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«Poetando» é a coluna de Manuel Leal Freire no Capeia Arraiana, na qual aos domingos vai publicando poemas inéditos, cada um dedicado a uma aldeia do concelho do Sabugal. Este Município raiano, um dos maiores do País em termos de extensão territorial, tem 40 freguesias, algumas delas com anexas, sendo no total exactamente 100 (cem) o número das localidades do concelho do Sabugal. Nesta edição o escritor e poeta bismulense dedica um soneto a mais uma anexa da freguesia da Bendada: Trigais. No próximo domingo será editado o poema referente a outra freguesia do concelho: a Bismula.
TRIGAIS
Nas terras onde reina o rei centeio
O nome soará a falso toque
Esvaia-se, porém, todo o receio
No caso não há laivo de remoque
No tempo das carrejas, toque toque
As juntas sem repouso de permeio
Das searas às eiras em reboque
É palmo a palmo um caminho cheio
Um chão humoso em terras de fartura
Ali traçou o céu iluminura
Em plena Cova da Beira nos umbrais
O burgo é pequeno, mas que importa
Jamais alguém bateu em vão á porta
Sem que se abrisse a porta nos Trigais
«Poetando», Manuel Leal Freire
«Poetando» é a coluna de Manuel Leal Freire no Capeia Arraiana, na qual aos domingos vai publicando poemas inéditos, cada um dedicado a uma aldeia do concelho do Sabugal. Este Município raiano, um dos maiores do País em termos de extensão territorial, tem 40 freguesias, algumas delas com anexas, sendo no total exactamente 100 (cem) o número das localidades do concelho do Sabugal. Nesta edição o escritor e poeta bismulense dedica um soneto a mais uma anexa da freguesia da Bendada: Rebelhos. No próximo domingo será editado o poema referente à aldeias anexas desta freguesia que ainda falta: Trigais.
REBELHOS
Prefixo que reforça é sempre um re
Nenhum terá impacto que o vença
A condição imposta pelo se
E quando bem cumprida recompensa
Assim determinante como um de
O termo nos explica sem detença
Rebelhos e rebelde quando e se
O povo com razões se não convença
No mais sempre fiel aos seus desígnios
Os itens de seus votos consigne-os
Que são do povo os mais fiéis espelhos
Não quebram no trabalho e na amizade
O dito igual na praça e à puridade
Jamais traíu a gente de Rebelhos
«Poetando», Manuel Leal Freire
«Poetando» é a coluna de Manuel Leal Freire no Capeia Arraiana, na qual aos domingos vai publicando poemas inéditos, cada um dedicado a uma aldeia do concelho do Sabugal. Este Município raiano, um dos maiores do País em termos de extensão territorial, tem 40 freguesias, algumas delas com anexas, sendo no total exactamente 100 (cem) o número das localidades do concelho do Sabugal. Nesta edição o escritor e poeta bismulense dedica um soneto a mais uma anexa da freguesia da Bendada: Quinta do Ribeiro. Nos próximos domingos serão editados os poemas referentes às restantes duas aldeias anexas desta freguesia: Rebelhos e Trigais.
QUINTA DO RIBEIRO
Ribeira era a margem não o curso
Da água sussurrando desde a fonte
A abrir por entre fragas o percurso
Traçado pela linha do horizonte
Ribeiro sempre foi, haja quem conte
Com mais ciência ou menos recurso
O veio de água que, descendo o monte
Venceu os irmãos em leal concurso
Sem ambições jamais será um rio
Mas cumpre o seu dever com todo o brio
Mesmo em Outubro de ano sequeiro
Que melhor trova ou sonorosa loa
Do que esta que por aqui se entoa
Não há Quinta igual á do Ribeiro
«Poetando», Manuel Leal Freire
«Poetando» é a coluna de Manuel Leal Freire no Capeia Arraiana, na qual aos domingos vai publicando poemas inéditos, cada um dedicado a uma aldeia do concelho do Sabugal. Este Município raiano, um dos maiores do País em termos de extensão territorial, tem 40 freguesias, algumas delas com anexas, sendo no total exactamente 100 (cem) o número das localidades do concelho do Sabugal. Nesta edição o escritor e poeta bismulense dedica um soneto a mais uma anexa da freguesia da Bendada: Quinta da Ribeira. Nos próximos domingos serão editados os poemas referentes às restantes três aldeias anexas desta freguesia: Quinta do Ribeiro, Rebelhos e Trigais.
QUINTA DA RIBEIRA
O mundo correm trovas cuja fama
Nos vem já não de anos mas milénios
Bem dormirá quem acha boa a cama
Quem tem sopros de fúria, enfim refrene-os
Há outros com doçuras de auriflama
Suaves como vinhos de Silénios
Bonança que em bonanças se recama
Desejos que não são alucigéneos
Viver á beira de água é um regalo
Quem se atreverá a denegá-lo
Não sei se haverá quem o não queira
Eleitos, pois, de Deus decerto são
Os que fora de um munto em confusão
Em paz vivem na Quinta da Ribeira
«Poetando», Manuel Leal Freire
«Poetando» é a coluna de Manuel Leal Freire no Capeia Arraiana, na qual aos domingos vai publicando poemas inéditos, cada um dedicado a uma aldeia do concelho do Sabugal. Este Município raiano, um dos maiores do País em termos de extensão territorial, tem 40 freguesias, algumas delas com anexas, sendo no total exactamente 100 (cem) o número das localidades do concelho do Sabugal. Nesta edição o escritor e poeta bismulense dedica um soneto a uma anexa da freguesia da Bendada: Quinta do Monteiro. Nos próximos domingos serão editados os poemas referentes às demais quatro anexas desta freguesia: Quinta da Ribeira, Quinta do Ribeiro, Rebelhos e Trigais.
QUINTA DO MONTEIRO
Monteiro é nome de altas honrarias
Assim o rezam velhos cronicões
Cantando fragorosas montarias
Romances velhos, trovas de truões
Com tanta fama só as romarias
Vivência funda a fé das multidões
Além o corpo mostra bizarrias
Aqui a alma pias intenções
Conforme se ilustra ou não a crónica
Pois cada um lhe apõe a sua tónica
História e lenda, fluído verdadeiro
Quem vem certificar-nos a verdade
Registo batismal e identidade
Da razão deste nome de Monteiro
«Poetando», Manuel Leal Freire
«Poetando» é a coluna de Manuel Leal Freire no Capeia Arraiana, na qual aos domingos vai publicando poemas inéditos, cada um dedicado a uma aldeia do concelho do Sabugal. Este Município raiano, um dos maiores do País em termos de extensão territorial, tem 40 freguesias, algumas delas com anexas, sendo no total exactamente 100 (cem) o número das localidades do concelho do Sabugal. Nesta edição o escritor e poeta bismulense dedica um soneto à freguesia sulista do concelho: a Bendada. Nos próximos domingos serão editados os poemas relativos às cinco anexas da freguesia: Quinta do Monteiro, Quinta da Ribeira, Quinta do Ribeiro, Rebelhos e Trigais.
BENDADA
O nome com sonâncias de benesse
Reflete desde logo pia obra
Aquele que bem dá certo merece
Ainda que só dê o que lhe sobra
Os donativos valem como prece
Ou mais até quando a fé redobra
Ou quem dando oferta o que carece
Os ceitis da viúva Deus desdobra
Registos são prenúncios de um futuro
Premarca o nascimento o nascituro
Traçando o roteiro que lhe agrada
A pia batismal aqui no caso
Marcou um horizonte sem ocaso
Lançando suas bençãos á Bendada
«Poetando», Manuel Leal Freire
A Câmara do Sabugal vai requalificar um conjunto de estradas municipais, nomeadamente as que passam na Nave, Aldeia da Dona e Bismula, assim como na Rapoula, Ruvina , Batocas e Bendada.
A última Assembleia Municipal ratificou a decisão da Câmara Municipal de alterar o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2012, através da qual se afectaram verbas a a novos projectos, retirando-as de outros, que a Câmara deixou cair. A maior verba, de quase 700 mil euros, foi retirada da rúbrica «ligação da A23 à Fronteira», transferindo-a por inteiro para a requalificação das estradas municipais. Outra actividade que ficou sem verba foi a exposição etnográfica prevista para o Centro de Negócios do Soito, que tinha afectos 29 mil euros.
Uma das estradas que a câmara prevê reparar é o troço entre a Nave e a Bismula, que passa por Aldeia da Dona, prevendo-se que as obras cheguem até à ponte de Vilar Maior.
Outra estrada a ser beneficiada é a que vai do cruzamento da Parada ao limite do concelho.
Também a ligação da Rapoula do Côa à Nave, que passa pela Ruvina, merecerá melhoramentos, o mesmo acontecendo no acesso que liga o cruzamento da estrada nacional às Batocas.
As beneficiações chegarão ainda à via que liga Rebelhos à Bendada e ao troço que atravessa Aldeia Velha.
No total, a câmara afectou à reabilitação de estradas quase 900 mil euros.
As alterações ao orçamento foram aprovadas na Câmara Municipal graças à abstenção do vereador Joaquim Ricardo, que impôs que as reafectações de verbas incluam algumas das obras previstas no plano de eficiência no uso da água. Já os vereadores socialistas optaram por votar contra as alterações, alegando que o faziam não por discordarem das obras a executar, mas pelo facto da proposta não ter sido acompanhada pelo ponto da situação relativo à execução orçamental deste ano.
plb
A Câmara Municipal aprovou o plano anual de mercados e feiras a decorrer no concelho do Sabugal durante o presente ano de 2012. Muitas terras de pequena dimensão, em termos de moradores permanentes, conseguem manter o seu mercado mensal e a sua feira de ano, demonstrando por essa via a sua vitalidade.
Feiras (chamadas feiras de ano), por terem data de realização todos os anos e não mensalmente, como sucede com os mercados:
Badamalos: 24 de Agosto.
Casteleiro: 10 de Fevereiro, 10 de Maio e 10 de Novembro.
Quadrazais: segundo domingo de Agosto.
Rebolosa: 25 de Novembro.
Ruivós: segundo fim-de-semana de Março.
Ruvina: segunda-feira de Pascoela.
Sabugal: 29 de Junho.
Santo Estêvão: 15 de Março e 25 de Setembro.
Soito: primeiro domingo de Agosto.
Vilar Maior: 17 de Agosto.
Mercados, de realização mensal:
Aldeia do Bispo: primeira terça-feira.
Aldeia da Ponte: primeira segunda-feira.
Alfaiates: segunda quinta-feira.
Bendada: dia 12 de cada mês e às quartas-feiras entre os dias 22 e 29.
Bismula: último dia do mês.
Casteleiro: dia 10 de cada mês.
Fóios: último sábado.
Pousafoles do Bispo: segundo domingo.
Sabugal: primeira quinta-feira e terceira terça-feira.
Santo Estêvão: última quinta-feira.
Soito: quarta terça-feira.
Vale de Espinho: segundo sábado.
Vila do Touro: terceira quinta-feira
Os mercados e as feiras são sinais de vitalidade para a sede de concelho e para as freguesias que ainda os conseguem manter. Para além disso são geralmente de grande utilidade para as pessoas, que assim têm à porta um conjunto de bens essenciais que doutra forma teriam que ir comprar longe.
plb
O Natal lembra-nos o especial dever de compreensão e ajuda.
Não é o tempo de egoísmos e vaidades, ditados pelo desprezo das condições de cada um.
Sabemos que os tempos têm de ser de coragem e determinação, para as famílias portuguesas; e de fortalecimento dos laços de Solidariedade entre os grupos de todas as gerações, mas também sabemos que terão de se abandonar egoísmos e orgulhos inúteis, e substitui-los por atitudes de humildade, carinho e compreensão, em nome da paz e do bem comum.
Natal é tempo de alegria, amor e olhos virados para o futuro, com a confiança de que é possível deixarmos aos nossos filhos, tudo aquilo que justamente ambicionamos.
Nesta onda de solidariedade a Junta de Freguesia da Bendada vem desejar a todos os Bendadenses, um Santo e Feliz Natal, e um Ano de 2012 cheio de paz, saúde e recheado de muitos sucessos a nível pessoal e profissional.
Que o espírito natalício esteja presente em todos os lares da freguesia durante todo o próximo ano.
Esta mensagem é extensível a todos os filhos da terra que vivem e trabalham pelos quatro cantos do mundo, mas que nesta época especial recordam com carinho e ternura a terra que os viu nascer.
É Natal! é tempo de alegria!, é tempo de conviver!
Venha participar no concerto de Natal!
Freguesia da Bendada
Jorge Manuel Dias
O terceiro número da revista Sabucale, editada pelo Museu do Sabugal, revela que nos últimos anos foram encontradas gravuras rupestres de carácter geométrico e esquemático no concelho do Sabugal, na bacia superior do rio Côa, portanto muito a montante do Parque Arqueológico do Vale do Côa.
O arqueólogo da Câmara Municipal do Sabugal, Marcos Osório, disse à Lusa que entre 2004 e 2010, foram localizados quatro painéis de gravuras em três locais distintos do concelho onde nasce o Côa, que são agora divulgados na revista «Sabucale», editada pelo Museu do Sabugal.
«As gravuras do Côa vão desde o período do Paleolítico até a épocas históricas mais recentes, e estas estão apenas circunscritas a uma cronologia restrita, em torno da Idade do Bronze Médio ou do Bronze Final, no II milénio antes de Cristo», revelou o arqueólogo à Lusa.
«As representações não são figurativas, com animais, como as mais famosas e antigas do Parque Arqueológico do Vale do Côa, mas são de carácter geométrico e esquemático: espirais, meandros, círculos, reticulados», explicou ainda.
O responsável considera que os achados são importantes para o concelho e para a região, pois não se conheciam representações de arte rupestre dentro dos limites do município, que fica a 65 quilómetros do sítio da Faia (Cidadelhe, Pinhel), «onde se encontra o núcleo meridional das gravuras do Vale do Côa».
Dois dos achados foram localizados em Vilar Maior, um na Bendada e outro em Pousafoles do Bispo.
O novo número (o terceiro) da revista Sabucale, é em grande parte dedicada à arte rupestre descoberta no concelho, contendo ainda artigos referentes ao bicentenário da Batalha do Sabugal, e o centenário da implantação da República. Na vertente etnográfica é publicado o texto da «oração de sapiência» proferida no II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, da autoria de João Luís Inês Vaz, além de um outro artigo acerca das alminhas.
plb
O drama cíclico dos incêndios teve este ano a particularidade, nunca até agora observada, de deflagrarem diariamente mais fogos no Outono do que no Verão. O maior desses incêndios aconteceu na Bendada, no concelho do Sabugal, onde arderam 1.720 hectares de floresta e mato.
Segundo uma notícia veiculada pelo Correio da Manhã, a estação que precede o Inverno, que ainda vai a meio, regista uma média diária de incêndios florestais superior à registada nos meses de Verão, inclusive Agosto, aquele em que é habitual haver mais ocorrências.
A maior parte da área ardida neste período situa-se a Norte. Foi aí que ocorreu a grande maioria dos grandes fogos e os distritos com maior número de ocorrências e área ardida. Os seis distritos mais atingidos, com áreas queimadas acima dos cinco mil hectares, estão a norte do Mondego, concentrando 44.717 dos 57.638 hectares ardidos a nível nacional.
De igual modo, é também a Norte que se encontram seis dos sete distritos com mais de mil ocorrências (ignições) desde o início do ano. Apenas Lisboa foge à regra (1291 ignições). No conjunto, registam 17.853 dos 22.392 fogos que deflagraram até ao passado sábado. O concelho de Torre de Moncorvo, com 2.760 hectares consumidos pelas chamas em apenas dois incêndios, é o que regista os piores resultados entre os dez municípios com fogos acima dos 600 hectares. Mas o incêndio de maior dimensão aconteceu no concelho do o Sabugal, onde as chamas destruíram, na Bendada, 1.720 hectares.
O número de ocorrências desde Janeiro supera em 1.478 as registadas no mesmo período do ano de 2010, mas a área ardida é inferior em 73.318 hectares.
plb
Foi efusiva a festa dos sabugalenses em Lisboa, por ocasião da 33.ª Capeia Arraiana organizada pela Casa do Concelho do Sabugal, que mais uma vez teve lugar na praça de touros do Campo Pequeno.
A tarde do dia 5 de Junho, sábado, foi de grande convívio entre os naturais e amigos do concelho do Sabugal, que se juntaram para celebrar a sua maior tradição: a capeia arraiana. Muitos vieram de variadas terras do concelho do Sabugal, em autocarros e veículos ligeiros, juntando-se aos que igualmente vieram de outras terras distantes e aos que estão radicados na zona da Grande Lisboa e também acorreram ao local.
Antes da entrada no recinto, já os amigos, que se não viam há longa data, se saudavam e abraçavam, para depois avançarem para o interior da praça, nas bancadas, para assistirem ao espectáculo. O pedido da praça seguiu o ritual instituído, com o Hélder Neves e o Esteves Carreirinha a abrirem o desfile, que irrompeu pela arena. Seguiam-nos os bombos de Aldeia da Ponte, os bombeiros voluntários do Sabugal e do Soito, a centenária Banda Filarmónica da Bendada, o Grupo Etnográfico de Sortelha e os representantes de algumas aldeias, sendo especialmente notados os do Ozendo e os de Ruivós.
Feito o pedido da praça, vieram as palavras de circunstância, proferidas pelo presidente da direcção da Casa, pelo presidente da Câmara Municipal do Sabugal e pelo Governador Civil da Guarda. Depois foi a vez do espectáculo, com seis belos touros da ganadaria de José Dias, de Benavente. Nas bancadas a alegria foi contagiante, assim como o foi o convívio que se proporcionou nos bares, onde grupos de amigos se reuniram a beber e a conversar.
Finda a tourada do forcão a «malta» juntou-se no ringue junto à praça, onde a pândega teve lugar. Chouriças, morcelas, entremeada, entrecosto e sardinhas saltaram para as grelhas, ao mesmo tempo que a cerveja o vinho e os refrigerantes matavam a sede e serviam de mote a fartas e contagiantes conversas.
Já noite dentro os derradeiros convivas abandonaram o local, regressando a suas casas. O convívio dos aficionados seguir-se-á em breve com a abertura da época das capeias, que em Agosto animarão as aldeias raianas do concelho do Sabugal.
plb
A localidade de Trigais pertencente à freguesia da Bendada, concelho do Sabugal aparece nos Censos 2011 para ser recenseada na freguesia das Inguias, no concelho de Belmonte. Será caso único em Portugal?

Como é do conhecimento de todos, tiveram início, no passado dia 7 de Março, em todo o território nacional, os Censos 2011. É um processo que é feito de 10 em 10 anos, pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) e consiste na contagem das pessoas e dos edifícios em território nacional e se as pessoas estão presentes ou ausentes, no chamado momento censitário, bem como da verificação das condições das habitações em áreas previamente delimitadas pelo Instituto Geográfico Português, ou seja, por áreas geográficas das freguesias, ou, pelo menos, assim deveria ser. Como diz o ditado: «O seu a seu dono.»
Até aqui tudo certo. O insólito acontece quando a localidade de Trigais, que pertence à freguesia da Bendada, concelho do Sabugal, onde há sensivelmente dois meses os seus eleitores exerceram o direito de voto na secção de voto da freguesia da Bendada instalada neste local, aparece agora quase na sua totalidade para ser recenseada na freguesia de Inguías, concelho de Belmonte. Assim a maioria dos habitantes desta localidade, pertencentes à freguesia da Bendada vai contar para o número de habitantes de outra freguesia, de outro concelho e até, de outro distrito.
Penso que esta divisão tem como base um acordo que ocorreu nos censos de 2001, entre os Municípios do Sabugal e de Belmonte e das Freguesias de Bendada e Inguias, para ultrapassar um imbróglio que surgiu, quando os Trigais apareciam na cartografia das duas freguesias e também ao enorme anseio que Belmonte nutre para ver esta localidade pertencer ao seu território. Este acordo efectuado em 2001, entre Sabugal e Belmonte, a meu ver, foi um erro crasso, que pessoalmente sempre questionei, e fui alertando a quem de superior a mim tem responsabilidades no assunto, que tal situação poderia voltar acontecer.
Mas por ironia do destino em 2011 sou Presidente da Freguesia da Bendada e, como as autarquias participam activamente nos censos, por inerência do cargo que ocupo, fui chamado para coordenador de freguesia, iniciando a respectiva formação com os restantes colegas. Tudo corria bem até ao momento em que tive conhecimento que os limites da freguesia da Bendada, no que diz respeito à localidade de Trigais se encontrava no espaço correspondente à freguesia de Inguias, Concelho de Belmonte. De imediato manifestei o meu repúdio e descontentamento pela situação, demonstrando a minha indisponibilidade para coordenar estes trabalhos, com os quais eu não posso concordar, acatando tais limites. «Qual o pastor que gosta de ver as suas ovelhas levadas para outro rebanho?» Como Presidente de Junta eleito, tenho, não só o direito, como tenho muito mais o dever, de defender os interesses da minha freguesia, não podendo nunca compactuar com tais decisões, não podendo aplaudir ou, muito menos ajudar, a saída de pessoas da minha freguesia para outra. Por estas razões abandonei as funções de coordenador de freguesia para os Censos 2011. Caso este facto se concretize deve ser inédito no país, os habitantes de uma freguesia contarem para a população de outra freguesia de outro concelho e distrito diferentes, deixo o meu apelo a quem de direito, e tenha poder sobre tal corrija tal incoerência.
Jorge Manuel Dias
Presidente da Junta de Freguesia da Bendada
1 – A ampliação da pesquisa «Trigais» no Google Earth indica «Trigais, Belmonte, Portugal». Estranho e curioso.
2 – Convém recordar o artigo de Opinião de José Morgado Carvalho datado de 15 de Março de 2009. Aqui.
jcl
No concelho do Sabugal apenas três escolas do primeiro ciclo do ensino básico cumprirão, no próximo ano lectivo, os critérios do Ministério da Educação para poderem continuar abertas. As escolas com menos de 20 alunos poderão ter de fechar, mau grado a Câmara do Sabugal estar empenhada em o evitar.
Para o ano lectivo 2011/2012 o executivo camarário aprovou por unanimidade, na reunião de 2 de Março passado, manter a deliberação tomada nos anos anteriores de não concordar com o encerramento de escolas no concelho. A razão prende-se com o investimento feito nos últimos anos nas diversas escolas e com o encargo financeiro assumido com a rede de transportes escolares.
O concelho do Sabugal terá no próximo ano lectivo 315 alunos no ensino básico. A Escola Básica do Sabugal, com 155 alunos, a do Soito, com 41, e a de Aldeia de Santo António, com 21, são as únicas que cumprem o critério governamental para poderem continuar a funcionar.
Mau grado a posição assumida pela Câmara, as restantes oito escolas, não terão alunos suficientes para poderem garantir manter-se de portas abertas.
Em pior posição está Vila Boa, que prevê ter apenas sete alunos. Surgem depois Aldeia da Ponte, que terá 10, Bendada e Rapoula, que terão 11, Aldeia Velha, com 13, Ruvina e Santo Estêvão, ambas com 15, e a Cerdeira, com 16.
A Carta Educativa do Concelho do Sabugal, aprovada na Assembleia Municipal de 27 de Abril de 2007, prevê que o concelho venha a ter quatro centros educativos: na Bendada, no Sabugal (a construir de raiz), no Soito e na Cerdeira (junto com a Ruvina). Teme-se porém que o processo de despopulação do concelho, continue a fazer diminuir de tal forma o número de crianças nas aldeias, que nem para esses centos existam alunos.
Bem revelador do problema parece ser o facto de nem as duas escolas ligadas à Liga dos Servos de Jesus, situadas na Cerdeira e na Ruvina, conseguirem garantir o cumprimento dos critérios exigidos pelo ministério da Educação para a sua continuidade.
plb
A tradição voltou a ser o que era! O Madeiro tradição na maioria das aldeias do Interior, voltou, neste ano de 2010 a ser dos jovens Bendadenses.
Uns quinze ou vinte dias antes do Natal, um grupo de jovens, movidos por um sentimento tradicionalista, que nunca esqueceram, juntaram-se e com ajuda de um tractor pertencente à Junta de Freguesia e de um reboque de um agricultor da terra que gentilmente o emprestou, decidiram ir cortar o «madeiro» que, como em anos anteriores há-de arder no meio do largo da Igreja Matriz para aquecer o menino.
O entusiasmo dominou todo aquele grupo de jovens, desde que se começou a cortar até carregá-lo para cima do tractor e pô-lo em movimento.
E aí foram eles a caminho da aldeia, bem carregados, ao som da confusa algazarra.
Para espanto de todos e quando chegaram ao largo da Igreja, muita gente cheia de curiosidade, vem ver que tal é o «madeiro» deste ano, e que, muito em breve há-de arder. Com a ajuda de uma máquina de um empresário da terra, as gentes de todas as classes e idades observam e acompanham o descarregar do «madeiro» e admiram o tamanho e volume do mesmo.
No dia 24 de Dezembro por volta das 21 horas lá se acendeu o «madeiro», este ano com muita dificuldade, devido à lenha estar bastante molhada, mas lá se conseguiu para alegria dos presentes.
Seguiu-se então mais um dos momentos altos da noite com a celebração da tradicional missa do galo, este ano com maior significado, pois não acontecia há largos anos.
Por fim continuou o convívio à volta da fogueira, com conversas e este ano também com cânticos. Um momento em que a reunião familiar se estendeu à reunião da aldeia. Um momento verdadeiramente mágico!
Audição de Natal na Escola de Música da Bendada
No dia 27 de Dezembro, pelas 20h30m realizou-se mais uma audição de Natal da Escola de Música da Filarmónica Bendadense, essencialmente destinada a todos os Pais dos alunos que a frequentam.
Foram brindados com peças de instrumentistas de flauta transversal, clarinete, guitarra, violino e saxofone alto.
De seguida foram interpretadas 3 peças no instrumental Orff de acordo com a época festiva em questão.
A Audição terminou com a actuação de alguns elementos da SFB que interpretaram 2 peças tradicionais Portuguesas, onde aqui o público pode mostrar os seus dotes vocais.
Foi sem dúvida um pequeno momento musical bastante agradável.
Filipe Fernandes
A Sociedade Filarmónica Bendadense, eleva às suas gentes uma responsabilidade acrescida sobre a forma de fazer cultura e história na sua terra, a freguesia da Bendada, no concelho do Sabugal. E foi com todo o espírito social e com muita vontade desta gente, que em 1870 se fundou a Sociedade Filarmónica Bendadense.

Apesar destes 140 anos sem qualquer interrupção, esta permanência acentuada ao longo dos tempos só foi possibilitada por uma enorme força de vontade de algumas pessoas que criaram e desenvolveram a Escola de Música, incutindo nos jovens o gosto pela música e consequente aprendizagem para o ingresso na Banda Filarmónica.
«Não existe nenhuma banda filarmónica que possa resistir se não tiver uma escola de música que permita renovar constantemente os seus quadros de pessoal, sob pena de se extinguir, uma vez que, nesta região as condições de fixação da população são bastante reduzidas, o que está na base de fenómenos de emigração. O papel da Escola de Música é fundamental neste apoio e suporte de formação que concede à banda. Antes de se aprender a tocar um instrumento, existem alguns conteúdos teóricos que é necessário apreender e sem os quais é impossível executar qualquer tipo de instrumento.»
Ao longo destes anos todos muita gente vestiu o uniforme da banda. Este número aparentemente elevado de instrumentistas apresenta duas perspectivas de análise: por um lado, demonstra o gosto das pessoas em pertencer à Banda; por outro, evidencia os imensos obstáculos à fixação das pessoas em terras do interior, que imigram em busca de melhores condições de vida.
«Tivemos elementos que passaram pela Escola de Música e, posteriormente, integraram a banda. No entanto, quando conseguiam atingir um patamar mais elevado na formação e se assumiam como executantes de qualidade, tinham que abandonar a banda porque não tinham condições de fixação no concelho: uns iam estudar para fora, outros emigravam à procura de melhores condições de vida, o que faz deste aspecto a maior dificuldade da banda.»
Tem sido ao longo destes anos, a Escola de Música da Banda, um impulso e uma forma saudável de considerar a Banda um elemento cultural de elevado nível de qualidade. É certo que essa qualidade singular lhe tem dado grandes possibilidades de participar em inúmeras festividades culturais e religiosas, pelos mais diversos pontos do País, sobretudo na região, que é suficientemente esclarecedor quanto à importância de actuar noutras terras: «Já tivemos anos de fazer entre 20 e 25 actuações, distribuídas por várias regiões. Isto é bom porque quanto mais longe formos, mais somos conhecidos, assim como a nossa terra, porque a Banda é um autêntico veículo transmissor da cultura, da música, dos hábitos e dos costumes da nossa terra.»
A Banda Musical da Bendada apresenta-se, actualmente, com cerca de 30 elementos, com idades compreendidas entre os nove e os 50 anos, o que faz dela uma Banda relativamente jovem.
Os jovens acabam por ser seleccionados gradualmente, a sua participação e assiduidade nos ensaios é fundamental para a sua formação e possível ingresso na Banda. Contudo, as desistências aparecem ao longo dos anos, e são efectivamente uma das grandes preocupações do grupo, uma vez que depois do instrumentista estar habilitado para desenvolver um trabalho correcto, desiste, por questões particulares ou profissionais.
É certo que as dificuldades são grandes, no entanto a Banda tem conseguido sobreviver à desertificação e, de certa forma, tem desenvolvido em muitas crianças o gosto pela música e, ao mesmo tempo, tem contribuído, não só para o desenvolvimento cultural do concelho e região, como também contribuiu e continua a contribuir para a formação integral de quem executou e executa um instrumento, como também para quem a escuta nas várias actuações realizadas ao longo destes anos.
Representa, com toda a certeza, as gentes da Bendada, dignifica o nome da sua terra, onde tem sido muito acarinhada, e é com grande espírito de sacrifício que se tem caracterizado como uma forma de desenvolvimento cultural e integral das pessoas desta terra ao longo da sua existência.
«É de salientar que representa um motivo de orgulho para todos os habitantes da Aldeia e do concelho visto ser a única, principalmente para aqueles que trabalharam e se sacrificaram e para todos aqueles que hoje continuam a trabalhar e a sacrificar-se, para que a banda pudesse atingir o nível em que se encontra.»
Filipe Fernandes
(Presidente da Direcção)
Mais um novo ano escolar que começa e com eles os velhos e desgastados problemas! Numa era em que o encerramento de escolas continua na ordem do dia e, cada vez mais a ser a política adoptada pelo nosso Ministério de Educação, várias questões se nos impõe! Com o crescente número de encerramento de escolas, estaremos realmente a salvaguardar o real interesse dos alunos, das suas aprendizagens e das suas famílias? E para além disso também da comunidade em que se inserem?
Muitos argumentarão que o parque escolar tem tendencialmente vindo a descer, que o número de alunos por escola é cada vez menor, que não é comportável manter abertas escolas assim, que o rendimento escolar dos alunos é menor, etc… etc… E eu acrescento, blá, blá, blá! O que move efectivamente o encerramento de cada vez mais escolas por parte do governo e do Ministério da Educação são motivações meramente economicistas! Menos escolas, menos professores, menos auxiliares, menos dinheiro gasto! E os alunos, e as famílias e as comunidades?
Os alunos não são meros números nem estatísticas, são seres humanos, são crianças, muitas delas de tenra idade, que necessitam de um ambiente adequado para desenvolver as suas capacidades e aprendizagens. Deslocá-las mais de 20 quilómetros (no caso da nossa freguesia) do meio que as viu nascer e crescer, do local onde criaram a sua identidade, dos seus espaços de referência, do seu professor dos seus colegas e amigos (já de si poucos) será isso realmente benéfico ao seu crescimento enquanto pessoas e cidadãos
Será essa transferência de alunos acompanhadas necessárias condições: ocupação dos tempos livres; criação de espaços adequados e não «tudo ao monte e fé em Deus»; transportes seguros; refeições adequadas; colocação de Auxiliares de Acção Educativa em número suficiente e com formação adequada?? São tudo questões pertinentes e que preocupam os nossos pais e Encarregados de Educação!! Não basta irem para a comunicação social propagandearem os «Magalhães»!! A aprendizagem vai muito além disso!!
E como se tudo isso não bastasse temos o problema cada vez mais gritante da desertificação das nossas aldeias, muitas delas, como a nossa, bem vivas em usos e costumes! Quem dará continuidade a isso, às nossas tradições, às nossas raízes, se, desde já, nos «roubam» o nosso futuro que são as crianças?? Sim, porque não tenhamos ilusões, a nossa população vai ficando cada vez mais envelhecida e de dia para dia vão desaparecendo «os filhos da terra» os que a sentem verdadeiramente no sangue, que a sentem como sua! Por isso se impõe uma reflexão profunda sobre o fecho das escolas com o perigo cada vez mais crescente da nossa perda de identidade como pessoas e cidadãos de pleno direito de uma comunidade!
A Junta de Freguesia da Bendada, na pessoa do seu Presidente, deseja a todos os alunos, pais, encarregados de educação e restante comunidade educativa os votos de um excelente ano lectivo!
Jorge Dias
(Presidente da Junta de Freguesia da Bendada)
Ao fim de seis noites a Semana Cultural «Serões na Aldeia» chegou ao fim na Bendada. Pensei não escrever estas linhas, pois muitos leitores vão pensar que sou parcial, visto que presido à entidade organizadora do evento, mas penso que pela dimensão do mesmo e pelo que sou uma pessoa livre tenho não só o dever como também o direito de o fazer.
Com algum cansaço e sacrifício da nossa parte, conseguiu-se que os «Serões na Aldeia» chegasse a bom porto e que satisfizesse a vontade de quem nos deu o prazer de estar presente.
Foi o primeiro ano dos «Serões na Aldeia» que superou as expectativas que pelos desabafos de parabéns e obrigados de muitas pessoas também a satisfação estava dentro delas, como alguém dizia «a Bendada juntou-se ao Serão».
Sendo a primeira vez que o evento foi organizado há sempre algo que não corre como desejamos, daí as nossas desculpas se algo correu menos bem.
Pela manifestação das pessoas que participaram é um projecto para continuar, as linhas mestras estão definidas para os próximos anos, talvez noutros moldes com a participação directa e activa das associações.
Nesta primeira edição de «Serões na Aldeia» para além da oferta da música ao povo, homenageou-se um músico da terra, o acordeonista Sr. Alfredo Antunes, que ao longo da sua grande carreira levou o nome da Bendada e do concelho do Sabugal aos quatro cantos de Portugal. Na cerimónia de homenagem esteve presente o Sr. Governador Civil da Guarda Dr. Santinho Pacheco e em representação do Município do Sabugal a Sra. Vice-Presidente Dra. Delfina Leal e o Sr. Vereador Ernesto Cunha. Noutro dia esteve também presente o Sr. Vítor Proença, chefe de gabinete do Sr. Presidente da Câmara Municipal do Sabugal.
Desde já um muito obrigado a todos pela presença na Bendada.
Quero agradecer publicamente a todos os grupos que actuaram nos «Serões na Aldeia», a todas as pessoas que estiveram presentes durante estas seis noites, a todas as entidades que colaboraram e todos aqueles que directa ou indirectamente ajudaram para que esta semana cultural tivesse êxito.
Jorge Dias
Presidente da Junta de Freguesia da Bendada
Que grande festa na Bendada! No dia 11 de Agosto de 2010 a aldeia da música engalanou-se para receber as centenas de amigos que marcaram presença nos 140 anos da Sociedade Filarmónica Bendadense.

Esteve tudo muito bem, as bandas convidadas, a banda aniversariante, que nos encantaram com uma bela arruada seguido de um jantar volante.
Após o repasto fomos brindados por um concerto de todas as filarmónicas, pautado por um intervalo para a troca de presentes e lembranças, seguidamente cantaram-se os parabéns acompanhado de um saboroso bolo de aniversário.
Esteve muita gente, mesmo muita gente, como há muito tempo não se via na Bendada.
Mais uma vez parabéns e obrigado por nos proporcionarem esta festa.
Como autarca da Freguesia agradeço a todos os que nos deram o prazer da sua presença, um obrigado especial ao Sr. Governador Civil que na impossibilidade de estar presente se dignou fazer representar, ao Sr. Presidente do Município do Sabugal, bem como todo o executivo presente.
Quero enaltecer mais uma vez o trabalho e dedicação da direcção e músicos da Sociedade Filarmónica Bendadense por nos proporcionar estes magníficos momentos, quer musicais quer de convívio e não esquecendo nunca de elevar e dignificar o nome da Bendada.
Os 140 anos já fazem parte do passado. Vamos caminhar para comemorar com muita música os 150 anos.
Jorge Manuel Dias
(Presidente da Junta de Freguesia da Bendada)
Que grande festa na Bendada! No dia 11 de Agosto de 2010 a aldeia da música engalanou-se para receber as centenas de amigos que marcaram presença nos 140 anos da Sociedade Filarmónica Bendadense.
GALERIA DE IMAGENS – 140 ANOS BANDA DA BENDADA – 11-8-2010 |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
jcl
Que grande festa na Bendada! No dia 11 de Agosto de 2010 a aldeia da música engalanou-se para receber as centenas de amigos que marcaram presença nos 140 anos da Sociedade Filarmónica Bendadense.
GALERIA DE IMAGENS – 140 ANOS BANDA DA BENDADA – 11-8-2010 |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
jcl
A Banda Filarmónica da Bendada, comemora 140 anos de existência em constante actividade, o que motiva a realização de um concerto evocativo no Auditório Municipal do Sabugal, no próximo dia 5 de Junho.

A Sociedade Filarmónica Bendadense foi fundada em 1870 e prestou ao longo da sua existência importantes serviços ao concelho do Sabugal, actuando em diversos eventos por todo o país e além fronteiras.
A filarmónica da Bendada manteve-se em actividade ininterrupta, ano após ano, fazendo frente às contrariedades e contando sobretudo com o carinho e o apoio da população local. Foi através da banda que muitos jovens da Bendada e das aldeias próximas aprenderam música, assim se superando a falta desse tipo de ensino.
Actualmente a Banda da Bendada é composta por trinta músicos, na sua maior parte jovens. Mantém um grande dinamismo, mau grado o problema da desertificação das aldeias, actuando de forma constante em cerimónias de cariz religioso, em actos solenes públicos, em festivais e em concertos musicais. No Verão o seu calendário de actuações é muito exigente, percorrendo constantemente as estradas do país, de Norte a Sul, em actuações sucessivas, levando não apenas o nome da Bendada, mas também o do concelho do Sabugal.
À laia de evocação dos 140 anos da Sociedade Filarmónica, a mesma actuará no Auditório Municipal do Sabugal, dia 5 de Junho, Sábado, pelas 21:30 horas. O evento foi programado pela Câmara Municipal do Sabugal, que assim presta tributo à banda filarmónica do concelho.
plb
José Maria Videira nasceu na Bendada, freguesia do concelho de Sabugal, em 26 de Abril de 1896. Este foi um homem da velha tempera das gentes da Riba-Côa, daqueles de «antes quebrar que torcer». Como já há poucos, muito poucos, apesar de tudo o que se diz. Quem arriscaria, hoje, o que este verdadeiro patriota arriscou?
Republicano e revolucionário convicto, combateu, em França, na Guerra de 1914/1918.
Bateu-se pela liberdade e pela democracia para os portugueses e pagou bem cara essa sua luta.
Sofreu a prisão, a deportação e a tortura.
Por ser o líder da Organização Revolucionária dos Sargentos, organização considerada ilegal e subversiva pelo regime fascista de Salazar foi deportado para Santa Cruz da Graciosa (Açores). Enquanto esteve deportado nos Açores ensinou a ler e a escrever vários analfabetos ali existentes, que o homenagearam com um documento onde apuseram as suas assinaturas.
Era um homem para quem a instrução e a educação de todos os homens eram valores prioritários.
Da deportação nos Açores foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde (aquele que alguns saudosistas do anterior regime dizem nunca ter existido ou não ter passado de um campo de férias), onde esteve em companhia de muitos outros presos políticos anarco-sindicalistas, comunistas, socialistas (da velha cepa) ou outros antifascistas.
Foi elogiado por outros combatentes contra o regime ditatorial como Emídio Santana e Correia Pires (anarco-sindicalistas, o primeiro dos quais conhecido por ser um dos organizadores do célebre atentado ao ditador), Josué Martins Romão (que esteve na revolta dos marinheiros e preso com ele no Tarrafal), Raul Rego (jornalista e político) e Manuel João da Palma Carlos (advogado e seu defensor).
Como é natural tinha ficha na PIDE, com muitas anotações, como se pode ver na imagem.
Faleceu em Lisboa em 16 de Junho de 1976, já depois de ter sentido o sabor da liberdade conquistada em 25 de Abril de 1974, pela qual se bateu uma vida inteira.
O seu irmão Joaquim Videira, também nascido na Bendada, tinha a patente de tenente e esteve em Lisboa nas barricadas do 5 de Outubro de 1910.
Devido à sua actividade política como republicano e democrata foi deportado pelo regime de Salazar para Cabo Verde, S.Tomé e para Timor. Foi preso várias vezes pela PIDE. Morreu e foi sepultado em Lisboa.
Sem me querer imiscuir em assuntos internos da Bendada, julgo que seria de toda a justiça a existência de uma rua com o seu nome na freguesia que o viu nascer.
Também se deverá colocar à consideração da Comissão de Toponímia eleita pela Assembleia Municipal e constituída pelos deputados Joaquim Brázia, João Manata, José Clemente e Fátima Neves que tenham em consideração este ilustre sabugalense para o nome de uma rua na sede do concelho.
João Videira Santos, neto de José Maria Videira e primo do dono do Mini Mercado Videira, na Bendada, que descobri nas minhas andanças de melómano (já que esteve ligado ao «ié ié» português como autor de canções do grupo da década de 1960 «Os Keepers») tem um orgulho imenso no seu avô e o caso não é para menos.
Como político que sou (e faço gala de o ser) eu próprio me sinto orgulhoso por ter existido no concelho de Sabugal uma personalidade com a dimensão de José Maria Videira.
«Memória, Memórias…», opinião de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
As Juntas de Freguesia da Bendada, Casteleiro, Moita, Santo Estevão e Sortelha, em reunião realizada no dia 31 de Janeiro, no Casteleiro, deliberaram iniciar o processo de constituição da Associação de Freguesias «Terras Quentes do Concelho do Sabugal».
No decurso da reunião, que juntou todos os elementos dos executivos das Juntas das cinco Freguesias, foi constituída uma Comissão Instaladora integrada pelos presidentes de Junta que, nos termos da Lei n.º 175/99, irá promover todas as diligências necessárias à constituição da Associação através de escritura pública.
Com esta iniciativa, pretendem os signatários vir a realizar acções de interesse comum, cooperando e reunindo mais-valias para o desenvolvimento sustentado das suas Freguesias e do território geograficamente contíguo em que se localizam.
Sob o signo do «Azeite», a Associação de Freguesias «Terras Quentes do Concelho do Sabugal», será a primeira do género no Concelho do Sabugal.
Associação de Freguesias «Terras Quentes do Concelho do Sabugal»
Nos Fóios vai viver-se a noite de reveillon no pavilhão local, onde será servido um suculento jantar e haverá baile pela noite dentro, assim se dando as boas vindas ao ano 2010. Outras terras do concelho têm também previstas festas de passagem de ano.
Segundo uma nota que nos foi enviada pelo presidente da Junta de Freguesia dos Fóios, José Manuel Campos, a ementa tem por aperitivos marisco e salgados e como pratos quentes haverá arroz de polvo e leitão com salada. Haverá ainda sobremesas variadas, servidas em buffet, e como bebidas estará disponível vinho (tinto e branco), água e refrigerantes. Também haverá café e digestivos. Às 2 da madrugada será servido caldo verde.
Também no Sabugal está previsto um reveillon, desta feita no Raihotel, onde se realizará um jantar da gala com música ao vivo. A ementa é composta por creme de espargos, bacalhau no forno com broa, nacos de vitela enrolados em bacon com arroz de frutos secos, crepe com gelado e frutos silvestres. Haverá também carnes frias, mariscos, queijos, fruta e um sortido de sobremesas. Aqui o caldo verde é servido à meia-noite, no preciso momento em que se comemora a entrada no ano 2010.
Rebelhos, aldeia do lado sul do concelho do Sabugal terá também a sua festa de passagem de ano, organizada pelo Grupo Desportivo e Cultural de Rebelhos.
O mesmo acontecerá em Aldeia do Bispo, terra raiana onde a Associação da Mocidade de Aldeia do Bispo prepara uma festa, a realizar no pavilhão do Lar de Santo Antão.
Também a Associação Cultural e Recreativa da Torre, aldeia da freguesia do Sabugal, terá a sua festa na sede da associação.
Outra passagem de ano prevista é na Bendada, terra sulista do concelho, que espera encher de gente a Associação dos Amigos do Progresso da Bendada na noite do dia 31 de Dezembro.
O Centro Cultural e Recreativo de Alfaiates, também meteu mãos à obra e organizou um jantar seguido de baile pela noite dentro.
A aldeia serrana de Malcata também junta o povo para o festejo, o que acontecerá na Associação Cultural e Desportiva de Malcata. A novidade é a presença de uma discoteca móvel, que animará a malta jovem pela noite dentro.
Em Ruivós a festa está prevista para o salão de festas da aldeia e a organização pertence a respectiva Junta de Freguesia.
Também no Ozendo tudo está a postos para uma festa que marque uma entrada em grande o novo ano. O convívio acontecerá na Associação Recreativa e Cultural do Ozendo.
A Rapoula do Côa realizou já o seu convívio do dia 26 de Dezembro, como um jantar de natal, organizado pela Junta de Freguesia, Associação Recreativa e Cultural e Centro de Dia. O mesmo sucedeu nos Forcalhos, onde os habitantes da aldeia reuniram para uma inédita ceia de natal no dia 18 de Dezembro.
plb
A «Imagem do dia» e a «Imagem da Semana» são dois destaques em imagens sobre acontecimentos, momentos ou recordações relevantes. Ficamos à espera que nos envie a sua memória fotográfica para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com
Local: Junto à Casa dos Britos no Sabugal.
Legenda: Bendada foi a vencedora do prémio da melhor representação alegórica com o carro-cisne.
Autoria: Desconhecido.
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