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O filme que Marcelo Rebelo de Sousa produziu para a visita da Chanceler Angela Merkel a Portugal chegou, através das redes sociais, a 139 países em apenas três dias. Segundo o Google Analytics são 250 mil visualizações só na versão principal. Mas há mais 27 versões, que incluem cópias com legendas em diferentes línguas, a ultrapassar o meio milhão de visualizações.
O filme português – de cerca de cinco minutos – apresenta à Europa a situação que se vive hoje em Portugal. Para desfazer o preconceito de que existe uma Europa forte que ajuda e outra que é ajudada, procura demonstrar a relação de dependência económica entre os países da União, apresentando os números da balança comercial entre Portugal e Alemanha, bem como alguns exemplos de negócios entre os dois países.
São 250 mil visualizações só na versão principal. Mas há mais 27 versões, que incluem cópias com legendas em diferentes línguas, a ultrapassar o meio milhão de visualizações. Segundo o Google analytics, o filme que Marcelo Rebelo de Sousa produziu para a visita da Chanceler Angela Merkel a Portugal chegou, através das redes sociais, a 139 países em apenas três dias.
No top5 das visualizações estão Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e França. É em Portugal que o vídeo tem a mais alta taxa de aprovação, com 89 por cento, mas na Alemanha a taxa é muito próxima – 81 por cento.
No offline, além da cobertura em Portugal, o vídeo mereceu tratamento noticioso em Espanha, Brasil, Alemanha e França.
Após 24 horas, o primeiro resultado obtido ao pesquisar no YouTube «Ich bin ein berliner» era já a versão em Português do filme do Professor Marcelo e ultrapassava em número de visualizações o discurso proferido por John F. Kennedy em Berlim, em 1963, onde é originalmente proferida a frase «Ich bin ein berliner».
Para Marcelo Rebelo de Sousa, o principal objetivo foi cumprido: o filme «mostra que a solidariedade é fundamental entre os povos».
jcl (com Rodrigo Moita de Deus)
Olhando para o Castelo de S. Jorge e para uma das suas encostas, sentado a uma janela de uma vetusta casa do bairro da Mouraria, bairro cheio de História e castelo cheio de História, fiz esta pergunta a mim mesmo: o que é Portugal hoje?
Um país economicamente destroçado, mas que teima em encontrar o seu futuro simplesmente na economia. As suas elites políticas e económicas, mesmo as que se dizem democratas, tudo sacrificam pela liberdade dos mercados, desde que ganhem com isso dinheiro e votos… Deixaram de defender o ideal de Liberdade e Humanismo que a Revolução de Abril nos trouxe.
Que é feito de Estadistas como Mário Soares, Álvaro Cunhal, Freitas do Amaral e Sá Carneiro? Independentemente do ódio que suscitam alguns dos que aqui mencionei, suplantam, e nem é lícito compará-los a toda uma série de economistas e engenheiros que presentemente «frequentam» os ministérios. Estes, os novos «estadistas», vêem-nos a nós portugueses como uma cambada de ignorantes e estúpidos, acusam-nos de sermos o principal obstáculo ao desenvolvimento do país, acusam-nos também de sermos os culpados da hecatombe económica que se abateu sobre Portugal. Copiam da América o pior, da Europa o péssimo, esquecendo por isso o papel importantíssimo do Estado na vida e no futuro das populações do interior e também do apoio aos dois milhões ou mais de carenciados que existem presentemente em Portugal.
O Estado deve ser defendido e reformado nunca desmantelado. Que será do nosso Concelho sem o Tribunal, o Centro de Saúde, as Escolas, as Finanças e outros organismos públicos? Que nos acontecerá se um dia se suspender a Democracia Autárquica, como deseja Rui Rio, um dos muitos tecnocratas que ajudou a destruir Portugal política, económica e moralmente? Ficamos entregues a dois ou três Chicos Espertos, talvez daqueles que nunca acreditaram em ideais como a Democracia a Justiça Social e o Progresso. Também a uma espécie de troika à portuguesa que vem à Cidade de mês a mês ver como vão as contas de uma qualquer «Comissão» posta a governar não sabemos por quem. Como se nunca tivesse havido déficit e dívidas de Estados e de autarquias no País e no Mundo…
Estes tecnocratas, engenheiros e economistas, vão-nos retirando cada vez mais direitos, direitos esses conseguidos com a Revolução de Abril. Dividiram profundamente a sociedade portuguesa, os ricos estão cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres. A oligarquia e a classe média alta vivem da especulação de terrenos, usam todos os estratagemas com os bancos para enriquecerem, vivem encostados ao Estado parasitando-o com negócios rentáveis para elas e desastrosos para o Estado. Agora querem os hospitais públicos através de privatizações, destruindo o Serviço Nacional de Saúde. São accionistas das principais empresas públicas estratégicas que foram privatizadas. O seu dinheiro encontra-se bem guardado em paraísos fiscais e na Suiça. Jogam ténis e golfe, fazem regatas no Mediterrâneo, não saem dos ginásios e das clínicas de cirurgia estética.
O resto dos portugueses? Vivem com dificuldades de toda a ordem, milhares e milhares estão desempregados, milhares na pobreza e desamparados pelo Estado. No meio do muito rico e do resto, estão uns tipos que vivem de expediente, servilismo político, pequena corrupção, etc., etc., etc. Resumindo querido leitor(a), uns 300 mil ricos para 10 milhões de pobres!
Dê soluções! Dirá algum leitor(a). Respondo-lhe dizendo que a base está nestes três valores: Ética, Solidariedade e Humanismo.
O que é a vida querido leitor(a) senão a superação permanente de problemas? Quantos não teve Portugal durante a sua História? Tenho esperança em nós portugueses, não em batalhas e revoluções, o futuro a curto prazo não pede isso, pede um regresso aos valores espirituais, voltarmos a saber que o amor é mais forte que o ódio e a morte, voltarmos a ter ideais de justiça, voltarmos a saber distinguir o bem do mal, voltarmos a ter a ideia de qualidade e valor e, muito importante, deixarmos de ser superficiais! Amarmos cada vez mais a Liberdade e a Democracia. Assim voltaremos a ser Nobre Povo e Nação Valente.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
Sim, é caso para perguntar que gente é esta que nos governa, que ministros e secretários são estes que mandam emigrar os jovens e os professores? Querem expulsá-los da história, da história deste País. Onde nos leva esta gente? Em primeiro lugar a um descrédito ainda maior da Democracia, depois à repulsa pela política e pelos políticos, e por fim ao desastre total. Por isso são já considerados estes homens e mulheres que nos governam, como «pós-modernos», ultrapassaram a modernidade…
As pensões das pessoas que trabalharam toda uma vida irão ser reduzidas para metade, os salários dos trabalhadores também irão ser reduzidos até limites insuportáveis, os impostos irão aumentar, a pobreza irá aumentar, a diferença entre ricos e pobres tornar-se-á abissal, o desemprego irá grassar, a idade da reforma aumentará, a saúde irá passar a ser um luxo, só a terá quem tiver dinheiro para a pagar. O ensino irá degradar-se, basta olhar para o «convite» que o primeiro-ministro fez aos professores – emigrem! – a corrupção, a fuga aos impostos e a lavagem de dinheiro da droga, das armas e da prostituição será apanágio de muitos «empreendedores». Porquê tudo isto? Muito se tem falado na crise, mas ela não explica tudo. O actual partido governante maioritário, o PSD, rende uma vassalagem servil à liderança da União Europeia, ao Imperialismo Alemão, como se ainda vivêssemos numa sociedade feudal. Portugal é um Estado de Direito, um Estado Democrático, os portugueses têm liberdade de escolha, de pensamento e de opinião, mas começo a recear que todos estes direitos se percam, porque o PSD (com o minoritário CDS) são uma correia de transmissão dos grandes bancos e companhias de seguros portugueses e europeus, dos seus gerentes, governadores e accionistas, do grande poder económico, da Oligarquia poderosa tanto portuguesa como europeia. Oligarquia esta, dona e senhora dos meios de comunicação social de massas, onde não admitem mais nenhuma opinião que não seja a da própria Oligarquia.
A este estado chegou a nossa sociedade querido leitor(a), um estado que não é mais nem menos do que o domínio cada vez mais brutal e draconiano do Grande Capital. Este domínio só nos traz embrutecimento moral, cultural, violência, corrupção, crime e insegurança dos cidadãos, desemprego, pobreza e desigualdade social cada vez mais acentuada. Nem tudo será tão mau, há e haverá listas de espera para comprar Ferraris e, segundo estatísticas, os apartamentos mais vendidos são aqueles que custam entre oitocentos mil e quatro milhões de euros…
Oxalá me engane, mas esta é a crónica negra do ano que agora começou. Penso que também será o ano da indignação e da revolta.
Temos neste momento em Portugal um exemplo flagrante do que é a agonia final da Social Democracia a nível da Europa, porque o PSD já foi um grande partido Social Democrata.
Noutros tempos, uma pessoa que se quisesse deslocar-se do Sabugal para qualquer parte do País, de automóvel, perguntava qual era o melhor percurso, o mais rápido e o mais seguro. Presentemente (ouvi ao balcão do café) pergunta quais os troços onde se pode fugir ao pagamento de portagens, já não se importando que seja o melhor, o mais rápido e o mais seguro. Para que se fizeram estradas modernas? Para alguém ganhar dinheiro com a necessidade de nelas se circular. Dá a impressão de que tudo o que temos, vias de comunicação, saúde, ensino etc. nos foi dado por favor, como se fossemos um povo que nunca tivesse trabalhado nem pago os seus impostos.
O nosso País já não nos pertence a nós, cidadãos, pertence ás grandes fortunas portuguesas e europeias.
A nós já só nos resta a revolta.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
As Conferências do Estoril editaram um vídeo para levantar a moral dos portugueses e para explicar aos finlandeses as epopeias dos lusitanos.
Os finlandeses não perderam tempo a responder ao vídeo português. Entretanto uma fonte governamental finlandesa adiantou esta segunda-feira à AFP que «a Finlândia vai aprovar o plano de ajuda financeira a Portugal nas próximas 48 horas, apesar da oposição do partido nacionalista dos Verdadeiros Finlandeses.
jcl
Não ficava de consciência tranquila e seria incoerente se não tivesse aderido à Greve Geral que decorreu, no nosso país, em 24 de Novembro. Efectivamente, sendo eu um crítico, desde o início, do Governo de José Sócrates, não poderia deixar de continuar a pensar da mesma maneira.

Bem sei que, agora, já há muitos críticos do Governo, mas também sei o que eu tive que enfrentar quando o Governo estava «em estado de graça», sobretudo aquando do seu vergonhoso ataque à classe docente.
Independente da «guerra dos números» sobre a Greve Geral, o que é certo é que a mesma foi uma manifestação de grande descontentamento contra as injustiças, os cortes salariais e o aumento de impostos que agravarão a vida de muitos e muitos portugueses.
Para aqueles que afirmam que a Greve Geral só se sentiu na Função Pública, segue uma lista (não exaustiva) de várias empresas privadas onde a Greve Geral teve uma adesão significativa: Autoeuropa, Setenave, Lisnave, Valor Ambiente, Gráfica Sacavenense, Rodoviária Alentejo, Cimianto, St. Gobain, Electrofer, Atlantic Ferries, Ferfor, Construções Vilaça & Pereira, Confetil (têxtil), Bestoff, CelCat, Metal Sines, AP (química), Danone, Safires Services (limpeza), Vista Alegre, Recipneus, Soflusa, Rodoviária de Lisboa, Brisa, Sapa Portugal, EDP, Inapal, Metal, Christhian Dietz, Eurest e Climex.
A imagem que acompanha esta crónica é, também, um desafio aos que alegam que os aderentes à Greve Geral são funcionários públicos, somente. A fotografia foi tirada na entrada do «Call Center» da PT, no Areeiro, em Lisboa.
O descontentamento dos portugueses devia fazer pensar o Governo, não sei se o fará, mas, logo no dia a seguir à Greve Geral saiu uma sondagem que coloca o PSD à beira da maioria absoluta e o PS a subir um pouco. Não estranho esta reacção dos portugueses que, há pouco mais de um ano nem podiam ver a «velha» (como lhe chamavam os do PS) e, agora, acham que tudo mudou no PSD e Passos Coelho, que é «novo» já salvará Portugal. Bem se sabe, e só quem anda distraído não o saberá, que Passos Coelho é muito mais a favor de um modelo neo-liberal (e, portanto, mais propício a agravar a situação dos menos favorecidos) do que a «velha» (como lhe chamavam os do PS).
Os portugueses são assim mesmo: aquele que era o pior há um ano é elevado à categoria de «Salvador da Pátria» passados uns tempos.
Claro que os tais que ainda há menos de um ano estavam com Sócrates, agora são os primeiros a «abandonar o navio». Eu lembro-me bem (porque tenho memória, que parece faltar a muitos) que os banqueiros, os chefes do patronato e outros consideravam Sócrates o melhor. Hoje, um tal Ferraz da Costa, de um auto-denominado “Fórum Para a Competitividade” defende uma revisão da lei da greve, para que não se possam fazer estes protestos, quando há “crise”. Esse Ferraz é o mesmo que era presidente da CIP (o patrão dos patrões) que defendia o Governo de Sócrates há pouco tempo. Como já viram que Sócrates tem os dias contados, toca a apoiar os novos “senhores”.
Já Mário Soares, o tal que dizia aos jornais, em 30 de Março de 1985, que «dentro de cinco anos, Portugal será um país completamente diferente e melhor para todos (…) tudo o que é obsoleto na nossa indústria e agricultura terá de desaparecer, para dar lugar ao que é novo e dinâmico», veio criticar quem participou na Greve Geral perguntando se a mesma era para «animar a malta». Realmente, se pensarmos o que é, hoje, a agricultura portuguesa, Mário Soares enganou-se redondamente. Portugal importa mais de 70% das suas necessidades alimentares.
No Orçamento para 2011 foi rejeitada, com os votos contra do PS, PSD e CDS, uma proposta do PCP para que as mais-valias bolsistas fossem taxadas em 21,5% de IRS, a exemplo do que acontece com uma poupança de um reformado que tenha uma conta bancária. Ou seja, os jogadores na Bolsa continuam a pagar 20% de IRS, em 2011, sobre as mais-valias e os reformados (sempre na boca do Portas, do Coelho ou de Sócrates) pagam 21, 5% de IRS. Quem é amigo dos especuladores, quem é?
Só isto (fora tudo o resto) me levaria a participar na Greve Geral, porque acho uma tremenda injustiça.
Apetece-me terminar esta crónica com o que diziam, num programa da RTP, nos anos 80, os Agostinhos (da saudosa Ivone Silva e de Camilo de Oliveira): «Este país é um colosso, está tudo grosso, está tudo grosso!!»
«Política, Políticas…», opinião de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
«O presidente da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças de Timor-Leste, Manuel Tilman, afirmou que a Lei do Fundo Petrolífero permite a aplicação de até quinhentos milhões de dólares (368,9 milhões de euros), na dívida portuguesa.» (in Diário Digital).
Na mesma cidade viviam dois homens.
Um passava por rico, à fama de pergaminhos antigos de família, embora já não o sendo; e o outro era pobre, completamente indigente.
Uma tarde de Inverno, enquanto o frio glacial envolvia o mundo, os dois desceram ao largo principal; o primeiro para a sua habitual tertúlia no café central, e o segundo a pedir, como de costume, na esquina mais frequentada.
Cruzando-se no jardim envolto num véu de neblina de fim de dia, e vendo a boa aparência do pobre, o rico falou primeiro:
– Boa tarde! – disse –. Vejo que tens um chapéu novo!
– Deram-mo…
– E uma roupa catita…
– Também ma deram…
– E umas botas…
– Também mas deram…
– Afinal a vida corre-te bem. Chapéu… Roupa… Botas…
– As pessoas têm sido generosas… – e estendendo o chapéu – Dá-me qualquer coisa também!
O rico meteu as mãos nos bolsos e viu que estavam vazios. E percebendo que nem dinheiro tinha para o café:
– Emprestas-me cinquenta cêntimos?
– Como, se ando ao mesmo?
O pobre recolheu o chapéu; o rico seguiu caminho.
O rico chamava-se Portugal; o pobre, Timor…
«Arroz com Todos», opinião de João Valente
joaovalenteadvogado@gmail.com
Em homenagem ao grande escritor José Saramago, cujo corpo é hoje cremado em Lisboa, publicamos um enxerto do seu livro «Viagem a Portugal», onde fala de Sortelha e do Sabugal, terras por onde passou enquanto viajante, e também Pousafoles do Bispo, que por falta de tempo não pode visitar. São impressões de viagem de um homem sem papas na língua, e muito menos na caneta, que diz sem rodeios o que pensa das coisas.
«De Belmonte vai o viajante a Sortelha por estradas que não são boas e paisagens que são de admirar. Entrar em Sortelha é entrar na Idade Média, e quando isso o viajante declara não é naquele sentido que o faria dizer o mesmo entrando, por exemplo, na Igreja de Belmonte, donde vem. O que dá carácter medieval a este aglomerado é a enormidade das muralhas que o rodeiam, a espessura delas, e também a dureza da calçada, as ruas íngremes, e, empoleirada sobre pedras gigantescas, a cidadela, último refúgio de sitiados, derradeira e talvez inútil esperança. Se alguém venceu as ciclópicas muralhas de fora, não há-de ter sido rendido por este castelinho que parece de brincar.
O que não é brincadeira nenhuma é a acusação, em boa letra e ortografia, pintada na entrada duma fonte: ATENÇÃO! ÁGUA IMPRÓPRIA PARA BEBER POR DESLEIXO DAS AUTORIDADES MUNICIPAIS E DELEGAÇÃO DE SAÚDE. O viajante ficou satisfeito, não, claro está, por ver a população de Sortelha assim reduzida em águas, mas porque alguém se dispôs a pegar numa lata de tinta e num pincel para escrever, e para o saber quem passe, que as autoridades não fazem o que devem, quando devem e onde devem. Em Sortelha não fizeram, como testemunha o viajante, que daquela fonte quis beber e não pôde.
A Sabugal ia o viajante na mira dos ex-votos populares do século XVIII, mas não deu sequer com um. Onde os meteram não o soube dizer o ancião que veio com a chave da Ermida de Nossa Senhora da Graça, onde era suposto estarem. A igreja, agora, é nova e de espectacular mau gosto. Salva-se o Pentecostes de madeira talhada que está na sacristia. As figuras da Virgem e dos apóstolos, pintadas com vivacidade, são de admirável expressão. Leva o viajante, em todo o caso uma dúvida: se isto é um Pentecostes, por que são os apóstolos doze?, estará Judas aqui representado apenas por razões de equilíbrio de volumes?, ou o entalhador popular decidiu, por sua conta e risco, exercer o direito de perdão que só aos artistas compete?
O viajante tem um compromisso para esta tarde. Irá a Cidadelhe. Para ganhar tempo almoça em Sabugal, e, para o não perder, nada mais viu que o geral aspecto duma vila ruidosa que ou vai para a feira ou vem de feirar. Segue depois a direito para a Guarda, deixa no caminho Pousafoles do Bispo onde tencionara ir para saber o que poderá restar de uma terra de ferreiros e ver a janela manuelina que ainda dizem lá existir. Enfim, não se pode ver tudo, era o que faltava, ter este viajante mais privilégios que outros que nunca tão longe puderam ir. Fique Pousafoles do Bispo como símbolo do inalcançável que a todos escapa.»
plb
Portugal apurou-se para o Campeonato do Mundo de Futebol 2010, a disputar na África do Sul, com um golo de Raul Meireles, aos 55 minutos, no Estádio Bilino Polje, em Zenica, Sarajevo. A selecção nacional partiu em vantagem para este encontro depois de ter conseguido um triunfo sobre a Bósnia-Herzegovina, igualmente por 1-0, na primeira mão do «play-off» disputado em Lisboa no Estádio da Luz.
Esta manhã os jornais desportivos, com manchetes muito originais, dão conta disso mesmo.
jcl
Fomos ao encontro do historiador Jorge Emanuel Duarte de Carvalho Martins a poucos dias da apresentação, no Sabugal, do seu último livro «Breve História dos Judeus em Portugal». «As expectativas para esta sessão no Sabugal – onde nunca estive – são grandes. Maiores do que uma apresentação na FNAC. A Casa do Castelo, de Natália Bispo, que ainda não tenho o prazer de conhecer pessoalmente, está a fazer um grande serviço à cultura do vosso concelho», acentua este ilustre historiador que reconhece apenas ter estado uma vez em Sortelha e nunca ter visitado o Sabugal. A sessão de apresentação da obra está marcada para sábado, 17 de Outubro, na Casa do Castelo no Largo do Castelo do Sabugal.
(Clique nas imagens para ampliar.)
Jorge Martins, nasceu em Lisboa em 1953, é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre (tese sobre António Patrício, escritor e diplomata) e doutor (tese em três volumes «Portugal e os Judeus») em História Contemporânea. É professor de história dos ensinos básico e secundário desde 1978 e pertence aos quadro da Escola Secundária Braamcamp Freire, na Pontinha. É autor de manuais escolares e de obras de ficção e ensaio sobre história contemporânea, local e sobre estudos judaicos tendo publicado dezenas de artigos em jornais, revistas e actas de conferências. É, actualmente, investigador do Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa do ISCTE.
A propósito da sessão de apresentação no Sabugal do livro « Breve História dos Judeus em Portugal» (Editora Nova Vega, 2009), o Capeia Arraiana aproveitou, uma destas noites, para ir ao encontro do historiador.
O seu discurso, cronologicamente ordenado, é veloz e obriga as palavras a acelerarem o passo para acompanhar as ideias do pensamento enquanto nos fala da presença judaica em Portugal.
– Como surgiu o doutoramento sobre os judeus em Portugal?
– O meu orientador foi João Medina. E, entre os vários temas propostos, surgiu o judaísmo. A minha tese de doutoramento intitulada «O Judaísmo e o Antisemitismo em Portugal nos séculos XIX e XX» foi compilada em três volumes num total de 900 páginas e transformada em «Os Judeus em Portugal». As comunidades judaicas desapareceram de Portugal na sequência do Édito de Expulsão de 1496 mas há registos da sua participação nos Descobrimentos. Baptizados à força viveram a dupla identidade cristã e criptojudaica tendo resistido à perseguição da Inquisição e às tentativas de expulsão. Ressurgiram no início do séc. XIX nas Beiras e Trás-os-Montes (os marranos), em Lisboa, Faro, Madeira e Açores. Muito judeus europeus, protegidos por diplomatas filo-semitas, salvaram-se do Holocausto utilizando Portugal como porta de saída da Europa durante a perseguição nazi. Actualmente há quatro núcleos – Lisboa, Belmonte, Porto e Algarve – com cerca de 1000 residentes. Durante a pesquisa para uma tese sentimos muita insegurança mas, no final, acreditamos que sabemos um pouco mais e é isso que nos dá o equilíbrio. Há muitos assuntos para investigar e ficamos com a certeza que há ainda mais por estudar.
– E, entretanto, o Sabugal atravessa-se no seu caminho…
– O Sabugal aparece como mais uma experiência giríssima só possível na Internet. Troco informações com historiadores judeus em todo o Mundo e, em especial, em Israel e no Brasil. Tenho muitos pedidos brasileiros para troca de dados sobre a história dos judeus em Portugal. Entretanto no lançamento do livro uma aluna minha diz-me – tenho aqui um blogue que fala do seu livro – e deu-me um texto assinado por Joaquim Tomé [opinião de Kim Tomé no Capeia Arraiana] com comentários e citações das minhas frases. E foi assim que tudo começou…
– Sendo assim só conhece o Sabugal virtualmente?
– Em Julho passado estive em Belmonte para ver o Museu Judaico e visitei Sortelha mas não fui ao Sabugal. Entretanto da troca de informações que fui mantendo não consigo perceber como é que havendo a possibilidade de estarmos perante uma estrutura arquitectónica judaica na Casa do Castelo não se faça um trabalho sério para determinar da sua legitimidade. É vital que os portugueses preservem a sua identidade. A força da identidade mede-se pelo cuidado e pela intensidade com que se defendem e promovem os valores de cada localidade. Eu, infelizmente, sou de Lisboa. E Lisboa é uma terra mesclada sem identidade. É a terra do fado e das sardinhas que não são suficientes para identificar os lisboetas. A Internet deu-nos a oportunidade de nos aproximarmos. Há regiões mais interiores que podem valer-se das novas tecnologias para promover os seus produtos.
– Quais são as suas expectativas para sábado?
– Estou impaciente por ir ao Sabugal. Mais do que na apresentação da minha tese de doutoramento que ultrapassou tudo o que se estava à espera. Sinto que vai ser uma sessão muito especial para mim. Até mais do que se fosse realizada numa loja FNAC porque não é uma questão do número de pessoas que possam estar presentes. Ao longo das conversas telefónicas que mantive com Natália Bispo percebi que a Casa do Castelo está a fazer um grande serviço à cultura do vosso concelho. Há potencialidades judaicas (arcas do sagrado) que têm de ser estudadas. Há, museologicamente falando, um «Espaço de Memória» sobre o judaísmo no concelho do Sabugal até porque Maria José Ferro Tavares refere que está registada em 1316 uma dívida dos judeus do Sabugal ao rei D. Dinis. Aproveito esta conversa com o Capeia Arraiana para adiantar uma ideia que vou defender no sábado. Há na Torre do Tombo disponíveis para consulta e investigação 110 processos da Inquisição sobre a comunidade judaica no Sabugal. Vou propor a criação de uma bolsa de estudo dirigida a estudantes universitários do vosso concelho para analisarem os processos. Posso, inclusivamente, indicar nomes de orientadores para o estudo. Até sábado!
Alguns comentários à obra
«A publicação de Portugal e os Judeus, de Jorge Martins, em três volumes, editados ao longo de 2006, constitui um verdadeiro acontecimento editorial, já que desde 1895, ano da publicação de Os Judeus em Portugal, de Mendes dos Remédios, não se editava no nosso país uma história geral da comunidade judaica (…) Obra de obrigatória consulta histórica», Miguel Real, Jornal de Letras, Artes e Ideias.
«(…) Portugal e os Judeus, uma obra vasta onde percorre os caminhos da gente de nação, desde as toleradas judiarias medievais, até à quase extinção dessas comunidades no mundo contemporâneo, depois dos três séculos de perseguição e de lutos forçados a que foram sujeitas pelo poder político-religioso dominante», Luís Farinha, revista História.
«Desde Mendes dos Remédios (Os Judeus em Portugal, 1895) que não tínhamos uma obra com esta ambição contar uma História esquecida ou voluntariamente enterrada no labirinto dos arquivos. Portugal e os Judeus cumpre o projecto que Mendes dos Remédios não chegou a concluir e vai bem mais além, detendo-se na historiografia e no ensino da História nestes nossos dias de confusão e desorientação», António Carlos Carvalho, prefácio ao 1.º volume.
«Não é a primeira publicação do autor – há muitos anos que Jorge Martins vem estudando, investigando, ensinando e escrevendo sobre a temática judaica. A sua tese reflecte, pois, essa investigação aturada: nela sentimos uma atenção sustentada, um conhecimento aprofundado por anos de estudo e acima de tudo, uma real empatia com o objecto de estudo, indispensável a qualquer investigação séria. Analisando o seu trabalho ficamos com a clara noção de que não se trata de uma súbita e passageira paixão, mas de uma relação fecunda e duradoura. (…) Não quero deixar de saudar o autor por este magnífico trabalho que permite trazer ao conhecimento do público interessado, um período muito rico, mas ainda pouco investigado e divulgado, da história de Portugal e dos Judeus», Esther Mucznik, prefácio ao 2.º volume.
«Passado um século e meio após a aparição da mais completa obra sobre a história dos judeus em Portugal, de autoria de Meyer Kayserling, nos presenteia Jorge Martins com uma nova história sobre judeus portugueses, que amplia largamente o livro pioneiro do rabino húngaro. (…) Jorge Martins vem agora nos três volumes de Portugal e os Judeus resgatar uma história dos Judeus e uma história de Portugal, e oferece aos estudiosos do assunto um material inestimável para novas reflexões», Anita Novinsky, prefácio ao 3.º volume.
jcl
O Clube Fans Porsche Portugal organiza nos dias 2, 3, 4 e 5 de Outubro uma concentração internacional no Algarve. Os participantes têm como incentivo especial o «Track Day» no Autódromo de Portimão onde podem dar rédea livre aos cavalos da mítica máquina. O evento tem o apoio e a participação dos sócios do TodoPorsche Club de Madrid.

A 3.ª Concentração Internacional Porsche organizada pelo Clube Fans Porsche Portugal está marcada para os dias 2, 3, 4 e 5 de Outubro no Algarve. O momento alto da concentração está marcado para a tarde de sábado, dia 3, com o «Track Day» no Autódromo de Portimão que terá a pista reservada para os participantes da concentração.
Programa básico (entre os dias 2 e 4 de Outubro)
2-10 – recepção com cocktail aos participantes ao Tivoli Marina Portimão Hotel, jantar no Pearl Restaurante & Lounge Tivoli Hotel e noite de convívio no bar/discoteca do Hotel.
3-10 – pequeno-almoço no hotel, saída para visita ao Centro Porsche de Faro com almoço, chegada ao autódromo, track day (entre as 14:00 e as 18:00 horas), jantar no Pearl Restaurante & Lounge Tivoli Hotel, entrega de lembranças e noite livre.
4-10 – pequeno-almoço e check-out (programa básico), passeio pela Costa Vicentina (Portimão, Casais, Marmelete, Aljezur, Monte Clérigo, Arrifana, Carrapateira, Sagres) e almoço no restaurante «Telheiro do Infante» em Sagres.
Programa extendido (inclui o dia 5 de Outubro)
5-10 – pequeno-almoço no hotel e check-out (programa extendido), passeio pela Serra de Monchique com prova de regularidade à velocidade média de 70 kms/h e almoço no Restaurante Villa Termal das Caldas de Monchique Spa Resort, entrega dos prémios de regularidade.
Organização: Fans Porsche Portugal.
Patrocinadores/ Colaboradores: TodoPorscheClub de Madrid, Sport e Prestige – Massamá-Belas, Autódromo Internacional do Algarve, Centro Porsche de Faro, Tivoli Marina Portimao Hotel, Detail Passion, Nofirel, Revista «Topos e Clássicos», Revista «Boxer Passion» (edição espanhola), Restaurante Villa Termal -Termas de Monchique, Restaurante «O Telheiro do Infante» – Sagres, J. Meira-Oficina de bate-chapas e pintura – Portalegre, Turismo do Algarve e Blogue Capeia Arraiana.
jcl
Craques portugueses e brasileiros participam em anúncio publicitário da Nike.
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As motas participantes na 11.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés entraram por Vilar Maior, mas Alfaiates foi o único ponto de paragem obrigatória no concelho do Sabugal. Junto ao castelo medieval elementos da associação local e da Junta de Freguesia distribuíram sandes, águas e refrigerantes aos participantes.
GALERIA DE IMAGENS – 12-6-2009 |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
As motas entraram por Vilar Maior, mas Alfaiates foi o único ponto de paragem obrigatória no concelho do Sabugal. Junto ao castelo medieval elementos da associação local e da Junta de Freguesia distribuíram sandes, águas e refrigerantes aos participantes.
Esta foi a 11.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés, iniciativa que junta motards de todo o país e do estrangeiro, para fazerem o percurso de Norte a Sul de Portugal. As motas saíram ontem, dia 12 de Junho, de Boticas, perto de Chaves, tendo como destino final Olhão, no Algarve, onde chegarão amanhã.
O almoço dos participantes foi em Mêda, no distrito da Guarda. Depois as motas seguiram para sul, tendo cruzado o concelho do Sabugal. Passaram pela aldeia histórica de Vilar Maior e dirigiram-se a Alfaiates, local onde tinham um ponto de abastecimento de víveres e de bebidas frescas. Chegaram aos grupos de cerca de dez motociclistas e, após breve paragem, seguiram o seu rumo.
De Alfaiates as cerca de 900 motas foram por Aldeia Velha, Aldeia do Bispo, Fóios, Vale de Espinho, Quadrazais, Sabugal, Aldeia de Santo António e Sortelha, entrando depois na Beira Baixa, em direcção a Castelo Branco, cidade onde a organização garantiu o jantar e a pernoita.
Alfaiates foi a única paragem durante a tarde, e ali os motards foram bem recebidos pelos elementos da Junta de Freguesia, da Câmara e do Centro Cultural e Recreativo de Alfaiates, que lhes ofereceram o esperado apoio. Incasável o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Baltazar, garantia que tudo correria pelo melhor. «Este foi o único ponto de paragem no concelho, porque no resto das terras é apenas ver e andar», disse o presidente visivelmente satisfeito pelo papel preponderante de Alfaiates. «O apoio foi garantido pela Câmara Municipal, com a colaboração da Junta de Freguesia e da nossa Associação» disse ainda o autarca.
Muitos populares vieram até ao largo do castelo observar as máquinas que iam chegando sucessivamente em pequenos grupos. Entre os motards reinava a boa disposição. Havia motas de todas as marcas e feitios, desde a mítica Harley até à não menos mítica vespa.
plb
A Mêda e seu concelho receberam em festa, a 27 de Maio, a 19.ª Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo, 5.º Passeio a Portugal «Ciclismo para todos» correspondente à 8.ª etapa – Mirandela–Mêda – na distância de 82 Kms, numa organização do Grupo Cultural e Recreativo de Cicloturismo do Vale do Tejo.
Com um total de 15 etapas e um percurso total de 1.100 km, a 19.ª Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo disputou-se entre 23 e 31 de Maio de 2009. Teve o seu início em Ribeira de S. João e acabou na Golegã.
Os cerca de 40 participantes concluíram a etapa de dificuldades Grau 8 depois de passarem por Cachão, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa e Touca, tendo sido recebidos frente aos Paços do Concelho de Mêda pelo Presidente do Município, João Mourato.
Após a chegada os cicloturistas foram-se refrescar no Complexo Desportivo das Piscinas Municipais e confraternizar num almoço num restaurante local, onde o Município de Mêda procedeu à distribuição de lembranças.
À tarde, a caravana foi relaxar no Parque de Campismo para prosseguir a caminho da 9.ª etapa – Mêda–Pinhel (59,5 Kms) – dificuldades Grau 2, com a partida a ser dada em frente ao Município de Mêda, onde foram mais uma vez recebidos pelo Presidente da Câmara.
A XIX edição da Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo, integra-se no calendário da Federação Portuguesa de Ciclismo como V Passeio a Portugal em Bicicleta «Ciclismo para Todos» e, pela quinta vez, faz parte do calendário UCI–União Ciclista Internacional.
A Mini-Volta a Portugal em Cicloturismo nasceu em Maio de 1991, em Alpiarça, conta com o apoio de uma grande quantidade de associações e é especialmente recomendada pela Fundação Portuguesa de Cardiologia. Daí o mês de Maio ter sido escolhido para a concretização da iniciativa por ser o «mês do coração».
Ao longo dos 19 anos que já leva de vida, a prova foi crescendo, sem esquecer os objectivos de confraternização. A amizade entre os participantes internacionalizou-se com equipas de França e Suíça e hoje é um dos maiores eventos do género que se realizam em Portugal.
O Presidente da Câmara Municipal de Mêda, João Mourato, salientou que «este tipo de actividades desportivas tem uma função pedagógica importante junto das populações, sensibilizando-as não só para o fenómeno desportivo, mas também para a prática de salutares formas de vida, sem esquecer a amizade e a confraternização».
aps
A única prova portuguesa pontuável para o Campeonato Europeu de Montanha decorre mais uma vez na Serra da Estrela entre os dias 8 e 10 de Maio. A Rampa Internacional de Portugal – Serra da Estrela é a segunda prova do Campeonato Europeu antecedendo a competição de Oviedo (Espanha).
Tal como em anos anteriores, a edição de 2009 da Rampa Internacional de Portugal – Serra da Estrela vai contar com alguns dos principais candidatos ao título Europeu de Montanha.
O espectáculo da velocidade está assegurado e conta mais uma vez com apoio do canal televisivo internacional Eurosport.
Desde 1999 que a Rampa Internacional da Serra da Estrela tem conquistado o prestígio de ser a única prova pontuável para o Campeonato Europeu de Montanha a decorrer em Portugal.
A competição tem conquistado um público internacional que segue o Campeonato Europeu de Montanha e que valoriza as características da prova portuguesa.
Nos últimos três anos o número de turistas entusiastas da modalidade cresceu de forma acentuada na região de acordo com os números confirmados pela taxa de ocupação hoteleira.
Espanha continua a ser o principal país emissor de turistas/adeptos representando já cerca de 60 por cento do público da Rampa Internacional da Serra da Estrela.
aps
Cristiano Ronaldo, internacional português ao serviço do Manchester United, foi o escolhido pela FIFA como «Melhor Jogador do Mundo’2008». O anúncio foi feito na «Gala da FIFA» que decorreu na Ópera de Zurique, na Suíça.
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«A vida é feita de nadas. De grandes serras paradas à espera de movimento» (Miguel Torga).
Os Porsches andaram pelo concelho do Sabugal. A II Concentração Internacional Porsche Fans Portugal reuniu no Sabugal 32 fabulosas máquinas. Além dos Porsches marcaram presença um Ford A, cinco Ferraris e um Lamborghini. E marcou presença um enorme nevão que apareceu para… dar a partida para dois dias inesquecíveis. O meu Sabugal embelezou-se e deu as boas-vindas a portugueses, espanhóis, franceses e alemães. E parece que valeu a pena…
GALERIA DE IMAGENS – 28, 29 e 30-11-2008 |
Clique nas imagens para ampliar |
(Continua.)
jcl
CLASSIFICAÇÃO FINAL – INDIVIDUAL | ||||||
POS. | NOME | PAÍS | DIA 20 | DIA 21 | TOTAL | PONTOS |
1.º | MARINO POLONIATO | ITÁLIA | 35 | 75 | 110 | 2,0 |
2.º | Stefano Boschiazzo | Itália | 20 | 56 | 76 | 2,0 |
3.º | Simone Cappellin | Itália | 21 | 50 | 71 | 2,0 |
4.º | Fabrizio Carrara | Itália | 19 | 69 | 88 | 2,5 |
5.º | Franck Laffont | França | 21 | 59 | 80 | 3,0 |
6.º | Adriano Rosso | Itália | 17 | 50 | 67 | 3,0 |
7.º | Manu Rojodiaz | França | 19 | 35 | 54 | 3,5 |
8.º | Patrick Rojodiaz | França | 16 | 49 | 65 | 4,0 |
9.º | Jordan Velichov | Bulgária | 11 | 45 | 56 | 5,0 |
10.º | Georgi Getov | Bulgária | 14 | 34 | 48 | 5,0 |
11.º | Gerard Rebonateau | França | 13 | 40 | 53 | 6,0 |
12.º | Plamen Boikov | Bulgária | 20 | 18 | 38 | 6,0 |
13.º | Paulo Carvalho | Portugal | 12 | 31 | 43 | 7,0 |
14.º | Hélder Correia | Portugal | 9 | 30 | 39 | 7,0 |
15.º | Andelo Orac | Croácia | 18 | 18 | 36 | 7,0 |
16.º | Sinisa Slavinic | Croácia | 6 | 20 | 26 | 7,5 |
17.º | Fernando Borges | Portugal | 17 | 15 | 32 | 8,0 |
18.º | Luis Talás | Andorra | 7 | 21 | 28 | 8,5 |
19.º | José Carmo | Portugal | 5 | 21 | 26 | 8,5 |
20.º | Ivan Totkov | Bulgária | 8 | 30 | 38 | 9,0 |
21.º | Joaquim Rapozinho | Andorra | 3 | 29 | 32 | 9,0 |
22.º | Zeljko Kljajic | Croácia | 4 | 19 | 23 | 11,0 |
23.º | Joan Baron | Andorra | 9 | 12 | 21 | 11,0 |
24.º | Miquel Micó | Andorra | 5 | 15 | 20 | 11,0 |
25.º | Zlatko Poparic | Croácia | 6 | 11 | 17 | 12,0 |
26.º | Pablo Francisco | Andorra | 2 | 8 | 10 | 12,0 |
27.º | Pascal Moreau | França | – | 29 | 29 | 3,0 |
28.º | Lubomir Bousiev | Bulgária | – | 27 | 27 | 4,0 |
29.º | William Cathery | França | 9 | – | 9 | 4,0 |
30.º | Amândio Malheiro | Portugal | 6 | – | 6 | 4,5 |
31.º | Darko Pazulic | Croácia | – | 23 | 23 | 5,0 |
32.º | Todor Kostadinov | Bulgária | 6 | – | 6 | 5,5 |
33.º | Damir Habunek | Croácia | 6 | – | 6 | 5,5 |
34.º | Diogo Novais | Portugal | – | 17 | 17 | 6,0 |
«Não posso senão dizer-te que consideres isso que se chama opinião pública como o que verdadeiramente é: lixo» – Palavras do escritor Hermann Hesse a um amigo.
Hoje, o que se considera como opinião pública não é mais nem menos que a opinião do poder económico, político e mediático. Os povos nunca estiveram tão condicionados pelos interesses das agências de publicidade, televisão, jornais e revistas. Um exemplo? Portugal, que está a atravessar um dos períodos mais negros da sua história em todos os campos, desde o político, passando pelo social, económico, até ao moral, mesmo assim uma sondagem feita à opinião pública dá a vitória nas próximas eleições ao causador deste descalabro todo, o partido do governo.
O homem já deixou de ter influência no rumo das coisas, e isso aconteceu com a difusão da imprensa, foi substituído pelo grande capital e os meios de comunicação ao serviço desse mesmo capital. Com isto não é de admirar que tenha aparecido o pensamento único, o pensamento vigente no momento histórico em que vivemos.
Há meios de comunicação alternativos e livres onde se pode expressar uma opinião diferente, mas esses não chegam ao grande público nem estão em condições de nos defenderem da técnica de manipulação e desinformação praticadas diariamente pelos mass media.
Notam-se algumas diferenças ideológicas entre alguns sectores da comunicação social, mas no fundo todos apoiam a ideologia dominante, digam-se de esquerda ou de direita. Não nos mostram os verdadeiros problemas do Mundo nem as suas gritantes injustiças.
Estamos a assistir a um neototalitarismo mediático capaz de manipular sem um limite aparente a opinião pública. Leitor (a) não se deixe manipular, se isso lhe acontecer deixa de ser um cidadão um livre.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
O endereço electrónico «gasmappers.com» é um portal português com adesão livre e gratuita que permite consultar os preços actualizados dos combustíveis em mais de 14 mil estações de serviço na Península Ibérica.
Portugueses y españoles disponen ahora de la plataforma «www.gasmappers.com» para localizar las gasolineras con precios más bajos ubicadas a menor distancia. La página web registra un total de 14 mil surtidores y estaciones de servicio en toda la Península Ibérica.
Este novedoso servicio diseñado por Innovation Point SA, una filial tecnológica del grupo DST, ha entrado en funcionamiento esta semana.
Utilizando una interfaz única desarrollada bajo la tecnología «Google Maps», este portal de acceso libre se basa en una navegación intuitiva. El programa permite hacer búsquedas de gasolineras y de los precios de los combustibles dentro de unos parámetros establecidos por el usuario en una ubicación elegida o incluso según el combustible deseado.
En Portugal la actualización se hace por los propios consumidores registrados en el gasmappers.com, mientras que en España ya se está aplicando un nuevo sistema de actualización diario que se procesa automáticamente para las más de 12.000 gasolineras.
Además de los idiomas castellano y portugués, la plataforma está también disponible en inglés. De este modo se espera que puedan utilizarlo los miles de turistas que viajan por España y Portugal en esta temporada.
«Con esta iniciativa, Innovation Point refuerza su propósito de implementar soluciones innovadoras y creativas, poniendo a disposición de los usuarios una herramienta tecnológicamente desarrollada para responder a una necesidades cotidianas de los consumidores», señala José Mendes, CEO de Innovation Point.
Según Innovation Point, el «roadmap» de desarrollo del concepto gasmappers.com contempla también la posibilidad de adaptar la herramienta a los dispositivos móviles, como por ejemplo los teléfonos móviles, pda´s o agendas electrónicas.
Tire as suas dúvidas em: gasmappers.com
aps
A aldeia histórica de Sortelha foi o ponto de partida para o passeio comemorativo do primeiro aniversário do Porsche Fans Portugal. Os membros participantes concentraram-se com as suas potentes máquinas na manhã do dia 5 de Julho, no Largo do Castelo e seguiram após o almoço para a Serra da Estrela.
O Porsche Fans Portugal, presidido por José Luís Jacob, comemorou o primeiro aniversário no fim-de-semana de 5 e 6 de Julho com um passeio turístico pela Serra da Estrela.
A concentração dos membros e proprietários das potentes máquinas deu-se em terras do Sabugal na aldeia história de Sortelha a partir das 9 horas da manhã. Para os que preferiram chegar de véspera a organização reservou alojamentos nas casas de turismo de habitação.
Os participantes tinham à sua espera uma recepção organizada pelo presidente da Junta de Freguesia de Sortelha, Luís Paulo, que aproveitou para promover a sua «jóia» com uma visita guiada pelas ruelas do interior das muralhas do castelo.
Entre as 11 e as 12.30 horas os motores das máquinas fizeram-se ouvir em competição cronometrada desde o cruzamento da Bendada até Sortelha devorando a rampa ladeada de barrocos do lado Norte.
O troço de estrada utilizado tem todas as condições, com curvas apertadíssimas e beleza natural, para se transformar num prémio anual de automobilismo denominado «Rampa de Sortelha» contribuindo para a promoção turística da nossa região. A pensar…
O almoço-convívio com diversos pratos da gastronomia raiana decorreu em Sortelha no Restaurante D. Sancho. A partida da caravana deu-se pelas duas e meia da tarde para o kartódromo de Seia, com passagem por Tortosendo, Unhais da Serra e Sabugueiro.
No fim-de-semana de 13 e 14 de Setembro as belíssimas máquinas voltam ao concelho do Sabugal numa organização conjunta do Porsche Fans Portugal e do Capeia Arraiana.
O programa inclui a concentração no sábado de manhã no Largo do Castelo do Sabugal, uma prova cronometrada de perícia durante a tarde, uma visita ao Centro Cívico Nascente do Côa à noite, uma passagem pelas freguesias acasteladas durante a manhã de domingo e muitas surpresas.
jcl
As conquistas do Sporting dos anos 40 e 50 – que o transformaram no mais poderoso clube de futebol em Portugal – valeram-lhe, portanto, grande capacidade de mobilização um pouco por todo o país, conquistando o clube uma dimensão claramente nacional e cada vez mais populista.
Em todas as regiões de Portugal cresceram núcleos numerosos de simpatizantes e sócios do Sprting, surgindo inúmeras filiais. Espalhava-se a «identidade sportinguista», Zonas como o Alentejo e as Beiras tornaram-se «bastiões» particularmente fortes desta identidade. As vitórias da equipa de futebol catapultaram o clube definitivamente para uma dimensão popular, afastando-se assim o espectro elitista dos primeiros anos. Para este crescendo de popularidade muito ajudou a humildade e a qualidade humana e futebolística de muitos dos jogadores sportinguistas que formaram a fabulosa equipa dos anos 40 e 50. As origens sociais humildes de muitos destes jogadores permitiram o aproximar do clube ao povo amante do futebol. E não tivesse sido o imparável Benfica dos anos 60 e 70, o Sporting poderia hoje ser o maior clube português em termos de simpatlzantes.
Apesar da hegemonia «encarnada» dos anos 60 e 70, os «leões» conseguiram manter uma assinalável regularidade competitiva, alcançando mesmo uma extraordinária vitória no plano europeu, com a conquista da prestigiada Taça das Taças, em 1964. Foi um momento único na história do clube. Nessa gloriosa campanha europeia, o Sporting foi um conjunto eminentemente ofensivo, marcando 36 tentos em 12 partidas … Num só jogo, contra o Apoel Nicósia, os «leões» marcaram 16 golos. Na equipa brilhavam nomes como Carvalho, Fernando Mendes, João Morais, Mascarenhas (melhor goleador do Sporting na prova, com 11 golos) ou Hilário, entre muitos outros. Mas o que fez realmente a diferença foi o «todo» e não as individualidades, com a equipa a apresentar sempre uma forte coesão defensiva, eficácia no ataque e uma grande determinação. Para a história ficou a eliminatória dos quartos-de-final frente ao Manchester United, em que depois de uma pesada derrota por 1-4 em Inglaterra, os «leões» conseguiram uma reviravolta extraordinária em Lisboa, vencendo por 5-0. A «raça leonina» ficava assim comprovada, com os jogadores a assumirem em campo uma postura combativa, aliada a um grande talento, acreditando sempre na vitória. Essa mística era assegurada por jogadores como Fernando Mendes (o «capitão» de equipa) ou Hilário da Conceição.
No plano nacional, o Sporting sofreu então os efeitos da hegemonia benfiquista, tendo apenas conseguido amealhar cinco títulos nacionais nas décadas de 60 e 70. Mas soube sempre resistir e lutar contra o enorme poderio «encarnado». Registe-se que apenas em 1965 o Benfica ultrapassou definitivamente o Sporting em número de títulos nacionais conquistados. Até aí, a superioridade fora quase sempre do Sporting, que em 1954 liderava por 9-7 (sendo que estamos a contabilizar os três títulos benfiquistas na I Liga). A identidade do clube está também grandemente ligada à aposta na formação, «nascendo» nas escolas do Sporting grandes talentos do futebol português e internacional, como foram os casos dos históricos Jorge Vieira e Adolfo Mourão, ou, mais recentes, de Vítor Damas, Paulo Futre, Luís Figo e Beto. O clube tentou desta forma criar e manter sempre um espirito muito próprio, o que nem sempre foi alcançado nas duas últimas décadas do século, marcadas pela passagem, muitas vezes em catadupa, de treinadores pelo «banco» do Sporting. Esta instabilidade em nada contribuiu para a manutenção e reforço dessa mística «leonina», tantas vezes maltratada pelos erros de gestão directiva que conduziram a um largo periodo dominado pelo insucesso desportivo.
Atravessar o deserto com galhardia
Não foram nada agradáveis os tempos vividos então pelo Sporting. A partir de 1982 (ano em que se sagrou campeão e vencedor da Taça de Portugal), o clube entrou no periodo mais negro da sua história desportiva, somando 18 longos anos sem conseguir conquistar qualquer título de campeão nacional (repetindo o que tinha sucedido ao FC Porto entre 1959 e 1978), e apenas ganhando uma Taça de Portugal, em 1995.
Mas na derrota, como na vitória, os sportinguistas souberam, então, mostrar por que é que costumam afirmar que são um clube diferente dos outros: não deixaram de apoiar as diferentes equipas que tentaram inverter a situação, encheram muitas vezes o Estádio José de Alvalade quando tudo parecia correr mal, enfim, demonstraram que o Sporting não queria «ganhar a todo custo» (como os outros, afirmam). Talvez nesta postura viva ainda algum do elitismo característico do nascimento do clube. Uma espécie de herança «genética» dos seus fundadores e mentores.
Para o Sporting, a «travessia do deserto» resultou na custosa perda do segundo lugar no «campeonato dos campeonatos nacionais» para o FC Porto, mas acabou por ser também uma prova de resistência e de força moral, além de que o segundo lugar em número de adeptos continua a ser «verde-e-branco», apenas superado pelo incontável universo «encarnado».
Como não há bem que sempre dure, (os «cinco violinos») nem mal que, não acabe (a década de 90), também o fim do deserto de vitórias sportinguistas no futebol surgiu em 2000, para comemorar o final de um século em que o clube deixou marca indelèvel no desporto português.
E da mesma forma que raramente se pode acusar os «leões» de não saberem perder, ninguém pode dizer que o Sporting de 1999/2000 não soube ganhar … O mesmo se pode dizer da equipa 2001/02, que chegou à «dobradinha» 20 anos depois.
Extracto de «A Paixão do Povo – História do Futebol em Portugal», de João Nuno Coelho e Francisco Pinheiro (2002).
«Futebol – A Paixão do Povo», opinião de José Guilherme
joseguilherme.r@gmail.com
O ano de 1906 foi o primeiro da existência de um dos mais significativos emblemas da história do futebol em Portugal, o Sporting Clube de Portugal. Representando a essência da própria origem do futebol no país, o Sporting Club de Portugal nasceu em «berço de ouro», no seio da aristocracia lisboeta do inicio do século.
Os primeiros estatutos do clube não esquecem a referência a uma agremiação formada por pessoas da boa sociedade e dão a prioridade ao ténis como desporto a ser praticado no clube. Um dos traços identitários do Sporting ficava desde logo esboçado, embora muitas coisas viessem a mudar, principalmente a partir dos anos 40, graças a muitas e gloriosas vitórias e exibições dos célebres «Cinco Violinos», que tornaram o Sporting extremamente popular um pouco por todo o país e em todas as camadas sociais. Nos primórdios do clube, a situação social e financeira privilegiada dos seus mentores e sócios, principalmente de José Roquette e do seu tio, o Visconde de Alvalade, ajudou a reunir condições físicas e humanas para a prática do futebol, algo sem paralelo nos outros clubes da altura. A equipa do Sporting dispunha de um dos melhores recintos da época e contava com exímios jogadores vindos do Sport Lisboa (formação que esteve na origem do SL Benfica), que não tinha onde treinar. Esta solução encontrada pelos «leões» para juntarem uma boa formação, acabaria por dar origem aos primeiros passos de uma rivalidade quase centenária, entre o Sporting e o BenfIca, e que ocupa lugar destacado na história do desporto português.
O ciclo dourado dos «famosos cinco»
O Sporting começou a criar fama de equipa «grande» na disputa do Campeonato de Lisboa, prova em que exerceu um domínio quase avassalador, entre 1922 e 1947, vencendo 16 em 25 títulos possíveis, sendo que 6 deles, foram consecutivos (entre 1934 e 1939). Esta hegemonia futebolística dos «leões» em Lisboa alargou-se ao plano nacional durante toda a década de 40 e 50. Entre 1947 e 1954, o Sporting conquistou sete campeonatos nacionais em oito possíveis, alcançando ainda o primeiro «tetra» da história, entre 1951 e 1954. Eram os tempos dos inesquecíveis «Cinco Violinos», provavelmente a maior referência da identidade sportinguista até aos nossos dias. Pena foi que nesta altura ainda não existissem as competições europeias, pois se tal acontecesse com certeza que Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano (acompanhados por outros excelentes praticantes) teriam brilhado e deslumbrado por essa Europa fora. Curiosamente, o Sporting ficaria ligado ao nascimento dessas mesmas competições europeias. Quando em 1956, na primeira edição da Taça dos Campeões, Martins foi o marcador do primeiro golo da competição, no jogo inaugural da prova, que opôs Sporting e Partizan Belgrado, no Estádio Nacional. Nesta altura, o Sporting era a equipa portuguesa com mais prestígio a nível internacional, não sendo de estranhar por isso o convite para o clube «leonino» participar na primeira edição da Taça dos Campeões Europeus, quando quem tinha vencido o Campeonato Nacional (1954/55) fora o Benfica. Alguns anos antes, em 1949, o Sporting tinha ido à final da Taça latina, perdendo com o Barcelona por um escasso 2-1.
Uma identidade cada vez mais nacional
Como seria de esperar, o sucesso e a fama do Sporting dos «Cinco Violinos», que dominou o futebol em Portugal durante tantos anos, acabaria por redundar num processo de popularização do clube, tanto no sentido do aumento do número de adeptos em todo o país, como no sentido da expansão social do próprio clube, que progressivamente foi chegando a outras camadas sociais. Um bom indicador deste processo de difusão social foi o facto de apenas na década de 50 deixar de ser obrigatória a exposição pública da proposta de sócio durante uma semana, na sede do clube, para assim ser possivel contestar a idoneidade ou a irrepreensibilidade da conduta do candidate a sócio «leonino». Assim, ser sócio do Sporting era sinónimo de respeitabilidade e honorabilidade.
(Continua na próxima semana.)
Extracto de «A Paixão do Povo – História do Futebol em Portugal», de João Nuno Coelho e Francisco Pinheiro (2002).
«Futebol – A Paixão do Povo», opinião de José Guilherme
joseguilherme.r@gmail.com
Há cerca de dois meses aconteceu em Hoyos, España, um encontro de pueblos hermanados. Estivemos presentes, Juntas de Freguesia dos Foios e do Soito, e realizámos reuniões com muito interesse. Agora foi a vez de uma delegação de Le Porge visitar o Soito e os Foios.
Visto que o Soito está geminado com a localidade francesa – Le Porge – e tendo recebido uma delegação de 65 pessoas planearam uma passagem pelos Foios incluindo também uma visita à nascente do Côa.
Antes, porém, portugueses, franceses e espanhóis concentraram-se no auditório do Centro Cívico Nascente do Côa onde foram feitos os discurso habituais nestes actos. Os dois autocarros seguiram, depois na direcção da nascente do Côa onde, como de costume, se fizeram as fotos da praxe. Tanto a delegação francesa como a espanhola ficaram maravilhados com o ar puro e com as maravilhosas vistas lá do alto da serra.
Cerca da uma e meia da tarde chegou-se à Senhora da Granja onde a Junta de Freguesia do Soito brindou as cerca de 150 pessoas com um excelente arroz de marisco seguido do cabritinho da ordem. De referir que antes do almoço verificou-se a troca de prendas e galhardetes como é costume nestes encontros. Mesmo com uma tarde de chuva, mas protegidos pelo telheiro, actuou o grupo folclórico de Sortelha que também agradou aos presentes.
Os elementos da Junta de Freguesia da Vila do Soito foram oportunos e dedicados. Trabalharam afincadamente e dignificaram o nome do Soito. O Presidente Matias já andava tão cansado que quando ia falar para os espanhóis até se baralhou e começou em francês. Teve piada. Parabéns a todos.
jmc
Emigrantes portugueses na Suíça receberam em delírio a comitiva da Selecção Nacional que participa no Euro-2008.
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Hélder Moreira (edição e montagem)
A empresa proprietária da rede Multibanco, SIBS, completa este ano 25 anos e aproveitou para apresentar esta semana a nova imagem da marca.
A SIBS (Sociedade Interbancária de Serviços) apresentou esta semana a nova imagem dos serviços Multibanco e passou a estar presente no SEPA espaço único europeu de pagamentos.
A empresa comunicou as alterações numa conferência de Imprensa em que estiveram presentes o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro e o presidente da SIBS, Vítor Bento.
«A SIBS tem uma visão estratégica em que a internacionalização faz parte do seu futuro e entendeu que devia reorganizar a sua imagem, para melhor representar o espírito inovador e de tecnologia avançada que tem», declarou à agência Lusa Miguel Viana, director criativo responsável pelo projecto SIBS.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, prestou a sua «homenagem à SIBS por tudo o que tem feito na sociedade portuguesa mas apesar do crescimento tecnológico, ainda há um grande espaço de progressão na nossa sociedade».
O presidente da SIBS, Vítor Bento, aproveitou a ocasião para declarar que «a nova imagem da empresa marca o início do futuro e por muito orgulho no passado, é no futuro que temos de viver».
A nova imagem do Multibanco já pode ser vista nos casos do MB Phone e MB Net, enquanto a renovação de toda a rede Multibanco está marcada para Setembro deste ano. A SIBS apresentou ainda uma nova marca, a MB Code, um terminal de segurança gerador de códigos para operações online.
Com o slogan «SIBS Brand Upgrade» a nova imagem da marca foi desenvolvida pela Brandia Central, e toda a tipografia utilizada nesta mudança de visual foi desenhada de raiz.
jcl
A Sport TV vai transmitir a partir da próxima segunda-feira, dia 19 de Maio, os 19 jogos em que a Selecção Nacional participou nos Campeonatos da Europa de 1984, 1996, 2000 e 2004. Entre 7 e 29 de Junho poderá assistir aos 31 jogos do Campeonato da Europa-2008.
A Sport Tv transmite entre 19 a 22 de Maio os jogos dos «Patrícios» no «Europeu» de 1984, disputado em França, e, de 23 a 26 de Maio, os jogos de Portugal no «Europeu» de Inglaterra (1996).
De 27 a 31 de Maio chegam as grandes emoções do Euro-2000 e do dia 1 de Junho até ao dia 6, véspera do início do Campeonato da Europa de 2008, serão transmitidos os sete jogos de Portugal no nosso «Euro-2004».
«Euro Clássicos» é mais um programa integrado na programação da Sport TV dedicada ao Campeonato da Europa de Futebol.
– «Euro-1984», de 19 a 22 de Maio – Portugal-Alemanha, Portugal-Espanha, Portugal-Roménia e Portugal-França.
– «Euro-1996», de 23 a 26 de Maio – Portugal-Dinamarca, Portugal-Turquia, Portugal-Croácia e Portugal-Rep. Checa.
– «Euro-2000», de 27 a 31 de Maio – Portugal-Inglaterra, Portugal-Roménia, Portugal-Alemanha, Portugal-Turquia e Portugal-França.
– «Euro-2004», de 1 a 6 de Junho – Portugal-Grécia, Portugal-Rússia, Portugal-Espanha, Portugal-Inglaterra, Portugal-Holanda e Portugal-Grécia.
A Sport TV é a televisão oficial do UEFA Euro-2008 e será o único canal português a transmitir, de 7 a 29 de Junho, em directo, todos os 31 jogos da competição.
aps
O Sporting venceu este domingo por 2-0, após prolongamento, o F.C. Porto na final da Taça de Portugal disputada no Estádio Nacional. Os leões arrecadam o 15.º troféu e pelo segundo ano consecutivo graças a dois golos do brasileiro Rodrigo Tiuí que substitui Abel no início do prolongamento.
O Sporting chegou ao relvado do Estádio Nacional disposto a defender o troféu conquistado na época passado.
O momento do jogo aconteceu aos 69 minutos. Lizandro Lopes cai por duas vezes na grande área, o árbitro Olegário Benquerença nada assinala e logo de seguida João Paulo vê o árbitro mostrar-lhe o vermelho directo numa entrada duríssima sobre João Moutinho.
O destaque vai para Rodrigo Tiuí que entrou no início do prolongamento (91 minutos) a substituir Abel e marcou, já na segunda parte do prolongamento (aps 110 m e 117 m) os dois golos sportinguistas da final da Taça de Portugal.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, recebeu os jogadores nos Paços do Concelho e congratulou-se pelo significado da vitória para a cidade e para os lisboetas. O autocarro sportinguista dirigiu-se depois para o Estádio José Alvalade onde os esperavam em ambiente de festa muitos adeptos leoninos.
Os titulares das duas equipas:
F.C.Porto – Nuno, João Paulo, Bruno Alves, Pedro Emanuel (cap.), Fucile, Mariano, Lucho González, Paulo Assunção, Raúl Meireles, Ricardo Quaresma, Lisandro López e Mariano González.
Sporting – Rui Patrício, Abel, Tonel, Polga, Grimi, Miguel Veloso, Izmailov, Romagnoli, João Moutinho (cap.), Derlei e Yannick Djaló.
O encontro foi dirigido pela equipa chefiada pelo árbitro Olegário Benquerença.
Os eleitos de Paulo Bento foram superior ao campeão nacional desde o primeiro minuto do jogo e jogaram em vantagem numérica a partir do minuto 70. Mas foi preciso esperar pela segunda parte do prolongamento quando, com dois golos de Tiuí, o vencedor ficou definido numa altura em que a equipa do Dragão já não tinha forças para mais.
Depois de ter derrotado o Belenenses, na final da temporada passada, e o F.C. Porto, este domingo, Paulo Bento tornou-se o sexto treinador a conquistar o troféu duas vezes consecutivas. Os outros técnicos foram Janos Biri, pelo Benfica, em 1942/43 e 1943/44, Mário Lino, pelo Sporting (1972/73 e 1973/74), José Maria Pedroto, pelo Boavista (1974/75 e 1975/76), John Mortimore, pelo Benfica (1985/86 e 1986/87) e Fernando Santos, ao serviço do F.C. Porto, nas épocas 1999/00 e 2000/01.
Em quatro finais disputadas entre os dois clubes, os dragões conquistaram o troféu por duas vezes, em 1994 e em 2000, e os leões levaram a melhor em 1978 e, agora, em 2008.
jcl
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