarias Gastronómicas Portuguesas.
Pelas 12h45 acontecerá o desfile pelas ruas do Sabugal, abrilhantado pelos «Bombos de Badamalos», após o que a comitiva partirá para o Casteleiro. Nessa aldeia do sul do concelho do Sabugal os confrades serão recebidos na Junta de Freguesia, dirigindo-se seguidamente para o Restaurante A Casa da esquila para o esperado almoço do bucho.
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A Confraria do Bucho Raiano, com sede no Sabugal, esteve representada no X Capítulo da Confraria dos Nabos e Companhia, realizado em Carapelhos (Mira), através dos confrades Francisco e Rosa Santos, que num apontamento breve nos retratam o acontecimento.
No passado dia 3 de Dezembro, realizou-se em Carapelhos, Freguesia do Concelho de Mira, o X Capítulo da Confraria dos Nabos e Companhia. Esta Confraria, uma das poucas oriundas de uma aldeia, foi criada em 1 de Janeiro de 2000 tendo em vista a divulgação dos nabos, dos grelos de nabo e de outros produtos oriundos da terra, hoje produtiva.
A concentração iniciou-se na noite do dia 2 com um belo jantar, servido às Confrarias presentes e cujo aperitivo, para além dos enchidos locais, foram os, já famosos, berbigões na brasa. As comemorações prosseguiram no dia 3, com o Nabo de Honra (lauto pequeno almoço) seguido do desfile das 50 confrarias presentes que, enquadradas pela actuação dos Gaiteiros das Astúrias e pelo «Us sai de gatas», seguiram em direcção à Igreja local onde foi celebrada Missa de bênção dos Confrades. Novo desfile se seguiu para a Sede da Confraria onde foi servido um Espumante de Honra e propiciada uma visita ao Museu da Confraria.
As cerimónias culminaram com a entronização de novos confrades e com a distribuição de lembranças às Confrarias presentes. Seguiu-se um excelente almoço, em ambiente informal e familiar.
De registar ainda que fomos muito bem recebidos, nomeadamente pelo Grão Mestre da Confraria, Fábio Ventura (na fotografia em anexo), tendo a Confraria do Bucho Raiano suscitado curiosidade e inúmeras intenções de próximas visitas.”
Rosa & Francisco Santos
O tradicional almoço de bucho que a Confraria do Bucho Raiano organiza anualmente em Lisboa realizou-se no sábado, dia 12 de Novembro, juntando cerca de 70 confrades e amigos das terras raianas.
A sala do conhecido restaurante Churrasqueira do Campo Grande encheu para receber os convivas que ali degustaram o bucho raiano acompanhado por grelos de nabo e batatas cozidas. De entrada comeu-se morcela e farinheira assadas e à sobremesa houve o tradicional arroz doce e a aletria. A finalizar houve ainda castanhas assadas e jeropiga.
A refeição foi regada com o vinho de Belmonte, de marca «doispontocinco», vinho oficial da Confraria do Bucho Raiano. O sortelhense Manuel Gouveia, proprietário do vinho, embora impossibilidade de estar presente, fez questão de oferecer o vinho que foi consumido no almoço.
No final o Chanceler transmitiu aos presentes mensagens dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal do Sabugal que, respectivamente, por razões de agenda e de saúde, não puderam estar presentes. Anunciou ainda que o terceiro capítulo da Confraria vai realizar-se no Sabugal no dia 18 de Fevereiro de 2012.
Um confrade apresentou e deu a provar o doce de mostajo, feito a partir do fruto do mostajeiro, uma árvore endémica que existe no Sabugal e outras terras do país e que dá como fruto umas bagas alaranjadas, a que geralmente não se dá importância. O mostajo pode ser afinal um produto gastronómico a explorar no futuro.
O escritor Vítor Pereira Neves, também presente, ofereceu o seu livro «Sortelha – Aldeia Museu de Portugal», que foi leiloado na ocasião, rendido 40 euros, que reverteram para a Confraria.
O almoço de convívio terminou com as palavras do Grão-Mestre da Confraria, Joaquim Silva Leal, que trouxe à evidência o papel relevante da Confraria enquanto grande embaixadora da gastronomia raiana e do Sabugal em todo o país. Ele próprio tem vindo a representar a Confraria em diversos capítulos de outras confrarias gastronómicas e tem testemunhado o grande prestígio que a confraria do Bucho já tem perante o movimento confrádico nacional.
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Durante o corrente ano de 2011 a Confraria do Bucho Raiano levou o nome do Sabugal e da sua gastronomia de norte a sul do País, garantindo a representação em feiras, encontros e capítulos confrádicos. Inserindo-se nessa dinâmica de afirmação da nossa tradição gastronómica, um novo encontro de confrades e amigos da Raia está marcado para o dia 12 de Novembro, para o almoço de bucho que se realiza em Lisboa, na Churrasqueira do Campo Grande.
A última representação da confraria do Bucho Raiano aconteceu no passado sábado, dia 5 de Novembro, na Covilhã, no primeiro Capítulo da Confraria da Pastinaca e do Pastel de Molho. O confrade Joaquim Reis, garantiu a presença oficial da confraria sabugalense nesse evento, dando continuidade a uma série de deslocações onde o bucho se afirmou como uma iguaria que pretende estar a par com outros sabores de excelência da tradição gastronómica portuguesa.
Do dia 29 de Outubro tínhamos ido até Manteigas, onde se realizou o capítulo anual da Confraria da Feijoca, em cujo acto o Grão-Mestre Joaquim Silva Leal se encarregou de representar o Sabugal e a gastronomia raiana.
No dia 23 de Outubro a Confraria do Bucho foi Madrinha da novel Confraria do Cão da Serra da Estrela, também com sede no concelho do Sabugal, em Sortelha, à sombra de cujas muralhas se realizou o Capítulo de Entronização.
Nos dias 7 e 8 de Outubro a chancelaria da Confraria foi até à Figueira da Foz, em cujo Casino se realizou o IV Congresso Nacional das Confrarias Gastronómicas. No jantar de gala, realizado no dia 8, a Confraria do Bucho esteve entre as nomeadas para o prémio «Confraria do Ano», o mesmo sucedendo com o blogue Capeia Arraiana, igualmente nomeado para o prémio «Comunicação Social», tendo em conta o seu papel na divulgação da gastronomia portuguesa.
A 24 e 25 de Setembro a Confraria esteve na Feira Medieval realizada em Sortelha, com uma banca de exposição de enchidos raianos, no âmbito da iniciativa da Câmara Municipal designada «Muralhas com História». A presença da associação deu um reconhecido contributo para a divulgação do bucho e demais enchidos como produtos gastronómicos de qualidade do concelho do Sabugal.
No dia 12 de Setembro o bucho raiano foi até Vila Nova de Poiares, participando no X Capítulo da Confraria da Chanfana, onde estabeleceu relações muito profícuas com as dezenas de outras confrarias aí presentes (mais de 80) e assinou um protocolo com a confraria local no sentido de dar as mãos na divulgação por todo o país do bucho e da chanfana enquanto pratos representativos da boa gastronomia nacional.
No Sabugal, no dia 12 de Agosto, a Confraria do Bucho esteve presente, por proposta da Câmara Municipal, no programa Verão Total, transmitido em directo pela RTP a partir do Sabugal, por ocasião da realização da etapa Sabugal-Guarda da Volta a Portugal em Bicicleta. Para além das intervenções do Grão-Mestre, do Chanceler e do Almoxarife, a confraria exibiu perante as câmaras de televisão um bucho confeccionado e pronto a servir, assim como um conjunto de outros enchidos produzidos no concelho do Sabugal, nomeadamente na cidade sede de concelho e na Rebolosa, por produtores locais que defendem e respeitam as tradições.
A Mostra de Sabores Tradicionais, realizada em Coimbra, nos dias 2 e 3 de Julho, contou também com a presença da Confraria do Bucho. Pese embora não tenha montando banca para servir petiscos e refeições, dadas algumas dificuldades logísticas inultrapassáveis, a Confraria esteve no evento com as demais 34 confrarias de todo o país que ali se deslocaram a pedido da Federação Nacional que reúne estas agremiações que se esforçam por divulgar os nossos sabores tradicionais.
Na tarde quente do dia 25 de Junho, a Confraria do Bucho foi até Avintes, no norte de Portugal, participando no XV Capítulo da Confraria da Broa de Avintes, uma das mais antigas do movimento confrádico nacional. Proporcionou-se o encontro com o amigo do Sabugal e grande divulgador da gastronomia nacional, Paulo Sá Machado, que para além de grande dinamizador e promotor da broa de Avintes é também confrade da Confraria sabugalense.
Em Maio o confrade Tenreira Martins levou o bucho do Sabugal até Bruxelas, na Bélgica, onde o deu a degustar a dois portugueses ilustres aí temporariamente residentes, o Professor Carvalho Rodrigues e o General Pina Monteiro, que tendo-o apreciado, passarão a ser «embaixadores» do bucho raiano, assim contribuindo para a sua afirmação e divulgação.
No dia 15 de Maio, a Confraria do Bucho Raiano marcou presença no VI Capítulo da prestigiada Confraria Gastronómica de Almeirim, com a qual há muito se estabeleceram laços de amizade e de cooperação. A representação raiana esteve a cargo de quatro confrades, dois pertencentes à Chancelaria (José Marques e Horácio Pereira) e dois que têm colaborado nas diversas iniciativas (José Caçador e Cristiano Martins).
Ainda em Maio, no dia 7, a Confraria do Bucho foi até Trancoso, participar activamente no I Capítulo de Entronização da Confraria das Sardinhas Doces, juntando-se a outras agremiações gastronómicas vindas de vários pontos do país: Confraria da Urtiga (Fornos de Algodres), Confraria da Chanfana (Vila Nova de Poiares), Confraria da Maçã Portuguesa (Moimenta da Beira), Confraria da Panela ao Lume (Guimarães) e Confraria do Queijo Serra da Estrela (Oliveira do Hospital).
A Confraria do Bucho Raiano, participou, no dia 17 de Abril, num encontro de confrarias gastronómicas, promovido pela Confraria da Chanfana, de Vila Nova de Poiares, que é uma das mais dinâmicas do movimento confrádico português e é uma das confrarias madrinhas da Confraria do Bucho. O encontro serviu para analisar as diferentes formas de se garantir uma boa cooperação entre as associações confrádicas e como divulgar os produtos gastronómicos que cada uma representa.
No dia 16 de Abril, a Confraria do Bucho Raiano esteve representada no VIII Grande Capítulo Gastronómico da Real Confraria da Cabra Velha, em Miranda do Corvo, local onde igualmente se juntaram várias dezenas de confrarias representativas dos nossos sabores tradicionais.
Em Março a Confraria, em conjunto com a Câmara Municipal do Sabugal, apresentou a candidatura do bucho às Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, concorrendo com várias dezenas de pratos típicos na categoria prato de carne.
O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins». Confrarias de todo o país vieram até ao Sabugal participar no evento, onde o confrade João Inês Vaz proferiu a oração de sapiência e onde foram entronizados 21 novos confrades e condecorados com a Ordem de Cavaleiro o Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, o escritor Manuel Leal Freire e o empresário Manuel Joaquim Rito, sendo ainda distinguidos com Diplomas de Honra a Casa do Concelho do Sabugal e a redacção da Guarda da LocalVisãoTv.
Nos dias 23 e 27 de Fevereiro o concelho do Sabugal promoveu-se como destino turístico na Bolsa de Turismo de Lisboa 2011, integrado no espaço da «Turismo Serra da Estrela», com a participação da Confraria do Bucho, que para além de marcar presença possibilitou uma prova de bucho raiano.
No dia 12 de Fevereiro os confrades rumaram a Sul, à cidade de Évora, para o segundo almoço da Confraria do Bucho Raiano na Taberna Típica Quarta-Feira, propriedade do sabugalense José Dias, que nos recebeu de braços abertos e com mesa farta como é seu apanágio.
No começo do ano 2011, a 15 de Janeiro, uma vintena de confrades foram a Elvas, ao Restaurante Brasa, propriedade do confrade Daniel Salgueira, de Alfaiates, juntando-se a gente do Alentejo que degustou e apreciou a nossa iguaria gastronómica. O encontro incluiu uma visita à Adega Mayor, propriedade do comendador Rui Nabeiro.
Podemos concluir que no que já decorreu do ano de 2011, a Confraria do Bucho desenvolveu uma actividade intensíssima de divulgação do bucho e do concelho do Sabugal, cujo frenesim apenas foi possível dado o altruísmo e o interesse de alguns dos confrades que compõem a instituição sabugalense que actualmente é, sem margens para dúvidas, a grande embaixadora do concelho.
Paulo Leitão Batista (Chanceler da Confraria do Bucho Raiano)
A Confraria do Bucho Raiano marcou para o próximo dia 12 de Novembro o habitual almoço de Lisboa, que anualmente junta os confrades e amigos para a degustação do bucho tradicional.
O almoço, aberto a todos os que pretendam participar, voltará a realizar-se no restaurante Churrasqueira do Campo Grande, onde a Confraria do Bucho Raiano marcou encontro para as 12h30 do dia 12 de Novembro, que é sábado.
A ementa será inevitavelmente bucho, acompanhado por grelos de nabo e batata cozida, como reza a tradição. À sobremesa haverá também sabores típicos da raia. Sendo Novembro, não faltarão, a finalizar, as costumeiras castanhas assadas e a jeropiga.
O almoço de Lisboa vem-se realizando no mês de Novembro, todos os anos, desde 2007, altura em que foi lançada a ideia da fundação de uma confraria gastronómica que defendesse o bucho e demais culinária raiana enquanto riqueza que importa potenciar.
Para além do almoço de Lisboa, a Confraria do Bucho Raiano tem já marcado para o dia 18 de Fevereiro de 2012, sábado de Carnaval, o seu terceiro Capítulo de Entronização, que se realizará no Sabugal, e onde novos confrades prestarão juramento. A confraria tem já 61 confrades inscritos, que foram entronizados nos dois primeiros capítulos, havendo a perspectiva desse número aumentar substancialmente por ocasião do terceiro encontro do Sabugal.
Os interessados em participar no almoço de dia 12 de Novembro em Lisboa, poderão inscrever-se até ao dia 10, através do telefone 966823786 ou pelo endereço electrónico confrariabuchoraiano@gmail.com.
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