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Martim Codax foi um poeta das Rias Bajas de Vigo que também o poderia ter sido dos picos de Xalma.
Escreveu Hugo Rocha, que foi no Porto ilustre crítico literário e não menos ilustrado membro da Academia Galega, que não se concebe facilmente nos dias de hoje o que teria sido um poeta do século XIII, como Martin Codax e os seus pares.
Pelo menos, não se concebe facilmente o que tenha sido um poeta votado a cantar e declamar urbi et orbe a sua poesia.
É certo que,muito antes dos trovadores, dos jograis, dos segreis da Idade Média, a Grécia da Idade Antiga teve os rapsodos que foram os divulgadores da poesia do seu tempo, os cantores e declamadores de então.
Mais perto de nós, os celtas tiveram os bardos e as valemachias gaulesas eram canções de amor levadas pelos bardos de terra em terra, como o haviam de fazer depois os jograis e menestreis da Idade Média.
A fantasia lírica dos escaldos fez das sagas escandinavas os cantos mais típicos do Norte. A Islândia do passado conheceu as edas. A poesia escandinava e inseparável das tradições runicas. As lendas caledónias poetizadas por Ossian tiveram os seus divulgadores populares.
Falar dos nibelungos, dos poemas do Rei Artur e da Távola Redonda é falar dos famosos minessingueres germânicos. O canto épico de Rolando, os poemas cíclicos de Carlos Magno, o romanceiro de Cid Campeador eram poesia declamada, cantada e estruturalmente acompanhada a música instrumental.
Sabe-se o que todos eles declamaram mas desconhece-se-lhes o canto.
Os registos musicais são muito mais difíceis de fixar, além de os acordes sofrerem o influxo transformador do meio – até do geográfico.
Efectivamente, dizem os entendidos, as czardas russas repercutem tanto as grandes estepes como o tango argentino se filia na sintonia do pampas.
Como entre nós, o cante alentejano se modela nos barros de Beja, o fandango estremenho nas pradarias do Tejo e Sado, o vira minhoto nas colinas ondeantes das arribas de Viana…
Não sabemos que toadas terá cantado Martim Codax.
Conhecemos-lhe já perfeitamente o trovar, a sua fusão idiossincrática com o mar de Vigo, as cantigas de amar e amigo:
Ondas do mar de Vigo
Si vistes meu amigo
E, ay Deus, se verra cedo
Ondas do mar levado
Se vistes meu amado
E, ay Deus,se verra cedo
Se vistes meu amigo
O por que eu suspiro
E, ay Deus, se verra cedo
Se vistes meu amado
Por que hei gran coidado
E, ay Deus, se verra cedo
Ay ondas que eu vin veere
Se me saberedes dicer
Por que tarda meu amigo
Sen min
Ay ondas que eu vin mirar
Se me saberedes contar
Por que tarda meu amigo
Sen min
Se tivesse vivido no Ribacoa, Martin Codax teria igualmente cantado o amor em cantigas de amigo.
Só que o estro sopraria da serra, que não do mar.
Mas a língua seria a mesma – um romanço com muito de charro.
«O concelho», história e etnografia das terras sabugalenses, por Manuel Leal Freire
O filme português «Linhas de Wellington», realizado pela chilena Valeria Sarmiento, é a sugestão cinéfila do Teatro Municipal da Guarda TMG para a próxima terça-feira, dia 30 de Outubro. O filme passa às 21h30 no Pequeno Auditório.
Trata-se de uma reconstituição do ambiente histórico das invasões francesas protagonizada por John Malkovich, IsabelleHuppert, Nuno Lopes e Soraia Chaves. Parte das filmagens desta longa metragem decorreram no distrito da Guarda, mais precisamente em Folgosinho.
Sobre a história, tudo começa em 27 de Setembro de 1810, quando as tropas francesas comandadas pelo marechal Massena, são derrotadas na Serra do Buçaco pelo exército anglo-português do general Wellington. Apesar da vitória, portugueses e ingleses retiram-se a marchas forçadas diante do inimigo, numericamente superior, com o objectivo de o atrair a Torres Vedras, onde Wellington fez construir linhas fortificadas dificilmente transponíveis. Simultaneamente, o comando anglo-português organiza a evacuação de todo o território compreendido entre o campo de batalha e as linhas de Torres Vedras, numa gigantesca operação de terra queimada, que tolhe aos franceses toda a possibilidade de aprovisionamento local. É este o pano de fundo das aventuras de uma plêiade de personagens de todas as condições sociais – soldados e civis; homens, mulheres e crianças; jovens e velhos – arrancados à rotina quotidiana pela guerra e lançados por montes e vales, entre povoações em ruína, florestas calcinadas, culturas devastadas.
Estreia da trilogia de curtas musicadas
A 3 de Novembro, o TMG apresenta em estreia absoluta «Cine-concerto 2 [trilogia de curtas-metragens com música ao vivo]». Três filmes vão ser musicados ao vivo, no Pequeno Auditório, às 21h30: «A Propósito de Nice», de Jean Vigo será musicado por Miguel Cordeiro; «The Blacksmith» de Buster Keaton terá a paisagem sonora de César Prata e «Überfall» de Ernö Metzner será musicado por Luís Rolo. Os três são músicos da Guarda.
Sobre as curtas e os músicos, «A Propósito de Nice» é considerada pelos cinéfilos como uma espécie de «sinfonia de uma cidade», a curta constituiu um marco na história do documentário e catapultou o seu realizador, Jean Vigo para o panteão dos grandes cineastas da primeira metade do século XX. Miguel Cordeiro, é o músico que vai dar som a esta curta. Estudou piano e Jazz no Taller de Música de Barcelona e na escola do Hot Club Portugal. Concluiu em 2011 o mestrado de «composição para cinema e audiovisuais».Actualmente dedica-se à composição de música para imagem.
Já «The Blacksmith» é curta-metragem de excelência artística de Buster Keaton, «o cómico que nunca ri», num exemplo de extraordinária capacidade humorística sem recurso a uma única palavra. Esta curta vai ser musicada por César Prata, o músico dos sete instrumentos e mentor de vários projectos musicais como Chuchurumel, Assobio ou as Canções do Ceguinho. O músico já compôs também para teatro e cinema.
E a finalizar a noite, «Überfall», considerada uma das grandes obras vanguardistas do cinema mudo alemão; um filme de grande poder visual e que será musicado ao vivo por Luís Rolo, músico dado a sonoridades electrónicas que já integrou projectos como Dual Tone (com António Louro), um projecto que misturava a electrónica com o hip-hop.
Noiserv em concerto
Na quarta, dia 31 de Outubro, o projecto Noiserv, de David Santos, volta ao TMG, desta vez ao Pequeno Auditório. O concerto está marcado para as 21h30.
Noiserv tem vindo a afirmar-se como um dos mais criativos e estimulantes, de entre os surgidos em Portugal na última década. O seu percurso tem sido marcado pela criação de peças musicais de um minimalismo capaz de atingir cada individuo na sua intimidade, relembrando-lhe vivências, momentos e memórias intrincadas entre a realidade e o sonho, e por concertos de elevadíssima intensidade, nos quais o público é suspenso a partir de uma teia sonora, criada por um vasto leque de instrumentos inusuais.
Criado em meados de 2005, Noiserv ganhou forma quando David Santos decide gravar algumas ideias numa demo, meses mais tarde esses 3 temas são editados on line, na netlabel Merzbau. Já em 2008 Noiserv edita o seu primeiro longa-duração, “One Hundred Miles from Thoughtlessness”, disco incrivelmente bem recebido pelo público, pela imprensa e crítica, e que actualmente esgotou a sua terceira edição.
Logo a seguir ao concerto de Noiserv o TMG promove no CC uma Noite Mexicana inspirada no Dia de Los Muertos.
Dia de los Muertos [Noite mexicana]
A tradicional festa mexicana dedicada aos defuntos, o «Dia de Los Muertos» serve de pretexto para uma Noite Mexicana no Café Concerto (CC), na próxima quarta-feira, dia 31 de Outubro, logo a seguir ao concerto de Noiserv no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda.
O TMG vai exibir no CC várias curtas-metragens de animação inspiradas no Dia de Los Muertos:
«Viva Calaca 1» de Ritxi Ostáriz, «The Skeleton Dance» de Ub Iwerks, «Hasta los Huesos» de René Castillo, «Viva Calaca 2» de Ritxi Ostáriz e «Skeleton Frolic» de Ub Iwerks. Pela noite dentro haverá preços especiais para as bebidas mexicanas: Mescal, Tequila, Margarita e Cerveja Corona, sempre ao som de música Mexicana. Serão ainda sorteados pelo público presente três vouchers; cada um deles dará acesso a três espectáculos do TMG, a saber: o teatro “Édipo” pela Companhia do Chapitô, o espectáculo transdisciplinar «Pi_add(a)forte» e o concerto da jovem fadista Cuca Roseta.
Tudo boas razões para sair de casa e aproveitar a véspera de feriado no Teatro Municipal da Guarda!
A Música de «Abztraqt Sir Q» no CC
No próximo dia 2 de Novembro (sexta), a Quarta Parede – Associação de Artes Performativas da Covilhã e o TMG apresentam no Café Concerto o espectáculo de música «Abztraqt Sir Q».
«Abztraqt Sir Q» são um grupo de músicos cujos destinos se cruzaram no Extremo Oriente. Auto intitulam-se: «Andy Newman, o baterista pedante. Egon Crippa, o baixista esquivo. Dichma Rahma, a vocalista inconstante. Peter Shuy, o guitarrista neurótico». Fechados no seu próprio mundo, o Xing Palace Place e o seu magnífico jardim, desconstroem canções e deixam-se embalar pela cacofonia. Inventam-se dialectos, reinventa-se a ortografia, subverte-se a fonética, recusam-se as convenções. Não procuram o óbvio mas acabam por encontrá-lo.
O concerto está marcado para as 22h00 e tem entrada livre.
plb (com TMG)
A Academia de Música e Dança do Sabugal, dirigida pelo prof. Rui Chamusco, prolongou o período de inscrições nas aulas instrumentais até 15 de Outubro.
Após de um período inicial de inscrições para o ano letivo 2012/2013 e não havendo número de inscrições suficientes que justifiquem o funcionamento da Academia de Música e Dança do Sabugal (AMDS) a Direção achou por bem reformular as condições de frequência de modo a tornar acessível a continuidade da mesma.
Assim, informam-se os interessados de que, até 15 de Outubro, haveá um novo período de inscrições, com as seguintes condições:
– Aula instrumental individual (50 minutos), 50 euros;
– Aula instrumental em grupo com um mínimo de 3 alunos (50 minutos), 40 euros;
– Aula de Formação Musical (30 minutos) + aula de conjunto (30 minutos), 50 euros;
A Academia leciona os seguintes instrumentos:
– Sopro (Clarinete, Saxofone, Trompete, Flauta);
– Cordas (Piano, Guitarra, Cavaquinho, Violino, Bandolim);
– Acordeão.
As aulas para cada instrumento só serão viáveis se o número de inscrições justificar a contratação do respectivo professor. Aconselhamos, portanto, uma segunda opção.
Em caso de seleção de alunos será dada a prioridade aos alunos que já frequentaram a AMDS.
A Direção da AMDS
O Teatro Municipal da Guarda (TMG) assinala o Dia Mundial da Música (segunda-feira, 1 de Outubro) com pompa, circunstância e, sobretudo, com muita originalidade. Todos (ou quase todos) os espaços dos edifícios do TMG serão palco de concertos mais ou menos intimistas, interpretados por músicos guardenses.
Do terraço ao sub-palco ou da sala de reuniões às escadarias e foyers, o público é guiado numa autêntica viagem musical para celebrar este dia especial. Os concertos começarão às 21h30 e prolongar-se-ão até às 01h00. A entrada é livre.
Rock, Clássica, Pop, Jazz, Sefardita, Tradicional, Fado, Electrónica, Erudita Contemporânea e DJ’s, são alguns dos géneros propostos neste «Guarda – Músicas». Os músicos convidados para esta iniciativa estão todos ligados à Guarda por naturalidade ou por afinidade: Carlos Canhoto e Ensemble de Saxofones, César Cravo, César Prata, The Curimakers, Diogo Andrade, Domenico Ricci, Helena Neves, Helena Rodrigues, Hugo Simões, Zé Tavares, Márcia Cunha e Quarteto de Flautas, Olena Sokolovska e Violin‘Arte, One Man Riff, Pedro Baía, Pedro Ospina, Rogério Pires, Teresa Gonçalves e Vanda Rodrigues.
Um excelente itinerário musical e um programa original para a noite do Dia Mundial da Música.
plb (com TMG)
Na próxima sexta-feira, dia 14 de Setembro, e numa estreia em Portugal, a cantora, compositora e multi-instrumentista Nawal, oriunda das ilhas Comores actua no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG), pelas 21h30.
Entre o tradicional e o contemporâneo, as composições de Nawal são uma fusão de raízes com base acústica, um reflexo do carácter diverso das Comores. A sua música tem origem Indo-Arábico-Persa e compreende polifonias Bantu e ritmos misturados com transe Sufi. Nawal canta principalmente em Comorano (Xikomor) uma língua da família suaíli, também em Francês, Inglês e Árabe.
Nawal canta para a educação e para a união dos seres humanos. Ela orgulha-se de conservar e divulgar a filosofia de seu bisavô Al Maarouf, um grande mestre Sufi, que foi inspirado pela luz do Islão, baseando-se no respeito, amor e paz.
A artista toca gambusi (alaúde tradicional, herdado do Lémen), e percussão diversificada. Contudo, Nawal prefere a voz (como os olhos, o espelho da alma) a qualquer outro instrumento.
Ao TMG Nawal vem apresentar o seu novo disco, intitulado «Embrace the Spirit».
Teatro físico no Pequeno Auditório
No sábado, dia 15 de Setembro, no âmbito da iniciativa Famílias ao Teatro, o TMG apresenta «Action Man» com Raúl Cano dos Yllana (Espanha).
Sozinho em palco, o actor irá dando vida a dezenas de personagens e situações, utilizando a mímica e o seu hábil controlo do corpo, num estilo muito próprio.
A história de Action Man relata as aventuras de um Super Agente Especial na sua última missão que se vê embrulhado numa série de situações cómicas, inspiradas no melhor humor cinematográfico, televisivo e da banda desenhada.
Raúl Cano é actor e co-autor de espectáculos da companhia espanhola Yllana como «¡Muu!», «Glub Glub», «666», «Star Trip» e «Brokers».
Vítor Pomar na Galeria de Arte
«KarmaMudra» do artista plástico Vítor Pomar é a exposição que o TMG inaugura na Galeria de Arte no próximo sábado, dia 8 de Setembro. Nesta exposição, refere o artista, é invocada «a dimensão simbólica que está presente em toda a actividade humana». A inauguração que contará com a presença de Vítor Pomar está marcada para as 18 horas.
Vítor Pomar nasceu em Lisboa em 1949. Frequentou as Escolas de Belas-Artes do Porto e Lisboa (66-69). Emigrou para a Holanda em 1970, onde frequentou a Academia Livre de Haia e a Academia de Arte de Roterdão, onde completa estudos em 1973. Ensina serigrafia na Academia Livre de Haia. Trabalhou no quadro do Regulamento dos Artistas Plásticos (BKR) em Amesterdão entre 1976 e 1985. Utiliza no seu trabalho técnicas tão variadas como a fotografia a preto e branco, o cinema experimental em 16mm e Super 8 e o vídeo.
Estabelecido em Portugal desde 1985, funda e dirige a Associação cultural Casa-Museu Álvaro de Campos em Tavira. Frequenta o curso de Gestão das Artes dirigido pelos professores Joan Jeffri da Columbia University e Jorge Calado, no Instituto Nacional de Administração, 1989.
Viveu em Lisboa entre 90 e 95, período em que se ausentou longamente em viagens de estudo na Índia do Norte, junto de alguns grandes lamas tibetanos.
Actualmente vive e trabalha em Assentiz, Rio Maior. Está representado em diversas colecções, nomeadamente: Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Caixa Geral dos Depósitos, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Casa de Serralves e Ministério das Finanças.
«KarmaMudra» ficará patente até 28 de Outubro. A Entrada é livre.
A exposição pode ser visitada de terça à sexta das 16h às 19h e das 21h às 23h, aos sábados das 15h às 19h e das 21h às 23h e aos domingos das 15h às 19h. A entrada é livre.
plb (com TMG)
Entre Setembro e Dezembro de 2012, o Teatro Municpal da Guarda (TMG) apresenta dezenas de espectáculos e actividades culturais que vão da música às artes plásticas, passando pelo teatro e pelo cinema.
Nos grandes espectáculos, destaque a 22 de Setembro para a Grande Orquestra de Verão, que se apresenta no TMG numa iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura e que contará com a Orquestra do Norte dirigida pelo maestro António Vitorino de Almeida, apresentando obras do próprio, de Mozart e de Dimitri Chostakovitch.
Em Outubro, no dia 27, é Lura quem actua no Grande Auditório. A cantora portuguesa de ascendência cabo-verdiana, por muitos vista como a nova Cesária Évora, actua no Grande Auditório. A cantora tem percorrido os principais palcos das Músicas do Mundo, cantando em crioulo.
Em Novembro, nos dias 23, 24 e 25, é a vez de «Guarda: Sopro Vital», o espectáculo que comemora o 813º aniversário da cidade mais alta e que, uma vez mais, junta em palco centenas de actores, músicos e colectividades do concelho sob a coordenação de Américo Rodrigues, numa encenação de José Rui Martins e com a direcção musical de César Prata. Trata-se de uma produção da Câmara Municipal da Guarda, do Teatro Municipal da Guarda e do Trigo Limpo Teatro ACERT.
Destaque ainda em Dezembro, no dia 15, para o grande espectáculo da fadista Cuca Roseta. A fadista da nova geração da canção nacional vem ao Grande Auditório do TMG apresentar o seu disco de estreia que leva o seu nome.
De referir que em regime de extra-programação se apresenta, a 29 de Setembro, Herman José, com o «One (Her)Man Show», um espectáculo onde o humorista português faz desfilar dezenas de personagens como Maximiana, Serafim Saudade, Nelo ou José Estebes.
Na nova programação, destaque ainda para as estreias. A 3 de Novembro, «Cine Concerto 2» apresenta três curtas-metragens musicadas ao vivo por três artistas da Guarda. «A Propósito de Nice», de Jean Vigo, terá música original de Miguel Cordeiro, «The Blacksmith», de Buster Keaton, será musicado por César Prata, e «Überfall», de Ernö Metzner, contará com música de Luís Rolo. Outra estreia será a da nova produção do Projéc~: «As últimas palavras de Swaso Camacase – ou Um pouco mais de nada» de Pedro Dias de Almeida. A peça pode ser vista nos dias 26, 27 e 28 de Setembro; tem encenação e interpretação de Américo Rodrigues e música original de Micro Animal Voice. Na noite da estreia, será ainda apresentado o «Caderno TMG» desta peça, contando com a presença de autor e encenador.
Também no Síntese – Ciclo de Música Contemporânea da Guarda, organizado em parceria com o grupo homónimo, haverá estreias. O ciclo decorrerá a 20 de Setembro com o Performa Ensemble a fazer a estreia absoluta de uma obra da compositora Sara Carvalho, para além de o grupo interpretar ainda obras de outros compositores. No dia 4 de Outubro é o Síntese – Grupo de Música Contemporânea que faz a estreia absoluta de duas obras: «in modo concertante», de Sérgio Azevedo, uma obra concertante para violoncelo e grupo de câmara, dedicada à memória de Bernardo Sassetti, e «Narrativas», de Duarte Silva, para quarteto de cordas. E no último dia do ciclo é João Pedro Delgado que apresenta em estreia absoluta «Canções e Instrumentos Solistas – obras para voz, piano, saxofone, violino, viola e violoncelo», da sua autoria, no dia 19 de Outubro.
Para além dos destaques já referidos na área da música, o TMG apresenta ainda a 14 de Setembro Nawal (Ilhas Comores/França). A cantora, compositora herdeira da filosofia Sufi e multi-instrumentista toca gambusi (alaúde Tradicional) e percussão diversificada. Destaque ainda para o espectáculo que comemora no TMG o Dia Mundial da Música, «Guarda-Músicas: Uma viagem Musical», no dia 1 de Outubro. Trata-se de uma grande festa com dezenas de músicos a actuar pelos espaços mais inusitados do TMG desde o sub-palco ao terraço, entre as 21h e as 24h. A 30 de Outubro é o Noiserv que actua no TMG. O músico, autor da banda sonora do documentário “José e Pilar” regressa ao TMG para actuar desta vez no Pequeno Auditório.
No teatro, para além das estreias do Projéc~ e do espectáculo que comemora o dia da cidade destacam-se: «Aqui ninguém paga!», de Dario Fo, que o Teatro das Beiras apresenta a 26 de Outubro; «Farsas y Églogas», pelas conceituadas Compañía Nacional de Teatro Clásico e pela Nao d’Amores (Espanha), no dia 12 de Outubro; a divertida peça «Édipo», pela Companhia Chapitô a 9 de Novembro; e «As lágrimas amargas de Petra Von Kant», de R. W. Fassbinder, uma co-produção da ACE Teatro do Bolhão e Teatro Nacional D. Maria II. Uma história de mulheres que junta em palco Ana Padrão, Custódia Gallego, Diana Costa e Silva, Inês Castel-Branco, Isabel Ruth e Cláudia Carvalho, no dia 14 de Dezembro.
A iniciativa Famílias ao Teatro continua a marcar presença na programação dos últimos meses do ano. O público das famílias pode contar com três propostas em diferentes áreas como o teatro, o novo circo ou a dança para bebés. Para ver a 15 de Setembro, o divertido espectáculo «Action Man» por Raul Cano/ Ylana (Espanha); a 6 de Outubro, «Pas perdu», pela Companhia Les Argonautes (Bélgica); e «Pequenos Mundos», de Joclécio Azevedo e Teresa Prima, no dia 17 de Novembro.
Nestes últimos meses, a Galeria de Arte do TMG recebe a exposição «KARMAMUDRA», de Vítor Pomar, entre 8 de Setembro e 28 de Outubro. Uma exposição na qual o artista invoca a dimensão simbólica que está presente em toda a actividade humana e em particular nos relacionamentos e união de energias.
Destaque ainda para as exposições «Paisagens Improváveis», com Albuquerque Mendes, André Cepeda, António Olaio, Diego del Pozo, Gabriela Albergaria, Hugo Alonso, Irene Izquierdo, José Carlos Nascimento, José Luis Pinto e José Maria Yagüe e «Signos de Fronteira: propostas visuais de novos artistas», com Diana González, Elizabeth Leite, Ivo Andrade, Jairo Rekena, Javier Alfageme, João Currais, Juan Antonio Gil Segóvia, Julio García Falagán, Nuno Viegas e Rodrigo Neto. Ambas as exposições são uma Co-produção TMG / Junta de Castilla y León e estão patentes entre 10 de Novembro e 30 de Dezembro respectivamente na Galeria de Arte do TMG e na Galeria do Paço da Cultura. A iniciativa decorre no âmbito da cooperação transfronteiriça do Projecto REDES II e numa co-produção do Teatro Municipal da Guarda e da Junta de Castilla y León, mostrando trabalhos de artistas da zona centro de Portugal e da região de Castilla y León, em Espanha.
No Cinema, filmes de Wes Anderson, Gonçalo Tochas, Jacques Revette, Markus Scheleinzer, Bem Safdie e Joshua Safdie, Marcos Farias Ferreira e Arnaud Despleechin.
E no Café Concerto apresentam-se os projectos: Bela Nafa, JP Simões, Luís Vicente Trio, Abztraqt Sir Q, Vim-te Dizer, Demian Cabaud, José Peixoto/António Quintino + José Salgueiro, Nicolau Pais & Os Originais e Mind Da Gap.
plb (com TMG)
Era tarde, quase noite e o sol apresentava-se palidamente frio para a época de Verão. Surgia-me, uma vez mais, a urgência de escalar o meu Monte, o Monte do Jarmelo. Assolava-me a tal vontade incontida de verificar as encostas com ervas expostas, de confirmar as moitas desordenadas e as margens das múltiplas regueiras secas a sulcar o chão, embora impotentes e inofensivas. Era mais uma subida, mais uma visita a somar a milhentas outras.

No espaço lá em cima, naquele espaço coincidente com a Antiga Vila, lá onde, em tempos, as velhas ruas se encruzilhavam, irrompem agora rodeiras verdes que ziguezagueiam por entre a ingremidade das rochas.
É um o velho hábito, este, de aqui vir rever o Monte, para o saudar na sua quietude, para, junto com ele, imaginar tempos idos e para lhe averiguar a mutação do revestimento vegetativo.
Lá, nas alturas, um pouco abaixo do enorme marco geodésico persiste, ainda, alguma urbanidade. Para além das novas instalações da Junta de Freguesia e da Casa da Câmara, resiste ao tempo um velho campanário que continua a convidar os fiéis a entrar nas duas igrejas, convictas, onde os jarmelistas continuam a rezar. Os naturais do atual Jarmelo mantêm, no essencial, as mesmas características dos naturais do antigo Jarmelo. São gente que sempre se persignou numa fé sem dúvidas e é detentora de uma devoção e de um respeito isento de qualquer desconcerto.
Para além dos ténues sinais urbanos, quase tudo são ruínas. Mantêm-se restos de paredes destruídas, algo altivas e tristemente medievais, que impõem o silêncio da pedra e a perfusa dispersão da solidão. Mas nutrem-se, ainda, neste local alguns sentimentos anacrónicos dos escassíssimos habitantes da base do Monte completamente dados a efemérides.
O Jarmelo, acabou por sucumbir, ao lado de um passado histórico que continua a servir de pretexto para metáforas e alegorias. Na recordação dos amores de Pedro e Inês relembra-se a possibilidade de amores impossíveis.
As velhas casas, quase desfeitas, inundam-se de silêncios rudes e de ásperos esquecimentos ainda que deixando transparecer escassos sinais de uma Vila antiga, alta, volátil e trágica que, agora, se expõe em ruínas e recordações patrióticas, envolta numa melancolia amadurecida pela resignação dos séculos. São, sim, vestígios que não querem nem podem desistir da altura do monte, intrometido no céu, com um cimo aclarado pelo marco geodésico. De resto o cume do monte é esbelto, moldurado à imagem de dois seios de mulher, muito belo e sensual.
Este sítio testemunhou caçadas e estadias reais, numa terra com tradição de caça. Presentemente é um lugar de palavra pouco ouvida, virado para dentro dos seus próprios limites serracenos num território abençoado por história e lendas.
Por aqui se crê no milagre do sol em tardes de Inverno. Por aqui se grita verde até às securas do Verão e, sendo embora sítio de olvido, ainda é possível acreditar que algo de bom ou de mau possa acontecer.
Povoam ,ultimamente, o Monte, um conjunto de estátuas alusivas ao assassínio de Inês de Castro. Lá no cimo, à entrada da Vila, num quase paraíso para o olhar mas vencendo infernos de calor estival ou resistindo a invernos gélidos e ventosos as estátuas parecem conversar entre elas, em pose lenta, ensaiando a explicação do sucedido há vários séculos. Elas ligam o Monte a ele próprio através da história, trazem o passado ao presente e reforçam o carisma destes sítios provando, também, a arte, a criatividade e a sensibilidade jarmelistas visto que o escultor é natural do Jarmelo.
«Terras do Jarmelo», crónica de Fernando Capelo
A Banda Filarmónica de Pínzio – 1888-2012 – comemora, este ano, 124 anos de existência.

As comemorações dos 124 anos de existência da Banda Filarmónica de Pínzio decorreram nos dias 13, 14 e 15 de julho com grande adesão da população.
Nos dias 13 e 14, decorreu o 1.º Estágio de Orquestra Juvenil de Sopros e Percussão da Associação Cultural de Pínzio em que participaram elementos das bandas filarmónicas de Bendada, Covilhã, Malhada Sorda, Pinhel, Pínzio e Vale de Azares. Ainda no dia 14, teve lugar a audição dos alunos da Escola de Música e o Concerto da Orquestra Juvenil de Sopros e Percussão. Foram momentos de grande qualidade aqueles a que pudemos assistir.
No dia 15 a Banda anfitriã recebeu as Bandas de Santana (Figueira da Foz) e Charneca do Lumiar (Lisboa). Foi o reencontro de bandas amigas que há muito se conhecem. As três tiveram prestações de excelente nível.
As comemorações constituíram uma manifestação de grande vitalidade da Banda e da associação a que pertence: a Associação Cultural de Pínzio.
A todos os que contribuíram para o evento, aos convidados e aos executantes, a Banda Filarmónica de Pínzio e a Associação Cultural de Pínzio deixam o seu profundo e sentido agradecimento.
José Dinis
Música, teatro e muito humor vêm ao Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG) «Uma bizarra salada», com Bruno Nogueira, Luísa Cruz e a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Na próxima Sexta-feira, dia 13 de Julho, o TMG apresenta no Grande Auditório, às 21h30, o divertido espectáculo «Uma Bizarra Salada» que junta em palco o humorista e actor Bruno Nogueira, a actriz Luísa Cruz e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, numa co-produção do Festival de Almada, Metropolitana e São Luiz Teatro Municipal. «Uma Bizarra Salada» é para maiores de 12 anos e tem a direcção musical de Cesário Costa, direcção e espaço cénico de Beatriz Batarda, desenho de luz de Nuno Meira.
Trata-se de um espectáculo com música, teatro e muito humor que reúne textos de Karl Valentim. O autor «aproveita a metáfora da orquestra – corpo social complexo, mais problemático do que parece quando visto de fora – para questionar o mundo e as suas perplexidades. Um concerto onde as palavras irrompem? Um espectáculo de teatro em que a personagem principal é uma orquestra? Um recital absurdo onde dois comediantes improváveis estilhaçam a ideia simples de construir um espectáculo didáctico? Ninguém sabe. É Uma Bizarra Salada!», refere José Luís Ferreira no texto de apresentação desta singular salada musical.
Os textos reunidos, «reflectem o período de crise financeira profunda vivida na Europa antes da Segunda Grande Guerra. Infelizmente, muito a propósito do momento que vivemos actualmente, surgiu-nos como uma oportunidade pertinente voltar a trazer Karl Valentin à cena e juntar a Orquestra Metropolitana ao teatro do absurdo através da participação de Bruno Nogueira e Luísa Cruz. O humor e a sátira adoptaram as formas mais diversas dependendo dos seus autores e épocas, podendo ser triste, solitário, poético, feérico, filosófico, critico, absurdo ou surrealista. Neste espectáculo vivem-se momentos absurdos e podemos reconhecer a frustração do boicote provocado pelos outros ou por nós próprios», explica por seu turno a encenadora, Beatriz Batarda.
Panelas e rodas de bicicleta no folk de Le Skeleton Band
No próximo sábado, dia 14 de Julho, o TMG apresenta no Café Concerto a banda francesa Le Skeleton Band. Um trio que se formou em 2007 e que viu o seu primeiro álbum – Blues Preacher -, editado nesse mesmo ano, ser aclamado pela crítica musical francesa. A banda trabalha sonoridades folk e blues sempre fazendo-se acompanhar de estranhos objectos musicais, como panelas e rodas de bicicleta, aos quais junta outros mais convencionais, como guitarras, trompete, banjo e percussão.
No final do ano de 2010 a banda resolveu que estava na altura de regressar a estúdio, e gravaram novo disco. Com o título de Bella Mascarade, o novo álbum de Le Skeleton Trio foi editado em Fevereiro. É este o trabalho que a banda francesa vem apresentar ao TMG.
O espectáculo tem início marcado para as 22h00 e tem entrada livre.
Exposição de Mário Cesariny
O TMG tem patente na Galeria de Arte a exposição «Visto a esta luz», do artista plástico português Mário Cesariny, por muitos considerado o expoente máximo do surrealismo na pintura em Portugal. Esta exposição ficará patente até 29 de Julho e é apresentada no âmbito de uma parceria com a Fundação Cupertino de Miranda. A fundação assumiu nos últimos anos de vida do artista plástico uma relação de grande proximidade e amizade. Nesta exposição procura dar-se uma visão global da sua obra no contexto da Colecção da Fundação Cupertino de Miranda. A exposição é comissariada por António Gonçalves.
A exposição pode ser visitada de terça à sexta das 16h às 19h e das 21h00 às 23h, aos sábados das 15h às 19h e das 21h00 às 23h e aos domingos das 15h às 19h. A entrada é livre.
plb (com TMG)
Vai realizar-se a quarta edição do «Transblues – Festival ee Blues Béjar/Guarda», uma iniciativa que arrancou pela primeira vez em 2009 e que o Teatro Municipal da Guarda e a Junta de Castilla y León promovem com o apoio da Câmara Municipal da Guarda e do Ayuntamiento de Béjar, no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal (POCTEP). O Festival estará em Béjar de 11 a 14 de Julho e na Guarda de 18 a 22 de Julho.
Dia 18 (quarta-feira): Frankie Chavez (Portugal) no Café-Concerto do TMG – 22.00 horas.
Frankie Chavez é um dos mais promissores talentos da nova música portuguesa, tendo vindo a ser referido como a mais recente revelação blues do Sul da Europa. A sua música conjuga diferentes tipos de sonoridades, resultando num Blues/Folk composto por ambientes limpos e por outros mais crus e psicadélicos. Apesar de se identificarem diferentes influências musicais (Robert Johnson, Jimi Hendrix, Kelly Joe Phelps, Ry Cooder), é difícil encontrar um único termo para definir a sua música, o que lhe garante um estilo único e inconfundível.
Além de abordar instrumentos tão típicos dos blues como o Lap Slide Guitar, uma das características únicas da sua sonoridade é o facto de ter reinventado a abordagem da Guitarra Portuguesa.
Acompanha Frankie Chavez, João Correia – músico – Bateria/voz.
Dia 19 (quinta-feira): Indiana Blues Band (Portugal) no Café-Concerto do TMG – 22.00 horas.
Indiana Blues Band é um projecto do músico André Indiana que incorpora toda a estética dos Blues e de uma «Blues Band». Apresentam o seu primeiro disco intitulado «bloodline» com 7 temas originais e algumas versões de temas muito conhecidos como «Love Me 2 Times» (Doc Pomus) ou «Hoochie Coochie Man» (Willie Dixon).
Os Indiana Blues são: André Indiana – guitarra e voz; Hugo Danin – bateria; Joao André – baixo; Paulo Veloso – teclas.
Dia 20 (sexta-feira): Spikedrivers (Reino Unido) no Jardim José de Lemos – 21.30 horas.
Inspirados nas suas raízes americanas e no legado musical norte-americano, as músicas, as harmonias vocais e as suas composições instrumentais fazem do som dos Spikedrivers algo fresco e emocionante. A crítica especializada considera a banda como uma das mais inovadoras e originais da actualidade. A atmosfera criada pelos Spikedrivers ao vivo transporta-nos pelas estradas secundárias americanas, numa autêntica banda sonora que se movimenta entre os alpendres ao fim de tarde das casas do Sul da Carolina, e os enormes espaços abertos, sacudidos pelo vento e pela erosão, com as linhas-férreas a desaparecerem no horizonte.
Spikedrivers são; Ben Tyzack – Guitarra, voz e harmónica; Constance Redgrave – baixo, voz e percussão; Maurice McElroy – bateria, voz e percussão.
Dia 21 (Sábado): Sharrie Williams (EUA) no Jardim José de Lemos – 21.30 horas.
Desde a sua última actuação em 2002 no The Blues Estafette na Hollanda, Sharrie Williams despertou as atenções na Europa. Os seus concertos são incríveis. Sharrie impressiona pelas suas poderosas performances cheias de alma; tem como influências e referências as vozes de grandes vocalistas como Koko Taylor, Aretha Franklin, Tina Turner ou Etta James. A cantora norte-americana é apaixonada por gospel, soul, blues e rock.
Nos EUA ela é apelidada de «Princesa do Rockin’ Gospel Blues», um nome que lhe assenta que nem uma luva. O seu novo disco «I’m Here To Stay» foi gravado em Ann Arbor (Michigan, EUA), produzido e remisturado por Michael Freeman que afirma que a música de Sharrie vai directamente ao coração do público. O disco tem sido muito badalado pela crítica da especialidade e foi nomeado a vários prémios nos EUA.
Acompanham Sharrie Williams os músicos: Lars Kutschke – guitarra e voz; Attila Herr – baixo; Chris Jones – bateria e voz; Till Sahm – teclados.
Dia 22 (Domingo): Guitar not so Slim (Espanha)no Jardim José de Lemos – 21.30 horas.
O grupo espanhol vem mostrar as canções do seu último disco «Bailout». Uma viagem musical que passa pela denominada Roots Music, pelo Ragtime e os Blues dos anos 20/30. «Guitar not so slim» é uma banda que mistura o melhor de dois mundos, o velho e o novo, no que a música e a continentes diz respeito. Neste disco, a banda regressa ao verdadeiro âmago dos Blues, que sempre se destacaram pela sua componente de alerta social e de protesto. As canções são uma mistura eclética e as críticas vão desde o resgate financeiro e a crise europeia à cirurgia estética, tudo isto com sons tribais. A banda editou até ao momento dois discos, ambos com muito sucesso nos meandros dos Blues e muito elogiados pela crítica especializada.
Guitar not so Slim são: Troy Nahumko – guitarra e voz; Moi Martin – contrabaixo e voz; José Luis (Armónica Naranjo) – harmónicas; Lalo González – bateria.
Dia 12 (quinta-feira): Mr. Blues (Portugal) no Parque Municipal de Béjar – 20.00h (hora espanhola).
No âmbito do habitual intercâmbio do Transblues, o grupo português actua em Béjar, nesta edição. Trata-se de um dos projectos mais proeminentes de Portugal na vertente dos Blues. A linguagem musical e a vasta experiência dos músicos envolvidos já lhe permitiu tocar em vários Festivais Internacionais de Jazz & Blues fazendo as primeiras partes de artistas como Alvin Lee ou Sharrie Williams.
Mr Blues: Steve Rego – guitarras, kazzoo, harmónica, bombo, tarola e pratos de choque
plb (com TMG)
Para quem vai estar pelo concelho de Penamacor no fim-de-semana que se aproxima, há duas sugestões, promovidas pela Câmara Municipal.
Na freguesia de Águas, pode-se conciliar a visita à bela igreja matriz da aldeia, projectada por Nuno Teutónio Pereira, com a audição da Orquestra de Sopros da Academia de Música e Dança do Fundão, que ali se vai apresentar pelas 16 horas do dia 10 de Junho (domingo).
No mesmo dia, em Penamacor, tem lugar o VI Encontro de Música Tradicional, promovido pelo Rancho Folclórico de Penamacor. A festa decorre na agradável Praça Nova do ex-Quartel, com início previsto para as 15 horas.
plb
No dia 10 de Junho, a partir das 15 horas, o Largo de Santa Catarina, na Rebolosa, volta a receber os acordeonistas e tocadores de realejo da região, evento que já alcança a 10ª edição.
A organização, a cargo da Junta de Freguesia e da associação local, espera mais de 20 acordeonistas, na sua maior parte oriundos das diversas terras do concelho do Sabugal.
O Festival de Acordeão da Rebolosa afirmou-se já como um dos grandes eventos da Raia, contando sempre com a adesão de muitos tocadores, que alo exibem a sua arte, e de muito público, que gosta de ouvir os acordes da música tradicional.
Como habitualmente, após a actuação dos tocadores amadores, haverá uma segunda parte com a actuação de um profissional do acordeão. Este ano será Rui Alves o artista convidado.
plb
No dia 9 de Junho (sábado), o Teatro Municipal da Guarda (TMG) apresenta no âmbito da iniciativa Famílias ao Teatro o espectáculo «Farfalle» (borboleta), pelo Teatro de Piazza o D’Occasione (Itália).
O espectáculo é uma extensão do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica) e é apresentado em duas sessões: 16h00 e 21h30. Teatro e multimédia para toda a família.
Tudo é contado com música e imagens por dois bailarinos. A cenografia é formada por um tapete branco com duas asas. As imagens são projectadas em diferentes planos: o plano horizontal do tapete e o vertical das duas asas oblíquas. Alguns objectos estilizados decoram o cenário. O público é convidado a participar, a entrar dentro do cenário, a movimentar-se entre as imagens que reagem aos seus gestos, aos seus movimentos. As imagens envolvem-no.
Com «Farfalle», a TPO continua a experiência sobre as potencialidades expressivas relacionadas com a utilização de novas linguagens digitais (computação gráfica/tecnologias interactivas) associadas à dança, à música e ao movimento.
«Farfalle» tem a direcção de Francesco Gandi e Davide Venturini e a interpretação de Anna Balducci e Erika Faccini.
Esta actividade é apresentada no âmbito da Rede 5 Sentidos.
Canções de protesto dos novos tempos
Pedro Esteves Trio é a proposta musical do TMG para a noite do próximo dia 8 de Junho no Café Concerto. O músico Pedro Esteves vem apresentar o disco de estreia «Mais um dia», acompanhado por Filipe Raposo nos teclados e por António Quintino no contrabaixo. Uma fusão de baladas com canções de protesto dos novos tempos. Um espectáculo com boa música e cheio de bom humor e ironia.
A propósito do seu primeiro trabalho, o Jornal de Letras escreveu sobre Pedro Esteves: «Ele tem a timidez de Chico Buarque, a delicadeza de Fausto, o gosto pelos arranjos de José Mário Branco, o prazer da escrita de Sérgio Godinho (…) “Mais um dia” é um hino à arte de fazer canções, como sempre, como dantes».
O espectáculo está marcado para as 22h00 e a entrada é livre.
Cinema no Pequeno Auditório
A 13 de Junho (quarta-feira), o Cineclube da Guarda apresenta, com o apoio do TMG, o filme «O tio Boonme que se lembra das suas vidas anteriores», de Apichatpong Weerasethakul. A sessão está marcada para as 21h30 no pequeno auditório.
Na história, tio Boonme resolve passar os seus últimos dias de vida no campo, rodeado das pessoas que ama. Esta é a quinta longa-metragem do tailandês Apichatpong Weerasethakul, o filme complementa o projecto Primitiv, ligado à ideia de extinção e da recordação de vidas passadas.
Filme vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2010.
Histórias de Manuel António Pina
Na quarta, dia 13 de Junho, o TMG apresenta através do seu Serviço Educativo o espectáculo «Histórias que me contaste tu no país das pessoas de pernas para o ar», criadas a partir de livros escritos pelo sabugalense Manuel António Pina.
O espectáculo é apresentado em duas sessões: às 10h e às 14h30 na Sala de Ensaios e tem por destinatárias as crianças dos jardins-de-infância.
Os dois livros «Histórias que me contaste tu» e «No país das pessoas de pernas para o ar» de Manuel António Pina inspiraram as criadoras Tânia Cardoso e Joana Manaças, que fizeram este espectáculo onde uma é bailarina e a outra contadora de histórias. Os contos têm finais improváveis e o mundo às avessas domina todas as narrativas. Trata-se de uma produção do Teatro Maria Matos, apresentado no TMG através da Rede 5 Sentidos.
plb (com TMG)
Na sua missão de auxiliar as entidades associativas a desempenhar melhor a sua missão junto das comunidades, a Fundação INATEL está a lançar até 15 de Junho o Programa de Apoio à Cultura Amadora (PACA).
A iniciativa apoia a aquisição de instrumentos musicais, material de som e luz e outros equipamentos técnicos até ao valor de 2.500 euros. O Programa é destinado às associações filiadas na Fundação INATEL (CCD – Centros de Cultura e Desporto), sendo uma ótima oportunidade para reequipamento das bandas e grupos musicais não etnográficos da região centro, já que a verba destinada a este tipo de agrupamentos é este ano reservada para esta região, que inclui os distritos de Guarda, Castelo Branco, Viseu, Aveiro, Coimbra e Leiria. No resto do país, o Programa prevê que o Norte seja contemplado com verbas destinados aos grupos de folclore e que Lisboa, Sul e Ilhas recebam verbas para teatro e produção audiovisual.
plb (com Fundação INATEL)
No sábado, dia 19 de Maio, Jorge Palma vem ao Teatro Municipal da Guarda (TMG) para o concerto de apresentação do novo álbum, intitulado «Com todo o respeito», editado em Outubro de 2011. Trata-se de uma digressão acústica criada especificamente para salas onde o artista, ao piano, se faz acompanhar pelo filho, Vicente Palma, ao piano e à guitarra.
Em «Com todo o respeito», aquele que é por muitos considerado o melhor «cantautor» português cria um ambiente intimista de interatividade com o público e viaja por temas bem conhecidos dos seus mais de 40 anos de carreira.
Sobre o músico, alguém escreveu que «Em Jorge Palma sobressai a capacidade de redescobrir a música, de criar uma forma atraente, de exibir sentimentos, explorar emoções, e cativar sempre mais gente, a acompanhar a sua solidão junto ao piano, num misto de querer estar só, mas com todos os outros».
De referir que este último disco de Jorge Palma foi galardoado com o Prémio Pedro Osório pela Sociedade Portuguesa de Autores.
Carlos Barretto e António Eustáquio no Café Concerto
Na próxima quinta-feira, dia 17 de Maio, os músicos Carlos Barretto e António Eustáquio apresentam no Café Concerto o espectáculo «Guitolão», pelas 22h00.
«Guitolão» é um instrumento musical nascido em Portugal e é também o sonho do guitarrista Carlos Paredes tornado realidade pelo construtor Gilberto Grácio. Trata-se de um cordofone, baseado na guitarra portuguesa, mas com um registo mais grave.
«O encontro entre António Eustáquio (guitolão) e Carlos Barretto (contrabaixo) faz-se, pois, sob a égide deste raro instrumento que, nas mãos de António Eustáquio ganha vida». Um concerto que promete surpreender e onde a dupla apresenta o disco com o mesmo nome, «Guitolão», lançado com a etiqueta da JACC Records. A entrada é livre.
Trata-se de uma iniciativa apresentada através da Rede 5 Sentidos e em parceria com o Jazz Ao Centro Clube.
SoniCC com Alone in the Darkness + Ésse
Na sexta, dia 18 de Maio, actuam no Café Concerto do TMG, às 22 horas, mais duas bandas selecionadas no âmbito do SoniCC: Alone in the Darkness (Guarda) e Ésse (Vilar Formoso).
Trata-se da terceira sessão desta actividade que tem como objectivo dar oportunidade às bandas e projectos da região da Guarda de se revelarem no TMG.
Alone in the Darkness é um projecto de quatro jovens da Guarda, surgido em 2011. Aspiram tocar ao lado de grandes bandas do movimento underground português. Os Alone in the Darkness são António Farinhas (Guitarra/baixo/voz), Bernardo Delgado (Bateria), Leonardo Rodrigues (Teclado/voz) e Lucas Martins (Guitarra e backing vocals).
Ésse vem de Vilar Formoso (concelho de Almeida) e é um amante dos ritmos Hip Hop. Começou a cantar aos 13 anos. «Desde cedo que desenvolvi o meu gosto pela escrita, e naturalmente este estilo musical cativou-me, tanto pelo seu poder introspectivo, como interventivo, entre ritmo, rimas, métrica.», refere o jovem no seu texto de apresentação.
O SoniCC entrará brevemente numa nova fase, alargando o âmbito da iniciativa a bandas também do Distrito de Castelo Branco. Os projectos interessados deverão enviar informação e maquetas para o TMG.
plb (com TMG)
Um punhado de cidadãos de Alpedrinha sob a dinamização de Barata Roxo, foi feita homenagem a Zeca Afonso – a voz da utopia não morre, como escreveu o Jornal do Fundão. No dia 14 de Abril numa Adega na Zona Histórica do Cardeal Jorge da Costa, um grupo de amigos proporcionou uma tertúlia cultural sobre o criador das Baladas.
De uma forma informal Barata Roxo deu inicio à sessão agradecendo a presença de todos os presentes que enchiam por completo o espaço daquela Adega Tradicional. Espaço que o Zeca Afonso escolheria, porque gostava de atual em coletividades populares, de pescadores e operários, em convívios fraternos, em Tabernas… Deu a palavra ao Jornalista Fernando Paulouro Neves, que referiu que a música do Zeca está perfeitamente atualizada. Se recorrermos às letras das Baladas «os Vampiros, o Menino do Bairro Negro, No Lago Breu ou Balada do Novo Dia», estão completamente atuais, neste contexto social e político. Estão outra vez na moda porque a sua mensagem musical e poética passou para as juventudes dos nossos dias. As suas canções são um património de liberdade. Teve a capacidade e a disponibilidade para entender o tempo histórico que era o dele e que está atual. A sua obra é soberba de carater e com grande carga de compromissos. Ele cantava as liberdades e os seus poemas não precisam de datas.
A Dr.ª Maria Antonieta Garcia fez um testemunho de convivência pessoal com este trovador em Belmonte e principalmente no ensino na cidade e acompanhamento das suas atuações em muitas coletividades e grupos desportivos populares e no Centro Cultural de Setúbal, que ainda hoje existe. No ensino preocupava-se muito com os estudantes pobres e nunca se preocupava com os honorários das suas atuações, não vivia para o dinheiro.
Também falou sobre as suas músicas, que nos inventava os filhos da madrugada, abrindo portas de liberdade, sofreu com as notícias de soldadinhos que não voltavam, de meninas de olhos tristes, de exílios, de prisões, de fome…. Ajudou os presos políticos e chegou a ter casa em Monsanto para se fosse necessário se refugiar e passar mais facilmente para Espanha. A viagem da vida parou cedo e «já não volto à Beira».
António Alves Fernandes, leu um texto escrito pelo seu irmão Ezequiel Alves Fernandes, que em 1969, na Turma do 2º R do Ciclo Preparatório da Escola das Areias em Setúbal foi aluno do Professor de História Dr. José Afonso. Dizia aos alunos de uma Turma problemática, com muitos repetentes, com idades dos doze aos dezassete anos, alunos de bairro de lata, subnutridos, que «a História que vou ensinar é contada pelos Homens do Mar, sentida nos Lugares e vivida pelos Povos, que fazem a História».
Se este não fosse um País de labregos, com colossal desonestidade, que medram em asfixia mediocridade de cariz inquisitorial, provavelmente o País respirava a Obra Humana, Intelectual, Musical e Poética de Zeca Afonso.
Nesta ação cultural foram declamados poemas e cantadas baladas de Zeca Afonso. Um grupo musical do Fundão composto pelos dois irmãos Freires, por Adelino e a sua jovem filha, fecharam com chave de ouro esta tertúlia de um punhado de amigos.
Á meia-noite os presentes unidos, cantaram a senha, o hino que tem o nome de «Grândola, Vila Morena».
Em cada rosto respirava felicidade, fraternidade e igualdade…
Parabéns a este punhado de cidadãos que tiveram memória, que recordaram o Trovador do Povo.
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
No sábado, dia 28 de Abril, actuam no Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG), às 21h30, os portugueses Fingertips. A banda acaba de lançar o disco «2» e vem ao TMG mostrá-lo.
Os Fingertips iniciaram em 2003 a sua carreira com o lançamento do disco «All ‘Bout Smoke ‘n Mirrors» e atingiram o 1º lugar de airplay nas rádios com o single «Melancholic Ballad». Seguiram-se mais duas edições: «Catharsis» em 2006 e «Live Act» em 2007.
Em 2010 a Banda segue um novo rumo e procura uma nova Voz. Entre muitos candidatos, Joana Gomes foi a escolhida, tendo gravado de seguida o álbum «Venice», editado no início de 2011.
Com um novo disco «2» e o novo single «Running Out of Time» a ganhar a atenção das rádios, os Fingertips fazem nestes primeiros meses do ano uma digressão por algumas das principais salas do país onde apresentam as novas músicas e um novo espectáculo.
Durante a tarde de sábado a banda promove ainda no Café Concerto do TMG um «Workshop de Bateria» destinado a apaixonados, curiosos ou estudiosos da percussão. A sessão começa às 16h00 e será orientada pelo baterista dos Fingertips, Marito Marques. O workshop tem entrada livre.
Teatro no Café Concerto
No próximo dia 27 de Abril, sexta-feira, o TMG apresenta no Café Concerto às 22h o monólogo «Adalberto Silva Silva – um espectáculo de realidade». Uma comédia de Jacinto Lucas Pires com a interpretação do actor Ivo Alexandre.
«Adalberto Silva Silva — um espetáculo de realidade» é a alma de Adalberto Silva Silva em formato «televisivo». Adalberto é o célebre desconhecido, o triste homem comum, um tipo que de tão normal se apalhaça dos modos mais surpreendentes. Um cidadão que, neste país pobre e maravilhoso, quer juntar-se a uma cidadã para se descobrir por inteiro. Em resumo, a personagem do mais adalbértico dos anti-heróis portugueses sai agora do papel do teatro para o oxigénio da realidade.
Uma comédia em formato de bolso sobre o desejo, o sonho e os chamados problemas práticos. A entrada é livre.
Exposições de pintura
A partir de terça, dia 2 de Maio e até ao final desse mesmo mês, o TMG apresenta no Café Concerto a exposição de pintura do artista plástico Luíz Morgadinho. «Ad Instar… À semelhança de…» é o título desta exposição que pode ser visitada no horário de funcionamento do CC e que tem entrada livre.
Luiz Morgadinho nasceu em Coimbra em 1964 e reside actualmente em Santa Comba, Seia.
Pintor autodidacta, define-se como «operário plástico do naïf e do bizarro». Recentemente participou no «Surrealism in 2012» do Goggleworks Center for the Arts, Reading, EUA com trabalhos individuais e colectivos, executados em parceria com elementos do Cabo Mondego Section of Portuguese Surrealism.
Está representado em várias Câmaras Municipais de Portugal, no Museu do Café de Cadenazzo na Suíça e no Ayuntamento de Olivenza em Espanha.
O TMG tem também patente na Galeria de Arte a exposição «Vivência a cores d’um andarilho», do pintor Moçambicano Roberto Chichorro.
Roberto Chichorro nasceu em 1941 em Lourenço Marques. Trabalhou como desenhador de publicidade e arquitectura, e como decorador de pavilhões para feiras internacionais em Moçambique. Fez cenografias para espectáculos e ilustrou vários livros. Foi bolseiro do Governo Espanhol, em Madrid, para cerâmica (Taller Azul) e zincogravura (Óscar Manezzi) e do Governo Português, vivendo em Portugal desde essa data e dedicando-se exclusivamente à pintura. Participou é várias exposições individuais e colectivas por todo o mundo, desde 1960. É um dos mais conceituados pintores Africanos da actualidade.
Sobre a sua obra, escreve Álvaro Lobato Faria: «Qualquer obra de Roberto Chichorro poderia começar assim. A construção do seu imaginário decorre do enquadramento de sonhos e memórias de histórias vividas, fragmentadas e esfarrapadas pelo esquecimento, que procura repor numa unidade lógica própria da narração. Sabe-se lá que promessas, que juras ou votos ficariam por cumprir, mas para Chichorro todas as histórias são dignas de serem contadas. Há mais mundos do que este e para que disso tomemos consciência, a imaginação é tão indispensável quanto o olhar, receptivo à descoberta. Aqui, reside uma das marcas da originalidade e da intemporalidade do seu imaginário: ele opera em nós um desenraizamento, obriga-nos a abandonar os lugares-comuns, transporta-nos para algures e daí para nenhures».
A exposição ficará patente na Galeria de Arte do TMG até 20 de Maio e poderá ser visitada de terça à sexta das 16h às 19h e das 21h00 às 23h, aos sábados das 15h às 19h e das 21h00 às 23h e aos domingos das 15h às 19h. A entrada é livre.
plb (com TMG)
No próximo dia 25 de Abril (quarta-feira), o Teatro Municipal da Guarda (TMG) celebra o seu sétimo aniversário. Para comemorar, convidou Rodrigo Leão a apresentar em concerto o seu último disco de originais: «A Montanha Mágica». O concerto está marcado para as 21h30 no Grande Auditório.
Dono de uma das mais interessantes discografias do nosso país, o músico e compositor Rodrigo Leão tem conhecido o sucesso dentro e fora do de Portugal, facto que lhe tem permitido ter convidados de peso nos seus discos, como aconteceu com Ryuichi Sakamoto, Stuart Staples (Tindersticks) ou Beth Gibbons (Portishead). Na década de 80, o seu visionário trabalho na Sétima Legião lançou pistas que ainda hoje são exploradas pela pop portuguesa.
Fez também parte dos Madredeus, grupo com que começou por explorar o mundo e com quem gravou três álbuns que angariaram aplausos em todo o mundo. Logo depois, Rodrigo Leão aventurou-se a solo com enorme sucesso. O seu mais recente disco, editado em 2011, chama-se «A montanha mágica» e é esse o trabalho que o músico português traz ao TMG no dia 25.
No seu novo disco Rodrigo Leão decidiu recuar até uma ideia de infância que se traduz nos títulos – «A praia do Norte», «O Baloiço», «Aviões de Papel» ou, para citar apenas mais um, «O Navio Farol» -, mas também e sobretudo na abordagem musical, nos arranjos. Proeza só ao alcance de quem muito sabe, A Montanha Mágica soa a um tempo diferente e igual, fluído e permanente, difuso como algumas memórias, mas tão real como as palavras impressas num livro. Esse efeito tem origem na pausa que Rodrigo impõe agora ao seu aplaudido Cinema Ensemble para se concentrar no essencial.
Acompanham Rodrigo Leão (teclados e baixo) em palco os músicos Celina da Piedade (acordeão, metalofone, voz), Viviena Tupikova (violino), Bruno Silva (viola de arco), Carlos Tony Gomes (violoncelo) e João Eleutério (guitarra).
Logo depois do concerto, o Teatro Municipal da Guarda promove uma sessão comemorativa do seu sétimo aniversário que terá lugar no Café Concerto e é aberta a todo o público que se queira juntar à celebração.
«Famílias ao Teatro» no Pequeno Auditório
Famílias ao Teatro com a oficina / espectáculo «O Vento» é a nova criação das Visões Úteis. Uma iniciativa que o TMG apresenta no próximo sábado, dia 21 de Abril, em duas sessões à escolha: às 15h00 e às 18h00.
Mais do que um espectáculo de teatro, esta é uma actividade onde o teatro se faz com o público e onde o público é convidado a participar. Trata-se de um formato dinâmico e sempre experimental que resulta num espectáculo que não é só para ver, é também para fazer. Ambas as sessões do dia dividem-se em dois momentos: uma oficina de 45 minutos e um espectáculo também de 45 minutos logo a seguir. Na oficina, o público participante fica a conhecer o espectáculo por dentro e nas diferentes artes que se cruzam em cena, como a luz, o som, o gesto e o movimento, e ensaia uma acção que vai interpretar, decidindo depois um entre dois finais possíveis para a história. Na primeira sessão, a oficina começa às 15h00, sendo o espectáculo às 15h45. Na segunda sessão, a oficina começa às 18h00 e o espectáculo é às 18h45.
As oficinas destinam-se a crianças dos 4 aos 10 anos, que deverão ser acompanhadas por um adulto. O restante público que não quiser participar nas oficinas pode assistir depois aos espectáculos que as sucedem. Os bilhetes, em ambos os casos, custam 3€. «O vento é movimento. Move coisas, move-se nos corpos. Torna-se visível nas coisas e nos corpos. Nas paisagens. O vento é uma força abundante que alimenta e às vezes transborda.
Esta é a ideia que sustém o projecto: o espectáculo precisa da força do público para se mover, para este ser o vento que faz tudo acontecer. O Vento é desafio e mudança. Cada evento-espectáculo é realmente único e depende verdadeiramente da articulação entre actores e público, ambos intérpretes. O Vento nunca pára de criar e de se reinventar.», refere o texto de apresentação desta oficina/ espectáculo. A direcção da iniciativa é de Inês de Carvalho, a dramaturgia é de Alberta Lemos, Ana Vitorino e Carlos Costa e a interpretação de Ana Vitorino e Carlos Costa. No Café Concerto, dia 19 de Abril
Jazz com o Rodrigo Amado no Café Concerto
O Rodrigo Amado Motion Trio actua a 19 de Abril (Quinta-feira) no Café Concerto às 22h.
Depois de um primeiro disco muitíssimo bem recebido pela crítica nacional e internacional, o Motion Trio de Rodrigo Amado tem confirmado em concerto que se trata de um dos mais interessantes projectos da cena jazz nacional. Na busca por expandir a sonoridade característica do grupo, o trio fez um convite ao trombonista americano Jeb Bishop para os acompanhar ao vivo. O músico norte-americano é colaborador habitual de Ken Vandermark (tendo sido um dos vectores fundamentais do seu projecto-âncora Vandermark 5) bem como em múltiplos projectos sediados em Chicago como Chicago Tentet de Peter Brötzmann e a Exploding Star Orchestra de Rob Mazurek. O trombonista acrescentou o seu cunho pessoal elevando a música do trio para outro patamar.
Em palco no Café Concerto vão estar Rodrigo Amado (saxofone), Miguel Mira (violoncelo), Gabriel Ferrandi (bateria) e o convidado especial Jeb Bishop (trombone). Trata-se de um concerto em Parceria com o Jazz ao Centro Clube, apresentado no âmbito da rede 5 Sentidos. A entrada é livre!
Concerto de Comemoração do Dia Mundial da Voz
A pretexto do Dia Mundial da Voz, o Conservatório de Música de S. José da Guarda apresenta no próximo dia 20 de Abril (sexta-feira), no Café Concerto, às 22 horas, um espectáculo de música e poesia «em forma de concerto comemorativo».
O espectáculo contará com a participação das classes de Canto e Técnica Vocal do Conservatório de Música da Guarda e com as vozes de Noémia Mateus, Catarina Natário e Rita Pereira, e a colaboração da turma de Técnica Vocal, e do Coro Bomtempo.
Trata-se de uma iniciativa com o apoio do TMG. A entrada é livre.
Exposição de Roberto Chichorro na Galeria de Arte
Durante o mês de Abril, a exposição «Vivência a cores d’um Andarilho» de Roberto Chichorro será visitada por cerca de 400 alunos da Escola Básica 2, 3 de Santa Clara, da Guarda. As visitas guiadas à exposição serão complementadas com actividades pedagógicas orientadas pelo Serviço Educativo do TMG. Recorde-se que a exposição estará patente na Galeria de Arte até 20 de Maio e pode ser visitada de terça à sexta das 16h às 19h e das 21h00 às 23h, aos sábados das 15h às 19h e das 21h00 às 23h e aos domingos das 15h às 19h. A entrada é livre.
Roberto Chichorro nasceu em 1941 em Lourenço Marques. Trabalhou como desenhador de publicidade e arquitectura, e como decorador de pavilhões para feiras internacionais em Moçambique. Fez cenografias para espectáculos e ilustrou vários livros. Foi bolseiro do Governo Espanhol, em Madrid, para cerâmica (Taller Azul) e zincogravura (Óscar Manezzi) e do Governo Português, vivendo em Portugal desde essa data e dedicando-se exclusivamente à pintura. Participou é várias exposições individuais e colectivas por todo o mundo, desde 1960. É um dos mais conceituados pintores Africanos da actualidade.
Sobre a sua obra, escreve Álvaro Lobato Faria: «Qualquer obra de Roberto Chichorro poderia começar assim. A construção do seu imaginário decorre do enquadramento de sonhos e memórias de histórias vividas, fragmentadas e esfarrapadas pelo esquecimento, que procura repor numa unidade lógica própria da narração. Sabe-se lá que promessas, que juras ou votos ficariam por cumprir, mas para Chichorro todas as histórias são dignas de serem contadas. Há mais mundos do que este e para que disso tomemos consciência, a imaginação é tão indispensável quanto o olhar, receptivo à descoberta. Aqui, reside uma das marcas da originalidade e da intemporalidade do seu imaginário: ele opera em nós um desenraizamento, obriga-nos a abandonar os lugares-comuns, transporta-nos para algures e daí para nenhures».
plb (com TMG)
A Agência da Guarda da Fundação INATEL organiza a 22 de Abril o Concerto da Primavera, em colaboração com a Sociedade Musical Gouveense, banda que acaba de comemorar o seu Centenário.
O Concerto terá lugar no Teatro Municipal da Guarda (TMG), no Grande Auditório, pelas 16 horas.
A Sociedade Musical Gouveense é considerada a melhor banda filarmónica do distrito da Guarda e tem em múltiplas ocasiões ganhado reconhecimento a nível nacional e internacional. No Concerto da Primavera do dia 22 de Abril, serão interpretadas obras de Toshiaki Minami, David Maslanka, Bert Appermont, Robert Bennet e Jorge Salgueiro, entre outros. A Banda, que integra cerca de 60 elementos, tem como director artístico o maestro Hélder Abreu.
A entrada é gratuita, mediante bilhete a levantar na bilheteira do TMG ou na Agência da Guarda da Fundação INATEL até ao dia do espectáculo.
plb (com INATEL – Delegação da Guarda)
O Duo Con Anima, da harpista Carmen Cardeal e do flautista Nuno Ivo Cruz, apresenta um Concerto de Páscoa no próximo dia 5 de Abril, véspera de sexta-feira santa, no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG), às 21h30.
O Duo convida o público a partilhar um percurso por algumas das mais belas músicas para flauta e harpa, no espírito de uma meditação apropriada à data. No concerto, marcado para as 21h30, serão apresentadas obras de compositores como Bach, Fauré, Debussy, Ravel, Bizet, Wagner e Puccini, entre outros.
Carmen Cardeal colaborou com a Orquestra Gulbenkian entre 1988 e 1999, ano em que ingressou na Orquestra Sinfónica Portuguesa. A harpista apresenta-se regularmente em recitais de música de câmara com grupos de diferentes formações. Como solista executou concertos com a Orquestra Portuguesa da Juventude, Orquestra Clássica do Porto, Orquestra Sousa Carvalho, Orquestra Metropolitana de Lisboa External Link, e com a Sinfonieta de Lisboa. Actualmente é harpista solista na Orquestra Sinfónica Portuguesa.
Nuno Ivo da Cruz estudou Música no Conservatório Koninklijk, Den Haag e na Universidade Nova de Lisboa (Ciências Musicais). Integrou a Nova Filarmonia Portuguesa e a Orquestra do Porto da Régie Sinfonia. Pertence a uma família de músicos profissionais (terceira geração). É membro do Quinteto de Sopros Flamen desde 1988. É flautista solista na Orquestra Sinfónica Portuguesa.
«O Mundo é uma Ervilha», no Café Concerto
A partir da próxima terça-feira, dia 3 de Abril, o Café Concerto recebe a exposição de fotografia «O Mundo é uma Ervilha», de Catarina Tormenta. Nesta exposição, a autora reúne várias fotografias de rostos de pessoas de distintas etnias e nacionalidades que fotografou durante as suas viagens.
A exposição ficará patente até 22 de Abril, tem entrada livre e pode ser visitada no horário de funcionamento do Café Concerto.
«Fora de Jogo», no Pequeno Auditório
Na Quarta-feira, dia 4 de Abril, o Cineclube da Guarda apresenta com o apoio do Teatro Municipal da Guarda o filme «Fora de Jogo» de Jafar Panahi. A sessão de cinema decorre no Pequeno Auditório, às 21h30. No Irão há milhares de mulheres adeptas de futebol. Porém, estão proibidas de entrar em estádios. As mais ousadas disfarçam-se e tentam enganar a polícia. Última longa de Panahi, antes da proibição de filmar, inspirada num episódio com a filha do próprio realizador. O filme premiado com o Urso de Prata no Festival de Berlim de 2006.
Segunda sessão SoniCC, no Café Concerto
No Sábado, dia 7 de Abril, actuam no Café Concerto do TMG às 22h00 duas bandas seleccionadas no âmbito do SoniCC: Double Latte (Guarda) e Meow Dogs (Trancoso). Trata-se da Segunda sessão desta actividade.
Recordamos que o SoniCC é uma iniciativa do TMG que visa apoiar e revelar projectos e bandas emergentes na área da música. Trata-se de uma oportunidade de apresentar o trabalho criativo de jovens, num contexto de um equipamento de referência como é o do TMG. A iniciativa prolongar-se-á em Maio, com mais uma sessão e com a revelação de mais duas bandas.
«Double Latte» é uma banda formada por cinco jovens residentes na cidade da Guarda, em 2010. O grupo assume-se como praticante de um estilo rock alternativo, mas diz tocar «um pouco de tudo». Já actuaram em festivais, festas e bares. Dizem-se influenciados por músicos e grupos como John Mayer, Pink Floyd, Dave Matthews, Sum 41, Xutos e Pontapés, Jet, Red Hot Chili Peppers, The Strokes, Arctic Monkeys, entre outros.
Os Meow Dogs formaram-se em Setembro de 2010 em Trancoso. O grupo é composto por quatro amigos determinados em entrar no mundo da música. Tocam algumas versões e também originais. O seu sonho é «tocar nos corações das pessoas, fazê-las vibrar e bater o pé» ao ritmo da sua música. O grupo sofre influências de bandas como Artic Monkeys, The Strokes, Coldplay, Nirvana, Seasick Steve, The Doors, entre outros.
A sessão SoniCC tem entrada livre.
«Le Havre», no Pequeno Auditório
Na Quarta-feira, dia 11 de Abril, é o TMG que apresenta «Le Havre» de Aki Kaurismaki. Na história, Marcel Marx, um antigo escritor e boémio, retirou-se para um exílio voluntário em Le Havre, onde se sente mais próximo das pessoas, trabalhando como engraxador de sapatos. Mas tudo muda quando o destino coloca no seu destino um jovem refugiado africano. Com André Wilms, Kati Outinen, Jean-Pierre Darroussin. o filme passa no Pequeno Auditório às 21h30.
Dinis Machado, no Pequeno Auditório
«Dinis Machado por Dinis Machado» é o espectáculo de teatro que o TMG propõe para o dia 13 de Abril (sexta-feira) no Pequeno Auditório, às 21h30.
O actor Dinis Machado criou este espectáculo partindo da vida e obra do homónimo Dinis Machado (1939-2008) escritor e jornalista português, vulto da cultura portuguesa e autor de obras como «O que diz Molero».
«Parto para este trabalho com a obra do meu homónimo. Parto desta coincidência na procura da sua significação. Agora falecido, Dinis Machado é um símbolo inequívoco da literatura Portuguesa. Com um estilo fechado e reconhecível, um realismo delirante e inteligentemente irónico. Também a paralela elegância do policial Inglês e um ensaísmo marcadamente pessoal e subjectivo.
Por contraponto, eu sou um artista jovem, a realizar os meus primeiros trabalhos, perante a hipótese de vingar ou falhar, ficando eternamente esquecido no anal dos fenómenos de relativa visibilidade passageira. Este projecto é assim a intercepção destes dois homónimos. Uma dupla biografia: a dele – com os seus textos, o seu imaginário e a estrutura intelectual que tudo isto faz existir – e a minha – que servirá de decanter a este outro corpo desmaterializado em texto: ao lê-lo e reestruturá-lo, com aquilo que em «ler» é ler-nos a nós também. Procuro o limite da compilação dramatúrgica, para além da fidelidade ou do imediato ataque iconoclasta. Uma apropriação que procura potenciar a figura e o momento presente, o intérprete talvez. Uma reconciliação lenta com o que já foi dito, com aquilo que já vimos e que se impõe na nossa memória individual ou colectiva como uma referência. A aceitação apaziguadora de que fazemos de um discurso contínuo que remete para um início remoto situado a alguns milhares de anos de nós», explica o jovem actor a propósito deste seu trabalho, que teve o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.
plb (com TMG)
José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos é o nome completo desta figura nacional e internacional da música, da intervenção política e cívica, social e docente.
Nasce a 2 de Agosto de 1929, na freguesia da Glória, do Concelho de Aveiro, no seio de uma família de magistrados. Atendendo à actividade profissional dos seus progenitores que se estendeu de Timor a Moçambique e Angola, Zeca Afonso teve de ficar ao cuidado de familiares em Portugal. Reside em Belmonte na casa de um seu tio que desempenhava as funções de Presidente da Câmara. Ali faz o exame da 4ª classe. Em Coimbra frequenta o Liceu Nacional João III e a Faculdade de Letras. Inscreve-se no Orfeão Académico de Coimbra e na Tuna Académica da Universidade de Coimbra, actuando em diversas localidades de Portugal, em Angola e Moçambique. Ainda em Coimbra faz parte da equipa da Associação Académica.
Casa com uma humilde costureira de quem mais tarde se divorcia, passando muitas e diversas dificuldades económicas, aliás, Zeca Afonso foi sempre um desprendido dos valores materiais.
Cumpre o serviço militar obrigatório na Escola Prática de Infantaria em Mafra, frequentando ali o Curso de Oficias Milicianos, onde muitos portugueses passaram.
No ensino oficial como professor dá aulas em Mangualde, Alcobaça, Aljustrel, Faro e Lagos. Mais tarde exerce funções docentes na Beira e Lourenço Marques em Moçambique. Termina a sua carreira em Setúbal, por ter sido expulso por razões políticas. Era uma grande injustiça.
Em 1958 grava o primeiro disco a que se seguem muitos outros. Introduziu novas formas e padrões interpretativos na renovada canção coimbrã. Surge a balada veiculada por uma profunda contestação estudantil. A sua canção é em 1960 e nos anos seguintes a bandeira da oposição ao regime. Surgem canções com forte componente social e política como os Vampiros, O Menino do Bairro Negro, a Balada de Coimbra e tantos outros.
São de grande qualidade poética, têm novas formas rítmicas, com ambientes sonoros compostos por instrumentos africanos, adufes da Beira Baixa, as gaiatas de foles de Trás-os-Montes e da Galiza e outros, recriando a música popular. Zeca Afonso com as vivências da sua longa peregrinação pelo país e por África introduziu na sua música todos os sons destas regiões. Saliento que ao gravar em Paris a “ Grândola Vila Morena”, o Fanhais com umas botas, ao passar por cima de um espaço com areia, fazia o barulho de um grupo de trabalhadores rurais a dirigirem-se para o trabalho.
Tenho dois irmãos ligados ao Zeca Afonso. Ezequiel Alves Fernandes foi seu aluno de História em Setúbal. Conta que as suas aulas eram de uma história viva, com visitas regulares aos locais e monumentos históricos, além de aulas de grande formação cívica e política, que o marcaram para sempre. Manuel José Fernandes, antes e depois do Abril/74, participou em diversas reuniões, em jornadas sociais e em convívios musicais em colectividades populares e cooperativas da Margem Sul e no Alentejo.
Em 23 de Fevereiro de 1987, faleceu no Hospital de S. Bernardo em Setúbal, com uma doença de esclerose lateral amiotrófica. O seu funeral foi um acto nacional com milhares e milhares de portugueses a acompanhá-lo até ao Cemitério de Nossa Senhora da Piedade em Setúbal. Por sua vontade levou um pano vermelho no féretro e repousa numa campa rasa, tendo como companhia uma camélia. É local de muitas visitas e romagens.
Quis o destino que os meus saudosos Pais José Maria Fernandes e Maria da Piedade Alves Lavajo ficassem sepultados no Talhão da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, a poucos metros da sua última morada terrestre. Quatro bismulenses ligados à memória de um dos maiores compositores portugueses e dos mais divulgados a nível mundial. Um dos maiores vultos da cultura musical portuguesa.
Não há cidadão nacional que não conheça uma canção de Zeca Afonso e muitas são de uma grande actualidade. HONRA E GLÓRIA À SUA OBRA. DIA 23 DE FEVEREIRO DE 2012 FAZ 25 ANOS QUE PARTIU DOS VIVOS. Que ninguém se esqueça e o recorde, como faço neste texto.
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
A Fundação INATEL organiza, a partir do mês de Fevereiro, em parceria com o Centro Cultural da Guarda, um curso de gaita-de-beiços.
A acção de formação decorrerá no Paço da Cultura da Guarda, na Rua Alves Roçadas, na cidade da Guarda. As sessões formativas vão decorrer em horário pós-laboral e terão, no total, a duração de 40 horas, divididas por 20 sessões entre Fevereiro e Junho de 2012.
Segundo divulgou o assistente técnico cultural da Inatel da Guarda, Joaquim Igreja, a primeira reunião com os inscritos decorrerá em 23 de Fevereiro de 2012, nas instalações do Paço da Cultura da Guarda, às 19 horas. Nessa ocasião far-se-á a apresentação do curso e tomar-se-ão decisões sobre o dia e a hora das acções de formação.
As inscrições (limitadas a 15) decorrem até ao dia 22 de Fevereiro de 2012 na Agência da Guarda da Fundação INATEL ou pelo e-mail ag.guarda@inatel.pt, após solicitação da Ficha de Inscrição.
plb
Em Fevereiro, o Projéc~ (estrutura de produção teatral do Teatro Municipal da Guarda) e a encenadora e actriz Antónia Terrinha apresentam na caixa de palco do Pequeno Auditório o espectáculo «A dama pé de cabra». A peça ficará em cena entre 8 e 10 de Fevereiro com sessões às 21h30 e terá também apresentações para escolas nos dias 8 e 9 (às 14h30).
Trata-se de uma história do património cultural português, um dos mais maravilhosos contos da tradição oral portuguesa, aqui encenada e interpretada por Antónia Terrinha. A peça está baseada no conto homónimo escrito por Alexandre Herculano e publicado no livro «Lendas e Narrativas».
Mantendo a mesma linguagem, do texto original de Herculano, o público viaja no imaginário e língua de tempos idos, revivendo as nossas memórias colectivas enquanto povo e habitante desta Península; são as nossas mais ancestrais raízes que voltam à tona.
É uma belíssima história do nosso património cultural, onde a tradição e a lenda se misturam numa simbiose perfeita entre o onírico e o maravilhoso», refere no texto de apresentação a encenadora.
Antónia Terrinha começou o seu percurso no Teatro O Bando, tendo passado por outras companhias como A Comuna e a Cornucópia. Esteve ligada a projectos de teatro infantil, como actriz e como encenadora. Dirigiu com Cândido Ferreira a Companhia do Teatro Chaby Pinheiro da Nazaré e fundou a companhia «Teatro em Curso». Participou também em filmes para cinema e televisão. Actualmente é uma das figuras da série «Pai à força».
Esta é a 14ª produção do Projéc~ que até à data apresentou também «E outros diálogos» de João Camilo; «A Cozinha Canibal», de Roland Topor, «Na Colónia Penal», ópera de Philip Glass segundo conto de Kafka; «O Barão», de Luís de Sttau Monteiro; «Eu queria encontrar aqui ainda a terra», de António Godinho e Manuel A. Domingos; «Os Sobreviventes», de Manuel Poppe, «Querido Monstro», de Javier Tomeo, «São Francisco de Assis» e «Mundus Imaginalis num quadro de Van Gogh», de Vicente Sanches, «Simplesmente Complicado», de Thomas Bernhard, a peça radiofónica «Senhor Henri», de Gonçalo M. Tavares, «The Dumb Waiter», de Harold Pinter, «A Acácia Vermelha», de Manuel Poppe e «D’ abalada» de Jorge Palinhos.
Música no Pequeno Auditório
Os Paus são provavelmente uma das bandas portuguesas mais elogiadas pela crítica no ano que passou. O grupo actuará no Pequeno Auditório do TMG no sábado, dia 4 de Fevereiro, às 21h30. Apresentam o seu segundo disco, o primeiro de longa-duração, e definem-se como «Uma bateria siamesa, um baixo maior que a tua mãe e teclados que te fazem sentir coisas».
Depois da edição deste álbum de estreia, em Outubro de 2011, ter chegado ao 3º lugar do top de vendas, a banda foi recentemente confirmada para o Palco de Radiohead no Festival Optimus Alive.
Todos os músicos desta formação vêm de outros projectos de música moderna portuguesa de inspiração Indie como Linda Martini, Vicious Five ou If Lucy Fell.
Os Paus são Makoto Yagyu (baixo, teclados e voz), Joaquim Albergaria (meia bateria siamesa e voz), João Pereira (teclados e voz) e Hélio Morais (meia bateria siamesa e voz).
Música no Café Concerto
O Filho da Mãe a.k.a. Rui Carvalho (ex If Lucy Fell) actua na sexta-feira, dia 3 de Fevereiro, no Café Concerto do TMG.
«Conheci-o noutras aventuras sónicas com os fabulosos If Lucy Fell, já o tinha topado, mas desta vez brinda-nos com um grande disco de guitarra clássica: “Palácio” – Um disco inquietante, de uma técnica e velocidade desconcertantes, frases lindíssimas desconstruídas como luz refractária em espelhos se tratasse. Genial e original de um grande poder de abstracção e obsessão de linhas de guitarra em movimento continuo em contextos e ambientes diferentes, ouve-se a rua, as gentes que passam, ouve-se Lisboa, o mar, o silêncio e todo um imaginário que por vezes nos deixa sem fôlego!». As palavras são de Tó Trips um dos Dead Combo que considera a estreia musical de Filho da mãe «uma nova pérola da musica Portuguesa».
O concerto tem entrada livre e início marcado para as 22h00.
Cinema no Pequeno Auditório
O Cineclube da Guarda apresenta na próxima Quinta-feira, dia 2 de Fevereiro, com o apoio do TMG, o filme «Histórias de Shangai – Quem me dera saber».
Trata-se de um documentário do realizador chinês Jia Zhang-ke, o mesmo que realizou «Plataforma», «O Mundo», «Still Life – Natureza Morta« e «24 City«. Com este filme, Jia Zhang-ke volta a debruçar-se sobre o passado recente do seu país e na influência do comunismo nos dias de hoje.
A sessão está marcada para as 21h30.
plb (com TMG)
No dia 21 de Janeiro (sábado) Sérgio Godinho vai apresentar no Teatro Municipal da Guarda (TMG) «Mútuo Consentimento» o novo álbum de originais com 11 temas, cujo espectáculo está marcado para as 21h30 no Grande Auditório.
Numa altura em que decorrem 40 anos da edição de «Os Sobreviventes», o primeiro disco de longa duração de Sérgio Godinho, o escritor de canções apresenta um novo trabalho musical.
Sérgio Godinho é um dos mais conceituados e acarinhados músicos nacionais. Os admiradores da sua música atravessam várias gerações de diferentes vivências e aspirações.
O músico conta com mais de 20 discos gravados, entre os quais se destacam, para além de «Os Sobreviventes» (1972), «De pequenino se torce o destino» (1976), «Canto da boca» (1981), «Os amigos de Gaspar» (1988), «Domingo no Mundo» (1997), «Afinidades» (2001), «Irmão do meio» (2003) ou «Ligação Directa» (2006).
Para este concerto, para além de temas de «Mútuo Consentimento» como «O Acesso Bloqueado», «Bomba-Relógio», «Eu Vou a Jogo» ou em «Em Dias Consecutivos», Sérgio Godinho promete também as canções que já se incluem nos clássicos portugueses incontornáveis como «O primeiro dia», «Com um brilhozinho nos olhos», «Liberdade» ou «É terça-feira».
Em palco, Sérgio Godinho será acompanhado pela sua banda «Os Assessores», cúmplices na arte de inquietar o público. «Os Assessores» são: Nuno Rafael nas guitarras, eléctrica e acústica, cavaquinho; Miguel Fevereiro nas guitarras, eléctrica e acústica; João Cardoso no teclado; Nuno Espírito Santo no baixo; Sérgio Nascimento na bateria e percussão; Sara Côrte-Real nos coros e glockenspiel e João Cabrita nos saxofones alto e barítono e teclado. A direcção musical é de Nuno Rafael.
«Sangue do meu sangue» de João Canijo
Na próxima quinta-feira, dia 19 de Janeiro, o TMG apresenta no Pequeno Auditório, às 21h30, um dos mais premiados filmes portugueses de 2011: «Sangue do meu sangue», de João Canijo.
O filme recebeu, entre muitos outros, o prémio da crítica internacional no Festival de San Sebastian.
Trata-se de um filme sobre o amor incondicional, o amor de uma mãe pela sua filha, o amor de uma tia pelo seu sobrinho. E de como elas estão dispostas a sacrificar tudo para os salvar. «Márcia é mãe solteira de dois filhos, trabalha como cozinheira e partilha a sua casa num bairro municipal com a irmã, Ivete, cabeleireira de centro comercial. Um dia, Cláudia, a filha, que estuda enfermagem e trabalha como caixa num supermercado, conta à mãe que se apaixonou por um homem mais velho e casado. Quando Márcia o conhece, percebe que uma ameaça gravíssima pesa sobre a sua família. Joca, o filho, é um pequeno traficante no bairro até que decide dar um golpe ao seu dealer, mas é apanhado e a sua tia Ivete terá que se sacrificar por ele para o salvar».
Tertúlia/debate no Café Concerto
O TMG e a Rádio Altitude prosseguem em 2012 com o «Ciclo Rádio Café», uma iniciativa que convida os guardenses a falar sobre a sua cidade, a partilhar as suas histórias e a revelar ideias. O próximo debate está marcado para Terça-feira, dia 24 de Janeiro, no Café Concerto às 21h30.
Uma vez mais, o ponto de partida para a conversa será a pergunta «Que cidade queremos?». A organização entende que a Guarda só se renderá perante a interioridade, a incerteza e a melancolia se os seus cidadãos desistirem de intervir em defesa de causas colectivas. A Rádio e o Teatro associam-se naquilo que já é habitual fazerem: pensar a Guarda, promover a Guarda. O objectivo é organizar conversas informais mas empenhadas, à vista de todos e a contar com todos.
A entrada é livre, e a participação no debate também.
Ângelo de Sousa: Ainda as esculturas
Inaugurada hoje, 14 de Janeiro, está patente na Galeria de Arte do TMG a exposição «Ângelo de Sousa [1938 – 2011]: ainda as esculturas».
Ângelo de Sousa nasceu em 1938 em Moçambique e faleceu no Porto, a 29 de Março de 2011, onde viveu e trabalhou desde 1955. Em 1963 terminou o curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, onde exerceu funções de docente entre 1963 e 2000. Em 1995 tornou-se o primeiro Professor Catedrático de Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
As suas experiências escultóricas datam dos anos 50, mas é em 1966, primeiro com as folhas de acrílico e finalmente com as chapas de aço, que as esculturas tomam as formas que hoje prontamente identificamos com o seu nome. Em 1967 Ângelo de Sousa foi bolseiro do British Council na St. Martin’s School of Fine Art. Durante a sua estadia em Londres, matura o seu interesse pela escultura e começa a trabalhar com fotografia e filme. Forma o grupo Os Quatro Vintes, em 1968, com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues, desfeito em 1972, altura em que lhe é atribuído o prémio Soquil. Desde essa altura, Ângelo de Sousa afirma-se como um dos artistas mais inovadores na cena nacional, expondo desenhos, esculturas, pintura, fotografia e filme. Em 1993, a sua obra foi objecto de uma exposição antológica na Fundação de Serralves onde, em 2001, expôs os seus trabalhos de fotografia e filme. Em 2000 foi-lhe atribuído o prémio EDP. A Fundação Gulbenkian e a Cordoaria Nacional acolheram uma grande mostra da sua escultura em 2006. Estas últimas exposições representaram uma oportunidade para o autor rever as esculturas que vinha a projectar desde os anos 60.
A exposição ficará patente até 11 de Março e pode ser visitada de terça à sexta das 16h às 19h e das 21h00 às 23h, aos sábados das 15h às 19h e das 21h00 às 23h e aos domingos das 15h às 19h. A entrada é livre.
plb (com TMG)
Há poucos dias fui contactado por dois jovens dos Foios, Ernesto e Guilherme, para me perguntarem se autorizava que dois guitarristas, amigos, pudessem dar um concerto, entre o Natal e o Ano Novo, no auditório do centro cívico.
Confesso que fiquei algo surpreendido mas a minha resposta, depois da devida autorização, transformou-se num elogio porque, sinceramente, não esperava que tivessem tanta sensibilidade e tanto interesse pela música.
Pedi ao Ernesto que elaborasse um cartaz, para a respectiva divulgação, o que, de facto, aconteceu. Na impressora da Junta de Freguesia tirámos alguns exemplares que eles se encarregaram de afixar nos lugares do costume.
Chegou o dia (26/12/2011) e a hora do concerto e verifiquei que os jovens andavam preocupados e empenhados para que tudo corresse bem.
Os jovens músicos chegaram cedo e jantaram com os amigos dos Foios.
Por volta das 21,30 horas as pessoas começaram a chegar, ao centro cívico, na expectativa de poderem ver alguma coisa que justificasse a saída de casa, numa noite pouco convidativa, visto que a temperatura rondaria os zero graus.
Mas os dois aquecedores, que haviam sido ligados uma hora antes, criaram um ambiente agradável já que o auditório também está devidamente construído e a contar com as intempéries.
Os dois jovens músicos apresentaram reportórios algo diferentes mas os dois entusiasmaram as cerca de oitenta pessoas que se dignaram comparecer e que, certamente, não deram o tempo por mal empregue. Notou-se nos aplausos.
De referir que da Bendada também se deslocou um razoável número de pessoas. Ou não fosse a Bendada uma terra de músicos.
Cabe, aqui e agora, referir o nome do Luis Andrade que muito tem contribuído para que a Bendada – e o concelho – tivesse levado o nome aos mais diversos pontos do País e do estrangeiro. A banda é uma embaixada que merece o carinho de todos nós.
Por certo um dos executantes foi precisamente o Diogo, filho do Luis, que provou que filho de peixe sabe nadar.
Por alguma coisa o Diogo Andrade é professor na Academia de Música e Dança do Sabugal e membro da Sociedade Filarmónica Bendadense.
O outro jovem, de Celorico da Beira, de nome António Alexandre Loio Monteiro tem também formação superior e tocou e cantou alguns números da sua própria autoria.
Foi, sem dúvida, algo de diferente aquilo que nos ofereceram, nesta quadra natalícia, e fazemos votos para que serões como este se voltem a repetir.
Um especial agradecimento aos jovens dos Foios, Ernesto, Guilherme e Armando que trabalharam e organizaram para que tudo tivesse corrido com correu.
É de todo conveniente que os jovens vão tendo ideias e coragem para as concretizar. Convém que não sejam sempre os mesmos. Os tais mesmos cá estarão sempre dispostos a colaborar e a estimular os mais novos.
Ficou combinado que, lá mais p’ra frente, provavelmente na Primavera, voltaríamos a encontrar-nos e desta vez também com músicos de Malcata visto ser uma freguesia com a qual também mantemos excelentes relações.
Obrigado a todos e um Feliz Ano de 2012.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
No Sábado, dia 17 de Dezembro, o Teatro Municipal da Guarda (TMG) apresenta no Grande Auditório o último grande concerto do ano, com o músico sírio Omar Souleyman, que traz à Guarda a sua festiva música de dança. O espectáculo está marcado para as 21h30.
Omar Souleyman iniciou a carreira na música electrónica em 1994 na sua terra natal, Ras Al Ain, com um pequeno grupo de músicos que recriavam em sínteses mais electrónicas a música tradicional da Síria, Iraque, Turquia e do povo curdo (na fronteira). Gravou mais de 500 cassetes, mas o seu nome só ficou realmente conhecido quando assinou pela editora norte-americana «Sublime Frequencies». Entretanto lançou três discos – «Highway to Hassake», «Dabke 2020» e «Jazeera Nights» – e correu mundo. Recentemente, o músico sírio foi convidado a participar no novo disco da artista islandesa Björk, intitulado «Biophilia». A artista conta que descobriu Omar Souleyman através de vídeos no Youtube.
A música de Omar Souleyman é destilada por cânticos árabes e teclados, numa variação pop mais perto do folk dançante. Garantidamente, um concerto de Omar Souleyman é uma grande festa. O músico esteve recentemente em Portugal, na última edição do no festival de Paredes de Coura.
Neste concerto/baile no TMG (exclusivo em território nacional), Omar Souleyman será acompanhado nas teclas por Rizan Said.
Entretanto, o TMG/Culturguarda apresentam na quinta-feira, dia 15 de Dezembro, o «Ar Puro da Guarda», um produto único no mundo. A sessão tem lugar às 21h30 no Café Concerto e a entrada é livre. Vladimir Ianovitsh Kasparoff é o convidado especial para este lançamento do Ar Puro da Guarda. O professor e cientista russo é um profundo conhecedor das propriedades medicinais e terapêuticas do Ar da Guarda e no Café Concerto apresentará alguns dos estudos publicados a esse propósito. Está cientificamente provado que o ar da cidade mais alta de Portugal é de elevada pureza e tem propriedades consideradas altamente benéficas para a saúde. Embalado em frascos de vidro, este extraordinário produto será agora comercialmente disponibilizado ao público em doses individuais, para respirar em qualquer parte e a qualquer hora. Cada frasco de Ar Puro da Guarda, cuja colheita de 2011 foi premiada com o galardão internacional «Best Air in the World» e é agora lançado numa edição exclusiva e limitada, custará 5 euros.
Ainda no Café Concerto, no dia 16 de Dezembro, haverá Funk, Reggae, Blues e Rock com Freetime Café. Freetime Café resulta da fusão de vários estilos musicais que vão desde a Bossa Nova até ao Rock, passando pelo Funk, Jazz, Blues, Reggae, Latin Rock. Com um repertório de temas originais, o grupo é constituído por quatro amigos oriundos da cidade da Covilhã: Ben Luc (voz e guitarra), João Carvalho (voz e guitarra), Luís Mugueiro (baixo) e Marinho (Bateria). O espectáculo está marcado para as 22h00, no Café Concerto. A entrada é livre.
Até 31 de Dezembro, a Galeria de Arte do TMG tem patente a exposição «À luz do sol», de Ana Pimentel.
A artista plástica vive e trabalha no Porto. É Licenciada em Artes Plásticas / Pintura, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e foi Bolseira da Fundação Noesis de Barcelona em Teruel / Espanha. O Espaço, o Tempo e a Identidade são 3 factores importantes para a compreensão da sua obra. As suas pinturas cooperam com colagens de cores alegres e com efeitos de calor e luz. São obras que reaproveitam matérias num estilo de «artesanalidade» urbana e em cruzamento de culturas e de memórias (viagens, lugares e até cheiros). A referência à cultura tradicional portuguesa está patente na sua obra.
A exposição tem entrada livre e pode ser visitada e pode ser visitada de terça à sexta das 16h às 19h e das 20h30 às 23h, aos sábados das 14h às 19h e das 20h30 às 23h e aos domingos das 14h às 19h.
plb (com TMG)
«A consciência da nossa identidade como povo obriga ao conhecimento da nossa – Cultura Rústica – não apenas das suas manifestações vivas, mas também das suas formas periclitantes ou que vivem tão-somente na memória dos mais velhos»; Michel Giacometti.
Nasceu em Janeiro de 1929 em Ajaccio – Córsega. Criado por um tio a desempenhar funções coloniais, partilha o seu universo infantil com crianças de origem espanhola e árabe.
Nos anos de 1947-1952 realiza em Paris estudos de música e arte dramática. Fundou e dirigiu revistas culturais e de poesia. Cria uma Companhia de Teatro e participa em vários estágios de arte dramática.
Viajou pelo Norte da Europa e participou em cursos de etnografia. Em todas as Ilhas da Zona Mediterrânica investiga as tradições populares.
Em boa data de 1959 veio para Portugal onde iniciou um trabalho impar e militante de investigação cultural e popular dos portugueses. Faz uma recolha musical e etnográfica e não dispõem de apoios. Mune-se de microfone e gravador com uma velha carrinha percorre este País agrícola e com muitos tradicionalismos na recolha de valores musicais populares.
Inicia a primeira campanha em 1970 no Baixo Alentejo e Algarve, percorrendo diversas aldeias.
No mesmo ano faz uma digressão pelo Alto Alentejo e visita Malpica do Tejo na Beira Baixa.
Em 1971 inicia a terceira digressão à Idanha-a-Nova – Beira Baixa. Os contactos com Fernando Paulouro, jornalista, actual Director do Jornal do Fundão e seus apoios, passam a dedicar aqui uma maior atenção. Capta a imagem e a voz de Catarina a «Chita» de Alcongosta. Regista os sons e o despique dos Bombos de Lavacolhos com os do Souto da Casa.
Em Aldeia de Joanes faz um documentário das ceifas e das sachas do milho, além de Cânticos da Quaresma nas traseiras da Casa do Cruz. Participam nestas gravações as gentes de Aldeia de Joanes cujos nomes vou registar para ficarem para memória futura. Cantaram e participaram nos trabalhos rurais: Esperança Veríssimo, Filomena Ramos, João Mendes, António Manuel Ramos, Maria da Conceição Lambelho, Francisco Marques da Cruz, Jerónimo Bernardo Lambelho, Maria do Carmo Lambelho, Ana Gonçalves de Oliveira, Etelvina Monteiro, Esperança Lambelho, José Oliveira Marques, Albino Simão Ramos, Ana Almeida e Glória Roxo Campos.
A quarta digressão é passada em Trás-os- Montes, Minho e Douro Litoral. Fez uma profunda investigação em mais de sessenta campanhas, percorreu mais de seiscentas e cinquenta povoações e recolheu mais de duas mil espécimes musicais.
A sua passagem por Aldeia de Joanes ainda está bem viva e ainda há tempos foi recordado com a exibição do documentário gravado e filmado com as suas gentes.
A Assembleia de Freguesia de Aldeia de Joanes, por unanimidade, atribui-lhe o nome de uma rua em homenagem e prova de reconhecimento por ter dado a conhecer ao mundo as canções musicais através do programa da RTP, «O POVO QUE CANTA».
Giacometti foi um génio da etnografia e da musicologia do Povo de Portugal. «O POVO QUE CANTA», nunca o esquecerá e está vivo na sua memória.
Ainda não está tudo descoberto da sua obra. Foi um romântico, um pesquisador que palmilhou os caminhos do nosso universo sonoro, à procura de tesouros, com um calendário agrícola e cristão.
No dia 24 de Novembro de 1990 faleceu em Faro. Por sua vontade está a descansar em Paz na Freguesia de Peroguarda no Alentejo.
Bem hajas caro Michel Giacometti.
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
Na tarde e noite de 12 de Novembro, no Largo do Castelo do Sabugal, a Associação Transcudânia realiza o tradicional mega magusto de São Martinho, onde para além das castanhas assadas haverá vinho novo, jeropiga, músicas e cantares.
Trata-se de evocar uma velha tradição sabugalense, designada por Ronda de São Martinho, em que grupos de convivas percorriam as ruas da antiga vila entrando nas adegas para provarem o vinho novo. O toque constante de uma campainha anunciava o cortejo e, sempre que alguém abria porta, era-lhe declamado um verso, pressupondo que no final convidaria a comitiva a entrar e a provar o vinho novo que ainda fermentava nos tonéis.
«As Rondas de São Martinho são uma tradição nossa que queremos reconquistar e valorizar ao longo dos tempos», diz agora a Transcudânia, associação que tem procurado reavivar algumas tradições populares que os novos tempos fizeram cair em desuso.
O apelo da organização é para que todos a ajudem no reviver das Rondas de São Martinho, juntando-se no Largo do Castelo para participarem activamente na iniciativa.
Ao início da tarde, far-se-á, em soutos e pinhais fronteiros à cidade, a apanha das castanhas e da caruma, de modo a realizar-se um verdadeiro magusto comunitário.
De volta ao Largo do Castelo, «vamos assar as Castanhas, enfarruscarmo-nos, bebermos jeropiga e passarmos um belo serão», referem os responsáveis pela organização, que pretendem realizar um evento aberto a toda a comunidade, proporcionando momentos de verdadeiro convívio e confraternização entre a população.
Para animar a Ronda de São Martinho de 2011 actuará o grupo de música tradicional «Manta de Ourelos», que animará o cortejo que, à noite, percorrerá as ruas do Sabugal.
plb
Na sexta, dia 11 de Novembro, actuam no Grande Auditório do Teatro Municipal da Guarda (TMG) os Monges Tibetanos do Mosteiro de Tashi Lhunpo, um espectáculo belíssimo e imperdível que está marcado para as 21h30.
O mundo sagrado do Tibete é carregado de cantos budistas e mantras, de sons de campainhas, trompetes e tambores. Os Monges do Mosteiro de Tashi Lhunpo apresentam neste espectáculo a música e a dança tradicionais tibetanas. Música extremamente subtil e complexa, indissociável das tradições antigas. No seu essencial, a música está destinada à vida espiritual; instrumental ou vocal, requer um conhecimento perfeito dos textos, transmitidos por tradição oral, que os monges interpretam com grande virtuosismo.
O Mosteiro de Tashi Lhunpo é uma das seis grandes Universidades monásticas tibetanas e é a sede do Panchen Lama, o segundo líder espiritual tibetano, logo depois do Dalai Lama. Fundado no século XV pelo primeiro Dalai Lama, este Mosteiro continua a ser o maior representante da tradição Gelugpa dentro do Budismo tântrico tibetano. Desde 1972 que o Mosteiro se restabeleceu no sul da Índia, data em que os monges se vêem obrigados a fugir do Tibete devido à Revolução Cultural Chinesa. Actualmente, são 250 os monges que estudam filosofia budista e tradição Tashi Lhunpo de artes e música sagrada no Mosteiro sediado na Índia. Os espectáculos ao vivo que os Monges do Mosteiro de Tashi Lhunpo têm apresentado por toda a Europa (Reino Unido, Suíça, Itália, Espanha, Portugal e Holanda) nos últimos anos incluem também a exibição de Mandalas, complexos e simbólicos diagramas desenhados com pó de mármore em cores vivas.
plb (com TMG)
A cantora Aurea, «uma voz do tamanho do mundo», estará no Grande Auditório, no Sábado, dia 22 de Outubro, pelas 21h30.
A nova voz da soul /pop nacional, Aurea, sobe ao palco do Grande Auditório para apresentar o seu primeiro disco, intitulado «Áurea».
Aos 23 anos de idade, a artista portuguesa tomou de assalto as rádios nacionais com o single «Busy for me». Detentora de uma voz poderosa e cativante, foi considerada a grande revelação de 2010. Recebeu um Globo de Ouro na categoria de melhor intérprete individual e esteve nomeada em mais três categorias.
Já em 2011, foi nomeada para a categoria «Best Portuguese Act» dos European Music Awards da MTV.
Aurea apresenta neste primeiro trabalho um registo pop/soul mas com várias nuances de diversos estilos musicais. Tal como Aurea, este trabalho é musicalmente ecléctico e por isso as suas músicas chegam a diferentes públicos de diferentes gostos musicais e de faixas etárias diversas.
«No No No No (I Don’t Want Fall In Love With You Baby)», «Ok, Alright» e o melancólico «The Only Thing That I Wanted» são alguns dos temas prometidos para este concerto.
Acompanham Aurea em palco, no TMG, os músicos Elmano Coelho (saxofone), Miguel Casais (bateria), Ricardo Ferreira (guitarra), Elton Ribeiro (piano) e Guilherme Marinho (baixo). Este concerto no TMG faz parte da sua primeira digressão nacional.
Na sexta-feira, dia 21, o Café Concerto, há «Café Desconcerto» com Jacinto Lucas Pires.
O escritor Jacinto Lucas Pires é o convidado que se segue na tertúlia literária Café Desconcerto que o TMG apresenta sexta-feira. A conversa, que andará à volta da vida e obra deste autor português de 37 anos, vai ser guiada por Américo Rodrigues, Director do TMG.
Jacinto Lucas Pires é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. Foi cronista de «A Capital». É autor do blogue «Chanatas». Tem publicados mais de uma dezena de livros pela editora Cotovia. Em Novembro de 2008 foi o vencedor do Prémio Europa – David Mourão-Ferreira, atribuído pela Universidade de Bari e pelo Instituto Camões. O seu último livro, de 2011, chama-se «O verdadeiro ator».
A conversa está marcada para as 21h30 e tem entrada livre.
No dia 25 é a vez do Ciclo Rádio Café, que continua a debater a Guarda. O TMG e a Rádio Altitude o novo debate no Café Concerto às 21h30. Uma vez mais a Guarda é o ponto de partida para o debate de ideias, procurando responder à questão «Que cidade queremos?».
A organização entende que a Guarda só se renderá perante a interioridade, a incerteza e a melancolia se os seus cidadãos desistirem de intervir em defesa de causas colectivas. A Rádio e o Teatro associam-se naquilo que já é habitual fazerem: pensar a Guarda, promover a Guarda. O objectivo é organizar conversas informais mas empenhadas, à vista de todos e a contar com todos.
Esta iniciativa tem entrada livre.
plb (com TMG)
Diz o ditado: «O melhor da festa é esperar por ela!»

Não sei se será bem assim. Penso que o melhor da festa é mesmo viver os momentos da festa. Antes e depois são o prelúdio e o poslúdio. São,em meu entender, as ressonâncias da festa.. Melhor ou pior, depende das vivências de cada um.
E, se qualquer festa é abrangida pelas considerações anteriores, não posso deixar de referir a Festa do Avante que em cada ano se concretiza pela quantidade e qualidade nas diversas vertentes que a compôem: cultura e desporto, música, teatro, dança, literatura, ciência, jogos diversos e política (porque não?), exposições, etc…, etc…
Não é preciso ser político partidário para reconhecer a importância de tal evento. Mas se o é (seja qual for o partido) não perderá nada se a visitar. Tantos e tão bons eventos não é fácil de encontrar, em curto espaço de tempo e de local, no nosso país.
Digam o que quiserem. Mas a Festa na Quinta da Atalaia (Seixal) faz inveja a qualquer outra festa. A excelente organização, a afluência de tanto e diversificado público, as condiçôes logísticas que todos podem usufruir, a convivência franca e condiante entre todos (novos e velhos, nacionais e estrangeiros, trabalhadores de campo e visitantes, militantes e não militantes) são uma conjugação de notas e acordes, de melodias e harmonias que nos levam ao auge de uma grande e bela sinfonia.
«Não há festa como esta!» É provavalmente a mais multucultural de todas as cerimónias populares. Gentes de todo o lado, de várias idades, de uma ponta à outra
do espetro político ou sem profecias partidárias, foram mais de 50 mil aqueles que acorreram este ano à 35ª edição da festa nacional, onde o que importa é o convívio.
Festa do Avante? Claro que sim. Sempre!… Todos ficaremos agradecidos.
Rui Chamusco
«É o associativismo que movimenta a sociedade.» Na consulta a um site sobre associações culturais e desportivas deparei com a frase que inicia esta crónica. Não é nova esta afirmação mas, reflectir sobre a mesma faz-nos tomar consciência de quão importante é o trabalho associativo, tenha ele a roupagem que tiver (cultural, desportivo ou comercial).

Em cada terra do nosso concelho, particularmente nos meses de Julho e Agosto e nas épocas festivas, proliferam actividades que envolvem as suas gentes – sócios e não sócios – que são a concretização desta força do associativismo. Felizmente que o espírito associativo está (ainda) bem presente e arraigado nas nossas mentes, na nossa sociedade. A ele se deve, na maioria dos casos, a continuidade e a realização de muitos eventos que vão animando a vida das nossas aldeias, votadas cada vez mais ao abandono e ao esquecimento. Neste remar contra a maré estão incluídos muitos sócios que fazem das tripas coração para que a vida continue e se desenvolva cada vez mais, para que as suas gentes e as suas terras marquem presença no mapa, seja ele regional ou nacional.
Um tributo de reconhecimento e apreço é devido a todos aqueles que, nas diversas instituições, desinteressadamente servem os outros. A maioria das nossas associações não tem fins lucrativos e quantos dos seus responsáveis não tem de se entregar de alma e coração a este bem colectivo!
Tempo, dinheiro, e sobretudo muita paixão e uma grande dedicação. Por favor não maltratem nem falem mal de quem tem esta missão! A carolice fica cara a quem a pratica. Mas, mesmo assim, é inevitável que aconteça, sobretudo quando a paixão e o serviço aos outros lhes está no sangue, é uma vocação.
Infelizmente, tem-se notado nos últimos tempos, por parte de particulares com interesses comerciais alguns ataques às associações culturais e Desportivas/Recreativas, particularmente no que se refere ao consumo de bens nos seus bares durante a realização dos eventos. Para informação e defesa das associações desejo comunicar que, o artigo 3º do Decreto-Lei n.º 234/2007, de 19 de Junho, alterado pela Lei n.º 16/2010, de 30 de Julho, excepciona os bares, cantinas e refeitórios das associações sem fins lucrativos do regime geral de licenciamento.
Que bom seria que nas nossas terras, já de si tão carecidas de tantas coisas, as pessoas e os seus organismos se entendessem num convívio franco e saudável. Cada qual no seu lugar, em respeito mútuo. Todos dependemos uns dos outros e ninguém é tão pobre que nada tenha para dar nem tão rico que nada possa receber. E já agora um cheirinho de espiritualidade franciscana. São Francisco de Assis na sua «Oração» diz assim: «Senhor fazei de mim um instrumento da vossa paz. Que eu procure mais consolar do que ser consolado; compreender que ser compreendido; amar que ser amado. Porque é dando que se recebe; é…» etc… Todos lucramos com a sociedade em movimento. E, é um dado adquirido, que são nossas associações que ao longo do ano vêm trazendo gente às nossas terras, dando-lhes vida e movimento. Não se justificam interesses mesquinhos e oxalá tenhamos todos um espírito cooperativo que nos leve a fazer pelos outros todo o bem de que somos capazes.. Aliás é mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa. Todos juntos seremos mais fortes e venceremos.
Para finalizar, algumas frases tão a meu gosto:
– «Na união está a força.»
– «Que força é esta, que força é esta?!»
– «O povo unido jamais será vencido»
– «E se todo o mundo é composto de mudança, troquemos-lhe as voltas que ainda o dia é uma criança.»
«Faz a paz, acolhe o amor,
Vai constrói um mundo melhor
Abraça a todos, são teus irmãos,
Serás feliz na união.»
Rui Chamusco
(director da Academia de Música e Dança do Sabugal)
Não irei fazer grandes comentários sobre a Festa da Europa, que decorreu nos dias 28, 29, 30 e 31 de Julho, no Sabugal.
Refiro, apenas, que me pareceu interessante que para além dos espectáculos musicais, realizados à noite, tenha havido animação de rua com insufláveis, carrinhos e touro mecânico, o que faz com que mais gente participe na Festa. Também me pareceu interessante a Exposição sobre os trajes da Europa e do Mundo, patente junto ao Palácio da Justiça, para além da participação, já habitual, dos artesãos do concelho.
Enfim, este ano havia mais gente, o tempo ajudou e penso que tudo correu bem.
Em termos de espectáculos também foi muito bom…
Os Diabo na Cruz deram um bom espectáculo, os Quadrilha dera o melhor espectáculo que já tive oportunidade de presenciar (e já os vi ao vivo algumas 10 vezes). Os Anaquim foram fantásticos e A Caruma superou as minhas expectativas. Só é pena que haja gente que abandone o recinto, mal comecem os espectáculos, apenas por não conhecerem… Se fosse o Tony ficavam até ao fim… Mas aquela mania de as pessoas não se quererem aproximar do palco é que nunca mais tem fim… Devo dizer que eu estive, todas as noites, na primeira linha, bem junto ao palco.
Transcrevo aqui um comentário retirado do facebook, com o qual estou de acordo, de um fã de A Caruma que fez uma viagem de uma hora e meia para vir ver a banda ao Sabugal:
«Muito bom concerto no Sabugal. Pena que o público tenha desistido ainda o concerto não ia a meio, o que para mim indica uma falta de gosto pela qualidade musical e uma falta de respeito pelos artistas em palco. Mas pronto, bom concerto na mesma, valeu a pena a viagem de 1h30m que fiz para vos ir ver e ouvir os vossos grandes temas. – Tiago Leal»
«Música, Músicas…», crónica de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
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