You are currently browsing the category archive for the ‘Malcata’ category.
«Feitura do carvão. Vi, claramente visto, o lume vivo.» Há cerca de oito dias o meu amigo Victor Fernandes, Presidente da Junta de Malcata, telefonou-me para me convidar a participar numa jornada que tinha a ver com a feitura do carvão, através da cepa da torga, ou canaveira, como por cá também se diz.
Fiquei, agradavelmente surpreendido, e logo comecei a orientar a vida de modo a que me fosse possível ir à simpática freguesia de Malcata onde somos sempre muito bem recebidos e bem estimados.
Cheguei por volta das 9.30 horas e alguém me disse que os «carvoeiros» já estavam para a serra. Fiquei um pouco embaraçado mas, de repente, apareceu-me o anjo salvador. O Rui Chamusco.
Passados dez minutos chegámos ao local onde cerca de duas dezenas de malcatanhos trabalhavam e outros iam servindo a jeropiga, dizendo que era para aquecer, já que o frio era mesmo de rachar.
Enquanto os mais entendidos iam retirando dos buracos o carvão que já estava feito e arrefecido outros circundavam uma outra fogueira onde estava a ser consumida uma grande quantidade de cepas.
Os mais entendidos iam ajeitando o lume de modo a que as cepas ficassem mesmo no ponto e, quando muito bem entenderam, começaram a escavar terra em volta do lume com a qual iam cobrindo e abafando as cepas que, por sua vez, se iam convertendo no apreciado carvão. Mas que arte, meus senhores! Sob o comando de um Senhor, já bastante maior, como dizem os espanhóis, mais dois ou três iam desenvolvendo as mais diversas tarefas também com as mais diversas ferramentas onde o enxadão é rei.
Já mesmo ao fim da manhã eis que chegava o Tó Peneira com o seu lustroso burro que havia de transportar as quatro sacas de carvão que estava pronto a ser consumido ou comercializado se fosse nos tempos de antigamente.
Por volta das 12.30 horas a maioria das pessoas chegavam à sede da associação onde já um grupo de voluntários e voluntárias tratavam do merecido almoço.
Logo que o burro foi descarregado chamaram todos os presentes para junto do balcão do bar poderem tomar um aperitivo. Num ambiente de pura e franca harmonia todas as pessoas bebiam e conversavam animadamente e o tema principal era mesmo o carvão.
Às 13.00 horas, tal como estava previsto, toda a gente se sentou à mesa onde foi servida carne em abundância acompanhada por um saborosíssimo arroz de feijão e couve que a Carla confeccionou. Parabéns, Carla, extensivos às outras moças que contigo trabalharam nas mais diversas tarefas.
Depois do café e copa e sob a orientação dos incansáveis – anfitriões – Vitor, Presidente da Junta e Rui Chamusco, Presidente da Associação, organizou-se o cortejo onde o burro, todo vaidoso, nos conduziu por várias ruas da Freguesia onde o acordeão do Rui e o pessoal dos bombos animaram toda a freguesia. Quem tem um Rui tem um Cristiano Ronaldo!
Confesso que fiquei maravilhado com esta festa do carvão que julgo ser merecedora de honras de televisão para que a ilustre e simpática Dina Aguiar pudesse divulgar através do seu muito apreciado programa «Portugal em Directo».
Mas para substituir as televisões – faltosas – surgiu o João Paulo e o irmão Tiago Cabral que com uma Câmara e uma máquina fotográfica fizeram um trabalho que prometeram meter em DVDs para que esta actividade possa ser divulgada porque, sinceramente, merece.
Parabéns a todos os malcatanhos quer tivessem ou não participado nesta inolvidável jornada!
Os nossos antepassados agradeceram.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
Ontem, domingo, dia 9 de Setembro, Malcata e Fóios cumpriram mais um dia de convívio, sob o pretexto do jogo de cartas designado por «Invido». Estes convívios acontecem, desde há quatro anos a esta parte, de forma alternada. As Juntas de Freguesia organizam e os jogadores correspondem sempre em grande forma.
A comitiva dos Fóios, transportada no autocarro da Câmara, chegou a Malcata por volta das 13 horas e era esperada pelos amigos anfitriões. Após os cumprimentos, no recinto do pavilhão da Junta e sede da Associação, todos os amigos entrámos na sala onde já uma mesa continha os mais diversos aperitivos.
Às treze horas e trinta minutos todas as pessoas foram convidadas a ocupar os lugares nas respectivas mesas onde lhes iria ser servida uma excelente feijoada que havia sido confeccionada pelo Abílio que é exímio cozinheiro nesta circunstâncias.
À medida que a feijoada ia sendo saboreada havia uns amigos malcatanhos que iam servindo a boa pinga e distribuindo uns piripiris ou animadores como por aqui os vamos designado.
No final da refeição, e antes do saboroso melão, foi-nos servido o tradicional e famoso queijo de Malcata que nos obrigou a beber mais um copo.
Por volta das 15 horas todos os convivas tomaram café e copa e alguns voluntários, num curto espaço de tempo, prepararam a sala para que o jogo do invido se pudesse iniciar. Foi muito bonito. As equipas, tanto de Malcata como dos Fóios já se conhecem e num ápice se sentam e iniciam os jogos de uma forma ordeira e pedagógica.
Enquanto uns jogavam o invido, outros amigos, fora da sala, jogavam o jogo da petanque e outros cantavam uns fados de cantar e embalar acompanhados pelos simpáticos executantes de viola José Lucas, de Malcata e do Maurício do Ferro. Foi, na verdade, uma sessão musical para todos os gostos.
Por volta das 19 horas o incansável Victor Fernandes, Presidente da Junta, convidava todos os convivas para se aproximarem das mesas onde estava preparado o lanche.
Foi durante este espaço de tempo que o pessoal mais se animou tendo Zé Leal dos Fóios e mais dois ou três ferrenhos cantadores de Malcata, puxado pelos galões, de famosos cantadores, a ponto de envolverem todos os convivas nos mais diversos números de música popular, portuguesa e espanhola.
De realçar a presença do Sr. Presidente da Câmara que fez questão de saudar todos os participantes. Felicitou-nos pelo simples e extraordinário convívio que soubemos organizar, e a que já se vai habituando, tal como disse nas frases que proferiu.
Como Presidente da Junta de Freguesia dos Fóios e interpretando o sentimento de todos os fojeiros que se dignaram participar, não posso deixar de agradecer aos amigos de Malcata a forma como mais uma vez nos receberam a ponto de já, neste momento, termos saudades do dia que hoje passámos.
Do povo dos Fóios para o povo de Malcata um abraço muito apertado.
O progresso também passa por aqui. É preciso fazê-lo. Deixar falar quem fala.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
Necessidades de povoamento ou políticas de fomento fizeram que frente a cada uma das aldeias portuguesas da orla raiana se erguesse uma outra de bandeira espanhola.
Restringiremos, obviamente a nossa indagação, ao limes sabugalense na sua actual formulação ou seja à língua de terra que do nosso lado vai de Batocas, pequeníssimo burgo anexo da também pequena freguesia de Aldeia da Ribeira, até Malcata.
E por Espanha, da salamantina Alamedilha à já carcerenha Vilamiel, a primeira encontra-se praticamente colada à Raia e das Batocas não distará mais do que meia légua.
Os casamentos mistos eram frequentíssimos e apoiados pela Igreja Católica que, gozando de grande autoridade moral e de não menor influência política, removia os possíveis óbices de ordem legal que se viessem a suscitar.
Aliás era na igreja paroquial de Alamedilha que os batoqueiros cumpriam os preceitos da Madre, que, segundo a doutrina, nos Céus está em essência, nomeadamente ouvindo missa inteira aos domingos e festas de guarda, confessando-se pela Quaresma, comungando pela Páscoa da Ressureição, mandando celebrar exéquias e ritos pelos defuntos e ausentes.
Era no seu manúblio que os mais senhoritos passavam as horas de sesta e os tempos de lazer. Era junto das modistas e bordadeiras locais que as batoqueiras se iniciavam nas práticas da costura. Como era aos peluqueros alamedilhos que sécias e peraltas recorriam para operações de alindamento que, em Portugal, só achariam lá para as bandas da Guarda. Era ainda ali que as donas de casa se dirigiam ou mandavam molinetes para artigos de primeira necessidade.
Comprar cerilhas se entretanto se haviam esgotado os fósforos, azeite, sal, umas mandrujas de escabeche, uma almotolia de azeite era o trivial e habitual.
Rumando para Sul, segue-se do lado português Aldeia da Ponte, e do espanhol Albergaria de Arganhã.
Uma e outra ficarão a cerca de meia légua da Raia. São duas povoações importantes. Ligava-as através do Vale de Todo o Lugar e da sua continuação um troço do Caminho de Santiago. Os espanhóis aproveitaram-no construindo, há mais de cem anos, uma magnífica estrada que do nosso lado não teve continuaçao. Também, a ferrovia da Beira Alta, início da Grande Linha que chega a Vladivostoque, devia passar por ali, muito melhor traçado do que o que deu Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro – o que foi impedido pelo Padre Paulo Chorão, rico terratenente e poderoso político, que temendo pelo corte de suas propriedades e a perdição de suas paroquianas, fez desviar o traçado inicial.
Aqui, tanto num povoado como no outro já havia comerciantes de alguma robustez.
Trata-se de freguesias com forte marca de monumentalidade religiosa, expressa no caso de Aldeia da Ponte por dois antigos conventos e uma densa teia de oradas.
O emparelhamento que se segue é Forcalhos-Casilhas de Flores, distando entre si cerca de duas léguas. Mas porque Casilhas está muito para dentro de Espanha, oito quilómetros sensivelmente de caminhos enlameados ou encharcados, os forcalheiros ou chocalheiros, como tamnédm se lhes chama, sentem-se mais atraídos por Albergaria ou Fuenteguinaldo, quando não Navasfrias, embora este burgo ainda salamantino seja par da Lageosa da Raia, distando-se também à volta de duas léguas
Aldeia do Bispo dista dois quilómretros da Fronteira e faz vida mercantil tanto com Navasfrias, povoado de que dista uma légua, como com Valverde del Fresno, que ficando três vezes mais longe goza da vantagem de se encontrar muito melhor provisionada.
Este Valverde é, por igual, o entreposto de Fóios, distando-se os dois burgos sensivelmente duas léguas. A povoação espanhola que lhe fica mais próxima é, todavia, Eljas, já carcerenha.
Mas o entreposto de Valverde domina como sucede ainda com Malcata.
Em toda aquela corda de povos, as relações vão muitas vezes para além da primeira linha, até para entrar em áreas de muito menor vigilância ou até já presunção de legalidade.
É o que sucede com Espeja, Puebla, Carpio, Pena Parda e Payo ou até Trevejo, San Martin, Vilamiel, Santo Estevao de Bejar.
O contrabando fazia-se por veredas e a corta-mato, mas mesmo à vista de Deus e do Mundo persistiram los caminos de herradura. E, como refere Clarinda de Azevedo Maia, in Os Falares Fronteiriços do Concelho do Sabugal e da Vizinha Região de Alamedilha e Xalma, o isolamento, o caracter montanhoso da região, aliados à pobreza do solo e à rudeza do clima, de nítida influência continental de Castela-Velha – inverno muitíssimo rigoroso, verão excessivamente seco e quente e grandes desvios de temperatura – ajudam a explicar toda uma vasta gama de entretecidas contratações…
«O concelho», história e etnografia das terras sabugalenses, por Manuel Leal Freire
Ontem, domingo, dia 17 de Junho, realizou-se mais um interessante convívio entre homens dos Fóios e de Malcata. O «invido» tem sido o pretexto, mas os horizontes vão-se alargando.
Tal como estava previsto os malcatanhos começaram a chegar aos Fóios por volta do meio-dia. Os fojeiros esperavam no largo da Praça e quando o grupo já era bastante significativo o Ti Quim Pagã fez questão de pagar uns aperitivos no bar do restaurante “Eldorado”.
O amigo Rui Chamusco pegou na concertina e muito simpaticamente começou por tocar o hino dos Fóios.
Quando as delegações das duas freguesias já estavam completas foi servido um vinho generoso no bar do centro cívico e usaram da palavra os dois presidentes de Junta para felicitar todos os presentes. Qualquer um dos presidentes disse que os jogos, tanto de cartas como da petanque, malha e raioula são importantes mas é absolutamente necessário que se vá muito mais longe sobretudo nos aspectos sócio-turísticos.
Quando os fojeiros se deslocarem a Malcata, no dia 2 de Setembro, irão usar o estradão que liga as duas localidades ao longo da fronteira. Este percurso mostra-nos um horizonte a perder de vista com paisagens absolutamente deslumbrantes.
Os elementos das duas Juntas de Freguesia combinaram uma reunião para que possam amadurecer a ideia das promoções turísticas através da serra das Mesas e da serra da Malcata. É urgente valorizar e dinamizar as potencialidades naturais com que a Mãe Natureza nos brindou.
Mas voltando ao encontro dos fojeiros e malcatanhos, o almoço teve lugar no pavilhão multiusos. Foi usado o assador das castanhas por ser polivalente e muito funcional. De uma só vez se assaram as sardinhas e as carnes para que todas as pessoas pudessem comer ao mesmo tempo.
Após o almoço fez-se a foto de grupo, junto do cruzeiro e, de seguida, organizou-se a ronda até ao largo da Praça, onde se localizam os bares e onde foi servido o café e copa.
A realização dos jogos do «invido» estava prevista para o pavilhão multiusos mas acabou por se realizar na esplanada do “Nosso Bar” visto que a grande maioria dos «viciados» haviam demonstrado alguma impaciência. As equipas foram constituídas por jogadores dos Fóios contra jogadores de Malcata mas, às tantas, já andava tudo misturado e o importante era jogar e tomar umas boas minis e uns tintinhos.
Por volta das 19 horas as duas delegações caminharam em ronda, que mais parecia uma procissão, até à casa do Amigo Lei Chão onde foi servido um lanche que acabou por servir de jantar visto que a maioria das pessoas já estavam algo impacientes, porque se aproximava a hora do encontro de futebol Portugal-Holanda, que acabou por nos ajeitar a jornada.
Foi um dia de convívio que culminou com essa importante vitória de Portugal.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
A Associação Transcudânia promoveu no concelho do Sabugal, Freguesia de Malcata, a exposição «Lince Ibérico: A sua história em Portugal».
A exposição pôde ser visitada entre os dias 23 de Março e 1 de Maio, no Forno Comunitário da aldeia de Malcata. Durante este período, cerca de duas centenas as pessoas visitaram a exposição, vindas de diferentes pontos do país (Porto, Coimbra, Aveiro, Elvas, Lisboa, Guarda, Setúbal e de várias freguesias do concelho do Sabugal) e da Europa, nomeadamente de Inglaterra.
Os responsáveis da Associação Transcudânia mostraram agrado face ao número de visitantes e ao interesse em conhecerem a história de um animal que está ligado à serra da Malcata e ao concelho do Sabugal. Revelaram estar espacialmente gratos aos parceiros que tornaram o evento possível no concelho, nomeadamente a Associação Cultural e Desportiva de Malcata e a Junta de Freguesia de Malcata, que acarinharam e dinamizaram o projecto, à ADES, que disponibilizou os cavaletes para os quadros, à Aldina Amândio, que elaborou os cartazes, e à Liga Portuguesa da Natureza, pela disponibilidade e profissionalismo com que orientou o projecto.
A Exposição «Lince Ibérico: A sua história em Portugal» regressará em breve ao concelho do Sabugal, para ser recebida pela Junta de Freguesia dos Fóios, entre os dias 26 de Julho e 24 de Agosto.
plb (com Transcudânia)
No primeiro fim-de-semana de Maio, dias 4, 5 e 6, vai realizar-se no concelho do Sabugal um encontro de agentes de viagem com o propósito de efectuar um levantamento das potencialidades turísticas da Região Beirã. (ACTUALIZADO)
O Encontro insere-se num Projecto de Desenvolvimento Turístico que visa promover e dar a conhecer as vertentes em que a região se destaca, sejam gastronómica, hoteleira, taurina, religiosa, histórica, paisagística e lúdica, entre outras.
O Encontro de Agentes de Viagem tem o seguinte Programa:
Sexta-Feira, 4 de Maio
21h00 – Chegada ao Sabugal com dormida no RaiHotel
Sábado, 5 de Maio
10h00– Visita guiada ao Museu Municipal e Castelodo Sabugal
11h30 – Porto de Honra na Casa do Castelo
12h30 – Partida para a aldeia do Casteleiro
13h00 – Almoço no Restaurante Gourmet Casa daEsquila.
15h00 – Visita guiada à Quinta dos Termos.
16h00 – Visita guiada a Sortelha. Actuação do Rancho de Folclórico de Sortelha. Lanche no Salão da Junta de Freguesia.
18h00 – Visita guiada à aldeia de Vila do Touro
20h00 – Jantar no restaurante O Pelicano
22h00 – Prova de vinhos Quinta dos Currais naCasa Villar Mayor. Prova de vinhos Gravato e Adega Cooperativa de CasteloRodrigo com Sessão de Fados de Coimbra.
24h00 – Chegada ao Sabugal com dormida no Hospedaria Robalo
Domingo, 6 de Maio
10h00 – Visita guiada às Termas do Cró.
11h00 – Visita às Casas Carya Tallaya.
12h30 – Visita ao Centro Histórico de Alfaiatescom passagem pelo Santuário de Sacaparte.
13h00 – Chegada Nascente do Côa.
13h30 – Porto de Honra noCentro Cívico de Fóios.
14h00 – Almoço no Restaurante Trutalcôa/Viveirodas Trutas.
A iniciativa está a ser organizada por pessoas interessadas em que o concelho do Sabugal progrida aproveitando o filão turístico.
Estão a prestar apoio a Câmara Municipal do Sabugal, Empresa Municipal Sabugal+, Juntas de Freguesia do Concelho, Casa de Turismo Rural de Villar Maior, Palheiros do Castelo, Casa Carya Tallaya, Casa da Villa-Turismo de Habitação/Sabugal, Vinhos Quinta dos Termos, Vinhos Gravato, Adega Cooperativa de Castelo Rodrigo, Caixa de Crédito Agrícola, Caixa Geral deDepósitos.
plb
As associações do concelho do Sabugal que celebraram protocolos com o Município para a manutenção de equipas de sapadores florestais, comprometeram-se a garantir o desempenho de funções por parte dessas equipas no quadro da gestão e da defesa da floresta.
Conforme o Capeia Arraiana já noticiou, a Câmara Municipal do Sabugal celebrou protocolos para a manutenção de equipas de sapadores florestais com as seguintes associações: Coopcôa, Acrisabugal, Assembleia de Compartes da Freguesia de Malcata, Conselho Directivo do Baldio dos Fóios, Comissão de Compartes da Freguesia de Aldeia Velha e Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários do Sabugal e do Soito.
As equipas de sapadores florestais terão de cumprir as suas tarefas dentro das exigências inerentes às suas funções específicas.
De acordo com a lei o sapador florestal é um trabalhador especializado, com perfil e formação específica para defender a floresta. Cabe-lhe, entre outras funções específicas, a limpeza da floresta, a gestão dos combustíveis decorrentes dessa limpeza, o acompanhamento da realização de fogos controlados e a realização de queimadas.
O sapador deve ainda exercer funções de sensibilização do público para as condutas que deve ter em matéria de prevenção, nomeadamente acerca do uso do fogo na floresta. Também tem funções de vigilância, neste caso em colaboração com a Guarda Nacional Republicana. Cabe-lhe fazer a primeira intervenção em caso de incêndio, assim como garantir as acções de rescaldo após a extinção dos fogos.
plb
A Câmara vai celebrar protocolos com cinco associações do concelho, renovando assim o apoio do Município às suas actividades de defesa do ambiente, que incluem a manutenção de equipas de sapadores florestais.
As associações que vão assinar os acordos com a Câmara são a Coopcôa, Acrisabugal, Assembleia de Compartes da Freguesia de Malcata, Conselho Directivo do Baldio dos Fóios e a Comissão de Compartes da Freguesia de Aldeia Velha.
Estas entidades associativas têm mantido ao longo dos últimos anos um esforço permanente, desenvolvendo actividades em prol da defesa e da valorização da floresta e do ambiente. O trabalho extremamente positivo que mantêm na sua actuação esteve na base da assinatura dos protocolos, que vigorarão por todo o ano de 2012 e na base dos quais se comprometem a manter essas mesmas actividades. Em contrapartida a Câmara concede apoio financeiro, na forma de subsídios, o que permitirá às associações a dar continuidade às actividades dos sapadores florestais, que de entre outras se inclui a limpeza da floresta e prevenção dos incêndios.
Os protocolos e o apoio concedido pelo Município têm por base o Regulamente de Apoio ao Associativismo Concelhio, que está em vigor deste meados de Outubro de 2011. O Regulamente prevê o apoio através de protocolos ou de contratos-programa, desde que se verifique o interesse local, a reciprocidade, a complementaridade de objectivos e a vontade das partes envolvidas.
A acção das associações em apreço enquadra-se na defesa da floresta e da valorização do ambiente.
plb
A construção do empreendimento «Projecto de Desenvolvimento Médico-Social & Habitacional» do grupo «Existence, SA» vai iniciar-se com a edificação da unidade hospitalar, a qual ficará instalada no perímetro urbano da aldeia de Malcata. A edificação das residências assistidas junto à albufeira fica para uma segunda fase. (ACTUALIZAÇÃO)
A falta de parecer positivo do Ministério do Ambiente para a implantação das «residências assistidas» numa zona próxima da albufeira, não impede que o projecto avance no que diz respeito ao complexo médico-social vocacionado para a instalação de serviços especializados de Alzheimer, Parkinson, Geriatria, Psiquiatria, cuidados continuados, tal como o previsto no projecto Ofélia Clube.
A unidade hospitalar será edificada à entrada da aldeia de Malcata, num terreno adquirido pelo promotor. O Capeia Arraiana sabe que o projecto de arquitectura e de especialidades deu entrada na Câmara Municipal e será em breve aprovado, de modo a que as obras se possam iniciar.
O complexo hospitalar terá capacidade a instalação de 720 camas, a que corresponderá a criação de 201 postos de trabalhos fixos, dentre médicos das diferentes especialidades, enfermeiros, pessoal auxiliar, seguranças, cozinheiros, pessoal de limpezas e dos serviços de aprovisionamento e manutenção.
As residências assistidas avançarão numa segunda fase, logo que a alteração ao Plano de Ordenamento da Albufeira receba o aval do Ministério do Ambiente.
No total serão investidos 45 milhões de euros em todo o projecto, o que fará do Ofélia Clube o investimento privado de maior dimensão que alguma vez aconteceu no concelho do Sabugal.
O projecto Ofélia Clube foi apresentado pela Câmara Municipal do Sabugal em Agosto de 2008, prometendo-se que o mesmo estaria concluído no prazo de dois anos. Mau grado o longo tempo que passou, já lá vão quase quatro anos, é sempre uma boa notícia o avanço de um empreendimento que muitos não acreditavam ir concretizar-se.
Esta notícia foi a «nossa» intrujice do «dia das mentiras». A peta do 1 de Abril é uma velha tradição da comunicação social e da sociedade portuguesa, a que este blogue tem aderido.
Fica reposta a verdade, negando que as obras do hospital previsto no projecto Ofélia Clube se irão iniciar.
Claro que esta mentira até poderia ser verdade, porque a construção do dito hospital está prevista para terrenos que não estão abrangidos pelas restrições impostas pelo Plano de Ordenamento da Albufeira. A mentira do avanço daquela obra é afinal a confirmação do embuste que é todo o projecto, pois o interesse do promotor é apropriar-se dos terrenos a «preço simbólico» (como de resto protoculou com a Câmara) para depois os vender a preço de mercado.
plb
Exposição temporária de banda desenhada sobre o «Lince Ibérico» no Forno Comunitário da freguesia da Malcata.
Promovida pela Liga para a Proteção da Natureza(LPN), está em exposição temporária, no Forno Comunitário de Malcata, a Banda Desenhada sobre o Lince Ibérico, que faz parte do Projeto «Life Habitat Lince/Abutre».
A exposição poderá ser visitada até ao dia 15 de Abril, nos seguintes horários: dias da semana das 15.00h às 17.00 horas, sábados e domingos das 14.00 às 18.00 horas.
Esta mostra destina-se em geral a todo o público, e particularmente às escolas, com o objectivo de sensibilizar os visitantes para a defesa e protecção desta espécie animal em via de extinção.
A dupla de autores são nomes consagrados, a saber: José dos Santos Garcês, ilustrador e pintor português, um dos mais notáveis autores da banda desenhada; e Bruno Pinto, biólogo e especialista em biodiversidade, nomeadamente em programas relacionados com o Lince.
Esta exposição em Malcata deve-se particularmente ao Ricardo Nabais e à Mafalda Pereira, da associação Transcudânia, que a descobriram na Exponor, e que depois de contatarem a Associação Cultural e Desportiva e a Junta de Freguesia de Malcata providenciaram para que a mesma se pudesse realizar. A eles um muito obrigado dos malcatanhos!
E já agora, a todos as que a visitarem, uma recomendação: Tenham «olho de lince»!…
Caminhada na Serra da Malcata
A Transcudânia – Associação Cultural do Concelho do Sabugal promove no dia 25 de Março a caminhada «Saída Patada da Mula» (Serra da Malcata) com inscrições obrigatórias até 20 de Março.
A organização explica que este será um «percurso pedestre pelo trilho da Patada da Mula, pela Serra da Malcata, onde se pode observar a fauna e a flora e a bela paisagem da Serra».
Ponto de encontro: entrada Norte da aldeia do Meimão, às 9:00 horas de domingo, 25 de Março.
O que levar: almoço volante, água, calçado apropriado para caminhadas, binóculos e câmara fotográfica
Preço: 3 euros para não sócios; gratuito para sócios.
Contactos: Telem: 91.790.64.06; email: transcudania@gmail.com
Rui Chamusco
Manuel Rito Alves, ex-presidente da Câmara Municipal do Sabugal e actual deputado municipal, aceitou o convite da Associação de Freguesias da Raia Sabugalense para ser o seu delegado executivo. Transcrevemos um comunicado que nos chegou dessa Associação de Freguesias, que reúne Aldeia da Ponte, Aldeia do Bispo, Aldeia Velha, Alfaiates, Foios, Forcalhos, Malcata, Nave, Quadrazais e Vale de Espinho.
«A Direcção de AFRS (Associação de Freguesias da Raia Sabugalense) no uso das suas competências estatutárias convidou Manuel Rito Alves para seu Delegado Executivo.
Após algumas conversas sobre objectivos prioritários a prosseguir e meios mínimos necessários ao exercício do cargo alargadas aos Presidentes de todas as Freguesias envolvidas, houve acordo entre as partes.
Assim, desde o dia 1 de Fevereiro de 2012 o Sr. Manuel Rito Alves é o Delegado Executivo desta Associação, exercendo o cargo sem remuneração, com telemóvel da Associação, sendo ressarcido das despesas com deslocações e eventuais refeições e estadias que efectue no exercício do cargo, ou por causa dele, o que a Associação nesta fase de arranque muito agradece.
A Associação dispõe também, desde essa data, graças à colaboração da Sabugal+ E.M. e com o beneplácito da Câmara Municipal, de um balcão de atendimento no Centro de Negócios Transfronteiriços, no Soito, o que também agradece.»
plb
Cumprem-se três anos sobre o anúncio do empreendimento Ofélia Club, que prevê a construção em Malcata de um complexo de «Residências Turísticas Assistidas» e uma unidade hospitalar, através da empresa Existence SGPS SA, detida pelo tunisino Hamdi Benchaabane e o português António Reis. Sigamos este estupendo negócio que envolve dinheiros públicos.
Para cativar um alegado investimento de 45 milhões de euros o Município sabugalense protocolou ceder 40 hectares, correspondentes ao espaço de recreio e lazer e a parte do espaço de protecção complementar, previstos no Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal (POAS). Acordou-se ainda isentar a Existance de taxas e licenças de construção, bem como de alvará de loteamento.
A Câmara tratou de adquirir os terrenos necessários, após negociação com os proprietários, e solicitou uma alteração ao POAS para que o projecto tenha espaço de implantação.
Chegados aqui, seguir-se-á a venda dos terrenos à Existance, a preço simbólico. Depois a empresa dividirá o espaço em lotes, onde instalará casas de madeira, prefabricadas, que venderá à sociedade financeira FUNDBOX SGFII SA, detentora e gestora de fundos de investimento imobiliário, prevendo-se também a venda a particulares. Para a exploração do empreendimento, a mesma Existance alugará os espaços aos ditos fundos imobiliários e aos particulares, passando a pagar-lhes uma renda. A Existance ficará a gerir o «aldeamento» instalando aí os clientes, mediante cobrança.
Escalpelizemos os termos do negócio, colocando valores supostos e exemplificativos: a Câmara compra os terrenos a 100 e vende-os por 1 à Existance, que por sua vez vende por 200 à sociedade financeira.
Estamos, é bom de ver, perante um negócio fantástico, que significa para Hamdi Benchaabane e António Reis o encaixe de uma choruda mais-valia imobiliária. O trato também é bom para o fundo imobiliário, que assim soma património que potenciará a venda de subscrições.
Dir-se-á que, mau grado o negócio particular subjacente, o concelho ganha um empreendimento turístico que criará emprego. Mas a questão é que não existe qualquer garantia de que o investimento venha ser realidade. A cláusula protocolada para o caso de incumprimento, da reversão dos imóveis e o recebimento de indemnização em dobro do preço de aquisição dos terrenos por parte do Município, de nada valerá, uma vez que os terrenos serão vendidos ao fundo imobiliário, deixando, portanto, de ser propriedade de quem se comprometeu com a edilidade.
A Existance lançou projectos similares por todo o território nacional, tentando cativar várias câmaras municipais: Portimão (585 camas), Lagos (800), Albufeira (620), Vila Franca de Xira (360), Palmela (3.468), Vila Real (240), Arganil (140), Figueira da Foz (110), Abrantes (1.045), Castelo Branco (2.040), Belmonte (720), Guarda (130), Sabugal (1.088). Sucessivamente, os municípios envolvidos vão dando conta dos reais termos do negócio, e não o aceitam. No Sabugal, porém, o projecto vai de vento em poupa e anuncia-se a sua concretização para breve
Se a construção do empreendimento e a sua exploração comercial interessam de facto à Existance, e se isso é bom para o concelho do Sabugal, então seja outro o compromisso da Câmara Municipal: conceda-se o usufruto dos terrenos por longo tempo, de graça ou por um aluguer simbólico, mas não se caia na «esparrela» de transferir a propriedade dos mesmos para a dita empresa, proporcionando o tal fabuloso negócio imobiliário à conta da ingenuidade (ou não) de quem gere os dinheiros públicos.
«Contraponto», opinião de Paulo Leitão Batista
leitaobatista@gmail.com
A Festa da Carqueja voltou a organizar-se nos dias 14 e 15 de Maio, na aldeia de Malcata, concelho do Sabugal. Carlos Lopes, campeão olímpico de atletismo, foi a figura marcante de uma festa onde os candidatos às eleições legislativas também compareceram.
Foi um fim-de-semana de grande actividade numa das aldeias mais típicas do concelho do Sabugal. A luta pela preservação da memória e pelo reviver das tradições fê-la lançar-se na organização de uma iniciativa valorizadora. A carqueja é um bom cartaz, porque a serra tem essa planta brava que floresce na primavera, dando uma beleza especial aos campos que rodeiam a aldeia.
Na tarde do dia 14 houve um workshop, que incluiu uma palestra de Carlos Lopes. Já em plena noite tiveram lugar provas de atletismo e de BTT, que juntou muitos participantes.
Na manhã do dia 15 o povo foi em cortejo para a serra, para o Espigal, lugar onde a flor amarela da carqueja cria um ambiente encantador. Foi celebrada uma missa campal, seguida de almoço e de convívio entre os presentes. Já na aldeia o dia acabou ao som do acordeão dos afamados «tocadores» Eugénia Lima, Catarina Brilha e José Cláudio.
Como estamos em tempo de pré campanha politica para as eleições legislativas de 5 de Junho, os candidatos já andam na estrada, e, estando atentos a tudo o que junte gente, alguns também foram até Malcata.
No dia 14 à noite foi Paulo Campos, cabeça-de-lista do PS pelo círculo eleitoral da Guarda, que apareceu com a sua comitiva na festa da Carqueja, tendo participado na prova de atletismo. Paulo Campos aproveitou para ladear o campeão Carlos Lopes, como se vê na fotografia.
No dia seguinte, ao final da tarde, foi a vez de Manuel Meirinho, cabeça-de-lista do PSD pela Guarda, se dirigir a Malcata, onde assistiu à actuação dos acordeonistas, vindo da sua terra, o Soito, onde nesse dia fez o lançamento da campanha. Também Manuel Meirinho posou para a foto com o campeão Carlos Lopes.
A Festa da Carqueja é uma das grandes iniciativas que acontecem no concelho do Sabugal, e que tem especiais potencialidades para se manter no calendário anual. Em cada nova edição vai crescendo em dinâmica e em qualidade, atraindo gente e divulgando a aldeia e o concelho do Sabugal.
plb
A Junta de Freguesia de Malcata pretende candidatar ao Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) a recuperação do antigo quartel da Guarda Fiscal, o qual passará a servir de apoio para actividades desportivas e para centro de exposição de produtos locais.
O presidente da Junta de Freguesia, Vítor Manuel Fernandes, solicitou à Câmara Municipal o reconhecimento de interesse do projecto para as populações e para a economia local, tendo em vista a sua candidatura ao programa de financiamento PRODER. Na reunião de 30 de Março, o executivo deu parecer favorável à pretensão do autarca malcatense, estando agora o assunto agendado para ser analisado na Assembleia Municipal, que reunirá hoje no Sabugal.
A recuperação do edifício tem por objectivo adaptá-lo para receber a exposição de produtos locais, bem como para servir de apoio aos praticantes de desportos, como caminhadas, passeios de bicicleta e para os que pretendam fazer actividades aquáticas na barragem. O local poderá servir de balneário, e de espaço para guardar roupa e de outros haveres por parte de turistas e desportistas.
O edifício terá também uma sala onde poderão ser expostos produtos e servidas provas gastronómicas ou refeições ligeiras.
O projecto de arquitectura mantém a traça original do edifício, melhorando contudo o seu interior. O mesmo projecto foi já submetido à análise dos serviços técnicos do município, que o aprovaram.
Escolas, postos da Guarda Fiscal e da Guarda Nacional Republicana e outros serviços públicos desactivados nas aldeias, vêm sendo sucessivamente aproveitados para a instalação de outros serviços de interesse local, como sede de associações, centros de dia, museus e salões de convívio.
plb
Cerca de 30 jovens de Portugal e Espanha realizaram nas últimas semanas uma catalogação de bens materiais e imateriais de várias localidades fronteiriças da região do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Douro-Duero. O projecto, denominado «Observatório para a Promoção Cultural do Eixo Duero-Douro», pretende segundo os promotores ajudar a preservar o património cultural e social da região para as novas gerações.
Jose Luis Pascual, alcaide de Trabanca e presidente do Agrupamento, explicou que se quer «resgatar do esquecimento» uma parte «muito rica do património, numa das fronteiras mais antigas da Europa». Permitirá ainda contribuir para a formação como agentes culturais dos jovens espanhóis e portugueses participantes, explicou. O projecto vai permitir a recompilação da informação relativa a festas, costumes, património arquitectónico, gastronomia, personagens, jogos, mapas ou construções de uma dezena de municípios dos dois lados da fronteira.
A documentação foi depois digitalizada em várias páginas web, uma por cada município, permitindo que a informação «esteja disponível para todos e se possa conhecer em qualquer parte do mundo», explicou Pascual.
Em concreto o projecto abrangeu as localidades portuguesas de Sortelha, Vila do Touro, Malcata, Miranda do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Numão e Freixo de Espada à Cinta e do lado espanhol Almaraz de Duero, Cabeza de Caballo, Espeja, Trabanca e Villaseco de los Reyes.
aps (com agência Lusa)
O Município do Sabugal decidiu renovar o protocolo que mantém com a Associação Sócio-Terapêutica de Almeida (ASTA), relativo a três jovens portadores de deficiência que frequentam a instituição sedeada na Cabreira do Côa.
O protocolo existente tem assegurado a integração dos utentes, que recebem o devido apoio da instituição, cujo experiência está suficientemente comprovada pelo já longo historial e reconhecimento público que lhe vem sendo conferido.
Um dos jovens é do Peroficós e desloca-se diariamente para a instituição, de onde dista poucos quilómetros. Os outros dois jovens são da Abitureira e de Malcata, pelo que, sendo mais longe, a deslocação é feita semanalmente. As despesas com as viagens são suportadas pela Câmara Municipal do Sabugal, nos termos do protocolo celebrado.
A ASTA é uma das associações de apoio terapêutico mais reconhecidas a nível nacional, tendo recebido inúmeros prémios e notas de louvor pelo excelente trabalho que vem desenvolvendo. Muitas pessoas ligadas ao concelho do Sabugal participam com trabalho voluntário nas actividades da associação e apoiam a s suas iniciativas.
Para além do apoio terapêutico e educacional aos deficientes, a associação desenvolve iniciativas de carácter cultural e social, sempre em interacção com a comunidade em que se integra, o que tem contribuído decisivamente para o largo prestigio que acumulou.
plb
O investidor do projecto «Ofélia Club», a realizar em Malcata, prometeu à Câmara Municipal do Sabugal a apresentação do projecto definitivo na primeira semana de Dezembro de 2010.
A Câmara Municipal continua o processo de aquisição de terrenos em Malcata tendo em vista a implementação do projecto de investimento. Porém têm sido inúmeros os problemas criados com as avaliações, nomeadamente por disparidades nos registos matriciais e de problemas entre herdeiros. Os habitantes da aldeia de Malcata, vão mostrando sinais de impaciência, face a uma novela que parece não ter um fim à vista.
Fala-se em projecto falhado e pedem-se explicações à Junta de Freguesia e à Câmara Municipal.
O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, disse na reunião de 27 de Outubro, realizada precisamente em Malcata, que o processo estava a seguir os seus procedimentos legais, e que tinha sido prometido pelo investidor que o projecto definitivo iria ser entregue nos serviços municipais até à primeira semana de Dezembro.
Surgem porém fundadas dúvidas acerca da real capacidade para o empresário sabugalense António Baltazar Reis, de 60 anos, para concretizar o investimento a que se propôs. A empresa «Existance SA», que se apresentou com líder do processo, falhou noutros concelho do país, onde apresentou projectos similares.
O projecto «Ofélia Club» foi apresentado em 26 de Setembro de 2008, pelo então presidente da Câmara Municipal do Sabugal Manuel Rito Alves, como um investimento de grande impacto que iria avançar rapidamente. Iniciou-se de seguida o processo da compra de terrenos em Malcata, junto à albufeira da barragem, mas nada se avançou quanto à concretização da construção do complexo de saúde e lazer.
plb
Sábado, dia 6 de Novembro, levantei-me cedo com a intenção de me deslocar ao Sabugal para participar na feira dos produtos locais e poder também regalar os olhos e a alma com as provas de atletismo que durante a manhã animou e deu vida à cidade do Sabugal.
Saí dos Fóios, acompanhado de mais três amigos, às 9,30 horas e passados vinte minutos entravamos no mercado municipal onde alguns funcionários da Empresa Sabugal+ davam os últimos retoques na exposição dos mais diversos produtos agrícolas que o público começava a contemplar.
Às 11 horas dirigi-me para junto do edifício do tribunal onde se concentravam largas centenas de atletas que sob a orientação do incansável Natalino Teixeira, do Baraçal, se organizavam e tomavam posição à espera que o Presidente do Município, António Robalo, desse o sinal da partida.
Confesso que nunca tinha estado tão perto dos atletas e da organização. Apreciei e admirei o pulso e a dinâmica do Natalino que muito bem coadjuvado pelo seu amigo e colega Major Almeida, da GNR, constituíram uma dupla digna do reconhecimento dos atletas e do público em geral.
Por volta das 15 horas desloquei-me a Malcata onde sabia que a Junta e a Associação também estavam envolvidas em actividades relacionadas com a micologia e as castanhas. Tive oportunidade de contemplar a exposição dos cogumelos que embora não tivesse muita quantidade tinha, por certo, bastante variedade.
Enquanto, com alguns amigos, fazíamos um brinde, com a saborosa jeropiga, o Sr. Eng.º António Borges, organizava a exposição e o Abílio confeccionava o caldudo.
Por fim tomámos mais um copo, no bar Camões, com alguns dos amigos que haviam jogado o envido nos Foios e em Malcata e que já falam em novos encontros. Parabéns Malcatenhos!
Não me resta qualquer dúvida de que estas actividades deveriam merecer o reconhecimento e o aplauso de todos.
Fazer coisas é muito importante e ainda que algumas saiam menos bem não há razão para deixarmos de fazer outras. Temos que ser persistentes e ter consciência de que com os erros também se aprende.
O progresso e o desenvolvimento também passam por estas actividades.
A Câmara e a Empresa Sabugal+ estão de parabéns.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
No Dia Mundial do Turismo os deputados do Partido Socialista eleitos pelos distritos de Castelo Branco e da Guarda apresentaram na Assembleia da República um requerimento para obter o aproveitamento turístico das casas da natureza que estão ao abandono na Reserva Natural da Serra da Malcata. O documento foi endereçado ao secretário de Estado do Ambiente, secretário de Estado do Turismo e ministra do Trabalho e da Segurança Social.
Quase 30 anos depois da sua criação legal, a Reserva Natural da Serra da Malcata identifica-se cada vez mais como um potencial centro de Turismo Rural e de Natureza, assumindo assim uma grande importância, para o país e para uma região que procura apostar no turismo como uma das poucas opções de futuro e de fixação de populações.
Depois de vultuosos investimentos feitos nos anos 90 do século XX, as casas abrigo, integradas na Reserva Natural da Serra da Malcata, bem como as instalações-sede da reserva, possibilitam o alojamento de turistas em instalações muito bem enquadradas
e que permitem uma visita única a uma das reservas europeias mais rica em termos de biodiversidade (aliás considerada em 1987 como Reserva Biogenética do Conselho da Europa).
Numa visita recente à Reserva pudemos verificar o potencial das casas abrigo – sem uso mas em aparente bom estado de conservação – e das quais se juntam fotos (casa do Major e casa da Ventosa).
Todavia este tipo de alojamento não está a ser aproveitado, nem está licenciado (conforme é referido no portal do ICNB). Aqui.
Esta situação pode ser uma oportunidade para não só dotar aquela região de mais algum alojamento como pode ser considerada como um potencial de parceria entre serviços públicos que desta forma – e sem grandes acréscimos de custos – podem oferecer aos portugueses mais turismo aliás de características praticamente únicas no continente europeu.
Acresce a existência na serra da Malcata (junto à casa da Ventosa) de uma pista de aviação – actualmente utilizada apenas no combate aos incêndios – a qual pode ser também uma mais-valia num tipo de turismo cada vez mais procurado mas sempre em respeito da natureza.
A Fundação INATEL (que em Portugal tem um papel decisivo no turismo social) tem hoje na sua rede alguns equipamentos com estas características (nomeadamente no distrito de Bragança) e que são um bom exemplo no aproveitamento do turismo no Interior do país.
Independentemente do tipo de solução que se encontre para aquelas casas parece-nos contudo que a actual situação (de não aproveitamento e de praticamente abandono) é inaceitável pelo que apelamos a um entendimento entre os serviços públicos com potencial intervenção nas áreas do turismo e do ambiente e com a colaboração – sempre necessária –
das autarquias envolvidas.
Jorge Seguro Sanches
(Deputado do Partido Socialista pelo distrito de Castelo Branco)
As três casas florestais de abrigo da Reserva Natural da Serra da Malcata foram recuperadas na década de 90 do século passado para serem utilizadas para turismo. Em 2010 estão fechadas e com os equipamentos a degradarem-se.

Há cerca de 50 anos foram construídas duas casas florestais na área geográfica de Fóios e uma na área de Quadrazais, no concelho de Sabugal. As referidas casas foram habitadas por guardas florestais, com as respectivas famílias, durante uma dezena de anos. Os guardas tinham por missão fiscalizar as áreas de baldio que haviam sido florestadas. Nessa altura havia muitos pastores em toda a zona e era necessário e conveniente que as cabras não entrassem nas áreas florestadas.
Depois das árvores se terem desenvolvido, e quando o gado já podia entrar nas respectivas áreas, e também porque era desumano terem essas famílias a cerca de quatro ou cinco quilómetros dos povoados, os Serviços Florestais deixaram as casas ao abandono.
No princípio da década dos anos 90, altura em que Eng.º Renato Costa foi Director da Reserva Natural da Serra da Malcata e, sob proposta dele, o ICN adquiriu, aos Serviços Florestais, as três casas, tendo conseguido, através da aprovação de um projecto, uma verba que foi muitíssimo bem aplicada. As casas foram, na verdade, muito bem recuperadas e equipadas para a prática do turismo. Acontece, porém, que entretanto o Sr. Eng.º Renato Costa foi substituído e os directores vindouros nunca manifestaram grande interesse em alugar as casas, para a prática do turismo, muito embora a procura seja enorme.
Para que serviu o dispêndio da verba em causa se as casas continuam igualmente fechadas e com os equipamentos a degradarem-se? É de bradar aos céus. Somos, de facto, um País que nem se governa nem se deixa governar. A quem interessará que as casas continuem fechadas e abandonadas? É, na verdade, um crime de lesa Pátria.
Numa altura em que tanto se fala em turismo rural, e vindo tantos grupos para esta bonita zona raiana, não haverá alguém que consiga dar uma ordem e pôr as coisas no devido lugar?
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
Invasões Francesas, Liberalismo e República, muito se tem falado este ano sobre estes acontecimentos históricos. Para o ano, aqui no nosso Concelho, iremos comemorar os 200 anos sobre a batalha do Gravato, que se travou aqui bem perto da cidade do Sabugal, na margem direita do Côa em 3 de Abril de 1811.
Acredito que a Câmara Municipal do Sabugal e a Junta de Freguesia também do Sabugal, não irão deixar passar esse dia, sem pelo menos, singelamente, homenagear todos aqueles que participaram nesse combate. Aliás, tanto a Câmara como a Junta, já nos habituaram durante o período democrático de trinta e seis anos, a honrar este povo e a sua história.
No nosso Concelho não foi só a batalha do Gravato que marcou a passagem dos exércitos franceses. Aldeia da Ponte, Soito e Quadrazais, ficaram quase em ruínas, as terras agrícolas junto a Malcata foram saqueadas, levando os seus produtos e, queimando as matas.
Este Artigo é para quem o ler, é público, mas vou escrever agora para todas as mulheres e homens do nosso Concelho que estão dedicados à causa pública, aquelas e aqueles que nós eleitores, democraticamente pusemos no poder.
A história do nosso Concelho confunde-se com o Mundo, o há bem pouco tempo falecido Tony Judt, o historiador mais lúcido da Social Democracia, no seu volumoso livro intitulado Pós-Guerra, a história da Europa desde 1945, diz o seguinte numa das suas páginas: «Num município português, Sabugal, no norte rural, a emigração reduziu a população local de 43.513 em 1950 para unicamente 19.174 trinta anos depois». Isto faz parte da história da Europa. As carências de toda a ordem obrigaram a partir, a responder à chamada de De Gaulle, milhares de habitantes do Concelho.
Todas as manhãs bem cedo, antes de ir para o trabalho, vou beber um café, quem se cruza comigo a essa hora também a caminho do trabalho? Búlgaros, ucranianos e sérvios. Quem me serve o café? Uma romena. O Sabugal e o seu Concelho também foram apanhados pela onda de choque causada pela queda do Muro de Berlim, a história está novamente presente.
Falei somente um pouco da história contemporânea, por uma questão de disciplina de espaço.
Presentemente o que poderá acontecer? Há quem por razões comerciais, interesses espúrios e sórdido autocentrismo, poderá querer apoderar-se da história do nosso Concelho, porque nesta sociedade em que infelizmente vivemos, predomina mais o consumo do que a cultura e o consumo traz lucro e prestigio social, a partir daí a história poderá ser deturpada, se com isso alguém tirar dividendos económicos ou políticos. Esta época é cínica, perdeu todo o pudor e guia-se por essa lei do tudo é permitido, para isso lá estão os «mass media» e a publicidade.
Termino com um apelo aos eleitos, não deixem privatizar a história do nosso Concelho.
E nós, cidadãos, não podemos ser uma massa amorfa e manipulável, temos uma história a defender. Eu, já a estou a defender.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
Foi constituída, no dia 28 de Julho de 2010, a Associação de Freguesias da Raia Sabugalense (AFRS), que inclui Aldeia da Ponte, Aldeia do Bispo, Aldeia Velha, Alfaiates, Foios, Forcalhos, Malcata, Nave, Quadrazais e Vale de Espinho.
Há já algum tempo que os Presidentes de Junta iam promovendo encontros com vista à criação da AFRS. A uma determinada altura os presidentes entenderam por bem contactar com o advogado Victor Coelho para que ele, na qualidade de jurista, pudesse dar os passos necessários e convenientes tendentes à constituição da associação.
o acto aconteceu num ambiente onde se respirava um ar de felicidade visto que, ao fim de bastantes reuniões, com avanços e recuos, se pôde sentir que afinal valeu a pena.
Após conclusão da escritura os presidentes das respectivas Juntas marcaram uma reunião, para as 21 horas do dia seis de Agosto, na freguesia de Alfaiates, onde a AFRS vai ter a sua sede.
Nesse dia serão debatidos todos os aspectos formais e logísticos e no mês de Setembro associação estará em condições de poder fazer a apresentação, às mais diversas entidades, aprovar o regimento e elaborar o plano de actividades.
O ditado diz que uma caminhada começa num simples passo e nós, presidentes de junta das freguesias acima mencionadas, temos plena consciência de que já iniciámos a caminhada. O caminho é longo e sinuoso mas a vontade de podermos inverter a tendência da desertificação é enorme.
Todos temos plena consciência de que nas nossas freguesias todos anos morrem, em média, dezena e meia de pessoas e a maioria dos jovens partem para outras paragens visto que por cá os empregos são muito raros.
Sabemos que também teremos que ser unidos, acutilantes e ambiciosos. Todos temos consciência de que nada cai do céu. Entrámos em campo pelo que é necessário correr, sofrer e lutar até suar a camisola. A tudo isso estamos dispostos. Este é o ânimo do momento e queremos que prevaleça.
Também nos anima o facto de sabermos que temos uma Câmara e um Governo Civil dispostos a colaborar connosco, nos aspectos mais gerais. Não temos qualquer dúvida de que o Município do Sabugal, na pessoa do seu Presidente, Eng.º António Robalo, e o Governo Civil, na pessoa do Sr. Governador, Dr. Santinho Pacheco, são os nossos principais parceiros e aliados. É absolutamente necessário e conveniente que técnicos e políticos estejam dispostos a trabalhar connosco.
Também não nos deveremos esquecer de que as nossas freguesias são membros de pleno direito do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial – AECT Duero / Douro. Apenas Vale de Espinho não havia aderido mas o actual executivo está na disposição de também poder vir a integrar o AECT.
Com determinação e perseverança havemos de fazer um bom trabalho em prol das freguesias que representamos.
Para terminar pretendo reconhecer e agradecer a boa vontade, compreensão e empenho das seguintes pessoas: Dr.ª Paula Lemos, notária, sua ajudante Anabela, Dr. Victor Coelho e Ismael, Presidente de Junta dos Forcalhos.
O lema é: «Alma até Almeida». Todos ao forcão!
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
Durante o mês de Julho o Comando Territorial da Guarda da GNR levou a o concelho do Sabugal diversas acções de sensibilização sobre o tema «Prevenção de riscos de incêndio».
As acções ministradas pelos militares da GNR aconteceram nas freguesias de Rendo (dia 5), Malcata ( dia 7), Aldeia Velha (dia 10), Forcalhos (dia 12) e Pousafoles do Bispo (dia 14). Todas as acções aconteceram pelas 21 horas.
A Câmara Municipal de Sabugal e as Associações Humanitárias dos Bombeiros de Sabugal e Soito colaboraram com o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana, na execução das acções.
Nas várias iniciativas estiveram presentes cerca de 80 pessoas, que o SEPNA procurou alertar sobre os condicionalismos presentes no Decreto-Lei 124/2006, republicado pelo Decreto-Lei 17/2009, nomeadamente no imperativo de não usar qualquer tipo de fogo no período crítico (1 de Julho a 15 de Outubro), obrigatoriedade de efectuar limpeza de uma faixa de terreno com 50 metros à volta de edificações fora dos aglomerados populacionais e, caso esteja previsto no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, efectuar limpeza de uma faixa de terreno com 100 metros à volta dos aglomerados populacionais.
Nos espaços rurais (terrenos agrícolas e florestais) há ainda a obrigatoriedade de dotar os tubos de escape ou chaminés de dispositivos tapa-chamas e de dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas, devendo ainda os veículos ou máquinas estar equipados com um ou dois extintores de seis quilos, de acordo com a sua massa máxima, consoante esta seja inferior ou superior a 10 toneladas.
A GNR procurou reforçar junto desta população o seu papel informativo e pró-activo para além do papel sancionador, de modo a que os comportamentos incorrectos, nesta matéria, não ocorram por desconhecimento.
plb
Depois dos amigos de Malcata se terem deslocado aos Foios, no dia 20 de Junho, foi a vez dos fojeiros agora se deslocarem até Malcata no domingo, dia 11 de Julho.
As duas dezenas de fojeiros foram transportados no autocarro da Câmara e saíram dos Foios ao meio dia.
Quando às 12,45 horas chegaram à simpática localidade de Malcata tinham o Victor Fernandes, Presidente da Junta, à sua espera. Depois de ter cumprimentado todos os fojeiros entrou-se na sede da Associação onde outros Malcatenhos estavam empenhados na preparação do almoço.
Depois de toda a gente ter tomado o aperitivo foi a vez de todos termos tomado lugar na mesa para sermos presenteados com um saborosíssimo cozido à portuguesa que foi, aliás, muito bem regadinho.
Por volta das 15,30 horas toda a gente foi tomar café e, de seguida, foi feita uma visita guiada ao moinho, torre cimeira e forno comunitário.
O jogo do envido teve início cerca das 16,30. Em todas as mesas se colocaram três malcatenhos e três fojeiros tendo-se verificado muito entusiasmo e animação. À medida que uns ganhavam, ou perdiam, trocavam de parceiros pelo que todos mataram convenientemente o vício.
Verificou-se uma pequena interrupção quando, por volta das 17 horas, chegaram ao local o Sr. Governador Civil do Distrito da Guarda, Dr. Santinho Pacheco, e o Sr. Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Eng.º António Robalo.
Estas duas personalidades foram recebidas pelos presidentes de junta das duas freguesias. Depois de tomadas umas águas entregaram aos dois presidentes de junta uma medalha do Governo Civil da Guarda e umas caixas com algumas esferográficas.
Tanto o Sr. Governador como o Sr. Presidente da Câmara, depois de terem cumprido, o que haviam prometido partiram, de imediato, para outros locais onde também tinham compromissos.
Muito embora tivesse sido uma visita relâmpago não podemos deixar de reconhecer e agradecer a presença destes dois Senhores políticos.
Pretendo também realçar a presença do Sr. Eng.º Ernesto, vereador a tempo inteiro, que almoçou connosco e nos acompanhou nas visitas.
O jogo do envido terminou por volta das 19 horas quando já os amigos de Malcata haviam preparado um lanche ajantarado.
De seguida, e tal como estava programado, iniciou-se a ronda pelas capelinhas de Malcata. O acordeonista Carlos, que nunca se cansa, tocou tanto e tão bem a ponto de ter suado as estopinhas.
O Zé Leal dos Foios, que canta e encanta, animou toda a malta que várias vezes pôs a cantar em coro.
O entusiasmo era de tal ordem que nem sequer deu tempo de olhar para os relógios. Recordo-me de o ti Zé Maria Argentino, dos Foios, com oitenta e três anos, me ter chamado de parte e me ter dito que já passava das vinte e três horas. Confesso que caí das nuvens. Nem queria acreditar que a hora já estivesse tão avançada.
Fizemos uma pequenina pausa e comunicámos a todos os presentes que eram horas de terminar o convívio o que de facto aconteceu. Deslocámo-nos para junto do autocarro onde nos despedimos dos amigos de Malcata. Ficou combinado que no mês de Agosto realizaremos uns torneios de raiola, e de petanque.
Para terminar, e interpretando fielmente o sentimento de todos os fojeiros, pretendo agradecer a todos os malcatenhos a maneira simpática com que nos receberam e dizer-lhes que fomos francamente bem e bem tratados.
O amigo Victor Fernandes, Digm.º Presidente da Junta de Malcata, foi extremamente delicado e dedicado muito bem coadjuvado pelos seus colegas da Junta de Freguesia bem com do Carlos Nabais, Abílio e muitos outros.
Este é o progresso que não se vê mas que marca e dignifica as terras e os seus promotores.
Um grande abraço para todos.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
Nos próximos dois domingos, dias 20 e 27 de Junho, fojeiros e malcatenhos têm encontro marcado, a fim de jogarem o «Envido», um jogo de cartas que, curiosamente, apenas se joga nestas duas localidades do concelho do Sabugal.
No domingo, dia 20, pelas 13 horas, os malcatenhos vão jogar aos Fóios e no dia 27 serão os fojeiros a ir até Malcata. Para além do jogo de cartas haverá almoço e convívio entre os habitantes de ambas as freguesias.
Segundo nos informou o presidente da Junta de Freguesia dos Fóios, José Manuel Campos, o local de encontro será o Telheiro da Piscina, onde se realizará o almoço. Depois, pelas 15 horas, o pessoal desloca-se para o Centro Cívico Nascente do Côa, onde decorrerá o torneio de «envido», que durará cerca de duas horas.
«No final do torneio serão distribuídos os certificados de participação e os presidentes das duas juntas de freguesia trocarão os respectivos galhardetes, seguindo-se, para terminar, uma ronda à moda antiga com visita às capelinhas da terra», referiu-nos ainda o autarca dos Fóios.
O envido joga-se com cartas espanholas e, segundo um artigo publicado há pouco tempo no Capeia Arraiana por José Manuel Campos, «Diz-se, nos Foios, que o envido foi importado da América do Sul, mais concretamente da Argentina, para onde emigraram alguns fojeiros nas décadas de quarenta e cinquenta. Foram alguns desses fojeiros que mais tarde lançaram o jogo do envido nas tabernas da terra, tendo pegado, até aos dias de hoje».
Como se apurou que o jogo também é uma tradição dos habitantes de Malcata, os dois presidentes de Junta de Freguesia combinaram estes encontros de convívio, que também servirão para manter viva uma tradição genuína destas duas freguesias do concelho do Sabugal.
plb
Entrei na parte dos casos de polícia do Capeia Arraiana e li novamente o que se passou há uns meses atrás com Abílio Curto – a troca dos sacos de pinhões numa grande superfície da Guarda.
Veio-me à memória uma pequena história que me foi contada e que se passou aqui na então vila do Sabugal, possivelmente nos anos cinquenta do século passado. Reza assim: um pastor da aldeia de Malcata necessitou de dinheiro para fazer face a um qualquer problema com a Fazenda Pública, como solução, matou um cabrito. Depois de esfolado embrulhou-o num pano de linho e meteu-o numa cesta e veio vendê-lo à vila. Como é lógico, não foi rogá-lo a nenhum pobre, dirigiu-se a casa de uma das famílias ricas e bateu à porta. Apareceu a criada e ele disse-lhe ao que ia. A rapariga respondeu que não queriam o cabrito, mas que esperasse um pouco para ver o que a senhora dizia. Voltou, pediu ao pastor a cesta e levou-a para dentro de casa. Passados uns minutos, voltou com ela, entregou-a ao pastor dizendo que a senhora não estava interessada no cabrito. O homem ia dirigir-se a outra casa, quando por qualquer motivo lhe deu para abrir o cabaz e o pano de linho onde vinha embrulhado o cabrito, o que viu? Um cabrito que não era o dele, não era o que ele tinha levado, o que ali estava já estava retardado e seco. Não foi rogá-lo a mais ninguém, seria incapaz disso, tinha sido enganado.
Está a ver querido leitor(a) que os vícios antigos ainda perduram!
Um outro conto. Podia falar dos crimes e assassinatos dos israelitas, praticados sobre pessoas que levavam ajuda humanitária a Gaza, mas não vale a pena, a esses tudo lhes é permitido, são dos principais inimigos da humanidade, e a impunidade de que gozam é uma ameaça para todos nós.
Vou falar de uma «tourada» aqui na nossa vizinha Espanha, em Alhauin el Grande, província de Málaga, durante uma festa popular. Foram «lidadas» duas pequenas bezerras, de tenra idade e, quase sem cornos, por um grupo de «valentes toureiros» já bêbedos. Resultado: os pobres animais foram mortos à paulada, a pontapé a murro, e às duas bezerras torceram-lhes o pescoço até lhe o partirem.
Século XXI na civilizada e europeia Espanha. São animais, podemos matá-los como quisermos! Gritará alguém, mas todo aquele que não respeitar o que nasce, vive e morre, na Natureza e na Terra, também não é capaz de respeitar o outro homem.
O homem muda, vai mudando, mas não deixa de ser ele mesmo. Para quando uma religião ou uma ideologia que o transforme por completo? Talvez nunca…
Há quem tente no dia a dia essa inglória missão, pouco conseguem, mas tentam. Fui ver um concerto do «velho» Carlos Santana, houve uma parte em que no écran gigante apareceu uma pomba branca, a pomba da paz, a voar lentamente numa coreografia admirável, acompanhada de uma melodia maravilhosa executada por ele e pelos músicos que o acompanhavam. Momento tocante, momento de paz, momento de sonho, momento de amor, foi uma oração laica, que no fundo são as mais belas e verdadeiras.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, em declarações ao Diário de Notícias de sábado, 15 de Maio, anunciou que «já não vai haver complexo social de 60 milhões de euros do Grupo Existence».
A edição de sábado, 15 de Maio de 2010, do Diário de Notícia, publica declarações da presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque onde se pode ler que «o complexo médico-social Ofélia Club, anunciado em Abrantes como sendo um investimento de 60 milhões de euros não vai ser construído, defraudando as expectativas criadas».
O projecto apresentado em 2007 em Abrantes pelo Grupo Existence apontava para a construção na encosta norte da cidade de um edifício central e mais 11 edifícios, com 1560 camas, bercário, piscinas e restaurantes que permitiriam a criação de 500 postos de trabalho. O investimento na área dos cuidados de saúde de qualidade apresentava, na altura, como público-alvo o mercado escandinavo.
O fim do projecto foi anunciado por Jorge Ferreira Dias e confirmado por Maria do Céu Albuquerque que aproveitou para declarar que «a autarquia fez tudo o que podia para viabilizar o Ofélia mas, o que é certo, é que já lá vão três anos e o negócio não foi concretizado nem nunca fui contactada pelo Grupo Existence».
Recorde-se que um empresário de Abrantes, Jorge Ferreira Dias, de 53 anos, foi notícia primeiro porque durante cerca de dois anos não desfez a barba e depois por tentar entrar de burro nos Paços do Concelho para denunciar a perseguição constante aos projectos das suas empresas. A polícia, chamada ao local, impediu a entrada do burro no edifício não conseguiu demover o empresário de lavrar por escrito o seu protesto ao longo de duas horas no livro de reclamações da autarquia.
O empresário de construção civil declarou na altura que tinha uma situação de «absoluta asfixia financeira em consequência do negócio da venda de um terreno em Abrantes para instalar o complexo médico-social Ofelia Clube» e do qual nunca viu «um cêntimo».
«Não corto a barba há dois anos em protesto e só farei quando receber os 2,5 milhões de euros que me são devidos pela venda de terrenos ao Grupo Existance», afirmou em 2009 o empresário à agência Lusa.
jcl
O envido é um jogo de cartas que, tanto quanto sei, no nosso concelho, apenas se joga em Foios e em Malcata.
Diz-se, nos Foios, que o envido foi importado da América do Sul, mais concretamente da Argentina, para onde emigraram alguns fojeiros nas décadas de quarenta e cinquenta. Foram alguns desses fojeiros que mais tarde lançaram o jogo do envido nas tabernas da terra, tendo pegado, até aos dias de hoje.
Quanto ao facto de também se jogar em Malcata foi-me dito, há pouco tempo, por um malcatenho, que o já falecido cabo Emílio Paulos, da extinta guarda fiscal, tendo estado largos anos a prestar serviços em Foios, acabou por ir mais tarde para Malcata e introduziu o envido nesta localidade.
Visto que os fojeiros sempre mantivemos um extraordinário relacionamento com os malcatenhos pretendemos reencontrar-nos para, em conjunto, podermos programar algumas actividades.
Que saudades dos jogos de futebol e, principalmente, da terceira parte. Os cabritos e os queijos do Ti Joaquim Ruvino, de Malcata, e do Ti Chico da Clara, de Foios marcaram-nos a todos. Por fim surgiam as guitarras e todos cantávamos. Éramos todos artistas.
Para que nos possamos reencontrar, tal com já dissemos, os Presidentes de Junta e os Presidentes das respectivas Associações Culturais e Desportivas, combinámos uns joguinhos de envido quer em Malcata quer em Foios. Dentro de poucos dias combinaremos as datas e, provavelmente, nas férias da Páscoa três ou quatro equipas dos Foios, deslocar-se-ão a Malcata e, nesse mesmo dia, ficará acordada a visita dos malcatenhos aos Foios. Naturalmente que haverá também as terceiras partes. Recordar é viver.
O envido joga-se com cartas espanholas.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia dos Foios)
jmncampos@gmail.com
O título será este ou um muito parecido. Ficará decidido na próxima reunião que vai ter lugar em Aldeia da Ponte no dia 27 do corrente mês de Fevereiro. Na verdade a Associação «Terras do Forcão» começa a tomar forma.
No passado dia 13 realizou-se, no Centro Cívico de Foios, a primeira reunião que contou com presença de presidentes e outros elementos das respectivas Juntas.
Visto que todos os presentes sabiam para o que vinham não foi necessário dar grandes explicações. Abriu-se a sessão tendo todos os presentes usado da palavra para exporem os respectivos pontos de vista.
Ficou decidido que todas as Juntas iriam solicitar uma reunião, aos presidentes das assembleias de freguesia, para explicar aos respectivos membros no que consiste e o que se pretende com a criação da associação e ao mesmo tempo, poderem dar o aval.
Para que não se corresse o risco de ferir susceptibilidades foi decidido integrar na futura e hipotética associação as seguintes freguesias. Por ordem alfabética:
1 – Aldeia do Bispo;
2 – Aldeia da Ponte;
3 – Aldeia Velha;
4 – Alfaiates;
5 – Foios;
6 – Forcalhos;
7 – Lageosa;
8 – Malcata;
9 – Quadrazais;
10 – Soito; e,
11 – Vale de Espinho.
As primeiras seis freguesia estiveram representadas na reunião do dia 13 e alguns presidentes, das restantes cinco, telefonaram a justificar a falta.
Naturalmente que na associação apenas entrarão as Juntas que assim o entenderem. Estamos em democracia e é de forma democrática que deveremos trabalhar.
No final da reunião os elementos da Junta anfitriã – Foios – convidaram todos os colegas para um jantar convívio que teve lugar no restaurante «Eldorado». Ou não fosse o primeiro dia dos circuitos gastronómicos.
Depois do jantar o convívio continuou tendo-se visitado as restantes capelinhas da terra.
A associação começou bem. Entrou-se com o pé direito.
Deus permita que tivesse sido em boa hora e que a dita possa contribuir para o progresso e desenvolvimento desta região e do concelho em geral. Bem necessitamos.
Na reunião do dia 27 já serão analisados e discutidos os estatutos bem como o regulamento interno.
Se algum jurista, ou qualquer outra pessoa que esteja preparada, estiver disposto a ajudar-nos agradecemos, muito sinceramente.
José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia dos Fóios)
Tal como acontece no Sabugal, Abrantes espera, e desespera, pela concretização do projecto «Ofélia Club», que ainda não passou do papel.
O jornal ribatejano «Mirante», apresenta na sua edição do dia 7 de Janeiro, a notícia de que o projecto «Ofélia Club» anunciado há dois anos em Abrantes ainda não arrancou, e há muitas dúvidas quanto à sua concretização.
«A Unidade de Saúde e Bem-Estar/Complexo Médico-Social “Ofélia Club”, anunciada com pompa e circunstância pela Câmara de Abrantes no edifício Pirâmide a 30 de Setembro de 2008, corre o risco de nunca se concretizar. Trata-se de um investimento previsto de 60 milhões de euros e que iria criar 500 novos postos de trabalho, dinamizado pelo grupo “Portanice Investimentos Imobiliários Lda”, empresa do Grupo Existence», diz o jornal ribatejano.
Porém a obra, que estava prevista para arrancar em Novembro de 2008, nunca saiu do projecto de arquitectura. A licença de alvará que permitia o arranque da obra nem chegou a ser levantada dentro do prazo. «Efectivamente, o prazo expirou no início de Dezembro mas ainda não declarámos a sua caducidade», explicou ao jornal a presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque. A mesma afirma que não tem tido contactos com o promotor da obra, António Reis, que afirmou em Agosto à agência Lusa que o projecto ia avançar até ao final de 2009.
Quem não está satisfeito é o empresário Jorge Dias, a quem foi prometido um negócio de 2,5 milhões de euros com a venda dos seus terrenos para a instalação do projecto. «Foi tudo por água abaixo», declarou o construtor de Abrantes, que em protesto deixou crescer a barba até que os negócios da família voltem ao rumo certo.
O jornal «Mirante» falou com António Guilhermino Reis, presidente do grupo Existence. «Parco em palavras, desvalorizou o facto do período para levantar o alvará da obra ter caducado em Dezembro e disse que o projecto vai seguir em frente. “As coisas estão a andar. Quando houver novidades comunicaremos”, sustentou.»
No Sabugal também se espera pelo investimento do Grupo Existence, mas a situação apresenta-se igualmente insegura e há quem duvide que o projecto se concretize.
Em Outubro de 2008 o então presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Manuel Rito, apresentou a «bomba» ao executivo municipal: o grupo francês «Existence, SA» vai investir no Sabugal, mais propriamente na freguesia da Malcata, 45 milhões de euros, e criar 300 postos de trabalho. O Projecto, designado «Desenvolvimento Médico-Social & Habitacional Ofélia Club», ocuparia uma área de 360 mil metros quadrados.
O empresário António Reis, que é natural do Sabugal e vive em França, foi pela mão do Município ao Sabugal no dia 28 de Agosto, já muito próximo das eleições autárquicas, anunciar que o projecto seria uma realidade e que até ao final ano haveria novidades. O ano passou e do Ofélia Club de Malcata não houve porém qualquer novidade.
plb
Comentários recentes