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A primeira Capeia Arraiana no Campo Pequeno realizou-se em 4 de Junho de 1978, dia em que os sabugalenses acorreram a Lisboa, enchendo a catedral da tauromaquia nacional para assistirem a um espectáculo popular desconhecido no país.

A ideia de trazer a Capeia Arraiana até Lisboa foi do Francisco Engrácia, de Vila Boa, que a custo convenceu a direcção da Casa do Concelho da exequibilidade da iniciativa. Uma comissão por si coordenada pôs mãos à obra, assumindo a responsabilidade pela organização e aceitando cobrir os prejuízos, se os houvesse, e assumindo que os lucros, se surgissem, reverteriam a favor dos Bombeiros Voluntários do Sabugal, na altura a única corporação do concelho.
«Capeia Arraiana» foi a designação escolhida pelos organizadores para o espectáculo, expressamente justificado: «O nome CAPEIA que demos à tourada no Campo Pequeno resultou de assim serem chamadas as touradas características das aldeias fronteiriças do nosso concelho. O termo caracteriza uma tourada em praça improvisada. Não foi concretamente o caso, mas o facto de termos trazido o FORCÃO conjuntamente com a realização do chamado PASSEIO DOS RAPAZES foi o bastante para que o termo se afigurasse ajustado. Capeia é também em Espanha a tourada realizada nos mesmos moldes que a CAPEIA ARRAIANA.» (jornal Sabugal, nº3, Julho/Agosto de 1978).
A tourada do forcão acresceu ao convívio anual que juntava os sabugalenses residentes em Lisboa e que se vinha realizando desde 1974: «o piquenique». O convívio aconteceu nesse ano de 1978 em 3 de Junho (dia imediatamente anterior ao da Capeia), no Parque do Seminário dos Olivais. Depois do convívio, os sabugalenses dirigiram-se para a sede da Casa do Concelho, onde assistiram a uma sessão de fados que se prolongou pela noite dentro.
Na manhã seguinte, domingo, realizou-se um jogo de futebol, opondo a equipa da Casa do Sabugal à da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, que os raianos ganharam por um expressivo sete a zero. Seguiu-se um almoço da sede da associação, que juntou os jovens futebolistas de ambas as equipas a uma delegação dos Bombeiros do Sabugal e aos elementos da direcção da Casa, estando também presente o presidente da Câmara Municipal do Sabugal, o Dr Lopes.
Findo o almoço chegou a hora de ir para a Capeia, no Campo Pequeno, e o percurso fez-se a pé, num vistoso e muito participado cortejo, que partiu da Praça do Areeiro e seguiu pela Avenida João XXI até ao Campo Pequeno.
A tourada com forcão aconteceu sem incidentes e encantou os que encheram a praça. A alegria e o convívio foram vencedores e, no final, feitas as contas, verificou-se um saldo positivo, sendo desde logo lançada a ideia de que no ano seguinte se realizaria nova capeia.
plb

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A primeira Capeia Arraiana realizada em Lisboa aconteceu na Praça de Touros do Campo Pequeno no dia 4 de Junho de 1978. A Capeia agendada para este ano de 2011, acontecerá precisamente no dia em que, há 33 anos aconteceu essa iniciativa primordial, pela qual se deu a conhecer ao país a mais genuína tradição da raia sabugalense.

No sábado, dia 3 de Junho daquele ano de 1978, realizara-se no parque do Seminário dos Olivais o habitual convívio de sabugalenses, organizado pela Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa, ao qual acorreram centenas de pessoas. Porém esse ano, o convívio teria continuidade, pois programara-se para o dia seguinte uma Capeia Arraiana. Tratava-se de trazer à Capital do País uma tourada original e exclusiva das terras raianas do concelho do Sabugal, na qual se usava um instrumento de madeira a que o povo chamava forcão, ao qual se agarravam mais de 20 jovens, que assim desafiavam o touro.
O nome do espectáculo, «Capeia Arraiana», foi ideia dos organizadores do evento. «Capeia», por chamarem assim às touradas em praça improvisada nas zonas fronteiriças de Portugal e de Espanha. «Arraiana», por se tratar de uma tradição da Raia. A designação ficou registada no subconsciente das pessoas e em breve assim passou a ser genericamente designada a tourada com forcão.
Esse memorável domingo de há 33 anos, iniciou-se com uma partida de futebol entre uma equipa da Casa do Concelho do Sabugal e outra da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, que os raianos venceram por 7-0. De seguida houve almoço de convívio na sede da Casa do Concelho, juntando os jogadores aos dirigentes da associação e a alguns elementos do corpo activo dos Bombeiros do Sabugal, contando com a participação do Dr Lopes, presidente da Câmara Municipal do Sabugal.
Findo o almoço realizou-se um cortejo até ao Campo Pequeno, onde a tourada teve lugar. As bancadas encheram-se de sabugalenses e de amigos do Sabugal, para assistirem a algo nunca antes acontecido e para alguns decerto inimaginável: o forcão iria lidar os touros na catedral da tauromaquia portuguesa. Seria até sacrilégio, mas o certo é que o espectáculo teve lugar, envolvido em imensa alegria e emoção.
A Capeia realizou-se na sequência de uma ideia apresentada por Francisco Engrácia (o saudoso Chico), de Vila Boa, à direcção da Casa do Concelho do Sabugal, que esta aceitou com muita relutância e apenas após uma comissão de associados ter garantido que, havendo prejuízos, eles seriam cobertos.
O objectivo, para além da divulgação da tradição raiana, era ajudar os Bombeiros Voluntários do Sabugal (na altura a única corporação do concelho). Ultrapassados os primeiros receios a organização avançou e a Capeia constituiu um enorme êxito.
Dos 224 contos de «lucro» alcançado, 67 contos (30%) foram para os Bombeiros do Sabugal, que desde essa primeira experiência ficaram para sempre ligados à reedição sucessiva da Capeia em Lisboa.
Paulo Leitão Batista

Capeia Arraiana no Campo Pequeno. Vídeo de Paulos Antunes.

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jcl

A Praça de Touros do Campo Pequeno foi o palco da 32.ª Capeia Arraiana da Casa do Concelho do Sabugal. Edição da jornalista Paula Pinto e imagem de Marcos Prata da LocalVisãoTv (Guarda).

Local Visão Tv - Guarda
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jcl

A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar

jcl

A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
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A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
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A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
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A Capeia Arraiana voltou ao Campo Pequeno e os sabugalenses juntaram-se para conviver em clima de grande amizade.

GALERIA DE IMAGENS – 29-5-2010
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jcl

Nos últimos dias carros de bois colocam-se em círculo formando a arena onde touros de raça serão lidados numa luta entre homem e animal.

José Manuel Monteiro - «Largo de Alcanizes»Nos carros toros de árvores darão a estabilidade suficiente para que as gentes da terra e arredores se dependurem neles e participem na tourada.
O largo, onde ainda ontem garotos jogavam à bola, é hoje a praça da lide.
Pela manhã chegam os animais. A camioneta é acompanhada por um bando de garotada que entre medos e fascínios vai gritando e pulando de modo a que os touros de olhos grandes e língua de fora urrem e urrem deixando os putos ainda mais empolgados.
Na praça já o forcão marca presença. Aquele «instrumento» de lide característico das touradas das terras do Côa, será manejado pelos rapazes da terra emprestando a esta tourada as características próprias da garraiada arraiana.
Os touros são despejados dentro das paredes do castelo, onde permanecerão até hora da tourada. Coração apertado, sentia sempre o medo da fuga de algum animal.
Nas horas seguintes as pessoas iam-se amontoando nos carros de bois e eu sentava-me no telhado de minha casa, onde em segurança assistia à união do homem contra a natureza.
Confesso aqui, que aquela luta nunca me deixou tranquilo. Sei hoje que a razão estava no facto da lide ser feita no largo em frente da minha casa e ter medo da possibilidade de ser visitado por algum daqueles selvagens touros.
Anos mais tarde quando já jovens adultos percorríamos as aldeias nos dias de verão para ver as garraiadas, começando logo pela manhã pelo encerro, descobri e senti, que estas manifestações de cultura local faziam e fazem parte da nossa identidade.
E por fazer parte da nossa identidade e por ser importante divulgá-la a Casa do Concelho realizará em Lisboa a XXXII Capeia Arraiana, onde muitos sabugalenses, numa união de saberes e quereres, numa crença colectiva, demonstrarão que o que faz genuinamente parte das culturas locais vencerá todos os obstáculos e continuará a manifestar-se através dos tempos.
Por isso é importante participar.
«Largo de Alcanizes», opinião de José Manuel Monteiro

jose.m.monteiro@netcabo.pt

Apresentamos os cartazes alusivos às três primeiras edições da Capeia Arraiana no Campo Pequeno em Lisboa, organizadas pela Casa do Concelho do Sabugal, nos anos de 1978, 1979 e 1980.

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O primeiro cartaz, referente à Capeia de 4 de Junho de 1978, anuncia a novidade: «Acontecimento inédito em Lisboa». Em ilustração está uma fotografia captada numa tourada em Aldeia Velha, com o touro e os rapazes a pegar ao forcão em primeiro plano. Ao fundo vêm-se os espectadores nas calampeiras, formadas por carros de vacas carregados de lenha, à boa maneira das antigas touradas da raia.
Anuncia-se ainda que os touros são de uma «distinta ganadaria do Ribatejo», embora a mesma não surja identificada.
Em grande destaque está a referência à organização da Casa do Concelho do Sabugal e a colaboração dos Bombeiros Voluntários do Sabugal, a que não é estranho o facto desta primeira capeia se destinar a angariar fundos para os bombeiros. Aliás, os bombeiros foram sempre presença assídua nas várias edições da tourada de Lisboa.
O segundo cartaz anuncia a capeia de 2 de Junho de 1979, tendo como ilustração uma fotografia tirada na primeira capeia e um desenho com um forcão e um touro. Este segundo cartaz acrescenta informação pertinente acerca do que constará o espectáculo: «Desfile dos toureiros com alabardas. Formalidades do pedido da praça. Forcão e tamborileiro.»
O terceiro cartaz, referente à capeia do dia 31 de Maio de 1980, não tem fotografia, apresentando antes o desenho estilizado de um forcão com os pegadores a desafiarem um enorme touro negro. Também este cartaz, à semelhança do do ano anterior, faz referência, em letra pequena, ao que compõe o espectáculo.
Os três primeiros cartazes das capeias de Lisboa têm um formato comum, com dimensões também similares e todos encimados com a referência ao Campo Pequeno como local de realização do espectáculo. Todos os cartazes contêm em nota de rodapé o aviso de que os «convites» podem ser adquiridos antecipadamente na Casa ou na sede dos Bombeiros do Sabugal, ou também, no dia da tourada, na praça de touros.
plb

Por ocasião da primeira tourada com forcão em Lisboa realizou-se um cortejo desde a sede da Casa do Concelho do Sabugal até à Praça do Campo Pequeno, no qual participaram os elementos dos corpos sociais, os rapazes do forcão e os Bombeiros Voluntários do Sabugal, a favor dos quais se realizou o evento.

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As três fotografias que agora editamos mostram o que foi o desfile que os sabugalenses fizeram em Lisboa no dia 4 de Junho de 1978.
Findo o almoço de confraternização na sede da Casa, o pessoal juntou-se na Praça do Areeiro e, formando duas colunas, seguiu pela Avenida João XXI até ao Campo Pequeno. A dar alguma solenidade ao acto seguiam as dezenas de elementos do corpo activo dos Bombeiros do Sabugal, que vieram até Lisboa para participarem na iniciativa.
O cortejo seguiu com muita alegria, mostrando a iniciativa e a dinâmica da gente da raia. Incorporada no desfile, seguindo entre as duas colunas, ia uma ambulância dos Bombeiros, de marca Peugeot 504, vinda de França, ostentando ainda a matrícula daquela nacionalidade, conforme se pode ver numa das fotografias.
Seria interessante voltar a realizar, por ocasião da Capeia Arraiana de Lisboa, um desfile similar ao que teve lugar há 32 anos. Haveria que trazer do concelho até Lisboa algumas associações culturais e recreativas, como a Banda da Bendada, grupos etnográficos, tamborileiros e até alguns cavaleiros, dando-se assim um novo esplendor à tradicional Capeia de Lisboa.
plb

No dia da primeira Capeia Arraiana em Lisboa, houve almoço de confraternização na sede da Casa do Concelho do Sabugal, reunindo os responsáveis da associação, os bombeiros do Sabugal e a rapaziada que durante a manhã disputara um jogo de futebol amigável com a Casa de Trás-os-Montes.

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O dia 4 de Junho de 1978, foi uma jornada memorável para os sabugalenses que residiam em Lisboa e se haviam juntado na formação da Casa do Concelho do Sabugal: pela primeira vez um forcão foi exibido na praça de touros do Campo Pequeno, iniciando-se assim uma iniciativa de convívio que se manteve até hoje.
Nesse mesmo dia, houve futebol durante a manhã, com uma partida disputada entre a equipa da Casa e a da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, que os sabugalenses venceram por um expressivo 7-0.
Ao meio-dia houve almoço na sede da associação, onde o presidente da Câmara Municipal do Sabugal também esteve presente.
As três fotografias que agora ilustram este momento histórico mostram as mesas dispostas, as mesmas mesas ocupadas e o pormenor de uma das mesas com os jovens fumando e ouvindo atentamente os discursos da praxe.
Findo o almoço os convivas abandonaram a Casa na Avenida Almirante Reis e seguiram em cortejo até à praça do Campo Pequeno, onde se realizou a Capeia Arraiana.
plb

A sede da Casa do Concelho do Sabugal, na Avenida Almirante Reis em Lisboa, foi pequena para acolher todos os que quiseram estar presentes na sessão de fados ali realizada há 32 anos, na véspera da primeira Capeia Arraiana no Campo Pequeno.

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Seguimos editando fotos alusivas ao ano de 1978.
O dia 3 de Junho foi intenso para os sabugalenses que aderiram às iniciativas da então jovem Casa do Concelho do Sabugal. Durante o dia decorreu o habitual convívio anual, iniciado em 1975, com um grandioso piquenique no parque do Seminário dos Olivais, que juntou centenas de pessoas. À noite houve fados e guitarradas na sede da Casa. A sessão foi longa e vivida com abundante alegria. Os fadistas eram amadores e oriundos da nossa região e de Trás-os-Montes.
Nesse fim-de-semana intenso realizou-se ainda, no domingo de manhã, um encontro de futebol entre uma equipa da Casa e outra da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro. Mas a maior iniciativa estava marcada para o domingo à tarde, na praça de touros do Campo Pequeno: a tourada com forcão, a que os organizadores chamaram Capeia Arraiana.
Numa das fotografias acima editadas pode ver-se o então presidente da Câmara do Sabugal, o Dr Lopes, de Vale de Espinho, que, acompanhado pelo vice-presidente da Casa, Adelino Dias, se dirige aos que nessa noite memorável foram assistir à sessão de fados.
plb

Apresentamos três fotografias da autoria de João Leitão Batista, captadas por ocasião do convívio anual da Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa, realizado em 1978.

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O local foi o parque do Seminário dos Olivais, e a data exacta foi 3 de Junho, o dia anterior ao da realização da primeira Capeia Arraiana no Campo Pequeno em Lisboa, também organizada pela Casa do Concelho do Sabugal.
Desde a fundação da Casa que se realizavam estes convívios, organizados à laia de piquenique, que juntavam centenas de sabugalenses em alegre comunhão.
Alguém consegue identificar, na fotografia em que as pessoas estão em pose, os jovens do Sabugal que acompanham o Francisco Engrácia de Vila Boa (o mais velho)?
Fica o desafio.
plb

A Casa do Concelho do Sabugal comemora este ano o seu trigésimo quinto ano de existência.

Ramiro Matos – «Sabugal Melhor»Sábado passado, a convite do Presidente da Casa do Concelho do Sabugal tive o prazer de estar presente no almoço comemorativo dos seus 35 anos.
E tive o prazer, pois ali estive por vários motivos, qual deles o mais significativo:
– Não pertencendo ao núcleo dos sócios fundadores, foi a acção do grupo de sabugalenses a que pertencia desde 1972 que permitiu que, logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, os sabugalenses em Lisboa se começassem a reunir na Associação do Instituo Superior Técnico;
– Devo ser um dos sócios vivos mais antigo – 11 de Novembro de 1974;
– Pertenci, por várias vezes, aos Corpos Gerentes, quer no Conselho Auxiliar, quer na Direcção, quer na Assembleia Geral, quer no Conselho Fiscal;
– Sou, e estive presente nessa condição também – apesar de haver quem tenha tentado durante esta semana esconder…–, como Presidente da Assembleia Municipal do Sabugal.
Como se vê, razões mais que suficientes para me congratular e congratular todos os Associados e Dirigentes por mais um aniversário da nossa «Casa».
Sei que os actuais corpos directivos tudo estão a fazer para que a Casa do Concelho seja cada vez mais activa e melhor, e por isso não quero deixar passar esta oportunidade para aqui deixar um pequena reflexão sobre o que, quanto a mim, devia ser a Casa do Concelho do Sabugal.
Na verdade, e penitenciando-me por, das vezes que tive responsabilidades directivas, não ter contribuído mais e melhor para tornar a Casa ainda melhor, penso que ainda não foram cumpridos, na íntegra, os objectivos que os fundadores e primeiros associados queriam alcançar.
E para que se perceba o que quero dizer, basta a leitura atenta dos Estatutos publicados, começando pelo seu Artigo 3.º que diz: «A Associação prosseguirá a valorização económica, social e cultural do Concelho».
E no seu Artigo 4.º, os Estatutos são ainda mais claros, ao definir como fins da Casa do Concelho do Sabugal:
«a) Promover o estudo dos recursos naturais, com vista a fomentar o desenvolvimento económico, social e cultural da região;
b) Defender e valorizar o património histórico-monumental e artístico do concelho;
c) Patrocinar realizações de carácter cultural, artístico e recreativo, concorrendo, assim, para uma maio formação dos sócios e habitantes da região;
d) Solicitar a colaboração dos organismos oficiais, no sentido de fazer acelerar e executar os fins da associação;
e) Prestar toda a cooperação às iniciativas que visem o desenvolvimento do concelho;
f) Fomentar a solidariedade de todos os sócios e habitantes da região e concorrer para a sua maior formação, designadamente através da aproximação das associações locais.»
A comemoração deste 35.º aniversário, deveria ser assim, e no meu entender, o momento ideal para que os actuais Corpos Directivos, em especial a sua Direcção, iniciassem um processo de reflexão colectiva sobre o que deve ser o futuro da Casa do Concelho do Sabugal resolvidas que começam a estar questões como a sobrevivência financeira e, mesmo, legal, num momento em que existe apoio total da Câmara Municipal, e num momento em que mais sócios se disponibilizam para colaborar.
Gostaria que entendessem estas palavras não como uma crítica a ninguém, e pela minha parte, declaro-me desde já disponível para participar nesse processo de reflexão colectiva.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos

rmlmatos@gmail.com

À chegada a Lisboa, todos os jovens oriundos da nossa região, tinham como poiso habitual, o famoso Café Império, na Alameda D. Afonso Henriques, bem próximo do Areeiro, onde mais tarde, haveria de se fixar a sede da Casa, ali confluindo, vezes sem conta, principalmente, depois de mais um dia de trabalho, onde, em amena cavaqueira, eram dissecadas as novidades das nossas terras, bem como as habituais sessões de jogar conversa fora, próprias da juventude irrequieta daquela época.

Esteves Carreirinha - Ecos da AldeiaEm 1973, um grupo de jovens deu início ao primeiro movimento, no sentido de juntar todos os naturais sabugalenses em Lisboa, abordando alguns assuntos, de âmbito económico, social, cultural e outros, que pudessem contribuir para uma melhoria e desenvolvimento do Concelho.
Derivado à situação politica que ainda se vivia nesta altura, de algum receio, estas intenções serviram apenas para o início e reforço do grupo, pouco mais se podia avançar.
Implementada a liberdade em 25 de Abril de 1974, com o Movimento dos Capitães, novo impulso surgiu com as reuniões no Instituto Superior Técnico, aglomerando muitos mais, debatendo-se o atraso que se verificava no Concelho, surgindo então algumas propostas, no sentido de se fazer alguma intervenção, esclarecendo as pessoas sobre diversos temas, tendo como objectivo, o progresso das nossas terras. Como é demais sabido, o nosso Concelho era dos mais atrasados do País, em termos de infra-estruturas, como a saúde, água, electricidade, esgotos, estradas e outros tantos, acrescido das fracas condições de vida da população.
Tiveram então lugar duas reuniões, a 26 de Maio e a 7 de Junho de 1974, com um programa já ambicioso, sendo constituídos quatro grupos de trabalho, com a incumbência de elaborar algumas propostas, sobre politica, cultura, educação, economia e trabalho, de modo a serem apresentados na reunião seguinte, aprazada para 16 de Junho.
Casa do Concelho do SabugalEntretanto, foi decidido marcar para 9 de Junho, no Sabugal, com a participação de alguns elementos dos grupos de Lisboa, uma sessão de esclarecimento, no cinema D. Dinis, a qual se revelou muito concorrida, com a presença de cerca de 400 pessoas, que ouviram com atenção as opiniões dos jovens vindos de Lisboa, debatendo-se ainda, tudo o que poderia ser de interesse para o Concelho, defendendo os seus direitos, em conjunto com as comissões de moradores das povoações, que estavam no seu início, concluindo-se que as prioridades recaíam sobre as situações económica, politica e cultural, sendo necessário a organização do povo do Sabugal.
Regressados a Lisboa, intensificam-se as reuniões no Instituto Superior Técnico, previamente convocadas, surgindo através de panfletos colocados, estrategicamente, nas entradas do Metro de Lisboa, com os dizeres «Para um Sabugal Melhor» convidando os sabugalenses a participar, todas as sextas-feiras no Técnico, aumentando o entusiasmo e comparecendo cada vez mais pessoas do Concelho a residir na grande região de Lisboa, desejosas de colaborar, intervindo activamente nestes debates, com as diversas propostas a serem discutidas calorosamente, sentindo-se que a união constituiria uma força para levar por diante as iniciativas aprovadas.
«Ecos da Aldeia», opinião de Esteves Carreirinha

estevescarreirinha@gmail.com

Já há algum tempo, que tinha em mente a abordagem à Casa do Concelho do Sabugal. Assim sendo, vou intercalando com o que tenho vindo a disponibilizar, alguns artigos que vão ter como tema, contributos sobre a embaixada sabugalense, assim considerada por muitos arraianos, cujo nascimento data do já longínquo ano de 1975 em Lisboa, dando a conhecer aos mais jovens, ou outros menos atentos, algumas actividades relevantes, que a Casa desenvolveu ao longo de mais de três décadas de existência.

Esteves Carreirinha - Ecos da AldeiaEm tempos, trouxe à estampa alguns jornais da época, onde tive a oportunidade de colaborar, bem como outros sabugalenses, norteando-nos a intenção de ajudar em algo que valorizasse o Concelho e toda a nossa região, numa altura cheia de alguma efervescência politica, fruto da Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, com a instauração da democracia, a que tive a fortuna e o privilégio de acompanhar de perto, no dia fatal para o anterior regime.
Depois da tentativa das Caldas da Rainha, um pouco antes, sentia-se no ar, as conversas para aí incidiam amiúde, que não passaria muito tempo, a que de novo, outras investidas tomassem a dianteira e, bem depressa, que já tardava a chegar a liberdade, como viria a acontecer.
Antes de historiar um pouco da Casa do Concelho do Sabugal, deixo aqui o tributo, bem merecido, por sinal, a dois órgãos de informação, com ligação à Casa, que tiveram um papel primordial na sua implantação e divulgação, sendo certo, que foram veículos informativos fundamentais, difundindo factos e notícias que ao Concelho e à Casa diziam respeito, transportando mensagens, acabadas de nascer, entusiasmando outros tantos a colaborar, sem receios de espécie nenhuma.
É da mais elementar justiça, dar-lhes o devido realce e mérito, reconhecido por todo o pessoal da época e ainda hoje, que com estes factos lidou mais de perto.
Jornal da Casa do Concelho do Sabugal«O CONCELHO DO SABUGAL» em formato de revista, era propriedade do Dr. Antero de Seabra, um dos fundadores da Casa do Concelho do Sabugal e seu primeiro Presidente da Direcção, a que nos reportaremos aí mais para a frente, onde se abordaram diversificados assuntos, com uma grande parte dos escritos a serem dedicados às actividades da Casa. Apesar de não ser o órgão oficial, prestou toda a colaboração precisa, sem qualquer ónus, para as débeis finanças de uma associação, no dealbar dos seus primeiros passos.
«SABUGAL» jornal em formato A4, sob a superior direcção do saudoso amigo João Leitão, teve o seu início em Março/Abril de 1978, sendo o primeiro órgão oficial, noticiando todas as actividades da Casa, para o qual foi criado, abrindo com uma Saudação a todos os Sabugalenses, alargada às várias entidades e associações do Concelho, acrescido de um editorial, onde se explica as razões do seu nascimento.
Durante este ano de 1978, coabitaram estes dois órgãos, noticiando todas as actividades. «O Concelho do Sabugal» viria a terminar em finais deste mesmo ano, continuando o novel «Sabugal» a desempenhar a sua missão durante uns anos, sendo suspensa a sua publicação em Março de 1988, ao fim de 43 números, regressando em Fevereiro de 1993, prolongando-se até Maio de 2000, atingindo o seu número 127. Até aos nossos dias, o vazio manteve-se, em termos de comunicação escrita da Casa.
Sucintamente, aqui fica uma primeira introdução à história da Casa e a estes dois meios de comunicação, que me vão ser muito úteis nestes escritos, relembrando alguns factos relevantes, debaixo da alçada da embaixada Sabugalense em Lisboa.
«Ecos da Aldeia», opinião de Esteves Carreirinha

estevescarreirinha@gmail.com

JOAQUIM SAPINHO

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