You are currently browsing the category archive for the ‘Lomba’ category.
Os grupos parlamentares do PSD e do CDS apresentaram um projecto de lei com a reorganização administrativa do território cuja discussão em plenário está agendada para a próxima quinta-feira, dia 6 de Dezembro. A iniciativa reproduz a proposta da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa Territorial.

A proposta dos partidos que suportam o governo aponta para que as freguesias a agregar mantenham a sua existência até às eleições gerais para os órgãos das autarquias locais de 2013, momento em que será eficaz a sua cessação jurídica.
A aprovação do projecto de lei e a sua entrada em vigor implicará que a preparação das listas às eleições autárquicas tenha já em conta as agregações decididas.
Segundo a proposta conjunta PSD/CDS, o concelho do Sabugal ficará com 30 freguesias, menos 10 do que aquelas que actualmente possui, o que resultará da criação de sete novas freguesias por agregação:
– União das Freguesias de Sabugal e Aldeia de Santo António;
– União das freguesias de Santo Estêvão e Moita;
– União das Freguesias de Pousafoles do Bispo, Penalobo e Lomba;
– União das Freguesias de Ruvina, Ruivós e Vale das Éguas.
– União das Freguesias de Seixo de Côa e Valongo;
– União das Freguesias de Aldeia da Ribeira, Vilar Maior e Badamalos;
– União das Freguesias de Lageosa e Forcalhos.
No prazo de 90 dias após a instalação dos órgãos que resultem das eleições, a assembleia de freguesia delibera a localização da sede. Porém, na ausência de deliberação, a localização das sedes das freguesias a agregar no concelho do Sabugal será: Aldeia de Santo António, Santo Estêvão, Pousafoles, Ruvina, Seixo do Côa, Vilar Maior e Lageosa.
Os dois partidos que suportam o governo afirmam que a reforma é um antigo e histórico anseio e que no concreto resulta do memorando de entendimento assinado com a Troika, que determina a redução significativa das autarquias locais. Aumentar a eficiência e reduzir custos são outro dos motivos avançados pelos dois partidos para a reforma.
plb
A proposta formulada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) aponta para várias agregações de freguesias no concelho do Sabugal, passando o mesmo das actuais 40 para apenas 30 freguesias.

O Sabugal junta-se a Aldeia de Santo António, passando a constituir uma única freguesia.
O mesmo acontece-se com Santo Estêvão e Moita.
Outra união é entre as freguesias de Pousafoles, Penalobo e Lomba, que se reúnem numa só.
Também Ruvina, Ruivós e Vale das Éguas passam a uma só freguesia.
Seixo de Côa e Valongo juntam-se igualmente, agregando neste caso as duas margens do rio Côa.
Na raia, Aldeia da Ribeira, Vilar Maior e Badamalos também se juntam numa só freguesia.
Lageosa e Forcalhos são as outras duas freguesias da raia que se agregam.
A proposta mexe em todas as 11 freguesias com mesmos de 150 habitantes e ainda na do Sabugal e de Aldeia de Santo António, cuja junção a UTRAT justifica com o facto de serem contíguas, partilharem a albufeira do Sabugal e passarem a, juntas, perfazerem 2741 habitantes, reforçando assim demograficamente a sede do concelho.
Nas restantes agregações a UTRAT justifica-se com a homogeneidade do território, com a existência de legações rodoviárias directas, a pouca distância entre os agregados populacionais e a criação de um maior equilíbrio demográfico.
Recorda-se que a Assembleia Municipal do Sabugal se pronunciou contra a reorganização administrativa do território do concelho.
plb
Os presidentes das juntas de freguesia a agregar, nos termos da legislação aprovada pelo governo, pretendem pronunciar-se contra qualquer solução integradora das respectivas juntas, posição que tomarão na Assembleia Municipal do Sabugal, que se vai realizar no dia 28 de Setembro.
A Comissão Permanente da Assembleia Municipal reuniu na passada sexta-feira, dia 7 de Setembro, no Sabugal, a fim de preparar a próxima sessão, na qual os eleitos locais se pronunciarão quanto ao projecto de redução de juntas de freguesia.
Na reunião, orientada pelo presidente da Assembleia Municipal, Ramiro Matos, estiveram presentes os representantes dos diferentes grupos políticos que têm assento na Assembleia, bem como os presidentes das juntas de freguesias do concelho que, nos termos dos critérios legalmente definidos, terão que ser agregadas.
O Capeia Arraiana apurou que no decurso da reunião apenas três presidentes de junta declaram, peremptoriamente, não aceitar qualquer agregação, sendo frontalmente contra o processo político e legislativo em curso, que visa diminuir o número de freguesias. Tratou-se dos presidentes das juntas da Moita, Valongo do Côa e Penalobo.
Outros presidentes de junta afirmaram que se forem obrigados a agregar-se, aceitarão essa situação. Assim, o presidente da Junta de Freguesia da Lomba, disse aceitar reunir-se a Pousafoles. Outra agregação possível, defendida pelos respectivos presidentes, é a de Aldeia da Ribeira, Badamalos e Vilar Maior, ficando a sede da junta agregada nesta última. Por sua vez também estão dispostos a aceitar associar-se as juntas de Ruivós, Vale das Éguas e Ruvina, ficando a respectiva sede nesta última localidade.
A discussão levou porém a uma tomada conjunta de posição que aponta para a não pronuncia da Assembleia nesta fase, alegando que não aceitar qualquer integração. Na ausência de pronúncia, caberá à comissão criada pelo governo elaborar uma proposta de agregação, a qual terá depois que ser discutida e votada na Assembleia Municipal, altura em que os eleitos locais se pronunciarão sobre o projecto, podendo alterá-lo em função dos interesses das freguesias, desde que se cumpram os critérios legalmente estabelecidos.
A Assembleia Municipal do Sabugal reunirá em 28 de Setembro, sendo expectável que opte pela não pronúncia, manifestando oposição a qualquer agregação das freguesias do concelho.
plb
A sessão ordinária do executivo da Câmara Municipal do Sabugal do dia 10 de Novembro de 2010 aprovou as candidaturas para a rede de saneamento básico para as localidades de Quarta-feira, Rebelhos, Batocas, Badamalos, Lomba, Monte Novo, Ruivós, Vale das Éguas e Ozendo e para as Etar’s de Penalobo e do Cró. O prazo de execução é de 12 meses.

Sessão ordinária pública de 10 de Novembro de 2010
A sessão ordinária pública do dia 10 de Novembro de 2010 no Salão Nobre dos Paços do Concelho foi presidida por António Robalo e contou com a presença dos vereadores Delfina Leal, Ernesto Cunha, Francisco Vaz, Joaquim Ricardo e Luís Nunes Sanches. Em cima da mesa estavam documentos e votações importantíssimas e fundamentais para a governação do município em 2011.
O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, declarou aberta a reunião às 10.30 horas e solicitou de imediato uma alteração à ordem de trabalhos. «Proponho que sejam discutidos, em primeiro lugar, os projectos de saneamento básico eternamente adiados para as pequenas freguesias do concelho. É importante votar este ponto para que os serviços camarários possam agilizar o processo ainda durante a manhã», pediu o presidente.
Presidência propõe ao executivo debate participativo sobre o Orçamento
Mas havia ainda mais duas propostas consideradas fundamentais para a presidência: «Proponho uma reunião extraordinária para a próxima quarta-feira para discutir o Orçamento para 2011. Considero fundamental que o executivo tenha a noção clara das receitas e despesas e possíveis folgas que muito possivelmente não vão existir. Até aqui o Orçamento sempre foi apresentado pela presidência. Este ano pretendo fazer, com todos, um debate participativo. Apesar de sofrermos um corte de mais de um milhão de euros e de termos margem para endividamento o nosso município é tratado em pé de igualdade com aqueles que já não se podem endividar. É mais uma penalização injusta. Por outro lado necessitamos de iniciar a discussão pública de alteração ao PDM da nova zona de implemental empresarial do Alto do Espinhal. Para que o documento possa ser levado à próxima Assembleia Municipal é fundamental a sua aprovação nesta sessão porque o documento tem de estar em discussão pública durante 30 dias.»
O vereador socialista Francisco Vaz aproveitou para recordar que «apesar de termos passado a reunir quinzenalmente sempre defendemos encontros semanais à quarta-feira até porque temo-nos apercebido do avolumar de assuntos fora da ordem de trabalhos».
Governador Civil da Guarda quer discutir o PROT-Centro
O executivo tomou conhecimento do convite do Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, para discutir o PROT-Centro numa reunião que vai ter lugar na terça-feira, 16 de Novembro, no Governo Civil e «permitir uma posição concertada da região e do distrito e evitar pontos de vista personalizados para cada concelho».
Obras do IGESPAR metem água em Sortelha
O vereador Francisco Vaz perguntou o que pensa fazer a Câmara relativamente à igreja de Sortelha que, apesar de obras recentes, tem infiltrações problemáticas no telhado. O presidente esclareceu que «os serviços camarários iam intervir mas já não vão» porque «assumi, sob pena de perder o mandato, mandar lá uma equipa da Câmara». «Chove lá dentro mas o IGESPAR não deixa mexer no telhado. Possivelmente temos ali um caso de Ministério Público», acrescentando ainda que no dia da inauguração do Museu do Côa falou com os responsáveis do IGESPAR para que «nos dissessem que materiais utilizar que nós assumíamos os custos». O director regional do IGESPAR marcou uma reunião para o dia 24 de Agosto em Sortelha. Desmarcou e nunca compareceu. O projecto passou, então, para delegação de Castelo Branco. «O projectista escolheu mal a telha e agora quer cinco mil euros para alterar o seu próprio projecto que tem direitos de autor. Fez um erro e agora quer dinheiro para alterar», acrescentou com ironia. Francisco Vaz confessou a sua preocupação com «o dinheiro dos contribuintes que foi mal gasto na igreja de Sortelha» concordando também que «é um caso de Ministério Público».
A vice-presidente, Delfina Leal, bem documentada, informou que «os técnicos municipais elaboram um parecer onde sugeriram um tipo de telha diferente e que está mais de acordo com os rigores do nosso clima». O vereador Joaquim Ricardo defendeu «a urgência de uma reparação e, depois, da participação para o Ministério Público».
Orçamento da Sabugal+ adaptado para plano de austeridade
Joaquim Ricardo informou que «já depois de ter elaborado o orçamento da Sabugal+ foi aprovado o Orçamento de Estado que altera as regras para as empresas municipais. O conselho de administração entendeu rever o orçamento e adoptar as medidas restritivas que estão em curso em todo o País. Entendo que devo comunicar ao Conselho Geral todas as alterações e propunha que este assunto seja transferido para a próxima reunião. O orçamento está feito e tenho-o comigo para distribuir pelo executivo». Na sequência desta informação o presidente propôs «retirar da ordem de trabalhos o orçamento da Sabugal+ e alertar para o facto de que também a Câmara deverá adoptar e aprovar um plano de austeridade no Orçamento de 2011».
Saneamento em nove aldeias do concelho do Sabugal
Após as intervenções iniciais António Robalo colocou à discussão a candidatura das obras de saneamento básico para algumas das mais pequenas freguesias do concelho do Sabugal. No seu entendimento «as Águas de Zêzere e Côa só muito remotamente fariam estas obras em virtude do baixo aglomerado populacional» no entanto «a concretização destes serviços em pequenas aldeias são muito importantes para a minha presidência».
A Câmara Municipal do Sabugal vai candidatar cinco projectos para execução das redes de saneamento básico:
1 – Rede de águas e esgotos de Quarta-feira e Rebelhos. (729.870,19 euros);
2 – Batocas e Badamalos (672.898,68 euros);
3 – Lomba e Monte Novo (885.958,71 euros);
4 – Ruivós e Vale das Éguas (808.620,78 euros);
5 – Ozendo (587,349,87 euros).
Estão, igualmente, em fase de candidatura a ETAR de Penalobo, o saneamento das Lameiras e a ETAR do Cró. O prazo de execução da obra é de 12 meses. Relativamente a Ruivós o projecto inicial prevê a construção de uma pequena necrófita. No entanto o parecer dos serviços técnicos aconselham uma ligação à Ruvina por elevatória e depois por conduta para a ETAR de Vale de Éguas. O processo irá sofrer posteriormente um ajustamento que se fosse feito agora já não permitiria a sua candidatura. As propostas foram aprovadas por unanimidade e foi, de imediato, solicitado aos serviços camarários para acelerarem o processo. Assim apenas ficam de fora o Cardeal e o bairro periférico de Alfaiates que ainda não têm os respectivos projectos concluídos.
Alteração ao PDM na zona de implantação empresarial do Alto do Espinhal
O presidente inforrmou, de seguida, o executivo sobre «a necessidade de alterar de zona rural para zona empresarial o PDM do Alto do Espinhal na freguesia das Quintas de São Bartolomeu. Temos o parecer favorável da conferência de serviços da Autorida Florestal Nacional em Coimbra mas foi-nos exigida em redor uma faixa de 100 metros contra incêndios que já foi delimitada pela Comissão municipal florestal de defesa contra incêndios do Sabugal». António Robalo propôs que «seja votada a discussão pública durante 30 dias num local que esteja aberto todos os dias» e deixou a sugestão para que o documento fosse colocado no Museu que está aberto todos os dias cumprindo o prazo de forma a permitir a sua votação na Assembleia Municipal». A proposta foi votada por unanimidade.
Irregularidades graves na APEES
Após a leitura, rectificação e aprovação da acta da reunião anterior pelos membros do executivo presentes foi tempo de discutir uma carta da APEES-Associação de Pais e Encarregados de Educação do Sabugal dando conta de um total de cerca de 88 mil euros de dívidas encontradas pela auditoria mandada realizar pela actual direcção.
O vereador Francisco Vaz entendeu pedir uma clarificação das datas da declaração de não dívida da Segurança Social quando a auditoria registou cerca de 25 mil euros que não foram pagos ao organismo estatal e cerca de 37 mil euros a uma instituição bancária.
Com o objectivo de tentar solucionar o grave problema o presidente António Robalo propôs «uma transferência por adiantamento ao protocolo de 15 mil euros e o pagamento do empréstimo bancário para a aquisição de equipamentos de cozinha no valor de 37 mil euros» defendendo que «os equipamentos devem ficar propriedade da autarquia num edifício camarário» porque «não podemos esquecer que a APEES está a substituir a Câmara no fornecimento de refeições aos alunos». Delfina Leal aproveitou para informar que «a APEES parou o transporte de alunos e há quatro crianças com necessidades especiais que já solicitaram apoio camarário». A vice-presidente disse ainda que «a actual direcção já se transferiu os escritórios para as instalações do Bairro Social para reduzir custos de arrendamento».
O vereador Luís Sanches considerou que «o crime compensa e devemos solicitar à Caixa de Crédito Agrícola os motivos do empréstimo, por quem e para quê» e o vereador Joaquim Ricardo acrescentou que «devemos resolver o problema da APEES mas os números da auditoria são demasiados redondos para serem rigorosos e por isso devemos solicitar uma certidão actual à Segurança Social e tentar resolver o problema com muita seriedade».
O presidente informou que vai ser pedido aos serviços camarários para fazer um inventário dos equipamentos e conferir com o empréstimo e as amortizações e aproveitou para sugerir uma visita às instalações para que o executivo tomasse conhecimento com a realidade.
Socialistas votam contra obras na A23. Joaquim Ricardo absteve-se.
A reunião continuou com a votação para aprovação de verbas para as obras da A23 que teve os votos contra dos dois vereadores socialistas e a abstenção do vereador Joaquim Ricardo. A votação dos pagamentos na ligação Cardeal-Soito teve, igualmente, os votos contra dos dois vereadores socialistas presentes.
Novo concurso para requalificação das margens do Côa
A finalizar o presidente informou que no concurso público para requalificação das margens entre pontes do Rio Côa no Sabugal foi anulado por incomprimento processual dos quatro candidatos. Os erros detectados levam à abertura de um novo concurso público.
Adesão à Associação dos Municípios com actividade taurina
O concelho do Sabugal aderiu (sem custos) à Associação Portuguesa dos Municípios com actividade taurina. A adesão à associação para promoção e manutenção de roteiros taurinos na Península Ibérica aguarda o envio dos estatutos e o valor da quota e depois será votada em Assembleia Municipal.
Reunião intensa e onde foram discutidos assuntos importantíssimos para a governação do concelho do Sabugal.
jcl
A foto que hoje é apresentada nesta crónica refere-se a um grupo de soldados a cumprir o serviço militar obrigatório no Instituto de Altos Estudos Militares (I. A. E. M.), em Caxias, no ano de 1948. A curiosidade desta foto é que todos os militares são originários do concelho do Sabugal, excepto o corneteiro (o do meio, na fila mais atrás).
Todos estes militares, oriundos do nosso concelho, foram para o Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM) após terem concluído a recruta no Regimento de Caçadores 2, na Covilhã.
O Instituto, onde os oficiais tiravam cursos de Estado-Maior e outros cursos superiores militares, estava, nesta época, sedeado no antigo Palácio Real de Caxias.
O meu pai (Eugénio dos Santos Duarte, o terceiro a contar da direita, na segunda fila), hoje com 83 anos, era um dos militares do concelho que prestou serviço nesse Instituto. Como era carpinteiro na vida civil, foi essa actividade que exerceu na tropa, nessa unidade militar. Por isso aparece com uma garlopa e uma serra.
Um dos militares portugueses, à época com o posto de major, que frequentou cursos nesta unidade militar quando estes soldados lá estavam foi o (futuro) general Kaúlza de Arriaga. O meu pai lembra-se dele, deste tempo.
Já há muitos que lhe escapam, mas ainda conseguiu identificar as localidades de onde alguns eram naturais.
O primeiro a contar da esquerda, na primeira fila, era natural da Abitureira.
O segundo a contar da direita, na primeira fila, era o Vilas, natural de Santo Estêvão.
O primeiro a contar da direita, na segunda fila, era de Vila do Touro.
O quarto a contar da esquerda, na primeira fila, era o rancheiro, natural de Pousafoles.
O quarto a contar da esquerda, na segunda fila, era o barbeiro, natural de Penalobo.
O terceiro a contar da esquerda, na segunda fila era da Lomba.
O segundo a contar da esquerda, na primeira fila era de Aldeia da Ponte.
«Memória, Memórias…», opinião de João Aristides Duarte
akapunkrural@gmail.com
Realizaram-se este domingo, 18 de Outubro, plenários em sete freguesias do concelho do Sabugal para eleger as equipas que vão dirigir as respectivas juntas nos próximos quatro anos. Foram eleitos os seguintes presidentes: Joaquim José (Badamalos), Ismael Carlos (Forcalhos), Domingos Barroso Romão (Lomba), Manuel Vaz Leitão (Ruivós), Armindo de Jesus Neves (Ruvina), Fernando Rasteiro Proença (Vale das Éguas) e Alberto PIres Monteiro (Valongo do Côa).
FREGUESIA | ELEIÇÃO | PARTIDO | PRESIDENTE |
Águas Belas | Autárquica | PS | Carlos Alberto C. Capelo |
Aldeia do Bispo | Autárquica | PSD | João Grancho do Inácio |
Aldeia da Ponte | Autárquica | I | José Francisco M. Nabais |
Aldeia da Ribeira | Autárquica | PSD | António M. Fernandes |
Aldeia Santo António | Autárquica | MPT | Nuno Miguel Silva Mota |
Aldeia Velha | Autárquica | AAV | Manuel Rodrigues Gomes |
Alfaiates | Autárquica | I | Francisco N. R. Baltazar |
Badamalos | Plenário | – | Joaquim José |
Baraçal | Autárquica | PSD | Luís Carlos Carreto Lages |
Bendada | Autárquica | PSD | Jorge Manuel Dias |
Bismula | Autárquica | PS | José Augusto Vaz |
Casteleiro | Autárquica | PS | António José G. Marques |
Cerdeira | Autárquica | PSD | Joaquim Manuel C. Matos |
Fóios | Autárquica | I | José Manuel N. Campos |
Forcalhos | Plenário | – | Ismael Carlos |
Lageosa da Raia | Autárquica | I | Francisco J. S. Pires |
Lomba | Plenário | – | Domingos B. Romão |
Malcata | Autárquica | PSD | Vítor Manuel Fernandes |
Moita | Autárquica | PS | António J. N. Moreno |
Nave | Autárquica | I | José Damas Manso |
Penalobo | Autárquica | PSD | Daniel Alves |
Pousafoles do Bispo | Autárquica | ADP | Alberto Lopes Santos |
Quadrazais | Autárquica | PS | Silvina Martins V. Silva |
Quintas S. Bartolomeu | Autárquica | PSD | Joaquim A. F. Corte |
Rapoula do Côa | Autárquica | PSD | Álvaro Manuel P. Santos |
Rebolosa | Autárquica | PS | Manuel Rei E. Barros |
Rendo | Autárquica | PSD | José Miguel P. M. Robalo |
Ruivós | Plenário | – | Manuel Vaz Leitão |
Ruvina | Plenário | – | Armindo Jesus Neves |
Sabugal | Autárquica | PS | Manuel Joaquim Rasteiro |
Santo Estêvão | Autárquica | I | Joaquim G. E. Valentim |
Seixo do Côa | Autárquica | PSD | Manuel Reduto |
Sortelha | Autárquica | PS | Fernanda M. M. Esteves |
Soito | Autárquica | PSD | Alberto José L. Barata |
Vale das Éguas | Plenário | – | Fernando R. Proença |
Vale de Espinho | Autárquica | PS | José Manuel L. Mendes |
Valongo do Côa | Plenário | – | Alberto Pires Monteiro |
Vila Boa | Autárquica | PSD | Alfredo M. A. Monteiro |
Vila do Touro | Autárquica | PSD | Manuel F. T. Simões |
Vilar Maior | Autárquica | PSD | António B. Cunha |
A todos os eleitos os nossos votos de boa gestão autárquica ao serviço dos seus conterrâneos.
jcl
Fomos à Lomba de Palheiros, pequena freguesia do lado norte do concelho do Sabugal, visitar o artesão mais conhecido e mais premiado do concelho: Francisco Gonçalves.
O artesão recebeu-nos de braços abertos, defronte da sua casa, sita no centro da aldeia, mesmo ao lado da igreja matriz, numa antiga casa de lavoura, que remodelou e ampliou. Manteve porém os vestígios do passado, como as pedras de granito das paredes e as fortes portas de castanho envelhecido.
No piso térreo mostrou-nos as partes antigas da ampla casa, certamente uma das melhores da aldeia: «Aqui era a corte das vacas, ali a cortelha, além o celeiro». Tal como noutro tempo as pessoas habitam por cima, tendo Francisco Gonçalves transformado todo o piso inferior na sua oficina de artesão.
«É aqui que passo uma boa parte da minha vida, fazendo aquilo que me dá maior prazer», disse o anfitrião, enquanto nos mostrava a bancada de trabalho e as inúmeras ferramentas. É ali que, pacientemente, escava os troncos de castanheiro, e depois os transforma em magníficos e vistosos bares. «Cada peça é única, porque nunca consigo fazer duas iguais. Muitas vezes olho para um tronco quando o começo a trabalhar e imagino a forma como o vou aproveitar, mas, há medida que o trabalho avança, essa ideia vai-se alterando e o resultado final acaba por ser diferente daquilo que havia idealizado», disse-nos o artista.
As suas peças estão apinhadas por todo o lado e ele aponta cada uma, como que querendo contar a história que está por trás da sua transformação. Na sua maior parte são bares feitos de troncos inteiriços ou a partir de metades, mas também há mesas, bancos, fruteiras e até presépios de madeira.
Perante a abundância de peças, sobretudo bares, que aguardam por um destino, sugerimos-lhe que bem precisa de participar em feiras de artesanato. Mas perante isto o artesão demonstra-nos desalento: «Já não tenho vontade de andar pelo país a correr as feiras, como já fiz». Depois fala-nos na falta de apoios para os artesãos: «Não compreendem a importância do artesanato para o concelho. Ainda há dias participei na Festa da Europa no Sabugal, onde estive todos os dias com outros artesãos do concelho. Num dos dias realizaram uma caminhada e no final foram centenas de pessoas a comer para o rio, tudo à custa da Câmara. Todos foram chamados menos nós, os artesãos, que ali estivemos todos os dias sem praticamente fazer negócio, mas apenas para cumprirmos a obrigação».
Como artesão representou o concelho por muitas feiras e exposições, correndo o país de lés a lés: «Sou artesão certificado, e recebi já muitos prémios e diplomas. Fui premiado na Feira Internacional de Artesanato, em Lisboa, nas edições de 1997 e 2001, e também recebi prémios na Foz do Douro, em Seia e em Vila Velha de Ródão».
Percorreu praticamente todo o país e não apenas para expor as suas peças: «Quando me desloco para qualquer exposição, o que me vai na alma não é só participar, mas também consultar arquivos e saber algo mais sobre cada terra e procurando sobretudo saber se por ali passaram sabugalenses que tivessem ficado conhecidos». Dando disso exemplo estendeu-nos a cópia de uma revista: «Tirei esta fotocópia a uma revista em Barcelos, porque fala de um sabugalense ilustre, o Dr Mourão Campos, que foi médico e ali viveu e deixou obra. Leiam e, se acharem bem, falem sobre esse grande homem no vosso blogue».
No final da visita Francisco Gonçalves, ciente de que as eleições autárquicas estão à porta e que os candidatos andam já à caça do voto, deixou-lhe um conselho: «Tenham em conta que um povo sem cultura ou que não a preserva é como um corpo sem alma. Cultura, artesanato, turismo e gastronomia, são coisas indissociáveis».
plb
A Beirartesanato (feira de artesanato da Guarda) vai este ano realizar-se no Parque Urbano do Rio Diz, de 11 a 18 de Julho, apostando assim num espaço diferente que poderá potenciar um maior número de visitantes.
Depois de nas últimas duas edições ter decorrido no jardim José de Lemos, no centro da Guarda, a Beirartesanato muda-se para o Parque Urbano do Rio Diz. Segundo a Organização o espaço no centro da cidade tornou-se pequeno para receber o certame, assim se explicando oficialmente a mudança.
Este ano vai haver um festival gastronómico baseado em ementas típicas, com um restaurante por dia a apresentar-se ao público no decorrer da mostra. No mais a feira, que já vai na sua 19ª edição, será similar à dos anos anteriores, com stands de venda de produtos diversos, onde assume natural relevo o artesanato da região.
Ao longo das edições o certame tem crescido bastante, transformando-se numa referência da vida da cidade mais alta. Por outro lado, à actividade comercial tem-se somado também o lado cultural, com a junção de iniciativas que tornam a feira mais atractiva.
A Beirartesanato é organizada pelo NERGA (Associação Empresarial da Região da Guarda) e promovida pela Pró-Raia (Associação de Desenvolvimento Integrado da Raia Centro Norte).
Francisco Gonçalves, artesão da Lomba (Sabugal) vai estar presente na feira: «recebi um convite do NERGA e outro da Pró-Raia, pelo que corresponderei e conto estar lá a representar o artesanato do concelho do Sabugal», disse-nos o artesão, que considera esta feira como a mais importante do distrito.
plb
Na borda estrada entre o Sabugal e a Guarda existe, no cruzamento da Lomba, uma casota branca, de singelo estilo, que serve de abrigo para quem espera pela carreira. Contamos aqui a curiosa história desta construção, que ali existe há cerca de 50 anos.
Em meados da década de 1950 a Junta de Freguesia da Lomba de Palheiros, pequeno povoado do lado Norte do concelho do Sabugal, decidiu construir um abrigo que servisse também de «espera» para os habitantes da freguesia que necessitavam de apanhar a carreira junto à estrada nacional, com destino ao Sabugal ou à Guarda. As chuvas e o vento frio no Inverno e a forte torreira do sol no Verão, justificavam a obra, que iria contribuir para amenizar o sofrimento das pessoas que ali aguardavam pela camioneta da «Viúva Monteiro».
A obra foi entregue a Joaquim Marques de Vale Mourisco, homem que ao tempo trabalhava na construção de casas. Tinha sido emigrante em França, ainda antes da 2ª Guerra Mundial, e conhecia técnicas novas de construção nunca vistas em Portugal, pelo menos pelas nossas terras. Pensou pois em usar esses conhecimentos, decidindo construir o casoto em blocos de cimento. Como não os havia no mercado decidiu fabricá-los, usando moldes de madeira, que ele mesmo fez.
Na margem da ribeira, na Junta das Águas, instalou os seus moldes que encheu de cimento amassado com a areia existente no local. Resultaram uns blocos maciços e estreitos, que depois assentou na obra, assim erguendo as paredes. Para telhado da graciosa casota rectangular de duas águas, fez também placas de cimento, onde escreveu em relevo a palavra LOMBA.
A original paragem de autocarro ainda hoje se mantém, intacta e resistente, sendo mesmo uma das imagens de marca da pequena freguesia, cuja população continua a servir. Teve porém de ser construída algo afastada da estrada, por na altura a Junta Autónoma de estradas não ter autorizado a sua edificação no lugar onde de facto deveria de estar, enquanto paragem de autocarros. A lei 2037 de 19 de Agosto de 1949, no seu artigo 10º, dispunha que qualquer construção apenas poderia ser erguida a 12 metros além da valeta das estradas de 2ª classe. E aqui a lei teve de ser rigorosamente cumprida, mesmo tratando-se da construção de um abrigo para quem esperava por transporte rodoviário.
plb
A grande produção de cereais na freguesia alcunhou de Lomba dos Palheiros uma aldeia que viu o Ministério da Indústria encerrar as suas fábricas dos sabões por falta de luz eléctrica.
«A Lomba dos Palheiros, foi assim designada porque havia por aqui muitos palheiros de palha centeeira; era uma zona muito forte em cereais.» Quem assim fala, com um brilhozinho nos olhos, é o meu querido amigo e Presidente da Junta de Freguesia, filho adoptivo da terra, Domingos Romão. No entanto e como quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto a esposa, professora aposentada, peremptória sustenta: «Diz-se que quando os romanos invadiram a Lusitânia, os nossos antepassados para fugirem à espada dos soldados romanos, escondiam-se nos palheiros existentes aqui na Lomba, sendo que estes serviram de esconderijo, dando assim fama ao local, que chegou aos nossos dias.»
A Lomba já foi uma aldeia com muita gente e actividade, que nos anos 20 do século passado, vivia das duas fábricas de sabão existentes na freguesia. Diz o meu amigo Domingos: «Tínhamos dois alvarás para duas unidades industriais na produção de sabão. O Ministério da Indústria resolveu não renovar os alvarás porque na freguesia não existia energia eléctrica, condição sine qua non para na altura se produzir sabão com alguma salubridade.»
Lá vêm mais uma vez os tais, sempre os mesmos de Lisboa, a cercear o nosso direito a sermos felizes aqui no Interior.
Fui encontrar o meu amigo Daniel Dias Nunes, proprietário de uma fábrica de sabão a «V.ª Luís Nunes & Filhos, Lda.», bem no coração da cidade da Guarda, junto à Escola de S. Miguel, que me confirma que no século passado existiram duas fábricas de sabão na Lomba, sendo «uma do meu avô e outra duns primos. O sabão inicialmente era vendido em sacos para a raia e carregado por burros sendo contrabandeado, pelos quadrazenhos».
Estas fábricas que se socorriam de métodos tradicionais rudimentares e matérias-primas como as olainas (borras) de azeite, soda e mais tarde óleo de palma, abasteciam o mercado nacional e as feiras da região nomeadamente Pousafoles do Bispo, Pêga, Vila do Touro, Sabugal e Alfaiates.
Uma das fábricas ardeu, não havia energia, os acessos eram maus e nos meados dos anos 60, enquanto os Beatles criavam furor e revolucionavam os costumes, os estudantes em Paris faziam greves e lutavam pela afirmação da liberdade, a família Nunes investia na Guarda, criando uma nova unidade industrial.
Foi a fase da internacionalização, em que os produtos das fábricas de sabão conquistaram novos mercados, nomeadamente nos Estados Unidos e hodiernamente o mercado africano (Angola) para onde o produto era remetido em contentores.
Com saudades o Daniel sempre vai dizendo: «Na Lomba, da cozinha da casa dos meus avós, tínhamos acesso à zona do fabrico do sabão, para a caldeira». Mas hoje os tempos são outros e com algum azedume acrescenta: «A União Europeia impõe regras incomportáveis para as pequenas empresas, acrescendo que os novos concorrentes a oriente, colocam a nossa actividade em dificuldades.»
Será que não é possível aproveitar o fulgor do passado, esta energia positiva, este know-how, localizado na Lomba, para com um projecto, uma candidatura a este novo QREN que aí está, revitalizar uma actividade que já deu nome à freguesia, numa aposta de qualidade e para mercados mais exigentes onde os orientais não sejam concorrentes?
«Páginas Interiores» de José Robalo
joserobaload@gmail.com
Francisco Gonçalves é o mais conhecido e reconhecido artesão do concelho do Sabugal, cuja arte passa por produzir bares para sala a partir de troncos de castanheiro envelhecidos. É o grande embaixador das nossas terras nas principais feiras de artesanato do país.
Natural da Lomba, concelho do Sabugal, onde reside e trabalha na sua arte, Francisco Gonçalves é um homem afável e empenhado defensor do valor dos artesãos do seu concelho. Capeia Arraiana encontrou-o na Feira Internacional de Artesanato, que decorre em Lisboa, e esteve á conversa com este homem de 67 anos, de longa experiência na participação neste tipo de certames.
Em cada ano participa em cerca de 20 feiras de artesanato, correndo o país de Norte a Sul, e já recebeu dezenas de troféus premiando a sua criatividade. Produz bares a partir de velhos troncos de castanheiro, dizendo que encontrou nesta arte uma forma de perpetuar estas árvores centenárias que abundavam nas terras sabugalenses mas que agora já escasseiam. Para além dos conhecidos bares, apresenta mesas, escaparates, miniaturas, tudo em madeira, aproveitando e enaltecendo as formas que a Natureza dá aos pedaços que utiliza: «cada peça é única, pois não é possível voltar a fazer outra igual.»
«Já vi muito e não tenho dúvidas em afirmar que o Sabugal tem os melhores artesãos do país», diz com convicção. Mas revela andar preocupado com o rumo que as coisas têm tido: «o caso é que está tudo abandonado, por falta de colaboração e de apoios». Às vezes é criticado por falar de mais, mas não se pode calar perante a inércia da Câmara nesta matéria. «Chegaram a fazer um protocolo com a Associação dos Artesãos mas mandaram tudo às urtigas. Agora entregaram o artesanato à ADES e é verdade que os apoios voltaram, mas tenho dúvidas que isto se mantenha».
Francisco Gonçalves não se cansa de lutar em defesa da valorização dos nossos artesãos, que poderão ter um papel fulcral no desenvolvimento das nossas terras. «O artesanato, a par do turismo, é a maior potencialidade do Sabugal, mas tem de haver uma cabeça esperta que ponha ordem nisto», remata peremptório
plb
Comentários recentes