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A Câmara Municipal de Trancoso, em colaboração com o diário As Beiras, levam a efeito um conjunto de conferências designadas por Serões da Beira, que terão lugar no Hotel de Turismo de Trancoso, em 20 e 21 de Fevereiro.
O tema das conferência será «Os Judeus nas Beiras Através dos Tempos», tratando-se pois de uma iniciativa de alcance cultural, que pretende debater uma componente importante da vivência das Beiras, a qual teve grande impacto na sua vida cultural, social e económica.
A organização pretende que seja um espaço de debate aberto e interventivo, cujas conclusões serão posteriormente publicadas.
Do programa do evento constam como conferencistas Adriano Vasco Rodrigues (Professor jubilado da Universidade de Mol – Bélgica), e Antonieta Garcia (Professora na Universidade da Beira Interior), que falarão a partir das 17 horas do dia 20, sábado, sendo moderador Santos Costa (Investigador e Escritor).
Às 21:30 horas do mesmo dia intervirão, num segundo painel, José Marques (Professor da Universidade do Minho), Humberto Baquero Moreno (professor da Universidade de Lisboa) e João Guerra (Procurador da República em Lisboa), tendo como moderador Carlos Carvalho (Historiador de Religiões Antigas e Especialista em assuntos judaicos).
Às 23 horas ocorrerá um terceiro painel, com as conferências de Manuel Gândara (Professor da Universidade de Lisboa), Isaac Assor (Dirigente da Comunidade Judaica Portuguesa) e António Carvalho (Jornalista e historiador), com moderação de Armando Fernandes (Investigador e Consultor Cultural).
A iniciativa concluir-se-á no dia seguinte, 21 de Fevereiro, domingo, às 10 horas, com uma visita guiada às principais marcas judaicas do concelho de Trancoso.
Este evento segue-se a uma visita recente do presidente da Câmara de Trancoso, Júlio Sarmento, a Jerusalém, onde efectuou contactos com vista a valorizar os vestígios judaicos do seu município.
plb
«As confrarias gastronómicas e as associações defendem a preservação de produtos regionais e tradições divulgando-os. Por isso são importantes agentes culturais», escreve esta quarta-feira na sua crónica «Arroz com Todos» o sabugalense João Valente. «É tempo de unir esforços e apostar na riquíssima gastronomia raiana e na sua promoção turística», acrescentamos nós. O Capeia Arraiana esteve à fala com Luís Camarada, presidente da Confraria do Atum, e entusiasta da divulgação da gastronomia e da cultura do concelho algarvio de Vila Real de Santo António.
A Confraria do Atum de Vila Real de Santo António realizou recentemente o seu I Capítulo onde esteve presente uma representação da Confraria do Bucho Raiano do Sabugal – como fazia questão de divulgar pelas colunas da Praça Marquês de Pombal, Armando Lopes, da Rádio Algarve – e onde foi recebida, em conjunto com as restantes 12, com todas as honras do livro das usanças.
Um dos seus principais entusiastas, o presidente confrade Luís Camarada, falou no final com o Capeia Arraiana.
«A Confraria apresenta um traje feito pelo jovem estilista local Sérgio Monteiro, composto por boina, opa ocre e capa azul de ganga a imitar os trajes dos operários das fábricas de conserva que existiam na cidade. O nosso objectivo é defender o atum e implementá-lo como prato gastronómico e atracção turística de Vila Real de Santo António que queremos tornar na capital gastronómica do atum», resume a iniciar a conversa Luís Camarada, presidente da Confraria do Atum, com sede na cidade fronteiriça do levante algarvio.
– Quem é Luís Camarada?
– Nasci há 50 anos em Vila Real de Santo António. Comecei a trabalhar como empregado de mesa e aos 17 anos emigrei para os Estados Unidos da América. Voltei 12 anos depois e abri o Restaurante Arenilha do qual ainda hoje sou gerente.
– Os portugueses comem menos atum?
– Houve um decréscimo no consumo de atum que está praticamente reduzido às conservas. No entanto os produtos gourmet vão conquistando cada vez mais espaço no mercado mundial e o atum tem características que lhe permite ser transformado em várias especialidades gastronómicas. O objectivo da Confraria é unir esforços e vontades para promover internacionalmente o atum e a cidade.
– Como é que surge esta ideia da Confraria do Atum?
– A Confraria do Atum é uma ideia antiga. O atum é um produto-bandeira de Vila Real de Santo António. Durante décadas contribuiu para o desenvolvimento da cidade e da região costeira do levante algarvio. Mas com o assoreamento da barra do Guadiana os barcos dos pescadores começaram a ter dificuldades em navegar e por questões ambientais a espécie deixou de passar pela nossa costa provocando uma diminuição das capturas. Por outro lado com a deslocalização das indústrias conserveiras, nos anos 60, para o Norte de África o produto perdeu importância em Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António. Para não deixar cair o atum no esquecimento queremos promovê-lo e transformar a nossa cidade na capital gastronómica do atum. Organizámos o Congresso do Atum e a confecção de uma estupeta gigante que serviu, também, para congregar cada vez mais pessoas à volta desta causa.
– O Congresso do Atum e a estupeta gigante foram duas das iniciativas de lançamento da Confraria…
– Graças ao empenho do presidente da Câmara, Luís Gomes, que foi hoje entronizado como Confrade de Honra, foi possível ter participantes de muita qualidade no Congresso. Para além disso surpreendeu-nos, durante o seu discurso de entronização, com a notícia do lançamento do concurso para a construção do Núcleo Museológico do Atum onde vai ficar instalada a sede da Confraria e que sempre foi um dos nossos objectivos. Foi a cereja em cima do bolo que veio coroar com êxito este I Capítulo da cerimónia de entronização.
– O jantar-convívio incluiu diversos pratos com atum. São receitas recuperadas ou surgem como novas criações?
– Há um misto de receitas novas e de cozinha de fusão. Em termos gastronómicos são inovações baseadas em receitas antigas como, por exemplo, as sementes de sésamo que acrescentámos ao tradicional tronco de atum frito. São ingredientes inovadores que aliam a sedução aos mais jovens com as apresentações gourmet. Criámos em parceria com a Fábrica de Conservas Dâmaso, de Dâmaso do Nascimento, a salada de atum com couscous, a estupeta (salada de atum com tomate e pimento), a muxama (lombos de atum salgados e secos), o chouriço e a ova de atum e o gelado de atum. A presença desta variedade de pratos, além do atum fresco, nas ementas dos restaurantes confirma que está a valer a pena o nosso esforço.
– Que futuro para a jovem Confraria do Atum?
– Consideramos que este I Capítulo foi um êxito. Estiveram presentes, além de nós, mais 13 confrarias que nos vão ajudar no nosso objectivo da divulgar o atum algarvio. Pretendemos organizar no Verão dois festivais de Atum, um dos quais de Caldeiradas feitas por cozinheiros amadores, e lançar as bases para um grande congresso internacional com países do Mediterrâneo, a realizar em 2010, com apoio de fundos comunitários. Vamos promover a actividade gastronómica no concelho de Vila Real de Santo António e desenvolver o gosto pelo atum e pelos novos produtos derivados e criar a marca… Capital do Atum.
Receita de Cebolada de Atum à Algarvia (quatro pessoas)
Ingredientes: 1 kg de atum (tronco de preferência); 3 Cebolas médias; 400 gr. De tomates maduros; 0,5 dl de azeite; 1 ramo de coentros; 1 dl de vinho branco; Sal e pimenta branca moída.
Preparação:
Amanha-se e lava-se o atum em várias águas (se o atum for salgado deve demolhar de véspera).
Cortam-se as cebolas em rodelas finas, retira-se o pedúnculo dos tomates, escaldam-se em agua para lhes retirar as peles e as grainhas e cortam-se em pequenos cubos.
Leva-se um tacho ao lume com o azeite a que se juntou a cebola e deixa-se refogar um pouco, junta-se o tomate e o ramo de coentros.
Tempera-se com sal e pimenta, deixando acabar de refogar. Adiciona-se o atum previamente cortado às postas e envolve-se bem com o vinho branco, deixe evaporar o vinho e acabar de cozer.
Acompanha: batatas cozidas ou salteadas.
Fonte: Conservas Dâmaso
jcl
A convite da Confraria do Atum de Vila Real de Santo António reuniram-se no sábado, 21 de Novembro, na cidade fronteiriça do levante algarvio 13 confrarias gastronómicas de todo o País. Após ter sido entronizado confrade de honra o presidente do município local, Luís Gomes, aproveitou para divulgar que vai ser criado um núcleo museológico onde o atum será rei. A Confraria do Bucho Raiano do Sabugal marcou presença nas festividades do I Capítulo dos confrades do atum.

A viagem de automóvel até ao Algarve foi longa e molhada. A deslocação teve como objectivo representar a Confraria do Bucho Raiano na jornada de apadrinhamento da recém-constituída Confraria do Atum de Vila Real de Santo António.
Os membros das 13 confrarias convidadas concentraram-se na Praça Marquês de Pombal, sala de visitas da cidade desenhada com ruas perpendiculares e casas de dois pisos pelo secretário de Estado do Reino do Rei D. José I.
Antes do desfile dos confrades trajados a rigor pelo centro urbano até ao Centro Cultural António Aleixo os participantes foram presenteados com uma prova de vinhos e degustação de queijos algarvios numa enorme tenda branca montada no meio da praça.
Após a recepção e as boas-vindas a todos os participantes as confrarias desfilaram pelas principais artérias do centro da cidade até ao Centro Cultural António Aleixo
O protocolo da entronização teve lugar no Centro Cultural António Aleixo e foi antecedido de um prelúdio musical interpretado pelo pianista Osvaldo Azul. O pároco local deu início à cerimónia com a benção das insígnias dos novos confrades.
Após a entronizado como «confrade honorário» o presidente do município local, Luís Gomes, revelou durante o seu discurso que tinha sido dado o primeiro passo para transformar a cidade na capital do atum e conquistar novos visitantes pelo paladar. O executivo camarário tinha assinado – momentos antes – um protocolo que prevê o lançamento de um concurso público para iniciar no primeiro semestre de 2010 as obras do núcleo museológico dedicado ao atum.
Os representantes das confrarias madrinhas – Gastrónomos do Algarve e da Chanfana de Vila Nova de Poiares – discursaram na cerimónia do I Capítulo da Confraria do Atum onde estiveram representadas a Confraria do Bucho Raiano do Sabugal, dos Gastrónomos do Algarve, de Baccus, da Chafana, do Melão de Almeirim, do Velhote, da Lampreia de Penacova, do Bacalhau, do Azeite do Fundão e do Queijo da Serra da Estrela e do Queijo da Ilha de São Jorge.
A ementa do jantar incluiu alguns pratos exótico ou pouco habituais. As entradas tinham Muxama de Atum, Estupeta de Atum, Troncos de Atum com sementes de sésamo e Salada de Atum com couscous. Como pratos principais foram confeccionados Orelha de Atum, Feijoada de Atum, Bifinhos de Atum à Portuguesa e Bifinhos de Atum à Vila Real de Santo António. As sobremesas dividiram-se entre salada de frutas e… gelado de atum.
Segundo o Presidente da Confraria do Atum, Luís Camarada, a jornada teve como objectivos a promoção do atum e da cidade e a conquista para Vila Real de Santo António do título de «capital gastronómica do atum».
Recorde-se que a Confraria do Atum – criada em Outubro de 2008 – já realizou diversas actividades, entre as quais uma Estupeta Gigante e, em Maio de 2009, o I Congresso do Atum que decorreu em Vila Real de Santo António.
O Capeia Arraiana aproveitou para estar à fala com o presidente da Confraria do Atum, Luís Camarada. A entrevista com o principal dinamizador da promoção do atum algarvio vai ser publicada na próxima quarta-feira.
jcl
Em Vila Real de Santo António já chegaram a laborar 30 fábricas de conserva e transformação de atum. Agora resta apenas uma e a Confraria do Atum quer conservar e defender as tradições do levante algarvio.
jcl
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