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Os grupos parlamentares do PSD e do CDS apresentaram um projecto de lei com a reorganização administrativa do território cuja discussão em plenário está agendada para a próxima quinta-feira, dia 6 de Dezembro. A iniciativa reproduz a proposta da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa Territorial.

A proposta dos partidos que suportam o governo aponta para que as freguesias a agregar mantenham a sua existência até às eleições gerais para os órgãos das autarquias locais de 2013, momento em que será eficaz a sua cessação jurídica.
A aprovação do projecto de lei e a sua entrada em vigor implicará que a preparação das listas às eleições autárquicas tenha já em conta as agregações decididas.
Segundo a proposta conjunta PSD/CDS, o concelho do Sabugal ficará com 30 freguesias, menos 10 do que aquelas que actualmente possui, o que resultará da criação de sete novas freguesias por agregação:
– União das Freguesias de Sabugal e Aldeia de Santo António;
– União das freguesias de Santo Estêvão e Moita;
– União das Freguesias de Pousafoles do Bispo, Penalobo e Lomba;
– União das Freguesias de Ruvina, Ruivós e Vale das Éguas.
– União das Freguesias de Seixo de Côa e Valongo;
– União das Freguesias de Aldeia da Ribeira, Vilar Maior e Badamalos;
– União das Freguesias de Lageosa e Forcalhos.
No prazo de 90 dias após a instalação dos órgãos que resultem das eleições, a assembleia de freguesia delibera a localização da sede. Porém, na ausência de deliberação, a localização das sedes das freguesias a agregar no concelho do Sabugal será: Aldeia de Santo António, Santo Estêvão, Pousafoles, Ruvina, Seixo do Côa, Vilar Maior e Lageosa.
Os dois partidos que suportam o governo afirmam que a reforma é um antigo e histórico anseio e que no concreto resulta do memorando de entendimento assinado com a Troika, que determina a redução significativa das autarquias locais. Aumentar a eficiência e reduzir custos são outro dos motivos avançados pelos dois partidos para a reforma.
plb
A proposta formulada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) aponta para várias agregações de freguesias no concelho do Sabugal, passando o mesmo das actuais 40 para apenas 30 freguesias.

O Sabugal junta-se a Aldeia de Santo António, passando a constituir uma única freguesia.
O mesmo acontece-se com Santo Estêvão e Moita.
Outra união é entre as freguesias de Pousafoles, Penalobo e Lomba, que se reúnem numa só.
Também Ruvina, Ruivós e Vale das Éguas passam a uma só freguesia.
Seixo de Côa e Valongo juntam-se igualmente, agregando neste caso as duas margens do rio Côa.
Na raia, Aldeia da Ribeira, Vilar Maior e Badamalos também se juntam numa só freguesia.
Lageosa e Forcalhos são as outras duas freguesias da raia que se agregam.
A proposta mexe em todas as 11 freguesias com mesmos de 150 habitantes e ainda na do Sabugal e de Aldeia de Santo António, cuja junção a UTRAT justifica com o facto de serem contíguas, partilharem a albufeira do Sabugal e passarem a, juntas, perfazerem 2741 habitantes, reforçando assim demograficamente a sede do concelho.
Nas restantes agregações a UTRAT justifica-se com a homogeneidade do território, com a existência de legações rodoviárias directas, a pouca distância entre os agregados populacionais e a criação de um maior equilíbrio demográfico.
Recorda-se que a Assembleia Municipal do Sabugal se pronunciou contra a reorganização administrativa do território do concelho.
plb
O mês de Agosto carrega sempre o secreto apelo do regresso às origens para os que estão longe. No concelho do Sabugal faz povoar as aldeias, abrir as persianas, lotar os bancos das igrejas e encher os lugares públicos com um estranho mas familiar linguajar mesclado aqui e ali de expressões e palavras de origem francesa. Mas, para muitos dos sabugalenses é o tempo da mãe de todas as touradas – a capeia arraiana – espectáculo único que andou escondido esotericamente nas praças das nossas aldeias e que, agora, de há uns anos para cá parece ter perdido a vergonha e tudo faz para se dar a conhecer ao mundo. A tradição manda que as touradas com forcão, precedidas de encerro, se iniciem na Lageosa no dia 6 de Agosto e terminem em Aldeia Velha no dia 25. E que se oiça bem alto o grito: «Agarráááio»
DIA | FREGUESIA | EVENTO |
3 e 4 | Soito | Garraiadas/Largadas |
6 | Lageosa da Raia | Encerro e Capeia Arraiana |
6 | Ruivós | Garraiada Nocturna com forcão |
7 | Soito | Encerro e Capeia Arraiana |
8 | Rebolosa | Encerro e Capeia Arraiana |
10 | Soito | Tourada à portuguesa nocturna |
12 | Aldeia da Ponte | Tourada à portuguesa |
13 | Aldeia do Bispo | Encerro e Capeia Arraiana |
13 | Seixo do Côa | Garraiada |
14 | Nave | Capeia Arraiana |
15 | Aldeia da Ponte | Encerro e Capeia Arraiana |
15 | Ozendo | Encerro e Capeia Arraiana |
16 | Vale de Espinho | Garraiada |
16 | Vale das Éguas | Garraiada nocturna com forcão |
17 | Alfaiates | Encerro e Capeia Arraiana |
17 | Fóios | Capeia Arraiana Nocturna |
18 | Soito | Festival «Ó Forcão Rapazes» |
20 | Forcalhos | Encerro e Capeia Arraiana |
21 | Fóios | Encerro e Capeia Arraiana |
25 | Aldeia Velha | Encerro e Capeia Arraiana |
Fonte: Rota das Capeias da Câmara Municipal do Sabugal |
«A Capeia Arraiana não é uma tauromaquia qualquer. Como uma espécie de religião em que se acredita, não basta assistir, é preciso participar, ir ao encerro, comer a bucha, beber uns goles da borratcha e voltar com os touros, subir para as calampeiras, ser mordomo, ser crítico tauromáquico, discutir a qualidade dos bitchos da lide ou, simplesmente, ser fotógrafo da corrida que não deixa ninguém indiferente, corre na massa do sangue, provoca um nervoso miudinho, levanta os pêlos do peito, atarracha a garganta e perturba o sono. É um desassossego colectivo que comove.» António Cabanas in «Forcão – Capeia Arraiana».
jcl
A Lapa de Maria foi um dos refúgios naturais que os habitantes de Valongo do Côa usaram para se esconderem dos franceses, procurando evitar os abusos desmedidos da soldadesca, que percorria as aldeias em busca de sustento ou na perseguição das guerrilhas que os atacavam.
Há 200 anos, no tempo em que Napoleão espalhou a guerra por toda a Europa, os exércitos não tinham ainda capacidade logística para transportarem consigo os meios de abastecimento. Atrás das colunas de cavalaria e infantaria seguiam os pesados trens da artilharia e da engenharia, carroças com pólvora, balas de canhão e cartuchos de espingarda, caixões de biscoito, e algum material de intendência.
Bonaparte fixara a máxima: «A guerra deve alimentar a guerra.» Tal significava que cada um dos seus exércitos deveria subsistir com o que o país ocupado produzisse, cabendo aos comandantes providenciar no sentido de garantir esses recursos.
Ora, em certas regiões, os exércitos franceses andavam depauperados. Os soldados passavam fome, tinham as roupas e o calçado rotos, além de que os soldos estavam em atraso. A solução era mandar «forragear».
Constituíam-se destacamentos com carroças para transporte, que seguiam pelos territórios ocupados em busca de víveres. Onde havia algo a confiscar para a sobrevivência do exército, os forrageadores deitavam a luva, sem pedir licença. Embora procurassem sobretudo cereais, tudo lhes servia: vinho, aguardente, animais para abate, ovos, enchidos, fruta, e até feno e palha para os cavalos. Quem se lhes interpusesse, alegando defender o que era seu, arriscava-se à morte. Por isso era tremendo o medo dos franceses e os povos das zonas ocupadas procuravam locais de refúgio, para onde se escapuliam logo que os franceses se aproximassem das aldeias.
No concelho de Vilar Maior, junto a Valongo, na margem do Côa, havia um refúgio natural que foi sucessivamente usado durante o tempo em que os militares de Napoleão operaram na raia. Trata-se da Lapa de Maria, que é uma gruta natural, formada por grandes barrocos. A entrada é muito baixa e estreita, sita na base dos rochedos. Porém o interior da gruta contém uma nave ampla, onde cabem mais de três dezenas de pessoas. No topo contém uma pequena abertura, por onde entra luz natural.
Está localizada a pouco mais de um quilómetro da povoação, na margem direita do rio, em local aprazível. O isolamento da Lapa de Maria e a sua localização privilegiada, tornam-na num esconderijo perfeito, perante um invasor que possuía cartas das principais estradas e caminhos e sabia localizar facilmente as principais povoações, mas não podia conhecer os abrigos que o povo escolhia para se esconder.
Joaquim Manuel Correia, no seu livro «Celestina», fala na Lapa de Maria e conta alguns episódios que o povo não esqueceu.
«Durante o “tempo dos franceses” cerca de 30 pessoas estiveram escondidas na Lapa de Maria, junto ao rio Côa, na zona do Seixo. Estiveram três dias sem comer, até que um homem, Afonso Correia, “foi ao Seixo comprar uma bolacha, uma coisa dura a arremedar uma bola, por oito tostões, repartindo-a por todos”.
Muitas vezes ali estavam escondidos, quando viam o perigo assomar. Conta-se que duma vez ouviram gritar “Ó Maria, olha que já abalaram os franceses”, porém desconfiaram e não saíam porque quem gritava era um garoto a mando dos franceses que assim esperavam surpreender os escondidos. Como não saíam ameaçaram deitar fogo a toda a gente, pelo que saíram, fugindo cada um para seu lado.
Uma mulher, chamada Josefa, fugiu com todo o ouro do grupo para a Serra do Seixo, sendo perseguida por um francês que a tentou, sem êxito, balear.
No mesmo local consta que os invasores tentaram enforcar uma rapariga chamada Paula, de Vale das Éguas, deixando-a pendurada num carvalho, decerto depois dela terem abusado. Valeu-lhe ali passar um homem que lhe acudiu cortando a corda. “Ficou sã e escorreita, inda casou e teve filhos”.
Na Ruvina mataram um rapaz por defender a mãe que um francês queria acometer. Eles, desagradados com a acção do rapaz em defesa da mãe, “deitaram-no sobre um banco e obrigaram a mãe a aparar o sangue como se fosse um porco”.»
A Lapa de Maria deveria ser inserida numa «rota das invasões» a criar no concelho do Sabugal.
Paulo Leitão Batista
No dia 11 de Setembro de 1810, o corpo de tropas de Reynier abandonou os concelhos do Sabugal, Alfaiates e Vilar Maior, onde estavam instaladas há 14 dias, iniciando, sob o comando de Massena, a manobra da terceira invasão de Portugal. Para trás deixavam aldeias saqueadas, homens mutilados e assassinados e mulheres violadas. Portugal e os portugueses viviam um dos períodos mais pavorosos da sua história.
plb
Teve hoje, 24 de Abril, início o 8.º Torneio de Futsal Interfreguesias, promovido pela Câmara Municipal do Sabugal.
Os Foios participam no torneio com duas equipas. A já habitual do Grupo Cultural e Desportivo e, este ano pela primeira vez, com uma segunda equipa a representar a Associação de Caça e Pesca de Foios.
Esta tarde a equipa da Associação de Caça e Pesca entrou em acção recebendo a equipa do Seixo do Côa. O resultado final foi de 1-0 a favor da equipa de Foios.
Este resultado, tangencial, traduz bem a maneira como as duas equipas se bateram. Qualquer das duas equipas é formada por rapazes bastante jovens e amigos uns dos outros.
Foi um jogo que não deu grande trabalho aos árbitros. Os jogadores acataram sempre bem as decisões da equipa de arbitragem e, quando assim acontece, ganham as três equipas, como foi o caso.
Depois do banho todos os atletas se deslocaram para as instalações da Associação de Caça e Pesca, onde tiveram uma terceira parte em torno da mesa granítica que está colocada no quintal das instalações.
Temos que reconhecer que sempre que há jogos nas freguesias verifica-se algum movimento o que, infelizmente, já não é muito frequente na maioria das nossas localidades.
Parabéns a todos os intervenientes.
José Manuel Nunes Campos
Com o mês de Agosto chega a época grande das Capeias Arraianas nas terras junto à Raia no concelho do Sabugal. Cumprindo a tradição, as touradas com recurso ao forcão, precedidas do também tradicional encerro, trarão alegria e emoção às nossas aldeias.
DIA | FREGUESIA | EVENTO |
19-07 | Aldeia da Ponte | Cartel de Variedades |
06-08 | Lageosa da Raia | Capeia Arraiana |
07-08 | Soito | Capeia Arraiana (nocturna) |
08-08 | Ruivós | Capeia Arraiana (nocturna) |
09-08 | Soito | Exibição de recortes |
09-08 | Aldeia da Ponte | Tourada à Portuguesa |
10-08 | Aldeia do Bispo | Capeia Arraiana |
10-08 | Seixo do Côa | Garraiada |
11-08 | Soito | Capeia Arraiana |
12-08 | Ozendo Rebolosa |
Capeia Arraiana |
14-08 | Nave | Capeia Arraiana |
15-08 | Aldeia da Ponte | Capeia Arraiana |
17-08 | Alfaiates Forcalhos Vale de Espinho |
Capeia Arraiana |
18-08 | Fóios | Capeia Arraiana |
20-08 | Vale das Éguas | Capeia Arraiana (nocturna) |
22-08 | Aldeia da Ponte | Festival «Ó Forcão Rapazes» |
25-08 | Aldeia Velha | Capeia Arraiana |
Para os interessados, divulgamos desde já o calendário das Touradas de 2009.
Comecemos pelas Capeias (touradas com forcão) que, como é costume, abrem na Lageosa e encerram em Aldeia Velha:
Lageosa da Raia, dia 6.
Ruivós, dia 8 (nocturna).
Aldeia da Ponte, dia 9.
Aldeia do Bispo, dia 10.
Soito, dia 11.
Ozendo e Rebolosa, dia 12.
Nave, dia 14.
Aldeia da Ponte, dia 15.
Alfaiates, Forcalhos e Vale de Espinho, dia 17.
Fóios, dia 18.
Vale das Éguas, dia 20 (nocturna).
Aldeia Velha, dia 25.
No Seixo do Côa, a 10 de Agosto, realiza-se uma também tradicional garraiada, mais propriamente chamada «tourada à vara larga»:
A Praça de Touros de Aldeia da Ponte recebe também alguns espectáculos tauromáquicos.
Ainda em Julho, no dia 19, haverá Variedades Taurinas com cavaleiros praticantes e amadores, assim como novilheiros e forcados.
A 9 de Agosto a mesma praça de touros recebe a sempre muito aguardada Tourada à Portuguesa, com cavaleiros profissionais, organizada pela Associação «Amigos de Aldeia da Ponte».
Momento muito aguardado todos os anos é o Festival «Ó Forcão Rapazes», que na tarde do dia 22 de Agosto se realiza também na Praça de Aldeia da Ponte, onde 9 equipas representativas das aldeias raianas (Alfaiates, Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Aldeia velha, Fóios, Forcalhos, Lageosa da Raia, Ozendo e Soito) exibirão a melhor arte de pegar ao forcão.
plb
Segunda-feira é dia de publicar a «Imagem da Semana». Ficamos à espera que nos envie a sua escolha para a caixa de correio electrónico:
capeiaarraiana@gmail.com
Data: 26 de Abril de 2008.
Local: Estrada Nacional 324, Peroficós, Seixo do Côa, Sabugal.
Legenda: Inauguração do Parque de Lazer do Peroficós e da estátua da Imaculada Conceição por Manuel Reduto, presidente da Junta de Freguesia do Seixo do Côa.
Autoria: Capeia Arraiana.
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