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Passou de cem o número de confrades e amigos do Sabugal e do bucho raiano que no sábado, dia 10 de Novembro, se juntaram no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete, para conviver e degustar os bons sabores das nossas terras.

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Fotos de Daniel Salgueiro e José Carlos Calixto

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Passou de cem o número de confrades e amigos do Sabugal e do bucho raiano que hoje, dia 10 de Novembro, se juntaram no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete, para conviver e degustar os bons sabores das nossas terras.

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Fotos de Daniel Salgueiro e José Carlos Calixto

O habitual almoço anual da Confraria do Bucho Raiano na região de Lisboa realiza-se no dia 10 de Novembro, no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete.

O almoço anual na região de Lisboa da Confraria do Bucho Raiano está aberto a todos os sabugalenses e amigos do Sabugal que desejem inscrever-se, independentemente de serem ou não confrades da Confraria.
Os interessados podem inscrever-se por estas vias: enviando e-mail para o endereço confrariabuchoraiano@gmail.com, ou telefonando para os números 966823786 ou 963084143.
jcl

O habitual almoço anual da Confraria do Bucho Raiano na região de Lisboa realiza-se no dia 10 de Novembro, no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete.

O convívio de 2012 da Confraria do Bucho Raiano está programado para num local especialmente aprazível, num salão à beira-Tejo, com vista para a baía de Alcochete.
A ementa já está elaborada e inclui entradas, com broa, manteigas, paté, azeitonas, bem como as morcelas e farinheiras raianas assadas.
Também haverá sopa de alho francês, ao que se seguirá o esperado prato de bucho acompanhado de batata, nabiças e grelos. Para beber haverá vinhos de Rio Frio e do Vale da Judia, para além de cerveja e refrigerantes.
A sobremesa inclui arroz doce e ananás, a que se seguirá o café.
Após o almoço virão à mesa castanhas assadas e geropiga de Ruivós, em homenagem a São Martinho, patrono das festas outonais.
Os interessados podem inscrever-se por estas vias: enviando e-mail para o endereço confrariabuchoraiano@gmail.com, ou telefonando para os números 966823786 ou 963084143.
O almoço de bucho está aberto a todos os interessados que desejem inscrever-se, independentemente de serem ou não confrades da Confraria.
Inscreva-se e vá degustar o saboroso bucho raiano, e conviver entre amigos num belo e aprazível local da margem sul do Tejo.
O restaurante é defronte ao conhecido Hotel Al Foz, de Alcochete.
Paulo Leitão Batista – Chanceler da Confraria do Bucho Raiano

Um grupo constituído por 17 autarcas do Sabugal deslocou-se ontem, dia 28 de Junho, a Lisboa para protestar conjuntamente com eleitos locais de todo o país contra o fecho de tribunais.

Os eleitos locais do concelho do Sabugal deslocaram-se a Lisboa no autocarro do Município, sendo a comitiva constituída por 17 eleitos locais, dentre os quais o presidente da Câmara António Robalo, os vereadores Luís Sanches e Francisco Vaz e os presidentes de Junta de Freguesia do Sabugal, Vale das Éguas, Sortelha, Rebolosa e Quadrazais, aos quais se juntou ainda o presidente da Assembleia Municipal, Ramiro Matos.
À chegada a Lisboa a comitiva sabugalense juntou-se à de Penamacor e foram ambas almoçar à Casa do Concelho do Sabugal, de onde partiram depois para o Terreiro do Paço, concentrando-se defronte ao Ministério da Justiça.
«Acesso à justiça igual para todos», foi a voz de protesto que mais ouviu por parte dos 400 autarcas de todo o país, que se juntaram à porta da ministra Paula Teixeira da Cruz, manifestando-se contra a proposta de encerramento de 54 tribunais, prevista no novo Mapa Judiciário, entre os quais o do Sabugal.
A ministra recusou-se a receber os representantes da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), postura que levou o vice-presidente da ANMP, Rui Solheiro, a considerar que tal representou um «corte de relações institucionais» do Ministério com os Municípios.
Em comunicado, o Ministério da Justiça (MJ) disse não entender a razão dos protestos convocados pela ANMP, alegando estar em curso «um amplo debate público com os municípios e com as associações profissionais sobre todas as matérias referentes ao mapa judiciário». O MJ reafirmou ainda «não ceder a quaisquer pressões ou tentativas de influenciar o trabalho em curso».
plb

A Praça de Touros do Campo Pequeno recebe no dia 2 de Junho a 34ª Capeia Arraiana organizada pela Casa do Concelho de Sabugal em Lisboa.

A novidade da Capeia deste ano de 2012 é a aposta da organização na apresentação de touros «puros» (que ainda não foram toureados) para serem lidados ao forcão. Os cinco touros virão da ganadaria de José Dias, de Santo Estêvão de Benavente, e o expressivo cartaz desta edição mostra as fotos dos animais evidenciando a sua beleza e imponência.
A animação estará cargo da Sociedade Filarmónica da Bendada e de um grupo de Sevilhanas, que actuarão ao intervalo. Os bombeiros do Sabugal e do Soito associar-se-ão à festa, assim como diversas Juntas de Freguesia do concelho, que optaram por organizar excursões a Lisboa.
As capeias arraianas realizam-se anualmente no Campo Pequeno, em Lisboa, desde 1978, sendo porém a deste ano a primeira que se segue à declaração deste genuíno espectáculo popular como Património Cultural Imaterial.
No dia 2 de Junho TODOS AO CAMPO PEQUENO!
plb

Entre 29 de Fevereiro e 4 de Março, o Concelho do Sabugal vai promover-se, como destino turístico, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) 2012, integrado no espaço da «Turismo Serra da Estrela». A grande aposta é na divulgação das Termas do Cró e da Gastronomia.

A participação do Sabugal na BTL tem como objectivo a divulgação das potencialidades do nosso território, sempre com o intuito de SURPREENDER OS SENTIDOS! As Termas do Cró apresentam-se como o grande potencial turístico do concelho do Sabugal, o que é proporcionado pelo moderno balneário, que as coloca na vanguarda do termalismo nacional.
Este ano o espaço será partilhado pelos municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Manteigas, Meda, Sabugal, Seia e Trancoso, numa área de 220 metros quadrados, localizado no Pavilhão 1- «Destino Portugal” – do Centro de Exposições da Feira Internacional de Lisboa (FIL).
O dia dedicado ao Concelho do Sabugal será 3 de Março (sábado), com provas de produtos gastronómicos, nomeadamente do bucho raiano, do queijo de cabra, das compotas e do pão caseiro, e onde a Confraria do Bucho Raiano e a Confraria do Cão da Serra da Estrela marcarão presença.
O horário é o seguinte:
– 29 Fevereiro (10h00-20h00), 1 de Março (10h00-20h00) e 2 de Março (10h00-18h00) – exclusivamente para profissionais.
– 2 de Março (18h00-23h00), 3 de Março (12h00-23h00:) e 4 de Março (12h00-20h00) – para público em geral.
A BTL é o espaço de eleição para os profissionais ligados à área turística, funcionando como o grande barómetro no mercado. Se Portugal é por excelência um país orientado para o turismo, a BTL é um local onde esse potencial se revela em toda a sua plenitude.
plb (com CMS)

Levantei-me cedo. Diz o Povo que deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. Dirijo-me ao Metro do Rato. Há muito que não andava de Metropolitano. É a via mais rápida na Capital. Tive de perguntar os esquemas de deslocação, porque quando não se prática esquecemo-nos.

Em Alvalade tive de mudar de via. Olhei para os lados dos leõezinhos e verifiquem que andam muito domesticados e mansinhos para aquelas bandas. Nas várias estações do Metro destaco e admirei os painéis de azulejos alegóricos e invocativos das histórias de cada uma daquelas paragens. O azulejo é património da cidade de Lisboa. Admiramos a decoração de igrejas, capelas, miradouros, fachadas e interiores de palácios e até farmácias, restaurantes e padarias.
Á porta da ADSE – Associação Desportiva dos Servidores do Estado – já se encontrava uma equipa de futebol com muitos suplentes. Ao trocarmos olhares muitos, todos, nem para uma equipa de reservas nos escolhiam, muitos deles a precisar de cuidados de saúde e de massagista. Fui bem atendido e depressa dispensado.
Faço o retorno pela via azul e mais tarde passar para a amarela. São cores que gosto, mas para mim a cor por excelência é o verde, o verde da esperança. Amarela anda muita gente com a possibilidade de aumentar o número. Volto outra vez ao Rato. Á saída dois ceguinhos; um pede esmola o outro vende o Almanaque Borda de Água. Cá fora cruzo-me com um rabino, a sair da sinagoga escondida da Rua Alexandre Herculano. Figura típica, com ar fundamentalista, fato preto, grandes barbar, duas madeixas a cair da cabeça para os dois lados o rosto e não entendi vir de chapéu branco, estive tentado, mas não lhe perguntei a razão. Ainda estou à espera que nasça o seu Salvador. Na História de Portugal cometeram-se grandes erros. Um deles foi a expulsão dos Judeus. Foi um crime.
Subo a Rua das Amoreiras e ao meu lado a célebre Capela do Rato, muito falada nos finais do Estado Novo. Debaixo de uma arcada de prédios com muitos andares, um abrigo de um sem abrigo. Estava o abrigo com papelões e trapos velhos, mas o sem não o vi.
Subo e na frente um Hotel com janelas envidraçadas e muitas bandeiras. A encabeçar os cosmopolitas andares um grande letreiro com a palavra DOM PEDRO – LISBOA. Que Pedro será? Talvez o justiceiro que amava Inês de Castro na Quinta das Lágrimas em Coimbra? Será o Pedro, o Infante das Sete Partidas, erudito, diplomata do Reinado dos Avis, que morre às portas de Lisboa, em Alfarrobeira? Será o Pedro IV, aquele que deu a independência do Brasil e veio para Portugal e andou à guerra com seu irmão Miguel, delapidando a Coroa Portuguesa? Será o D. Pedro V, o Rei das Obras Públicas, da inauguração do Telégrafo e do Caminho de Ferro de Lisboa-Carregado? Afinal ninguém sabe. À sua frente uma das maiores catedrais do consumismo lisboeta com muitos trabalhadores a receber quinhentinhos mensais.
Na Fontes Pereira de Melo mais de uma centena de automóveis tem as boas festas no pára-brisas. Um rectângulo branco que vai ajudar a por em movimento muitas viaturas das forças de segurança a precisar de oficina para caçar os malfeitores, os pilha galinhas.
Também uma praga os incentivos publicitários, rectângulos amarelos a imitar a cor do metal precioso para as compras de oiro velho, gasto, a cobrir todas as ofertas. E eu a pensar que o cobrir era outra acção… ou acções.
No Parque Eduardo VII, junto a um luxuoso hotel muitos motoristas e carros de luxo. Dizem-me que são altas figuras da nação e eu a pensar que as altas figuras foram os nossos navegantes.
Visita a S. Vicente de Fora. Vem-me à memória a Irmandade de S. Vicente de Aldeia de Joanes, com mais de sete séculos de existência. Também este Santo Mártir de Saragoça, martirizado no início do século IV, pelo Imperador Romano Diocleciano, a última desencadeada aos cristãos é Padroeiro do Patriarcado de Lisboa. Passo por Santa Clara e percorro o espaço da Feira da Ladra. Mais acima o extinto e famigerado Tribunal Militar e ao lado o DSFOM- Direcção dos Serviços de Fortificações e Obras Militares, que nós lhe dávamos outros nomes…E mais abaixo as Oficinas Gerais de Fardamento, que talvez não tenham nem oficinas nem fardas.
Numa parede «estas ruas pertencem-nos. Fora com o emel.» Esta palavra deve ser sinistra e deve saber a fel. Já não há democracia?
Passo pelo Panteão Nacional. Só a Amália Rodrigues tem pessoas junto ao seu túmulo e muitas flores. Está ali a Fadista do Povo, aquela que cantava: «Povo que lavas no rio; que talhas com o teu machado; as tábuas de meu caixão;». Há anos uns pseudo- revolucionários diziam que esta Pátria só tinha fado, futebol e Fátima. Nos dias de hoje, só futebol para nos anestesiar das crises e austeridades. Esquecia-me de referir que o Fado foi considerado Património da Humanidade.
Entro no Patriarcado e sou encaminhado para uma sala de passagem, aguardando a entrevista de pessoa amiga. Passam uma quase centena de pessoas e só cinco dão as boas tardes. Achei estranho este comportamento numa casa daquelas. Será que derem saudações a uma visita pagam imposto religioso ou qualquer outra coima? Lembrei-me da Parábola do Bom Samaritano, das minhas aulas de civilidade que administravam em Gouveia, ir comprar um manual prático de boas maneiras comportamentais ou a necessidade de um curso de formação nesta matéria. Com estes comportamentos, admiram-se que apareçam todos os dias pessoas idosas abandonadas e muitas falecidas há muito tempo. Vivemos de costas voltadas uns para os outros. O Cardeal na Voz da Verdade na reportagem «que Igreja para Lisboa, apela para uma Igreja em comunhão centrada na caridade». Não passará essa Igreja por estes simples gestos? Quando não se fazem estes, fazem os outros? Eu não acredito.
Desço para a Igreja de Santo Estêvão e encontro um samaritano com quase oitenta anos. Nasceu e vive em Alfama. Fala-me com orgulho das suas gentes que um dia saíram para as Caravelas, para o mar salgado de que nos fala Fernando Pessoa. E canta-me: «No alto mar fomos nós / Sempre os primeiros / Com Alfama a palpitar / Em farda de marinheiros / Porque afinal, foi desta pobre vida / Que saiu Portugal / Que embarcou nas Caravelas».
Falou-me da Capela de Nossa Senhora dos Remédios, do Divino Espírito Santo e dos Navegadores e do milagre que ali aconteceu no poço interior, saindo de lá Nossa Senhora. Falou-me de um Bairro habitado com gente idosa e muita gente sozinha, casas em estado de degradação. No Verão as ruas e largos estão repletos de gente jovem, mas todos de passagem. Obrigado Senhor Manuel Esteves guardião de Alfama e colaborador e cristão activo em actividades religiosas.
Dirijo-me ao Museu do Fado, dando cumprimento a um velho desejo. Abrem-se histórias do Fado, os locais de origem na Lisboa oitocentista, a sua divulgação através de discos, teatro, cinema, rádio, os seus intérpretes e instrumentistas. Com três pisos, com novas tecnologias de multimédia interactiva dispomos de informação em qualidade e quantidade.
Os meus olhos fixaram-se na tela O FADO de José Malhoa e do MARINHEIRO do autor Constantino Fernandes. Também admirei a guitarra portuguesa. Com um sistema de audioguias permite ouvir umas dezenas de fados. Ao sair registei que o Fado é um poema que
se ouve e vê.
Percorro a pé toda a baixa pombalina, vejo agora uns novos aquecedores nas esplanadas a vomitarem chamas na vertical, encontro um companheiro da Guerra de África, que olha para o nosso passado militar e interroga-se como foi possível tudo o que a seguir aconteceu… Aquelas conversações em Lisboa com a Frelimo, que Mário Soares contou ontem na TV, é de rir, como foi possível.
Como é encantadora a luminosidade de Lisboa e como é lindo o pôr do sol…
António Alves FernandesAldeia de Joanes

Jorge Barreto Xavier, ex Director-Geral das Artes, foi o convidado especial de um grupo de naturais e amigos do Sabugal que reuniu ontem, dia 26 de Janeiro, na Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa para jantar e trocar ideias acerca do futuro da região.

«A cultura é o que nos liga», disse Barreto Xavier, que porém considerou que a economia passou a dominar as nossas vidas, em detrimento do tempo livre, do lazer e da cultura, que foram atirados para um canto da nossa existência. Esse facto leva-o a considerar que em Portugal se tem investido muito pouco na cultura enquanto aspecto estruturante do nosso quotidiano.
O ex Director-Geral das Artes, que passou uma boa parte da sua infância no Sabugal, onde estudou e deixou bom amigos, referiu-se ao problema da desertificação do Interior, como sendo fruto da atracção fatal que hoje as pessoas sentem pelas grandes cidades, que oferecem tudo o que necessitam e desejam. O poder central tem culpas no cartório, ao não criar condições para que as populações possam fixar-se no interior de Portugal.
A solução terá de passar por uma «visão integrada», construída a partir de uma reflexão que procure um consenso básico entre as várias forças políticas dominantes. «Tem de haver uma lógica de complementaridade», disse Barreto Xavier, dando como exemplo as termas do Cró, que considerou uma bela infra-estrutura para a qual falta uma aposta diversificada em áreas complementares à do simples termalismo. Só essa aposta poderá garantir o aproveitamento da oportunidade que o Cró proporciona ao concelho do Sabugal e à região.
Outra necessidade é a definição de um modelo de desenvolvimento para o concelho, criando graus de competitividade. «Mais do que um chefe ou um líder, é necessário um projecto elaborado a partir de um consenso para o longo prazo», concluiu.
Após a intervenção do convidado seguiu-se uma viva troca de argumentos acerca do rumo que o concelho deve tomar no futuro, onde sobressaiu a ideia de que o Sabugal precisa de se dinamizar a partir de uma mudança de mentalidades, pondo de lado rivalidades e conflitos estéreis e apostando na junção de esforços entre os que estão no concelho e os que partiram e mantém vivo o desejo de ajudar e de um dia regressar.
Jorge Barreto Xavier é professor do ISCTE, onde também prepara a tese de doutoramento em Políticas Públicas. Para além de Director-Geral das Artes, cargo que exerceu de 2008 a 2010, foi vereador da Câmara de Oeiras com o pelouro da Cultura, membro do conselho de administração do Instituto Português da Juventude, fundador do Clube Português de Artes e Ideias, entre outras actividades de relevo. É autor e co-autor de diversas publicações, com especial incidência nas áreas das artes e das políticas culturais.
plb

Há muito que não visitava a Capital do Império. É uma cidade que me fascina, que me encanta. Ali trabalhei, ali nasceu o primeiro filho. Porém, desta vez fiquei surpreendido e preocupado.

Os preços a subirem em flecha, mais altos que as Torres da Basílica da Estrela. Os táxis a aguardar clientes que não aparecem. Fui a uma grande superfície comercial perto do Parque Eduardo VII. Entrei na catedral do consumo para comprar um cobertor. Entrei num labirinto e dizem-me que tenho de subir ao sétimo andar. Um cobertor com descontos custa mais de sessenta euros. Tudo em saldos, mas sem grande procura, com excepção nas marcas da moda. Á saída um slogan «por cada rico um pobre». Não concordo, há mais que um pobre, por cada rico. Há muitos pobres… Um grupo de jovens bem constituídos falam de assaltos, são sinais dos tempos que vivemos. Calcorreio as ruas e em frente à Penitenciária de Lisboa, visitas esperam ordem para entrar, com um aviso que devem chegar meia hora mais cedo. Passo por diversas lojas que compram ouro. Uma loja tem o descaramento de publicitar que compra ouro estragado, velho, usado e partido. Partido por quem e com quem? Entrei e a gentil menina disse-me que tem de usar esta linguagem comercial. «E esta hei?», como dizia o Fernando Pessa. Estão a surgir por todos os lados como já surgiram as lojas dos chineses. Se estes enveredam nestes negócios com o apoio do governo chinês, os nossos comerciantes dos metais preciosos dão uma queda maior que o paquete Costa Concórdia. Há uma procura desusada na procura dos metais, que o digam os ladrões e os receptores dos mesmos. Roubam-se os sinos, os cabos telefónicos, ouro, prata e tudo o que rende dinheiro. Este é um negócio que está a dar e sem fiscalização, sem ASAE, é um verdadeiro negócio da China. É comprar e fundir. Não custa nada e é só lucro. Enfim, parece-me que todos querem comprar ou roubar a ilusão do ouro para esquecer a idade do latão.
Nas paredes da Mãe de Água uma frase: «greve geral – 24 de Nov». Apreciei a caligrafia num vermelho vivo, numa escrita a lembrar os meus tempos de Escola Primária, quando usávamos as canetas de aparos molhados em tinteiros, inseridos nas carteiras de madeira.
Á entrada de um grande terminal de transportes, tropeço nesta frase: «o aumento dos transportes públicos é um roubo aos utentes». Desembolso fatalmente todos os meus trocos e entro no autocarro. À minha frente surge um cartaz «goze a viagem, vá de transportes públicos». Com o aumento dos preços somos mesmo gozados.
Também num mural uma frase: «corruptos, manquem-se». Cuidado, porque depois não há ortopedistas e serviços de saúde que cheguem para tratar tantos mancos.
Percorro uma avenida com endereços de escritórios de advogados e das suas sociedades. Encontro um velho amigo, que me despede em grande velocidade, porque tem de ir estudar e preparar o recurso de uma sentença judicial, porque este também é um negócio que dá chorudos lucros.
Vejo o pequeno comércio quase vazio, cafés, casas de produtos da alimentação, vestuário e outros.
Vejo na Avenida Miguel Torga, e nem queria acreditar: um amolador e afiador de facas e tesouras e afins, apoiado a uma velha bicicleta, despertado a sua atenção e presença com um sinal sonoro próprio. Ele bem olha para os prédios de diversos andares, mas nem um sinal de vida. Ninguém de avental aparece e de saias muito menos. Andam por outras bandas, talvez pelo Bairro Alto e outros locais limítrofes.
Numa companhia de saúde quase ninguém corresponde aos bons-dias. Será que estas e outras saudações já pagam imposto? Não é só aí. É em quase comportamento comum todos os lugares.
Um jovem parecido com um repórter de imagem entrega-me gratuitamente um jornal onde leio-o diversas notícias. Em letras muito minúsculas como convém a esta sociedade relativista, o Papa afirma que «os emigrantes não são números, mas sim os protagonistas do anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo». Em 2010 um quarto dos condutores que faleceram de acidente tem álcool no sangue, 1,2 gramas e 7,1% tem substâncias psicotrópicas. As cadeias estão cheias e não estão lá muitos que andam por aí a passear. Um político diz-nos que «somos um país de novelas». Concordo, mas não só.
Termino com as palavras que li de Guerra Junqueiro, poeta transmontano, anticlerical, que fez a transição do século XIX para o XX e da Monarquia para a República, sobre o Povo Português há mais de cem anos: «um povo imbecilizado, resignado, humilde, macambúzio, fatalista e sonâmbulo…um povo enfim que eu adoro porque sofre e é bom e guarda ainda na noite a sua inconsciência como um lampejo misteriosos da alma nacional». Continua actualizada a opinião de um dos maiores poetas portugueses.
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes

Cerca de quarenta personalidades da cultura portuguesa, espanhola e brasileira, subscreveram uma carta dirigida ao reitor da Universidade de Lisboa propondo que seja concedido ao pensador Jesué Pinharanda Gomes, nascido em Quadrazais, o título de Doutor Honoris Causa em Filosofia.

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A revelação foi feita no sábado, dia 19 de Novembro, pelo Professor Renato Epifânio, no decurso da cerimónia de atribuição ao filósofo Pinharanda Gomes da Medalha de Mérito Cultural concedida pelo Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL).
A proposta dirigida ao Reitor da Universidade de Lisboa é subscrita por professores de diversas universidades portuguesas, espanholas e brasileiras, bem como por outros vultos da cultura e do pensamento, nomeadamente os bispos D. Manuel Clemente e D. Januário Torgal Ferreira.
«Ao longo de meio século Pinharanda Gomes elaborou uma obra ímpar», lê-se na missiva, que se refere ainda ao pensador sabugalense como «uma marca essencial dos estudos contemporâneos da nossa história filosófica». Os subscritores, que já estabeleceram contactos com a reitoria da universidade no sentido de articular os termos do processo, consideram que a homenagem honrará a Universidade, na medida em que é seu dever reconhecer o mérito aos melhores.
Pinharanda Gomes, que acabara de receber a Medalha de Mérito concedida também pela Universidade, local em cujos bancos nunca se sentou enquanto aluno, tomou a palavra para expressar um duplo sentimento: por um lado sentia júbilo pela dádiva recebida, mas por outro sentia-se carregando um peso e uma dor, porque «nunca tive no meu horizonte qualquer distinção ou titularidade», disse.
Perante uma plateia repleta de professores e investigadores – onde destacamos o seu amigo João Bigotte Chorão – o pensador de Quadrazais disse que ao longo da vida enfrentou dificuldades e incompreensões, mas não ficou isolado: «nunca estive só, porque uma alma nunca está só, está sempre perante o Criador».
Pinharanda Gomes revelou que em 1959, após a sua infância em Quadrazais e os estudos de juventude na Guarda, onde ainda trabalhou como marçano numa loja comercial, foi para Lisboa «à procura de vida». Já na Capital, «matava a fome como podia quando descobri a Biblioteca Nacional e comecei a passar ali os dias lendo livros», disse o homenageado, que com a observação, a experiência e a preciosa ajuda de um funcionário, descobriu o «catálogo» da biblioteca e, a partir daí, passou «a mineiro e a contrabandista», embrenhando-se no estudo metódico e na investigação.
«Em 1 de Março de 1961 entrei, sem cunhas, na firma Tractores de Portugal, onde me realizei profissionalmente e de onde apenas saí quando me reformei, em 30 de Setembro de 2004», disse Pinharanda Gomes, que igualmente revelou ter pretendido entrar na Faculdade de Letras, tendo contudo desistido face à descoberta das tertúlias que se realizavam nos cafés, juntando escritores e pensadores. «Frequentei todas as tertúlias de Lisboa daquela época, das mais diferentes sensibilidades», revelou, dizendo que acabou por encontrar a tertúlia de Álvaro Ribeiro e José Marinho, onde descobriu a Filosofia Portuguesa, corrente do pensamento de que viria a tornar-se um dos nomes mais proeminentes.

1 – É com grata satisfação que assistimos ao sucessivo reconhecimento do relevante papel de Pinharanda Gomes na cultura portuguesa. É verdadeiramente emotivo constatar que um homem que nunca frequentou a Universidade, seja agora estudado pela Universidade e homenageado por aqueles que aprendem lendo a sua obra notável.
2 – Estivemos presentes no acto de homenagem acima noticiado e, no final, quando cumprimentávamos Pinharanda Gomes, perguntámos-lhe como estava o processo decorrente da cedência da sua biblioteca pessoal à Câmara Municipal do Sabugal e ouvimos, confrangidos, o seu lamento pela aparentemente pouca importância que estavam a dar ao assunto. Os livros foram para o Sabugal em Novembro de 2010 com a condição de que até ao final do ano lhe fosse enviado um inventário de tudo o que seguiu, para que se assinasse um protocolo. Em Abril de 2011 Pinharanda foi ao Sabugal apresentar um livro sobre as Invasões Francesas (a Câmara omitiu o seu nome no programa) e indagou sobre o assunto, tendo sido informado que a catalogação estava em andamento e quase pronta. Porém passado um ano sobre o transporte dos livros de sua casa para o Sabugal, nada mais lhe disseram e teme que o assunto tenha caído no esquecimento.

plb

«A imagem que cada um tiver do mundo será a imagem que o mundo terá dele, porque imagens delidas e sobrepostas no mesmo espelho, aí, onde o pensamento pensa o ser, o próprio ser ascende no pensamento. Tais imagens hão-de ser as palavras, os lares onde o ser habita.»; Pinharanda Gomes, in Pensamento e Movimento.

Santo Condestável - Pinharanda GomesO Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) atribuirá, no dia 19 de Novembro, sábado, a «Medalha de Mérito Cultural» a Jesué Pinharanda Gomes, um dos mais importantes nomes vivos da Filosofia Portuguesa. A cerimónia de homenagem realiza-se pelas 19 horas na Sociedade da Língua Portuguesa (SLP), em Lisboa, em acto contínuo à realização da Assembleia Geral do Movimento Internacional Lusófono. O local é Rua Mouzinho da Silveira, nº.23, em Lisboa. A entrada é livre.
O Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (CLEPUL), que homenageia o filósofo sabugalense, foi fundado em 1975 por Jacinto do Prado Coelho. Agrega as literaturas e as culturas de Língua Portuguesa, está presentemente organizado em vários grupos de investigação.
Jesué Pinharanda Gomes nasceu em Quadrazais sabugal, em 16 de Julho de 1939 e afirmou-se como um dos maiores pensadores da cultura portuguesa.
Há dias, o escritor e advogado José António Barreiros, tomando conhecimento de que Pinharanda Gomes ia ser homenageado, escreveu acerca dele no seu blogue «Geometria do Abismo»:
«Fui há anos à sua casa em Santo António dos Cavaleiros entrevistá-lo. Modesto, discreto, quase hesitava em produzir uma que fosse afirmação definitiva. Tratei-o por “doutor”. Disse-me que o não era. Como nos acompanhava uma estante de livros sobre teologia tentei corrigir, afirmando que seguramente teria estudos no Seminário (como tantos do seu tempo). Disse-me que também não. Era um auto-didacta. As tertúlias de Lisboa tinham sido, nos cafés, a sua sala de aulas. A Filosofia Portuguesa o seu amor.
Trabalhava na Massey Fergunson na venda de tractores. Estudara nas horas livres, pela noite fora. Lera na Biblioteca Nacional no tempo em que ela abria à noite. Tirava à boca para comprar livros. Instruía-se sempre. Escreveu nem sei quantos livros. Tentei encontrá-los todos. Teve a gentileza de me oferecer alguns.
A entrevista era sobre tudo e sobre nada. A minha ignorância impedia-me de formular as perguntas certas, a sua sabedoria vedava-lhe respostas simples.
À saída mostrou-me uma pequena gaiola, extasiado ante uns passarinhos e os ovos que chocavam. A vida cumpria-se. Uma vez cruzei-me com ele na Lapa. Ia consolar o Orlando Vitorino, fazendo-lhe companhia.
Nasceu em Quadrazais, mas renasce como exemplo no coração de cada um. Um dia um jornal, creio que o Diário de Notícias, perguntou-me qual foi a pessoa que mais me impressionou. Disse: Jesué Pinharanda Gomes.»
plb

O tradicional almoço de bucho que a Confraria do Bucho Raiano organiza anualmente em Lisboa realizou-se no sábado, dia 12 de Novembro, juntando cerca de 70 confrades e amigos das terras raianas.

A sala do conhecido restaurante Churrasqueira do Campo Grande encheu para receber os convivas que ali degustaram o bucho raiano acompanhado por grelos de nabo e batatas cozidas. De entrada comeu-se morcela e farinheira assadas e à sobremesa houve o tradicional arroz doce e a aletria. A finalizar houve ainda castanhas assadas e jeropiga.
A refeição foi regada com o vinho de Belmonte, de marca «doispontocinco», vinho oficial da Confraria do Bucho Raiano. O sortelhense Manuel Gouveia, proprietário do vinho, embora impossibilidade de estar presente, fez questão de oferecer o vinho que foi consumido no almoço.
No final o Chanceler transmitiu aos presentes mensagens dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal do Sabugal que, respectivamente, por razões de agenda e de saúde, não puderam estar presentes. Anunciou ainda que o terceiro capítulo da Confraria vai realizar-se no Sabugal no dia 18 de Fevereiro de 2012.
Um confrade apresentou e deu a provar o doce de mostajo, feito a partir do fruto do mostajeiro, uma árvore endémica que existe no Sabugal e outras terras do país e que dá como fruto umas bagas alaranjadas, a que geralmente não se dá importância. O mostajo pode ser afinal um produto gastronómico a explorar no futuro.
O escritor Vítor Pereira Neves, também presente, ofereceu o seu livro «Sortelha – Aldeia Museu de Portugal», que foi leiloado na ocasião, rendido 40 euros, que reverteram para a Confraria.
O almoço de convívio terminou com as palavras do Grão-Mestre da Confraria, Joaquim Silva Leal, que trouxe à evidência o papel relevante da Confraria enquanto grande embaixadora da gastronomia raiana e do Sabugal em todo o país. Ele próprio tem vindo a representar a Confraria em diversos capítulos de outras confrarias gastronómicas e tem testemunhado o grande prestígio que a confraria do Bucho já tem perante o movimento confrádico nacional.
plb

A Confraria do Bucho Raiano marcou para o próximo dia 12 de Novembro o habitual almoço de Lisboa, que anualmente junta os confrades e amigos para a degustação do bucho tradicional.

O almoço, aberto a todos os que pretendam participar, voltará a realizar-se no restaurante Churrasqueira do Campo Grande, onde a Confraria do Bucho Raiano marcou encontro para as 12h30 do dia 12 de Novembro, que é sábado.
A ementa será inevitavelmente bucho, acompanhado por grelos de nabo e batata cozida, como reza a tradição. À sobremesa haverá também sabores típicos da raia. Sendo Novembro, não faltarão, a finalizar, as costumeiras castanhas assadas e a jeropiga.
O almoço de Lisboa vem-se realizando no mês de Novembro, todos os anos, desde 2007, altura em que foi lançada a ideia da fundação de uma confraria gastronómica que defendesse o bucho e demais culinária raiana enquanto riqueza que importa potenciar.
Para além do almoço de Lisboa, a Confraria do Bucho Raiano tem já marcado para o dia 18 de Fevereiro de 2012, sábado de Carnaval, o seu terceiro Capítulo de Entronização, que se realizará no Sabugal, e onde novos confrades prestarão juramento. A confraria tem já 61 confrades inscritos, que foram entronizados nos dois primeiros capítulos, havendo a perspectiva desse número aumentar substancialmente por ocasião do terceiro encontro do Sabugal.
Os interessados em participar no almoço de dia 12 de Novembro em Lisboa, poderão inscrever-se até ao dia 10, através do telefone 966823786 ou pelo endereço electrónico confrariabuchoraiano@gmail.com.
plb

O almoço anual em Lisboa da Confraria do Bucho Raiano está marcado para o dia 12 de Novembro, às 12.00 horas, na Churrasqueira do Campo Grande. A iniciativa é aberta aos confrades e a todos os amigos, naturais e descendentes do concelho do Sabugal.

(Clique no cartaz para ampliar.)

jcl

Foi efusiva a festa dos sabugalenses em Lisboa, por ocasião da 33.ª Capeia Arraiana organizada pela Casa do Concelho do Sabugal, que mais uma vez teve lugar na praça de touros do Campo Pequeno.

A tarde do dia 5 de Junho, sábado, foi de grande convívio entre os naturais e amigos do concelho do Sabugal, que se juntaram para celebrar a sua maior tradição: a capeia arraiana. Muitos vieram de variadas terras do concelho do Sabugal, em autocarros e veículos ligeiros, juntando-se aos que igualmente vieram de outras terras distantes e aos que estão radicados na zona da Grande Lisboa e também acorreram ao local.
Antes da entrada no recinto, já os amigos, que se não viam há longa data, se saudavam e abraçavam, para depois avançarem para o interior da praça, nas bancadas, para assistirem ao espectáculo. O pedido da praça seguiu o ritual instituído, com o Hélder Neves e o Esteves Carreirinha a abrirem o desfile, que irrompeu pela arena. Seguiam-nos os bombos de Aldeia da Ponte, os bombeiros voluntários do Sabugal e do Soito, a centenária Banda Filarmónica da Bendada, o Grupo Etnográfico de Sortelha e os representantes de algumas aldeias, sendo especialmente notados os do Ozendo e os de Ruivós.
Feito o pedido da praça, vieram as palavras de circunstância, proferidas pelo presidente da direcção da Casa, pelo presidente da Câmara Municipal do Sabugal e pelo Governador Civil da Guarda. Depois foi a vez do espectáculo, com seis belos touros da ganadaria de José Dias, de Benavente. Nas bancadas a alegria foi contagiante, assim como o foi o convívio que se proporcionou nos bares, onde grupos de amigos se reuniram a beber e a conversar.
Finda a tourada do forcão a «malta» juntou-se no ringue junto à praça, onde a pândega teve lugar. Chouriças, morcelas, entremeada, entrecosto e sardinhas saltaram para as grelhas, ao mesmo tempo que a cerveja o vinho e os refrigerantes matavam a sede e serviam de mote a fartas e contagiantes conversas.
Já noite dentro os derradeiros convivas abandonaram o local, regressando a suas casas. O convívio dos aficionados seguir-se-á em breve com a abertura da época das capeias, que em Agosto animarão as aldeias raianas do concelho do Sabugal.
plb

A primeira Capeia Arraiana realizada em Lisboa aconteceu na Praça de Touros do Campo Pequeno no dia 4 de Junho de 1978. A Capeia agendada para este ano de 2011, acontecerá precisamente no dia em que, há 33 anos aconteceu essa iniciativa primordial, pela qual se deu a conhecer ao país a mais genuína tradição da raia sabugalense.

No sábado, dia 3 de Junho daquele ano de 1978, realizara-se no parque do Seminário dos Olivais o habitual convívio de sabugalenses, organizado pela Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa, ao qual acorreram centenas de pessoas. Porém esse ano, o convívio teria continuidade, pois programara-se para o dia seguinte uma Capeia Arraiana. Tratava-se de trazer à Capital do País uma tourada original e exclusiva das terras raianas do concelho do Sabugal, na qual se usava um instrumento de madeira a que o povo chamava forcão, ao qual se agarravam mais de 20 jovens, que assim desafiavam o touro.
O nome do espectáculo, «Capeia Arraiana», foi ideia dos organizadores do evento. «Capeia», por chamarem assim às touradas em praça improvisada nas zonas fronteiriças de Portugal e de Espanha. «Arraiana», por se tratar de uma tradição da Raia. A designação ficou registada no subconsciente das pessoas e em breve assim passou a ser genericamente designada a tourada com forcão.
Esse memorável domingo de há 33 anos, iniciou-se com uma partida de futebol entre uma equipa da Casa do Concelho do Sabugal e outra da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, que os raianos venceram por 7-0. De seguida houve almoço de convívio na sede da Casa do Concelho, juntando os jogadores aos dirigentes da associação e a alguns elementos do corpo activo dos Bombeiros do Sabugal, contando com a participação do Dr Lopes, presidente da Câmara Municipal do Sabugal.
Findo o almoço realizou-se um cortejo até ao Campo Pequeno, onde a tourada teve lugar. As bancadas encheram-se de sabugalenses e de amigos do Sabugal, para assistirem a algo nunca antes acontecido e para alguns decerto inimaginável: o forcão iria lidar os touros na catedral da tauromaquia portuguesa. Seria até sacrilégio, mas o certo é que o espectáculo teve lugar, envolvido em imensa alegria e emoção.
A Capeia realizou-se na sequência de uma ideia apresentada por Francisco Engrácia (o saudoso Chico), de Vila Boa, à direcção da Casa do Concelho do Sabugal, que esta aceitou com muita relutância e apenas após uma comissão de associados ter garantido que, havendo prejuízos, eles seriam cobertos.
O objectivo, para além da divulgação da tradição raiana, era ajudar os Bombeiros Voluntários do Sabugal (na altura a única corporação do concelho). Ultrapassados os primeiros receios a organização avançou e a Capeia constituiu um enorme êxito.
Dos 224 contos de «lucro» alcançado, 67 contos (30%) foram para os Bombeiros do Sabugal, que desde essa primeira experiência ficaram para sempre ligados à reedição sucessiva da Capeia em Lisboa.
Paulo Leitão Batista

Na tarde do dia 4 de Junho, sábado, pelas 16,30 horas, a Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, recebe a 33.ª Capeia Arraiana, organizada pela Casa do Concelho de Sabugal.

O forcão vai rodopiar de novo na arena mais prestigiada de Portugal e os rapazes raianos vão demonstrar a sua força e valentia. O espectáculo tauromáquico popular, original das terras raianas do concelho do Sabugal, proporcionará ainda momentos de convívio e de amizade entre os sabugalense e os seus amigos.
Espera-se que largas centenas, ou milhares, de pessoas, muitas vindas de propósito das terras do concelho, se juntem nesta grande manifestação de alegria que todos os anos acontece em Lisboa.
Os touros são do ganadeiro José Dias, de Benavente. A Banda da Bendada animará a festa e marcará o ritmo.
Depois da tourada haverá os habituais petiscos, no ringue junto à Praça de Touros, onde se degustarão os nossos enchidos grelhados e outras iguarias que os convivas trarão.
A capeia de Lisboa marca o arranque para as touradas do forcão nas terras raianas. Depois de Lisboa, quem quiser sentir a verdadeira alma raiana, vai às aldeias fronteiriças do concelho do Sabugal em Agosto, onde poderá apreciar a verdadeira tourada popular, à moda raiana.
plb

Entre os dias 23 e 27 de Fevereiro o concelho do Sabugal vai promover-se como destino turístico na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa 2011 integrado no espaço da «Turismo Serra da Estrela». A tarde de sábado vai ser dedicada ao território sabugalense com provas de queijo de cabra e bucho raiano.

BTL 2011 - Sabugal

O turismo cultural, etnográfico e gastronómico do concelho do Sabugal estará em destaque na Feira Internacional de Turismo no stand da Entidade Regional de Turismo Serra da Estrela – Pavilhão 1 da FIL – onde partilha o espaço com os municípios de Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Guarda, Manteigas, Mêda, Seia e Trancoso.
Esta é a maior promoção de sempre da marca «Serra da Estrela» na BTL com a gastronomia a ocupar um lugar privilegiado num stand de divulgação específico onde os visitantes podem saborear os melhores sabores da Beira Serra. Na tarde de sábado, 26 de Fevereiro, terá lugar a promoção do território sabugalense com uma prova gastronómica de bucho raiano e queijo de cabra a cargo da Confraria do Bucho Raiano e da Confraria do Cão Serra da Estrela.
Pela primeira vez a BTL abrirá ao público em geral, na quarta-feira, um espaço de turismo gastronómico que ocupa 5000 metros quadrados e onde estarão representadas as regiões do Alentejo, Algarve, Lisboa e Vale do Tejo, Oeste, Porte e Norte e Serra da Estrela. Os visitantes serão convidados a provar os pratos e produtos mais característicos de cada zona do País assim como da região espanhola de Castilla Y Léon.
«O destino Portugal e 10 mil milhões de quilómetros quadrados a falar português» será o lema do certame que assenta em marcas regionais que correspondem às Entidades Regionais de Turismo – Porto e Norte, Centro de Portugal, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve – e aos Pólos de Desenvolvimento Turístico – Serra da Estrela, Douro, Leiria/Fátima, Oeste, Alqueva e Litoral Alentejano. A edição deste ano do certame elegeu a Tailândia como destino turístico internacional.
A 23.ª edição da Feira Internacional de Turismo decorre no Parque das Nações, em Lisboa, entre os dias 23 e 27 de Fevereiro, com o objectivo de promover o turismo de Portugal junto dos países da CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A BTL 2011 conta com 980 expositores, 75 novas empresas e mais de 45 destinos internacionais e tem como oferta turística internacional em destaque a Tailândia no ano em que se comemoram os 500 anos de relações históricas e diplomáticas entre os dois países.

Horário da BTL para visitantes: dia 25 de Fevereiro (sexta), 18h00m-23h00m; dia 26 (sábado), 12h00m-23h00m; e dia 27 (domingo), 12h00m-20h00m.
Na zona de restauração os horários são idênticos. Na quarta e quinta-feira, apenas para profissionais, a feira encerra às 20h00m mas o público em geral pode jantar até às 23h00m sem pagar bilhete de entrada.
plb (com C.M. Sabugal)

Sócios e amigos da Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa juntaram-se hoje, dia 19 de Fevereiro, na sua sede, onde degustaram o almoço evocativo do 36.º aniversário da associação.

Eram cerca de 60 os convivas que se reuniram para saborear uma deliciosa chanfana, confeccionada pelo Hélder Neves. Foi um momento de forte confraternização e de recordação dos muitos momentos de agradável convivência que a Casa do Concelho do Sabugal tem proporcionado em Lisboa.
Em representação da Câmara Municipal do Sabugal veio até Lisboa o chefe de gabinete do Presidente, Vítor Proença, que informou que o Município está bem ciente da importância da Casa do Concelho. O presidente vai mesmo pedir um orçamento para que seja a Câmara a pagar um novo reclamo luminoso para a fachada do edifício, substituindo o que ali se encontra, que está partido e não prestigia a Casa nem o Sabugal.
O presidente da Casa, José Lucas, também usou da palavra para informar que no início de Maio haverá a já habitual Festa Campera, na herdade do ganadeiro José Dias, em Santo Estêvão de Benavente, ocasião em que se procederá á selecção dos touros para a Capeia Arraiana, que por sua vez se realizará a 4 de Junho no Campo Pequeno.
Após os discursos da praxe houve acordes de viola e de concertina, bem como fados e canções, interpretados por um grupo de bons artistas, que proporcionaram momentos de alegria contagiante. A tarde prosseguiu em tom animado, até ao momento em que o bolo de aniversário veio à mesa e se cantaram os parabéns à associação dos sabugalenses em Lisboa por mais um aniversário celebrado em plena actividade.
A Casa do Concelho do Sabugal foi fundada em 13 de Fevereiro de 1975, em Lisboa, e desde esse momento tem desenvolvido uma constante actividade em favor dos seus associados e do concelho que representa.
plb

A Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa está a promover uma homenagem ao seu fundador João Leitão Batista, falecido há três anos.

João Leitão BatistaA homenagem passará por um almoço que se realiza no dia 29 de Janeiro (sábado), pelas 13 horas, na sede da associação dos naturais e amigos do concelho do Sabugal, sita na Avenida Almirante Reis, nº 256, 2º Esquerdo, em Lisboa. O almoço pretende juntar amigos e familiares do homenageado, no sentido de se evocar a sua memória, tendo em conta o trabalho que o mesmo efectuou em prole da associação.
João Leitão Batista nasceu em Águas Belas, concelho do Sabugal. Veio para Lisboa a fim de estudar e trabalhar. Enquanto estudava Filosofia na Universidade trabalhava na Lisnave como operário soldador. Concluída a licenciatura seguiu a carreira de professor do ensino secundário, tendo exercido a docência em diversas escolas do país, nomeadamente no Bombarral, Oeiras, Alenquer, Alcácer do Sal, Barreiro, Alverca (onde presidiu largos ano ao Conselho Directivo) e Lisboa.
Foi fundador da Casa do Concelho do Sabugal, e primeiro director do jornal «Sabugal», editado durante largos anos pela associação. Integrou ainda por diversas vezes os órgãos sociais da Casa. Estudioso de diferentes temáticas e especialista em línguas e literaturas clássicas, colaborou com algumas publicações periódicas e dedicou-se a traduções em grego, alemão e inglês. Dedicou-se ainda à elaboração de diversos manuais didácticos.
As inscrições para o almoço de homenagem poderão efectuar-se pelos telefones: 218403805 ou 966823786.
plb

Aos 16 anos Maria Antunes foi de Aldeia Velha para França, seguindo os passos da emigração. Em 2001, rumou a Lisboa para gerir o famoso café «Cacau da Ribeira», que se mantém em plena actividade recebendo pela madrugada adentro os noctívagos que ali aportam para beberem o célebre chocolate quente.

Maria Antunes possuía e administrava em Paris um restaurante de comida portuguesa, pelo que encarou a mudança para Lisboa, para trabalhar no mesmo ramo, com naturalidade. Com o marido, natural de Lisboa, adquiriu o mítico Cacau da Ribeira, e dedicou-se de alma e coração ao novo espaço comercial, que é uma das grandes referências da cidade.
Inserido no edifício do Mercado da Ribeira, com porta para a Avenida 24 de Julho e vista para a estação ferroviária do Cais do Sodré e para o rio Tejo, é ali que os noctâmbulos vão beber o cacau quente ao romper do dia após as longas noitadas de diversão.
Maria Antunes depressa se habituou ao horário e aos clientes do seu novo espaço comercial. O café tem de resto um horário peculiar: abre diariamente às 23 horas e encerra às 16. Por vezes há uma natural dificuldade em «aturar» os que ali entram a altas horas da noite, «tomados pelos copos», mas a calma e o bom senso de Maria Antunes e das suas empregadas tudo resolve, mantendo o espaço atractivo.
Dentre os clientes que ali comparecem a beber o chocolate quente mais famoso de Lisboa, há algumas figuras públicas, como o actor Fernando Mendes, «um grande amigo da casa», destaca Maria Antunes. Fátima Lopes, Tony Carreira e Teresa Guilherme são outros nomes de celebridades que acorrem ocasionalmente ao café da empresária sabugalense. Conta que, noutro tempo, a fadista Amália Rodrigues era presença assídua por ser grande apreciadora do cacau da casa.
A hospitalidade é uma das razões do sucesso desta casa e Maria Antunes esforça-se por a manter. E aponta um quadro preto onde está escrito: «Obrigado, Volte Sempre». «Todos os dias reescrevo com giz aquela frase, porque aqui todos são bem-vindos e acolhidos de igual maneira», salienta a proprietária.
Embora os afazeres da profissão a obriguem a estar sempre presente e a par do negócio, Maria Antunes, nunca deixou de ir a Aldeia Velha. «Gosto especialmente de ali ir no tempo dos tartulhos, no Outono. É um grande prazer ir pelo campo à cata de tartulhos nas tapadas e de míscaros e setas nos pinhais». Gosta especialmente dos tartulhos assados na brasa: «são o melhor petisco do mundo», afiança com toda a convicção.
Conhecemos Maria Antunes do decurso do Festival das confrarias Gastronómicas, onde estivemos em representação da Confraria do Bucho Raiano. A empresária da raia que foi para Paris e depois se fixou em Lisboa, confessou-nos ter ficado surpreendida pela presença do bucho do Sabugal nesse certame da gastronomia portuguesa. O cacau quente continuará a ser o chamariz do seu famoso café, mas garantiu-nos que passará a falar do bucho aos seus clientes para que alguns se decidam a visitar as terras raianas onde o poderão degustar.
plb

O Festival das Confrarias Gastronómicas, realizado em Lisboa no sábado e no domingo, contou com a presença de inúmeras confrarias, dentre as quais a do Bucho Raiano, do Sabugal, que esteve nos três espaços disponíveis: restaurante, degustação de tapas e artesanato.

O bucho foi à mesa no restaurante da Praça da Ribeira, local onde teve lugar o certame, que aconteceu a 4 e 5 de Setembro. No espaço para as tapas, a Confraria do Bucho serviu pratinhos com morcela, farinheira, chouriço, bucho e trutas fritas do Côa. No espaço de artesanato coube à Casa do Castelo apresentar diversos produtos oriundos do concelho do Sabugal, com destaque para os trabalhos de bracejo, os doces e os queijos.
O Festival iniciou-se na manhã de sábado, com a concentração das confrarias participantes defronte aos Paços do Concelho de Lisboa, onde o presidente, António Costa, deu as boas vindas. Depois os confrades seguiram em cortejo até á Praça da Ribeira. A Confraria do Bucho, com quinze confrades, foi a agremiação com maior representação, cabendo-lhe, enquanto confraria federada mais nova, encerrar o desfile.
Já no interior da Praça da Ribeira a presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Madalena Carrito, o presidente da Câmara, António Costa, e o vereador Sá Fernandes, tomaram a palavra para justificarem a iniciativa, que pretende dar maior vida à cidade, e prometeram tudo fazerem para que a mesma se repita em 2011.
O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, e o presidente da Assembleia Municipal, Ramiro Matos, estiveram presentes, correspondendo aos convites que lhes foram dirigidos para acompanharem os demais sabugalenses nesta jornada de divulgação da gastronomia da raia.
No restaurante, o bucho emparceirou com a vitela de Lafões, a sopa da pedra de Almeirim e a chanfana de Vila Nova de Poiares, enquanto que no local das tapas esteve junto a dezenas de outros sabores portugueses, como o bucho de Arganil, o queijo Serra da Estrela, os ovos moles de Aveiro, e muitos outros paladares representados por diversas confrarias.
Para além da gastronomia e do artesanato, houve música e dança populares, num ambiente de intensa alegria e amizade.
O bucho e os enchidos, vindos do Adérito da Rebolosa, e as trutas, vindas do Trutalcôa de Quadrazais, foram inteiramente consumidos, nada restando no final dos dois dias. Foi pois uma jornada memorável, que incluiu uma entrada da Confraria do Bucho em directo na emissão da estação televisiva SIC.
Se havia quem tivesse dúvidas acerca do potencial do bucho raiano, ficou agora provado estar à altura das demais peças da culinária portuguesa. De parceria com os enchidos, as trutas do Côa, o cabrito e outros dos nossos sabores tradicionais, o bucho tem a possibilidade de se afirmar como peça gastronómica de excelência. Haja pois quem ponha mãos à obra. Os restaurantes do concelho do Sabugal que o coloquem definitivamente nas ementas, inovando, se necessário, na forma de o servir, porque esta peça gastronómica encerra uma janela de oportunidade que o concelho não pode desaproveitar.
Para o ano, se a iniciativa se repetir, a Confraria do Bucho voltará a marcar presença, procurando inovar e melhorar a sua participação.
plb

O advogado sabugalense David Pina, falecido em Dezembro, foi esta terça-feira, 6 de Julho, homenageado pelo Rotary Club de Lisboa, do qual foi membro, através de um jantar em que a prelecção evocativa foi proferida pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa.

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A iniciativa aconteceu no Hotel Tivoli, em Lisboa, onde se juntaram dezenas de companheiros «rotarios», colegas advogados, magistrados, familiares e amigos de David Pina.
A sessão evocativa iniciou-se com o ritual próprio do clube, com a saudação às bandeiras. Depois actuou o coro do Tribunal da Relação de Lisboa (CORELIS), que interpretou um conjunto de canções que eram do gosto especial do advogado de Pousafoles do Bispo.
Após o jantar falou o professor Marcelo Rebelo de Sousa, que fez uma muito apreciada prelecção dedicada às muitas paixões de David Pina. E o professor de Direito, amigo e colega «rotario» do homenageado, evocou algumas dessas grandes paixões.
Desde logo a paixão pela família, pela mulher e pelos dois filhos. Também a paixão por aprender e por ensinar, o que o levou a percorrer muitas terras e muitas escolas, sempre em busca do saber. Foi um distinto pedagogo, que ensinou em Lisboa, Paris, Bruxelas, Toulouse, Grenoble, Lille, Bordéus, Genéve.
Viveu também a paixão pela sua profissão, a advocacia, e as muitas actividades a que se dedicou. Viveu como cidadão português e europeu, dedicado a inúmeras causas e inserido em diversos movimentos.
Teve um papel determinante em múltiplas associações nacionais e internacionais, em áreas como as da integração europeia, do Direito Europeu, do Direito Comparado, do Direito da Concorrência ou do Direito da Propriedade Industrial.
Convicto europeísta, foi autor de obras individuais e colectivas sobre o Acto Único, o Tratado de Roma ou a política regional como instrumento da integração europeia.
Marcelo Rebelo de Sousa, deixou sobretudo bem vincada a «paixão de viver» de David Pina:
«A paixão com que colocou o seu vasto saber e a sua capacidade de ensinar, de comunicar e educar ao serviço das causas sociais mais nobres, mais exigentes e mais dignas, como as da luta pelos direitos das pessoas, do combate à fome, à miséria, à pobreza, às injustiças sociais. Na resistência às ditaduras, às intolerâncias, às xenofobias, aos racismos. A paixão com que conduziu essas lutas, em todos os movimentos a que pertencia, sem desfalecimentos ou condescendências. A paixão com que fez da sua vida muitas vidas: marido, pai, amigo, companheiro, estudioso, professor, advogado, dirigente associativo, comunicador, autor, militante português e europeu, defensor de valores e batalhador pelos injustiçados e espezinhados.
Muitas vidas sabia tocar, com aquelas qualidades que distinguem as novas fileiras, qualidades que pude testemunhar, já lá vão quase 40 anos quando nos conhecemos na mesma escola de Direito e em mim nasceu uma irreprimível admiração pelo David Pina.
Era, como seria sempre, forte no carácter e vincado na postura. Era, como seria sempre, visceralmente bom no coração e visionário no temperamento. Era, como seria sempre, esclarecidamente líder na formação, mas extraordinariamente generoso.
Excessivo na dedicação aos outros – dava sempre mais do que recebia –, não conhecia limites de disponibilidade, de esforço, de entrega, sempre com a palavra amiga, com o humor rápido, com o humor bem português.»
Depois das efusivamente aplaudidas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, seguiram-se algumas intervenções de colegas e amigos de David Pina, dentre elas a de Joaquim Esteves Saloio, natural da Torre, concelho do Sabugal, amigo de sempre do homenageado, que o conheceu quando estudaram no Seminário do Fundão, onde primeiramente se prepararam para a vida. «Tenho a certeza que muito do que foi David Pina e que aqui nos foi magistralmente transmitido pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa, também se deveu ao que aprendeu no seminário», disse Esteves Saloio.
David Pina nasceu em 1943 em Pousafoles do Bispo. Licenciado em Direito, dedicou-se à docência e à advocacia, empenhando-se também em inúmeras causas sociais. O seu escritório de advogados, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, recebeu em estágio inúmeros jovens sabugalenses, que ali tiraram o seu estágio de advocacia. Foi fundador e dirigente da Casa do Concelho do Sabugal e era um homem que amava muito a sua terra e os seus conterrâneos.
plb

A parceria Portugal Rural apresentou em sessão pública o projecto de cooperação interterritorial no âmbito do Leader e do Subprograma 3 do Proder. O evento decorreu na Loja Portugal Rural, no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa e contou entre outros com a presença do ministro da Agricultura, António Serrano, dos representantes da Pró-Raia, António Robalo e Elsa Fernandes e dos deputados pelo círculo da Guarda, Carlos Peixoto e João Prata.

Portugal Rural - António Robalo - Presidente - Câmara Municipal Sabugal

A parceria Portugal Rural integra 12 associações com expressão a nível nacional – Pró-Raia, Adices (GAL coordenador do projecto de cooperação), Adae, Adelo, Adirn, Adruse, Atahca, Desteque, Leader Oeste, Pinhal Maior, Raia Histórica e Tagus – que se juntaram num espaço citadino situado no bairro de Campo de Ourique com o objectivo de promover e dinamizar a comercialização de produtos regionais nos grandes centros urbanos.
No dia 30 de Junho foi apresentado o projecto de parceria interterritorial Portugal Rural, no âmbito da Cooperração Leader do Subprograma 3 do Proder. Na estiveram presentes o ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, António Serrano, os deputados pelo círculo eleitoral da Guarda, Carlos Peixoto e João Prata e representantes das 12 associações integrantes da parceria. Pela Pró-Raia marcaram presença o presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, a vereadora da Câmara Municipal da Guarda, Elsa Fernandes, acompanhados de alguns técnicos. O Presidente da Câmara Municipal de Manteigas, Esmeraldo Carvalhinho, representou a Adruse – Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela que integra ainda os concelhos de Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Seia e Gouveia.
As boas-vindas de abertura estiveram a cargo do presidente da Adices, Atílio Nunes, e foram seguida da apresentação do projecto de cooperação Portugal Rural-Gal Parceiros. A cerimónia que contou com a degustação de produtos regionais de excelência foi antecedida pelo discurso do Ministro António Serrano que aproveitou para percorrer as bancas promocionais das 12 associações.
«Não venho aqui para fazer promessas mas não podemos esquecer as importantes acções destes grupos de actividade local» começou por dizer António Serrano num breve discurso. «Todos estes projectos e investimentos que implicam muito dinheiro devem ter como primeiro objectivo a criação de postos de trabalho e depois como factor de divulgação dos territórios do Interior. Peço a todos que intervenham nestes projectos com profissionalismo e muito responsabilidade e que alcancem altos níveis de execução», acrescentou ainda o ministro da Agricultura.
A estratégia a desenvolver encontra-se alicerçada em três níveis de actuação comuns e integrados: a intervenção nos territórios rurais de abrangência do projecto; a intervenção em ambiente urbano; e a intervenção promocional e comunicacional do projecto. Estas três áreas de actuação incidem, fundamentalmente, em quatro aspectos: promoção, comercialização, qualificação e sensibilização de públicos.
O projecto vai decorrer entre 2010 e 2013 e pretende desenvolver trabalho em cooperação para alcançar resultados num conjunto de mais-valias para os territórios abrangidos.
A loja Portugal Rural é um espaço moderno com uma montra de vidro que permite grande visibilidade do exterior, com expositores agradáveis à vista preenchidos com os sabores genuínos da produção portuguesa desde Trás-os-Montes até à Estremadura Oeste às portas de Lisboa.
Após percorrerem a loja os visitantes são surpreendidos com uma taberna (que apresenta excelentes vinhos) e um pátio interior ao ar livre. Uma larga escada em caracol leva à cave onde vai ser possível regalar a vista com produtos de artesanato português, ou melhor, do bom, genuíno e tradicional artesanato português.
Resta dizer que a loja do «Portugal Rural» (Rua Saraiva de Carvalho junto ao Café Canas) está a poucos metros de outro espaço «Verdes são os Campos» (Rua Coelho da Rocha junto à Casa Fernando Pessoa) que integra também em parceria a Pró-Raia e que está vocacionado para promover os aspectos turísticos regionais.
O mundo rural português vestiu-se com fato domingueiro de ir à missa e está a seduzir com muito charme no cosmopolita bairro de Campo de Ourique os sempre «esquisitos» clientes citadinos formatados por culturas e gastronomias do fast-food estrangeiro.
jcl

A parceria Portugal Rural apresentou em sessão pública o projecto de cooperação interterritorial no âmbito do Leader e do Subprograma 3 do Proder. O evento decorreu na Loja Portugal Rural, no bairro de Campo de Ourique, em Lisboa e contou entre outros com a presença do ministro da Agricultura, António Serrano, dos representantes da Pró-Raia, António Robalo e Elsa Fernandes e dos deputados pelo círculo da Guarda, Carlos Peixoto e João Prata.

GALERIA DE IMAGENS    –    PORTUGAL RURAL    –    30-6-2010
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar

plb

A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar

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A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar

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A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
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A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
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jcl

Nos últimos dias carros de bois colocam-se em círculo formando a arena onde touros de raça serão lidados numa luta entre homem e animal.

José Manuel Monteiro - «Largo de Alcanizes»Nos carros toros de árvores darão a estabilidade suficiente para que as gentes da terra e arredores se dependurem neles e participem na tourada.
O largo, onde ainda ontem garotos jogavam à bola, é hoje a praça da lide.
Pela manhã chegam os animais. A camioneta é acompanhada por um bando de garotada que entre medos e fascínios vai gritando e pulando de modo a que os touros de olhos grandes e língua de fora urrem e urrem deixando os putos ainda mais empolgados.
Na praça já o forcão marca presença. Aquele «instrumento» de lide característico das touradas das terras do Côa, será manejado pelos rapazes da terra emprestando a esta tourada as características próprias da garraiada arraiana.
Os touros são despejados dentro das paredes do castelo, onde permanecerão até hora da tourada. Coração apertado, sentia sempre o medo da fuga de algum animal.
Nas horas seguintes as pessoas iam-se amontoando nos carros de bois e eu sentava-me no telhado de minha casa, onde em segurança assistia à união do homem contra a natureza.
Confesso aqui, que aquela luta nunca me deixou tranquilo. Sei hoje que a razão estava no facto da lide ser feita no largo em frente da minha casa e ter medo da possibilidade de ser visitado por algum daqueles selvagens touros.
Anos mais tarde quando já jovens adultos percorríamos as aldeias nos dias de verão para ver as garraiadas, começando logo pela manhã pelo encerro, descobri e senti, que estas manifestações de cultura local faziam e fazem parte da nossa identidade.
E por fazer parte da nossa identidade e por ser importante divulgá-la a Casa do Concelho realizará em Lisboa a XXXII Capeia Arraiana, onde muitos sabugalenses, numa união de saberes e quereres, numa crença colectiva, demonstrarão que o que faz genuinamente parte das culturas locais vencerá todos os obstáculos e continuará a manifestar-se através dos tempos.
Por isso é importante participar.
«Largo de Alcanizes», opinião de José Manuel Monteiro

jose.m.monteiro@netcabo.pt

Apresentamos os cartazes alusivos às três primeiras edições da Capeia Arraiana no Campo Pequeno em Lisboa, organizadas pela Casa do Concelho do Sabugal, nos anos de 1978, 1979 e 1980.

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O primeiro cartaz, referente à Capeia de 4 de Junho de 1978, anuncia a novidade: «Acontecimento inédito em Lisboa». Em ilustração está uma fotografia captada numa tourada em Aldeia Velha, com o touro e os rapazes a pegar ao forcão em primeiro plano. Ao fundo vêm-se os espectadores nas calampeiras, formadas por carros de vacas carregados de lenha, à boa maneira das antigas touradas da raia.
Anuncia-se ainda que os touros são de uma «distinta ganadaria do Ribatejo», embora a mesma não surja identificada.
Em grande destaque está a referência à organização da Casa do Concelho do Sabugal e a colaboração dos Bombeiros Voluntários do Sabugal, a que não é estranho o facto desta primeira capeia se destinar a angariar fundos para os bombeiros. Aliás, os bombeiros foram sempre presença assídua nas várias edições da tourada de Lisboa.
O segundo cartaz anuncia a capeia de 2 de Junho de 1979, tendo como ilustração uma fotografia tirada na primeira capeia e um desenho com um forcão e um touro. Este segundo cartaz acrescenta informação pertinente acerca do que constará o espectáculo: «Desfile dos toureiros com alabardas. Formalidades do pedido da praça. Forcão e tamborileiro.»
O terceiro cartaz, referente à capeia do dia 31 de Maio de 1980, não tem fotografia, apresentando antes o desenho estilizado de um forcão com os pegadores a desafiarem um enorme touro negro. Também este cartaz, à semelhança do do ano anterior, faz referência, em letra pequena, ao que compõe o espectáculo.
Os três primeiros cartazes das capeias de Lisboa têm um formato comum, com dimensões também similares e todos encimados com a referência ao Campo Pequeno como local de realização do espectáculo. Todos os cartazes contêm em nota de rodapé o aviso de que os «convites» podem ser adquiridos antecipadamente na Casa ou na sede dos Bombeiros do Sabugal, ou também, no dia da tourada, na praça de touros.
plb

A sede da Casa do Concelho do Sabugal, na Avenida Almirante Reis em Lisboa, foi pequena para acolher todos os que quiseram estar presentes na sessão de fados ali realizada há 32 anos, na véspera da primeira Capeia Arraiana no Campo Pequeno.

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Seguimos editando fotos alusivas ao ano de 1978.
O dia 3 de Junho foi intenso para os sabugalenses que aderiram às iniciativas da então jovem Casa do Concelho do Sabugal. Durante o dia decorreu o habitual convívio anual, iniciado em 1975, com um grandioso piquenique no parque do Seminário dos Olivais, que juntou centenas de pessoas. À noite houve fados e guitarradas na sede da Casa. A sessão foi longa e vivida com abundante alegria. Os fadistas eram amadores e oriundos da nossa região e de Trás-os-Montes.
Nesse fim-de-semana intenso realizou-se ainda, no domingo de manhã, um encontro de futebol entre uma equipa da Casa e outra da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mas a maior iniciativa estava marcada para o domingo à tarde, na praça de touros do Campo Pequeno: a tourada com forcão, a que os organizadores chamaram Capeia Arraiana.
Numa das fotografias acima editadas pode ver-se o então presidente da Câmara do Sabugal, o Dr Lopes, de Vale de Espinho, que, acompanhado pelo vice-presidente da Casa, Adelino Dias, se dirige aos que nessa noite memorável foram assistir à sessão de fados.
plb

A Câmara Municipal de Lisboa integrou nas Festas da Cidade, que começam no final de Maio e se prolongam por todo o mês de Junho, as casas regionais sedeadas na capital, proporcionando-lhe a divulgação da gastronomia, artesanato e tradições das terras que representam.

A iniciativa «Casas Regionais em Lisboa» acontece na Praça do Rossio, entre os dias 28 e 30 de Maio. As associações aderentes ocuparão stands disponibilizados pela Câmara Municipal para ali divulgarem as suas regiões. Para além disso as Casas participantes garantirão a animação permanente do local através da actuação de ranchos folclóricos e grupos de danças e cantares.
Esta é a segunda edição de um evento, pela qual se recupera uma velha parceria existente entre as associações regionalistas e a Câmara Municipal de Lisboa por ocasião das festas da capital. Durante muitos anos realizaram-se jogos tradicionais e desfiles etnográficos, para além de outras actividades paralelas, que animaram a cidade, dando-lhe o colorido representativo das várias regiões de origem da sua população. Depois os jogos tradicionais deixaram de realizar-se e a participação das Casas nas festas tornou-se pouco expressiva. Porém agora, com o lançamento da iniciativa «Casas Regionais em Lisboa», a autarquia voltou a recuperar em pleno a sua ligação às associações regionalistas sedeadas na capital do país.
Participam na actividade 15 casas regionais, dentre as quais algumas das mais activas, como as de Ferreira do Zêzere, Arganil, Arcos de Valdevez, Ponte de Lima, Alvaiázere e Tomar.
A Casa do Concelho do Sabugal, que é considerada no meio do associativismo regionalista uma das mais dinâmicas, não está incluída na iniciativa, o que se deverá à realização da tradicional Capeia Arraiana no Campo Pequeno no dia 29 de Maio.
plb

Entende-se perfeitamente que a Capeia Arraiana de 29 de Maio impossibilite a participação da Casa do Concelho do Sabugal na iniciativa «Casas Regionais em Lisboa». O que porém não se compreende é que a Capeia Arraiana não tenha sido ela própria integrada nas Festas de Lisboa, ao contrário do que sucedeu noutros anos.
plb

A Casa do Concelho do Sabugal realiza no dia 29 de Maio, pelas 17 horas, a tradicional Capeia Arraiana do Campo Pequeno em Lisboa. Para além da divulgação e promoção da nossa tourada típica, o já histórico evento em Lisboa constituirá um momento de confraternização e de convívio entre os sabugalenses e amigos do concelho do Sabugal.

32.ª Capeia Arraiana - Campo Pequeno - Lisboa

A primeira Capeia em Lisboa realizou-se 4 de Junho de 1978, na Praça de Touros do Campo Pequeno. O grande promotor do acontecimento de há 32 anos (convém nunca esquecer quem deu origem às coisas) foi o Francisco Martins Engrácia, natural de Vila Boa. Ele, apoiado por um conjunto de sabugalenses radicados em Lisboa, tornou realidade o que muitos consideravam impossível: lidar touros com o forcão no santuário da tauromaquia nacional.
A capeia de 1978 realizou-se a favor dos Bombeiros Voluntários do Sabugal (a única corporação da altura no concelho), para quem reverteram os ganhos financeiros com a iniciativa. Não era porém fácil levar a efeito uma realização desta natureza, que constituía uma autêntica aventura, a qual a maioria tinha medo de assumir. Porém a força e o querer de alguns sobrepôs-se ao pessimismo da maioria e a iniciativa avançou com a garantia dos elementos da comissão organizadora de que se houvesse prejuízo ele seria inteiramente assumido pelos membros da comissão.
A primeira capeia arraiana em Lisboa foi um enorme sucesso, com a adesão de milhares de sabugalenses e seus amigos, que fizeram um glorioso desfile desde a sede da Casa, na Av. Almirante Reis, até à praça de touros. E a iniciativa não morreu moura, antes vingou e passou a marcar o calendário anual, realizando-se sucessivamente.
O Campo Pequeno acolheu quase sempre a iniciativa. Isso apenas não sucedeu em 1986, em que a tourada com forcão foi para a Monumental de Cascais, dados os custos de aluguer incomportáveis que o Campo Pequeno exigia. Houve também um período em que o Campo Pequeno esteve em obras e tiveram forçosamente que se encontrar alternativas. Foi assim que, do ano 2000 a 2007 a capeia correu outras praças e outras localidades, realizando-se em Vila Franca de Xira, Sobral do Monte Agraço, Fernão Ferro e Moita.
Nesse período as touradas eram sofríveis enquanto convívios, pois não conseguiam cativar tanta gente. Porém em 2008 a capeia voltou ao Campo Pequeno, recuperando o misticismo e reconquistando a aderência de milhares de pessoas, muitas delas vindo de propósito do Sabugal e de outros pontos do país, e até do estrangeiro, de onde provêm alguns emigrantes sabugalenses.
Este ano a Capeia, cujo cartaz está ilustrado com uma formidável pintura do artista plástico Alcínio Vicente, de Aldeia do Bispo, voltará com toda a certeza a ser um momento de grande jubilo para os sabugalenses.
No dia 29 de Maio, sábado, às 17 horas, o encontro está marcado no Campo Pequeno em Lisboa. A Banda Filarmónica da Bendada, o Rancho Folclórico de Vila Boa, os Tamborileiros de Aldeia da Ponte, integram a festa que terá o seu atractivo principal na corrida dos touros com o forcão, ao estilo e ao sabor da raia sabugalense.
plb

JOAQUIM SAPINHO

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