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A Câmara do Sabugal vai requalificar a Praça da República, arrancando os cotos das árvores que cortou em redor do chafariz, plantando de seguida, ao que parece, uns medronheiros.

Assim como assim, a República já anda de «penas para o ar»…
O crime de cortar as árvores, já não pode a Câmara repará-lo. Como dizia o Manuel António Pina, no prefácio de um livro sobre o mundo das árvores, elas «são seres silenciosos que, a nosso lado, partilha quotidianamente a mesma única vida, a sua e a nossa vida. Mas damos por elas, as árvores, tão comum e familiar é a sua antiquíssima presença perto de nós, e tão anónima. A maior parte das vezes pouco mais somos capazes de dizer do que “árvores”, porque também as nossas palavras se foram, pouco a pouco, tornando silenciosas. E, no entanto, cada árvore, como cada um de nós, é um ser absoluto e irrepetível, idêntico e apenas mutuamente a si mesmo, uma vida única com uma história única, um passado para sempre atado, de forma única, ao nosso próprio passado».
Mas pode muito bem, se quiser emendar a mão, minimizando o estrago, da forma como passo a explicar:
Manuel António Pina teve uma ligação afectiva com aquele largo, aquelas árvores e aquele chafariz que se situa bem defronte da casa onde nasceu, como podem testemunhar algumas pessoas que com ele privaram na intimidade e ouviram histórias das suas brincadeiras naquele largo.
Numa recente entrevista o Manuel A. Pina manifestou a sua gratidão por ter sido lembrado e agraciado pela câmara da sua terra natal, terra essa a quem o ligava um profundo afecto, testemunhado nessa mesma entrevista.
Na TSF, por ocasião da morte do poeta, Francisco José Viegas, Secretário de Estado da Cultura e amigo do poeta, que sabia da paixão daquele por gatos e árvores, sugeriu que em nome do poeta maior, que desapareceu, devia ser plantada uma árvore.
A árvore que mais associada está ao poeta, por estar no seu quintal, é a macieira, conforme refere o poeta num poema do seu livro «Como se desenha uma casa»:
Anoiteceu, apagamos a luz e, depois,
como uma foto que se guarda na carteira,
iluminam-se no quintal as flores da macieira
e, no papel de parede, agitam-se as recordações.
Porque não dá a câmara ao Largo o nome do poeta e planta em redor da fonte umas macieiras?
É coisa simples de fazer, homenageava-se um homem bom e excelente poeta da terra, e ouro sobre azul, apagava-se a burrice feita!
«Arroz com Todos», opinião de João Valente
joaovalenteadvogado@gmail.com
A fotografia que acompanha esta crónica foi tirada em meados da década de 1970, talvez em 1975, na Fonte da Praça no Sabugal.

Trata-se de uma fotografia do Chafariz da Praça, no Sabugal, num dia de neve, ao anoitecer.
Como se pode verificar nesta época existiam três árvores, junto ao Chafariz. Hoje só já existem duas.
As casas que se vêm na imagem, de frente, já não existem. Actualmente existe no local das casas um estabelecimento comercial que vende roupa. Durante anos foi ali o estabelecimento do sr. Albertino, que era uma espécie de papelaria, mas também vendia electrodomésticos.
As casas que se encontram no lado direito ainda existem. Encontram-se naquela rua que desce para o Largo onde se encontram, actualmente, os Correios e existiu (durante muitos anos) a Farmácia Lucinda Moreira.
O Chafariz da Praça é que está na mesma. Segundo me disseram há quem o conheça pela Fonte Redonda.
«Memória, Memórias…», opinião de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
Tudo começou em 1986 com a primeira edição do Concurso «Ó Forcão Rapazes». A festa das festas com forcão nasceu por iniciativa conjunta da Associação dos Amigos de Aldeia da Ponte e da Associação Recreativa e Cultural dos Forcalhos. No primeiro ano participaram, por convite, as freguesias com mais tradição nas capeias arraianas: Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Alfaiates, Fóios, Forcalhos, Lageosa da Raia e Soito.
O regulamento escrito elaborado pela Comissão Organizadora constituída por Tó Chorão (Aldeia da Ponte), Zé Beira Manso e Zé Gusmão (Forcalhos) definia que devia ser declarada vencedora a equipa que averbasse mais pontos na votação do júri constituído pelos oito presidentes de Junta de Freguesia participantes.
Após alguns desentendimentos por desacordo com a classificação final e a equipa vencedora foi decidido que deixava de haver vencedores e vencidos. O concurso deu lugar ao «Festival Ó Forcão Rapazes» e, em 2005, foi organizado pela primeira vez na Praça Municipal do Soito iniciando uma alternância anual com a Praça de Aldeia da Ponte.
A edição de 2008 do «Festival Ó Forcão Rapazes» realizou-se no dia 16 de Agosto na vila do Soito e provocou, como sempre, momentos espectaculares. Aqui ficam, em destaque, algumas imagens da coragem e destreza raiana na jornada-mor de todas as esperas com forcão.
Data: 16 de Agosto de 2008.
Local: Praça de Touros do Soito
Legenda: O «cortador» Pedro Balhé (Soito) salta por cima do touro
Autoria: João Nabais
Data: 16 de Agosto de 2008.
Local: Praça de Touros do Soito
Legenda: Valente pega de caras de Pedro Loto (Soito)
Autoria: João Nabais
O Festival «Ó Forcão Rapazes» e a espera com forcão denominada «Capeia Arraiana» com origem nas Terras de Ribacôa são demonstrações colectivas de uma «gente muito especial». As capeias arraianas são uma tradição que simbolizam muito do que fomos, somos e queremos continuar a ser enquanto povo com uma identidade própria e única no Mundo.
jcl
Segunda-feira é dia de publicar a «Imagem da Semana». Ficamos à espera que nos envie a sua escolha para a caixa de correio electrónico:
capeiaarraiana@gmail.com
Local: Praça da República, Sabugal.
Legenda: Perspectiva da Torre do Relógio e da fonte.
Autoria: José Joaquim Marques
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