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A Câmara Municipal do Sabugal está há longo tempo a negociar a aquisição de um prédio urbano tendo em vista livrar a paisagem da sua presença inestética.
Trata-se de um edifício erigido em blocos de cimento, inacabado, sem qualquer reboco, que durante anos acolheu uma oficina de reparação de automóveis. Actualmente acumula entulho, os vidros janelas estão partidos, o mato cresce-lhe no interior, parecendo uma casa fantasma.
Implantado no cruzamento onde se toma a estrada para a Aldeia de Santo António, a Urgueira e a aldeia histórica de Sortelha, o prédio devoluto causa má impressão e polui a paisagem. Essa é a razão pela qual o Município tenta adquirir o terreno, como forma de assim livrar a estrada de tal empecilho. Mas o tempo passa com sucessivas propostas e contrapropostas.
Porém, informou-nos quem sabe, que o acordo está prestes a ser alcançado, por uma verba que poderá rondar os 45 mil euros. Assim sendo, presumimos que a breve trecho haverá condições para que o colosso inestético seja erradicado do cruzamento da estrada de Sortelha.
plb
O próximo fim-de-semana, dias 22 e 23 de Setembro, a aldeia histórica de Sortelha, no concelho do Sabugal, revive as tradições medievais com a recriação histórica da vida antiga.
As vetustas muralhas delimitarão o espaço onde acontecerá a recriação da Idade Média. Feira quinhentista, tabernas de comes e bebes, casa de câmbios, arena de torneios, casa de trajes, tudo fará da parte ds evocação da vila antiga, na época do seu esplendor.
Os actores do grupo de teatro Vivarte levarão a Sortelha a representação de diferentes cenas históricas, como torneios de armas, cortejos senhoriais, mensagens de arautos, danças mouriscas, malabarismos, autos de fé, fazendo reviver-se o tempo em que reinava em Portugal El-rei D. João III.
A iniciativa é da Câmara Municipal do Sabugal.
Uma boa oportunidade para ir a sortelha e aí integrar essa viagem na história, que acontecerá no perímetro das muralhas.
plb
Nos dias 22 e 23 de Setembro, a antiga vila medieval de Sortelha, no concelho do Sabugal, viaja ao encontro da história, revivendo os seus tempos de esplendor, quando era uma importante praça fortificada.
O evento inicia-se às 12:00 horas do dia 22 (sábado) com a abertura do mercado medieval, que terá tendas e tabernas à moda antiga. Nesse mesmo dia o programa horário segue com esta cronologia:
15:00: cortejo régio para receber El-Rei D. João III, o monarca lusitano que ocupou o trono de 1521 a 1557.
16:00: um mensageiro anuncia o início das negociações com Espanha da posse das riquíssimas ilhas Molucas.
17:00: disputa de um torneio de Armas a Cavalo.
19:00: um mensageiro traz novas sobre o império português no Oriente.
21:00: leitura de em edital régio acerca da colonização do Brasil.
23:00: espectáculo de malabares de fogo sobre a lenda do anel mágico de Sortelha.
No domingo, dia 23, a iniciativa Muralhas com História terá continuidade, obedecendo ao seguinte programa:
12:00: reabertura do mercado medieval.
13:00: visita do meirinho aos tendeiros e mestrais.
15:00: cortejo de fidalgos e demonstração de armas.
16:00: Anúncio do decreto régio que eleva Sortelha a cabeça de condado, seguido de folguedos com danças mouriscas e Suffi.
17:00: leitura de um auto com a notícia da introdução da Inquisição em Portugal.
18:00: representação de um auto de fé.
19:00: Aclamação de D. Sebastião como sucessor do trono de Portugal.
20:00: comeres e beberes nas tabernas do burgo.
22:00: encerramento dos festejos.
A representação dos tempos medievais é este ano alusiva ao reinado de D. João III, o rei piedoso e muito crente que herdou e administrou um império vastíssimo, que se estendia à África, ilhas atlânticas, Brasil, Índias e outras possessões portuguesas no Oriente. Iniciou a colonização do Brasil e introduziu a inquisição em Portugal. D. João III casou com Catarina da Áustria, infanta de Espanha, irmã mais nova do imperador Carlos V. O rei foi para além de inábil na governação (segundo a opinião da maioria dos historiadores), também muito infeliz, pois viu morrer todos os nove filhos que teve, tendo de deixar a coroa ao seu neto Sebastião.
A animação está a cargo da companhia de teatro Vivarte, um grupo dramaturgico, que funde a representação teatral com a recriação histórica enquadra no cenário onde actua.
A organização é da Câmara Municipal do Sabugal, que conta com apoio de fundos europeus para esta realização de animação da aldeia histórica de Sortelha.
plb
A Organização que recentemente trouxe os Agentes de Viagens ao Concelho do sabugal vai realizar mais uma iniciativa em favor da divulgação das nossas terras, apostando desta feita num «tour turístico» que mostrará aos interessados as nossas potencialidades.

Move-nos o amor à terra que nos viu nascer, às pessoas que aqui vivem e que fazem tudo para que este rincão do território português não morra e ultrapasse, pouco a pouco mas decididamente, a Crise que tanto nos preocupa. Pela nossa parte tudo faremos para que isto não aconteça.
Peço a todos os meus amigo e amigas que nos ajudem a divulgar e promover, dentro e fora de portas, todas as potencialidades do Turismo do Concelho do Sabugal. Agradecemos aos media a ajuda que nos têm prestado na divulgação dos nossos eventos.
O Concelho do Sabugal é um ilustre desconhecido no panorama nacional. Temos encontrado, e não são poucas, pessoas de diversos quadrantes que não sabem aonde fica nem conhecem o nosso Concelho. É triste mas é real. Uma região que tem para oferecer alguns dos melhores pratos gastronómicos de Portugal não se pode dar ao luxo de continuar a ser um ilustre desconhecido da maioria dos portugueses. Temos de ter orgulho do que sabemos fazer, do que somos capazes de fazer, do papel que desempenhámos ao longo da História, e, sobretudo, do que somos.
Convém não esquecer! Um concelho que tem uma Gastronomia como a nossa; um único Castelo de Cinco Quinas de que há memória; uma Aldeia Histórica como a de Sortelha uma ponte como a de Sequeiros; um monte como o Cabeço de S. Cornélio e o Cabeço das Fráguas; a Rota do Contrabando que nos liga à vizinha Espanha; um rio com a história do Rio Côa; serras como a das Mesas e a de Malcata; já para não falar dos inúmeros vestígios criptojudaicos um pouco por todo o lado não se pode dar ao luxo de continuar a ser um Ilustre Desconhecido. E que dizer da qualidade das carnes e enchidos da Beira?!
PROGRAMA
Sexta-feira, 13 de Julho
22.30h – Recepção de boas vindas aos visitantes na Casa do Castelo.
23.00h – Chegada ao RaiHotel.
Sábado, 14 de Julho
9.30h – Partida para o Centro Histórico do Sabugal [visita guiada ao Solar dos Britos, Museu, e Judiaria]
12.30h – Almoço buffet no Restaurante O Lei
15.00h – Partida para à Aldeia Histórica de Sortelha [visita guiada e apresentação de uma peça de teatro].
18.00h – Partida para uma Visita Guiada à Quinta dos Termos com prova de vinhos e degustação de enchidos, presuntos e queijo da região).
21.00h – Regresso ao RaiHotel
Domingo, 15 de Julho
10.00h – Partida para a Nascente do Côa, visita às Ruinas Lusitanas do Sabugal Velho. Visita a Alfaiates [ida ao Santuário de Sacaparte, ao Castelo e à Igreja da Misericórdia (aqui se realizou o casamento da Infanta D. Maria, filha de D. Afonso IV de Portugal, com Afonso XI de Castela).
13.00h – Almoço no Restaurante/Viveiro Trutalcôa.
14. 00h – Tarde desportiva/recreativa. Visita guiada ao Viveiro das Trutas.(os participantes poderão, se assim o entenderem, desfrutarem das óptimas condições que este lugar oferece, entre elas, dedicar-se à pesca da truta na charca do viveiro.
16.30h – Partida para o Sabugal.
Nota:
Os interessados poderão inscrever-se pelos telefones: 969272706 / 919176246 ou para o email: betcentral@hotmail.com.
Informamos que quem vier de Lisboa tem autocarros da transportadora Viúva Monteiro da Gare do Oriente ao Sabugal. Horário: Todas as Sextas-Feiras às 18 horas e chegada ao Sabugal às 22 horas. Aos Domingos tem do Sabugal as 18 horas com chegada a Lisboa às 22 horas.
Alberto Luís (Pela Organização)
O concelho do Sabugal é geograficamente trimorfe, economicamente biforme e historicamente policéfalo.
A policefalia resulta do facto de o nosso concelho, na sua actual definição territorial, abranger freguesias que até às ultimas reformas de JOSÉ DA SILVA PASSOS, pertenceram umas aos extintos municípios de SORTELHA, TOURO — a vila do Touro —ALFAIATES e VILAR MAIOR, todas as que já lhe pertenciam, e, ainda, uma, a de CERDEIRA DO COA, do desaparecido termo de CASTELO MENDO.
Como se sabe, com a irrupção do liberalismo e queda do ANTIGO REGIME, MOUSINHO DA SILVEIRA deu início a uma série de reformas marcadamente iconoclastas, porque todas elas tendentes a destruir o passado, cortando com a tradição.
Os seus principais executores receberam ápodos que a História registou e, de algum modo, sintetiza a obra de extinção por eles promovida.
V. g.
JOAQUIM ANTONIO DE AGUIAR — O MATA FRADES
Responsável pelo confisco dos bens da Igreja Católica, o encerramento dos conventos, a expulsão dos religiosos.
BENTO PEREIRA DO CARMO — O RASGA BANDEIRAS
Que decretou o fim das corporações de artes e ofícios, também conhecidas por grémios ou bandeiras e das Santas Casas da Misericórdia, nacionalizando a de Lisboa, que nunca mais recuperou o estatuto de associação de fiéis católicos, transformando-se em ludolândia ou seja em instituto nacional de jogos.
E, para o caso de que agora tratamos, o DEGOLA CONCELHOS que extinguiu cerca de oitocentos concelhos.
Só no distrito da Guarda, acabou com oitenta e seis, reduzindo a catorze os cem preexistentes.
Frise-se que o nome PASSOS JOSÉ serviu para o caracterizar relativamente a seu irmão — PASSOS MANUEL, que teve uma muito meritória acção nos domínios da escolaridade.
De resto, também a reforma administrativa personificada em Passos José foi muito positiva, adequando o número de concelhos a uma nova realidade baseada em vários pressupostos, designadamente na substituição dos caminhos de ferradura pelas novas vias, com o encurtamento dos tempos de viagem.
Já se anuncivam as vias férreas.
E o caminho beirão de São Tiago só não foi aproveitado como novo itinerário por o PADRE PAULO, grande terratenente em Aldeia da Ponte, temer cortes nos seus agros e perversões nos paroquianos.
Um território trimorfe
Consabidamente, é o concelho do Sabugal de grande extensão territorial.
Não tanto, é certo, como o de Odemira, que dizem ser o maior da Península, ou sequer o de Idanha-a-Nova, nossa vizinha porque apenas separadas por terras de Penamacor.
Mais pequenos do que estes dois, é, no entanto superior em área a noventa e oito por cento dos outros municípios.
Além disso, tem a particularidade de abranger três zonas fortemente diferenciadas — uma de montanha, outra de planalto e a terceira com características de cova.
A primeira encosta-se a Espanha e ocupa os contrafortes portugueses das regiões salamantinas de Francia e Gata, do lado de cá chamados genericamente Serra de Malcata, embora com subdenominações interessantes, v g das Mesas, baseado no encontro de quatro bispos — da Guarda, de Pinhel, de Coria e de Cidade Rodrigo — todos lado a lado, mas cada um num banco de pedra incrustado na sua área de jurisdição.
A zona de planalto abrange a parte restante dos antigos concelhos de cima Coa que o do Sabugal presentemente integra.
A zona de cova tem por epicentro o Casteleiro e assume as características que os geógrafos costumam congregar no conceito de TERRA QUENTE DO NORTE.
Até por oposição á anterior tipicamente TERRA FRIA DO NORDESTE.
Quem se achar interessado em aprofundar esta genérica conceptualização, pode fazê-lo através de três autores sabugalenses — todos eles, no entanto, da zona serrana:
o geógrafo CARLOS MARQUES, de Vale de Espinho.
O romancista NUNO DE MONTEMOR, nascido em Quadrasais.
O poliígrafo PINHARANDA GOMES, também quadrasenho.
Este nome ressuma a COA, de CUDA.
E as relações com a montanha, para nós sacralizada vieram para o Cancioneiro.
O lugar de Quadrasais
Ao fundo da terra fica
Ler «Maria Mim», ou até «Crime de um Homem Bom», do segundo, «O Motim do Aguilhão no Sabugal» ou «Práticas de Etnografia», do terceiro, e, sobretudo, «A Bacia Hidrográfica do Coa», do primeiro, para além de um enorme prazer espiritual, ganhará excelências de conhecimento.
Economicamente marcado pelas assimetrias morfológicas nuns casos, noutros pelas influências espanholas, biforme no mínimo, poliforme em boa parte.
Como economia de subsisteêcia, baseada numa quase sempre deficiente exploração agro-pecuária, se terá de classificar a que secularmente se viveu no concelho.
Dos cereais panificáveis só o centeio, semeado por todas as freguesias, em regime de folhas, é que se produzia de modo a cobrir as necessidades locais.
O trigo, afora os barros do Soito, resumia-se a pequenas belgas, que apenas davam para uma pastelaria, singelamente pobre.
A cevada, a aveia, o milho, cultivavam-se sobretudo como forraginosas, poucas dando grão.
Não se usava pão de milho.
O grosso mal chegava para as sementeiras, revertendo o sobrante para as papas, gordas ou doces,consoante a maré.
E o miúdo, por aqui chamado painço, ia para o bico dos pintainhos, amorosamente chocados e desemburrado
A grande cultura era a da batata que cobria todo o agros que dispusesse de alguma àgua para rega e até o sequeiro cuja humidade desse algumas garantias.
Entremeando, espetavam-se feijões que generosamente — muito mais que o cem por um dos evangelhos — pagavam o desvelo.
E nos tornadoiros, cresciam alfaces e beterrabas porqueiras ou agigantavam-se abóboras.
Mas eram as batatas e feijões que asseguram a entrada no orçamento familiar de alguma moeda corrente.
O regadio, para além de cobrir as necessidades de hortícolas, contribuía para o passadio dos gados com carradas de nabos e muitos feixes de ferrã.
O mato, para além de prover o forno e o lar, contribuía pelas ramadas verdes para alimentação de cabras e ovelhas e pela folhagem seca — caruma e ramalhos — para camas e esterqueiras, no que também ajudavam muito os giestais.
Os proprietários de mais geiras podiam ainda extrair mais proventos pela venda de madeira — freixo, carvalho e pinho, sendo de acrescentar que o último, pela sangria de resinagem alguma coisa rendia e mais renderia, se não fora a cupidez das empresas e a manigãncia dos operadores locais.
Algumas manchas florestais da azinheira, por aqui chamada carrasco, permitiam, quando de maior extensão, o porco de montado.
Aliás, mesmo isolada, apanhava-se-lhe a lande bolota ou boletra, dizíamos, para a engorda, no que competia com o roble, segundo o Cancioneiro, árvore de excelência.
Pois,
Não há pau como carvalho
Que dá num ano quatro frutas
Dá a bogalha, o bogalho
Bolotas e maças-cucas
Mas isto, observam os de idade e saber, são tretas, que árvore a sério é o castanheiro.
Para além dos muitos contos de reis vindos para o concelho pela castanha vendida para fora, foi ela que evitou a fome e varreu a tuberculose.
Crua, cozida, em caldo.
Transformada em pão…
E também contribuía para a lírica, até mordaz:
Menina, já que as castanhas
Lhe são tão apreciadas
Por artes ou artimanhas
Vou-lhe dar duas piladas
E se achar poucas as duas
Eu juro por minha fé
Dar-lhe não apenas duas
Mas três, quatro ou mais até…
«O concelho», história e etnografia das terras sabugalenses, por Manuel Leal Freire
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Inicia-se hoje a edição de mais uma coluna assinada pelo escritor raiano Manuel Leal Freire no Capeia Arraiana, designada «O concelho», na qual abordará temas históricos e etnográficos do concelho do Sabugal. Esta rubrica terá edição quinzenal, alternando com a crónica «Terras do Jarmelo» de Fernando Capelo.
Com esta nova crónica, Manuel Leal Freire passa a assinar quatro colunas no «blogue de todos os sabugalenses», a saber: «Poetando» (ao domingo), «O concelho» (à quarta-feira), «Caso da Semana» (à quinta-feira) e «Politique d’Abord – Reflexões de um politólogo (ao sábado).
plb e jcl
No primeiro fim-de-semana de Maio, dias 4, 5 e 6, vai realizar-se no concelho do Sabugal um encontro de agentes de viagem com o propósito de efectuar um levantamento das potencialidades turísticas da Região Beirã. (ACTUALIZADO)
O Encontro insere-se num Projecto de Desenvolvimento Turístico que visa promover e dar a conhecer as vertentes em que a região se destaca, sejam gastronómica, hoteleira, taurina, religiosa, histórica, paisagística e lúdica, entre outras.
O Encontro de Agentes de Viagem tem o seguinte Programa:
Sexta-Feira, 4 de Maio
21h00 – Chegada ao Sabugal com dormida no RaiHotel
Sábado, 5 de Maio
10h00– Visita guiada ao Museu Municipal e Castelodo Sabugal
11h30 – Porto de Honra na Casa do Castelo
12h30 – Partida para a aldeia do Casteleiro
13h00 – Almoço no Restaurante Gourmet Casa daEsquila.
15h00 – Visita guiada à Quinta dos Termos.
16h00 – Visita guiada a Sortelha. Actuação do Rancho de Folclórico de Sortelha. Lanche no Salão da Junta de Freguesia.
18h00 – Visita guiada à aldeia de Vila do Touro
20h00 – Jantar no restaurante O Pelicano
22h00 – Prova de vinhos Quinta dos Currais naCasa Villar Mayor. Prova de vinhos Gravato e Adega Cooperativa de CasteloRodrigo com Sessão de Fados de Coimbra.
24h00 – Chegada ao Sabugal com dormida no Hospedaria Robalo
Domingo, 6 de Maio
10h00 – Visita guiada às Termas do Cró.
11h00 – Visita às Casas Carya Tallaya.
12h30 – Visita ao Centro Histórico de Alfaiatescom passagem pelo Santuário de Sacaparte.
13h00 – Chegada Nascente do Côa.
13h30 – Porto de Honra noCentro Cívico de Fóios.
14h00 – Almoço no Restaurante Trutalcôa/Viveirodas Trutas.
A iniciativa está a ser organizada por pessoas interessadas em que o concelho do Sabugal progrida aproveitando o filão turístico.
Estão a prestar apoio a Câmara Municipal do Sabugal, Empresa Municipal Sabugal+, Juntas de Freguesia do Concelho, Casa de Turismo Rural de Villar Maior, Palheiros do Castelo, Casa Carya Tallaya, Casa da Villa-Turismo de Habitação/Sabugal, Vinhos Quinta dos Termos, Vinhos Gravato, Adega Cooperativa de Castelo Rodrigo, Caixa de Crédito Agrícola, Caixa Geral deDepósitos.
plb
A vereadora Sandra Fortuna propôs que os donativos que as empresas de energia eólica se propõem oferecer às instituições das freguesias onde estão instaladas sejam distribuídos por todas as Associações Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho do Sabugal.
A recomendação da vereadora socialista foi apresentada aos seus pares do executivo autárquico na reunião do passado dia 23 de Novembro. Face à proposta o presidente da Câmara Municipal, António Robalo, informou que iria consultar as empresas concessionárias no sentido de as sensibilizar para essa possibilidade.
O facto da empresa proprietária dos aerogeradores instalados em Sortelha ter decidido contemplar algumas das instituições daquela freguesia com várias dezenas de milhares de euros, levou Sandra Fortuna a defender no executivo que a câmara deveria fazer uma abordagem às mesmas empresas no sentido de apurar «da sua abertura para darem um subsídio para todas as IPSS do concelho».
Capeia Arraiana falou com a vereadora do Casteleiro, que defendeu a oportunidade da sua proposta por se tratar de «uma questão de justiça». «Neste momento vários lares de terceira idade do concelho estão sujeitos a dispendiosas obras de remodelação impostas pela Segurança Social, pelo que qualquer ajuda se revela fundamental», disse-nos Sandra Fortuna. Algumas freguesias do concelho do Sabugal têm parques eólicos instalados enquanto que outras não os possuem, até porque nem todas detêm condições naturais para tal, sendo contudo importante que todo o concelho beneficie das compensações financeiras daí resultantes.
O lar de Sortelha recebeu uma verba que rondou os 75 mil euros, sendo outras associações da freguesia também contempladas, num processo que aparenta tratar-se de uma «compensação» pelos danos paisagísticos que a instalação das eólicas causou na aldeia histórica, o que motivou diversas críticas e protestos pelo prejuízo que isso poderia acarretar face à descaracterização sofrida.
plb
A associação que reúne as aldeias históricas de Portugal quer valorizar o património judaico que essas aldeias possuem, como estratégia de promoção e afirmação.

A «Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico» afirma querer dar uma maior atractividade à Marca «Aldeias Históricas», razão pela qual decidiu apresentar uma candidatura aos programas Mais Centro e PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos). Trata-se de afirmar uma Estratégia de Valorização Económica de Base Territorial, aproveitando o potencial contido no importante Património Judaico que possuem as aldeias históricas.
A liderança da chamada «Estratégia de Eficiência Colectiva» pertencerá ao Município de Belmonte, tendo em conta a importância que ali assume o património judaico. A implementação do programa caberá aos Municípios que contêm na sua jurisdição aldeias históricas, a saber: Almeida, Arganil, Belmonte, Celorico da Beira, Fundão, Figueira de Castelo Rodrigo, Idanha-a-Nova, Manteigas, Mêda, Penamacor, Sabugal e Trancoso.
No caso do Sabugal trata-se de valorizar a aldeia histórica de Sortelha tendo em conta o eventual patrónimo judaico que a mesma possua.
Será implementado um Programa Acção que integra um conjunto de projectos voltados para a valorização do turismo, património, cultura e produtos tradicionais.
A Associação vai desenvolver três projectos fundamentais: «Estrutura de Gestão e Coordenação», «Animação Turística» e «Marketing e Comunicação».
A implementação dos três projectos representa um investimento superior a seis milhões de euros, que poderá ser comparticipado em 70% pelo FEDER, sendo os restantes 30% assumidos pelos Municípios envolvidos.
plb
Durante o corrente ano de 2011 a Confraria do Bucho Raiano levou o nome do Sabugal e da sua gastronomia de norte a sul do País, garantindo a representação em feiras, encontros e capítulos confrádicos. Inserindo-se nessa dinâmica de afirmação da nossa tradição gastronómica, um novo encontro de confrades e amigos da Raia está marcado para o dia 12 de Novembro, para o almoço de bucho que se realiza em Lisboa, na Churrasqueira do Campo Grande.
A última representação da confraria do Bucho Raiano aconteceu no passado sábado, dia 5 de Novembro, na Covilhã, no primeiro Capítulo da Confraria da Pastinaca e do Pastel de Molho. O confrade Joaquim Reis, garantiu a presença oficial da confraria sabugalense nesse evento, dando continuidade a uma série de deslocações onde o bucho se afirmou como uma iguaria que pretende estar a par com outros sabores de excelência da tradição gastronómica portuguesa.
Do dia 29 de Outubro tínhamos ido até Manteigas, onde se realizou o capítulo anual da Confraria da Feijoca, em cujo acto o Grão-Mestre Joaquim Silva Leal se encarregou de representar o Sabugal e a gastronomia raiana.
No dia 23 de Outubro a Confraria do Bucho foi Madrinha da novel Confraria do Cão da Serra da Estrela, também com sede no concelho do Sabugal, em Sortelha, à sombra de cujas muralhas se realizou o Capítulo de Entronização.
Nos dias 7 e 8 de Outubro a chancelaria da Confraria foi até à Figueira da Foz, em cujo Casino se realizou o IV Congresso Nacional das Confrarias Gastronómicas. No jantar de gala, realizado no dia 8, a Confraria do Bucho esteve entre as nomeadas para o prémio «Confraria do Ano», o mesmo sucedendo com o blogue Capeia Arraiana, igualmente nomeado para o prémio «Comunicação Social», tendo em conta o seu papel na divulgação da gastronomia portuguesa.
A 24 e 25 de Setembro a Confraria esteve na Feira Medieval realizada em Sortelha, com uma banca de exposição de enchidos raianos, no âmbito da iniciativa da Câmara Municipal designada «Muralhas com História». A presença da associação deu um reconhecido contributo para a divulgação do bucho e demais enchidos como produtos gastronómicos de qualidade do concelho do Sabugal.
No dia 12 de Setembro o bucho raiano foi até Vila Nova de Poiares, participando no X Capítulo da Confraria da Chanfana, onde estabeleceu relações muito profícuas com as dezenas de outras confrarias aí presentes (mais de 80) e assinou um protocolo com a confraria local no sentido de dar as mãos na divulgação por todo o país do bucho e da chanfana enquanto pratos representativos da boa gastronomia nacional.
No Sabugal, no dia 12 de Agosto, a Confraria do Bucho esteve presente, por proposta da Câmara Municipal, no programa Verão Total, transmitido em directo pela RTP a partir do Sabugal, por ocasião da realização da etapa Sabugal-Guarda da Volta a Portugal em Bicicleta. Para além das intervenções do Grão-Mestre, do Chanceler e do Almoxarife, a confraria exibiu perante as câmaras de televisão um bucho confeccionado e pronto a servir, assim como um conjunto de outros enchidos produzidos no concelho do Sabugal, nomeadamente na cidade sede de concelho e na Rebolosa, por produtores locais que defendem e respeitam as tradições.
A Mostra de Sabores Tradicionais, realizada em Coimbra, nos dias 2 e 3 de Julho, contou também com a presença da Confraria do Bucho. Pese embora não tenha montando banca para servir petiscos e refeições, dadas algumas dificuldades logísticas inultrapassáveis, a Confraria esteve no evento com as demais 34 confrarias de todo o país que ali se deslocaram a pedido da Federação Nacional que reúne estas agremiações que se esforçam por divulgar os nossos sabores tradicionais.
Na tarde quente do dia 25 de Junho, a Confraria do Bucho foi até Avintes, no norte de Portugal, participando no XV Capítulo da Confraria da Broa de Avintes, uma das mais antigas do movimento confrádico nacional. Proporcionou-se o encontro com o amigo do Sabugal e grande divulgador da gastronomia nacional, Paulo Sá Machado, que para além de grande dinamizador e promotor da broa de Avintes é também confrade da Confraria sabugalense.
Em Maio o confrade Tenreira Martins levou o bucho do Sabugal até Bruxelas, na Bélgica, onde o deu a degustar a dois portugueses ilustres aí temporariamente residentes, o Professor Carvalho Rodrigues e o General Pina Monteiro, que tendo-o apreciado, passarão a ser «embaixadores» do bucho raiano, assim contribuindo para a sua afirmação e divulgação.
No dia 15 de Maio, a Confraria do Bucho Raiano marcou presença no VI Capítulo da prestigiada Confraria Gastronómica de Almeirim, com a qual há muito se estabeleceram laços de amizade e de cooperação. A representação raiana esteve a cargo de quatro confrades, dois pertencentes à Chancelaria (José Marques e Horácio Pereira) e dois que têm colaborado nas diversas iniciativas (José Caçador e Cristiano Martins).
Ainda em Maio, no dia 7, a Confraria do Bucho foi até Trancoso, participar activamente no I Capítulo de Entronização da Confraria das Sardinhas Doces, juntando-se a outras agremiações gastronómicas vindas de vários pontos do país: Confraria da Urtiga (Fornos de Algodres), Confraria da Chanfana (Vila Nova de Poiares), Confraria da Maçã Portuguesa (Moimenta da Beira), Confraria da Panela ao Lume (Guimarães) e Confraria do Queijo Serra da Estrela (Oliveira do Hospital).
A Confraria do Bucho Raiano, participou, no dia 17 de Abril, num encontro de confrarias gastronómicas, promovido pela Confraria da Chanfana, de Vila Nova de Poiares, que é uma das mais dinâmicas do movimento confrádico português e é uma das confrarias madrinhas da Confraria do Bucho. O encontro serviu para analisar as diferentes formas de se garantir uma boa cooperação entre as associações confrádicas e como divulgar os produtos gastronómicos que cada uma representa.
No dia 16 de Abril, a Confraria do Bucho Raiano esteve representada no VIII Grande Capítulo Gastronómico da Real Confraria da Cabra Velha, em Miranda do Corvo, local onde igualmente se juntaram várias dezenas de confrarias representativas dos nossos sabores tradicionais.
Em Março a Confraria, em conjunto com a Câmara Municipal do Sabugal, apresentou a candidatura do bucho às Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, concorrendo com várias dezenas de pratos típicos na categoria prato de carne.
O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins». Confrarias de todo o país vieram até ao Sabugal participar no evento, onde o confrade João Inês Vaz proferiu a oração de sapiência e onde foram entronizados 21 novos confrades e condecorados com a Ordem de Cavaleiro o Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, o escritor Manuel Leal Freire e o empresário Manuel Joaquim Rito, sendo ainda distinguidos com Diplomas de Honra a Casa do Concelho do Sabugal e a redacção da Guarda da LocalVisãoTv.
Nos dias 23 e 27 de Fevereiro o concelho do Sabugal promoveu-se como destino turístico na Bolsa de Turismo de Lisboa 2011, integrado no espaço da «Turismo Serra da Estrela», com a participação da Confraria do Bucho, que para além de marcar presença possibilitou uma prova de bucho raiano.
No dia 12 de Fevereiro os confrades rumaram a Sul, à cidade de Évora, para o segundo almoço da Confraria do Bucho Raiano na Taberna Típica Quarta-Feira, propriedade do sabugalense José Dias, que nos recebeu de braços abertos e com mesa farta como é seu apanágio.
No começo do ano 2011, a 15 de Janeiro, uma vintena de confrades foram a Elvas, ao Restaurante Brasa, propriedade do confrade Daniel Salgueira, de Alfaiates, juntando-se a gente do Alentejo que degustou e apreciou a nossa iguaria gastronómica. O encontro incluiu uma visita à Adega Mayor, propriedade do comendador Rui Nabeiro.
Podemos concluir que no que já decorreu do ano de 2011, a Confraria do Bucho desenvolveu uma actividade intensíssima de divulgação do bucho e do concelho do Sabugal, cujo frenesim apenas foi possível dado o altruísmo e o interesse de alguns dos confrades que compõem a instituição sabugalense que actualmente é, sem margens para dúvidas, a grande embaixadora do concelho.
Paulo Leitão Batista (Chanceler da Confraria do Bucho Raiano)
Nos últimos vinte anos assistimos ao fim da divisão da Europa em dois blocos político-militares e à multipolarização do mundo, com o fim da «guerra-fria». A consequência, foi a aceleração da unificação a nível financeiro, económico, social, tecnológico e informativo, do espaço planetário, que já estava em curso com o inicio da era moderna e a que chamamos globalização. (continuação.)

II – Cidadãos medíocres
Atingimos assim uma sociedade de «cidadãos medíocres» que não querem ter que escolher o que é digno de estima, e que perdendo esse hábito, têm cada vez mais dificuldade em articular em público questões com um conteúdo moral sério, que lhes parecem violar o espírito democrático da tolerância, porque exigem a escolha entre melhor e o pior, o bem e o mal. Uma sociedade de «cidadãos ignorantes», que segundo Francis Fukuyama, «querem saír por ai abraçando todas as pessoas, dizendo-lhes que por mais miserável e vil que seja as suas vidas, têm, mesmo assim dignidade, são alguém». De cidadãos amorais que «não estão dispostos a excluír, como indigno, qualquer acto ou pessoa».
Sem capacidade de deliberar, ou seja de realizar escolhas políticas, de se comprometer moralmente, o cidadão torna-se indiferente à implicação das decisões políticas no seu futuro, centrando-se na sua privacidade, na satisfação dos interesses próprios do momento e reduzindo a vida política à mera formalidade procedimental que sustenta o status quo, que mais não é, segundo Pascal Bruckner, referindo-se ao execício cíclico do direito de voto, que «mudar de pessoal político como fazemos zapping na televisão, por fadiga das mesmas imagens», escolher apenas aqueles que absorvem catarquicamente a culpa e responsabilidade que os «cidadãos medíocres» afastaram de si.
Como consequência, temos a apetência pelo relativismo, em que todos os sistemas de valores são relativos ao tempo e lugar, não sendo nenhum deles verdadeiro, mas apenas reflexo de interesses dos seus proponentes. Deste ponto de vista, o «cidadão medíocre» acredita que o seu modo de vida é tão bom como qualquer outro e que por tal motivo realiza-se ficando em casa, auto-satisfeito da sua tolerância e ausência de fanatismo.
Não é por acaso que na democracia moderna os cidadãos se preocupam mais com os ganhos materiais e vivem num mundo económico dedicado à satisfação de uma miríade de necessidades do corpo. A felicidade consiste no bem-estar individual, compreendido não como vida feliz, mas atomisticamente, como instante feliz, acesso súbito, casual e fugaz na busca do conforto de uma vida burguesa, em que a privacidade e a satisfação dos desejos individuais é o valor essencial.
Uma «vida nua», sem afectos, apática, acomodaticia, sem, nas palavras do Zaratrustra de Nietzsche, «qualquer crença ou superstição», sem personalidade, incapaz de iniciativa e de resistência, socialmente irrelevante, cedendo à mais leve pressão, sofrendo todas as influências, adaptável a todas as circunstâncias e atenta a qualquer vantagem pessoal, de moral equilibrista e oportunista.
De forma eloquente, Zygmunt Bauman caracterizou a psicologia social destes «cidadãos medíocres»: «Estão fora da sua órbita o engenho, a virtude e a dignidade, privilegios dos caracteres excelentes; sofrem deles e os desdenham. São cegos para as auroras; ignoram a quimera do artista, o sonho do sábio e a paixão do apóstolo. Condenados a vegetar, não suspeitam que existe o infinito para lá dos seus horizontes. O horror do desconhecido os ata a mil prejuízos, tornando-os timoratos e indecisos: nada aguça a sua curiosidade; carecem de iniciativa e olham sempre o passado, como se tivessem olhos na nuca. São incapazes de virtude; não a concebem ou lhes exige demasiado esforço. Nenhum afan de santidade alvoroça o sangue em seu coração; às vezes não delinquem por cobardía ante a culpa.»
E Antero de Quental, no «Ensaio Sobre o Futuro da Música», resumiria esta patologia como um «espírito cheio de esperança e vazio de crenças, alimentando de sonhos um infinito desejo de realidades, triste até à morte, alegre até ao frenesi, atrevido, intemerato – e desolado».
Em suma, uma sociedade de “cidadãos medíocres», incapazes de conceber uma perfeição, de formar um ideal; rotineiros, honestos e mansos; que pensam com a cabeça dos outros, compartillham a hipocrisia moral e ajustam o seu carácter às suas conveniências egoístas. Uma cidadania de homens vulgares, vivendo na contradição intima entre o sentimento de infinita liberdade e uma consciência infeliz, nas palavras de Hegel, porque apesar de livres para agirem e darem o seu contributo individual para uma sociedade melhor, as suas características são imitarem todos os que o rodeiam, pensarem com a cabeça alheia, serem incapazes de ideais próprias, adaptados que estão a viverem em rebanho.
Por isso não me surpreendi quando vi recentemente Julius Assange, numa manifestação de indignados, gritar a palavra de ordem de que «somos indivíduos»; da mesma forma que foi natural o meu apelo de colaboração numa acção popular contra a ilegalidade do atentado ao património, em Sortelha, «cair», salvo algumas honrosas excepções, «em saco roto».
Tudo não são mais que sintomas patológicos do mesmo «espírito cheio de esperanças e vazio de crenças», da «consciência infeliz», que caracterizam os «cidadãos medíocres» da sociedade moderna; dessa «coisa essencialmente moderna» que é a «ambição ilimitada, junto com um doloroso sofrimento, uma fraqueza mórbida, uma vaga e indefinível doença», nas palavras de Antero de Quental.
«Arroz com Todos», opinião de João Valente
joaovalenteadvogado@gmail.com
ANÚNCIO PÚBLICO – Os advogados dr. Francisco Nicolau e dr. João Valente anunciam o patrocínio de uma acção popular contra as eólicas de Sortelha.
«Os advogados Dr. Francisco Nicolau (do escritório do Dr. Garcia Pereira, mas a título particular) e Dr. João Valente vão patrocinar acção popular pedindo a impugnação, por ilegalidade e nulidade de licenciamento dos parques eólicos de Sortelha, bem como dos concelhos limítrofes de Belmonte e Guarda, pelas razões e fundamentos já aqui aduzidos no Capeia Arraiana num anterior artigo de opinião, tanto mais que, corre voz pública, que o parque de Sortelha vai ser aumentado em mais seis torres geradoras.
1 – O processo será patrocinado a título completamente gratuito, da parte dos advogados, está isento de custas judiciais porque se trata de defesa de um interesse público, e já se encontra redigido.
2 – Qualquer cidadão recenseado no concelho e/ou freguesia de Sortelha, ou associação de direito privado com sede no Concelho e/ou Freguesia do Sabugal que queiram patrocinar a acção a título de autores (sem qualquer custo ou honorários) pode fazê-lo.
Para esse efeito devem contactar até ao fim da primeira semana do próximo mês de Novembro para o email: joaovalenteadvogado@gmail.com
3 – Qualquer cidadão que tenha interesse em colaborar como testemunha ou perito (designadamente problemas de ruído, ambientais ou técnicos) agradece-se também contacto para o mesmo endereço electrónico, até à referida data.
4 – Oportunamente será equacionada a abertura de uma conta em nome de uma associação ou conjunto de cidadãos independentes para custear e fiscalizar eventuais despesas (estudos e perícias) com o processo.
João Valente, Advogado
A Confraria do Cão da Serra da Estrela realiza a cerimónia de entronização da confraria e dos seus confrades no dia 23 de Outubro, na aldeia histórica de Sortelha, local onde a agremiação tem a respectiva sede.
O acto de entronização, onde prestam juramento os dirigentes da associação e os respectivos confrades, terá início pelas 11 horas, com a actuação musical do Coro Intermezzo da Santa Casa da Misericórdia do Fundão.
O discurso de boas vindas estará a cargo do presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, a que se seguirá a oração de sapiência, proferida por João Silvino Venâncio Costa.
A entronização da confraria e dos confrades terá como confrarias madrinhas a Confraria do Queijo Serra da estrela, sedeada em Oliveira do Hospital, e a Confraria do Bucho Raiano, com sede no Sabugal, cujos maiorais farão no final uma intervenção.
A cerimónia de entronização terminará com o discurso do Grão-Mestre da Confraria do Cão da Serra da Estrela, António Nogueira Lourenço.
Pelas 12h30 terá lugar o desfile das confrarias convidadas, que seguirá pelas ruas de Sortelha rumo à sede da Confraria, onde se inaugurará uma exposição de fotografia, intitulada «Cãostelação», da autoria de Carlos Pimentel.
Após a foto de família, a comitiva seguirá para o Casteleiro, onde será servido o almoço, no restaurante Casa da Esquila.
A Confraria do Cão Serra da Estrela do Cão da Serra da Estrela, foi constituída em 2010 e teve uma primeira reunião em 20 de Junho desse ano, em Sortelha, altura em que se juntaram criadores, amigos e admiradores do Cão da Serra, vindos de vários pontos do País, com o objectivo comum de divulgar, fomentar e valorizar a raça.
A Confraria, no âmbito da sua actividade, deverá apoiar e colaborar com todas as associações e clubes da raça espalhadas pelo mundo e, muito concretamente em Portugal, a Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela (APCSE) e a Liga dos Criadores e Amigos do Cão Da Serra da Estrela (LICRASE).
Para a prossecução dos seus fins, a Confraria irá colaborar com os clubes da raça na organização de congressos, conferências, seminários ou outras iniciativas de carácter científico, pedagógico, cultural e lúdico que, de algum modo, possam concorrer para um melhor conhecimento, protecção, divulgação ou aproveitamento do Cão da Serra da Estrela.
plb
A Comunidade Intermunicipal de Dão-Lafões quer colocar esta sub-região do Centro no mapa!
Constituída por 14 Municípios – Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Satão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela –, a Comunidade tem optado por entender esta parte da Região Centro como um todo, em vez de cada Município continuar a agir e a falar como se esta Associação não existisse, tal não significando a perda de identidade ou autonomia de cada uma das partes.
Esta atitude conduz a que Dão-Lafões, a quem foi atribuída uma verba de 73 milhões de euros no âmbito do QREN, seja a Comunidade que apresenta a maior taxa de execução a nível nacional, 31,4%, contra uma média nacional de 20,7%.
Projetos transversais como a transformação de 50km de via férrea desativada numa ecopista, envolvendo os Municípios de Santa Comba Dão, Tondela e Viseu; racionalização dos consumos de energia, envolvendo todos os Concelhos; desenvolvimento concertado de criação de incubadoras de empresas, envolvendo 6 Municípios: Santa Comba Dão (empreendedorismo social), Nelas (vitivinicultura), Mangualde (setor automóvel), Viseu (cultura), São edro do Sul (termalismo) e Tondela (saúde e tecnologia).
Eis um exemplo de como é possível e proveitoso que Municípios vizinhos entendam que, em vez de se limitarem a puxar a «brasa à sua sardinha», saibam encontrar os pontos em comum para, deste modo, usarem de forma mais eficiente os recursos financeiros disponibilizados.
Infelizmente, não vemos tal atitude na COMURBEIRAS a que o nosso Município pertence…
Ps: A urgência em analisar o Documento Verde da Reforma Administrativa impediu-me na semana passada de referir dois acontecimentos importantes que se realizaram no fim de semana de 22/24 de Setembro.
O primeiro, pese embora algumas opiniões em contrário, foi a realização da sessão de setembro da Assembleia Municipal. O debate vivo, as questões colocadas pelos deputados e as respostas do Presidente da Câmara, bem como a participação dos cidadãos presentes, mostram que a Democracia está viva e que ali é o local por excelência de debate de ideias.
Situações, por vezes menos agradáveis, àpartes quase sempre sem sentido e algum mau gosto, não inviabilizam o que de importante ali se passou.
O segundo acontecimento registou-se em Sortelha com a iniciativa «Muralhas com História». Só quem ali não foi pode reduzir o que lá se passou a uma simples e rotineira Feira Medieval. Também lá comprei um queijo da Quarta-Feira e um pão centeio de Sortelha. Também lá havia alguns feirantes. Mas toda a recreação histórica que ali se verificou foi muito mais importante que isso.
Claro que uma andorinha não faz a primavera, e não é apenas uma iniciativa como esta que modifica a realidade atual de Sortelha ou inverte o declínio do Concelho.
Mas foi uma boa iniciativa e não me ficaria bem não o realçar aqui.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com
O património que conservam as antigas caldas do Cró, na Rapoula do Côa, e as Águas Rádium, junto ao Casteleiro, são um excelente pretexto para uma visita a esses locais, onde muitas surpresas nos podem esperar.
Ultimamente o Cró tem sido sobejamente falado devido ao novo balneário termal, inaugurado no início do último verão. As novas instalações têm excelentes condições para a prática do termalismo, tendo em conta os equipamentos instalados, pelo que foram muitos os que ali se deslocaram para as conhecer e experimentar.
Houve porém um viajante que passou este Verão nas termas do Cró e observou-as com um outro olhar.
Carlos Caria, bem notou que há um novo balneário termal, mas a sua maior satisfação foi verificar que a Câmara Municipal do Sabugal decidiu preservar as paredes do velho balneário e dos demais edifícios antigos que apresentam ruína.
Vai daí o viajante muniu-se da câmara fotográfica e captou um conjunto de imagens deslumbrantes, que disponibilizou na Internet, no fórum «lugares esquecidos», onde igualmente contou, por breves palavras, a história das termas.
Veja Aqui a magnifica «reportagem» sobre as termas do Cró.
Pesquisando no referido fórum, chegámos a uma outra reportagem fotográfica, desta feita sobre as Águas Rádium, e o velho Hotel da Senhora da Pena, nos arredores do Casteleiro, embora já em terras pertencentes ao termo de Sortelha.
Veja Aqui essa também esplêndida reportagem fotográfica, efectuada no Verão de 2010.
plb
Um mar de gente foi a Sortelha no passado fim-de-semana para visitar a feira medieval que ali aconteceu, dentro da iniciativa «Muralhas com História».
Mercadores vendendo em tendas, soldados bramindo espadas, jograis fazendo malabarismo, pajens lendo mensagens oficiais, nobres passeando com as suas damas. Houve de tudo um pouco no sábado e domingo últimos, 24 e 25 de Setembro, na aldeia histórica de Sortelha, no concelho do Sabugal.
A antiga vila e sede de condado, reviveu o tempo áureo da sua história, o que foi testemunhado pelos milhares de visitantes que ali acorreram para assistir às demonstrações, e entrar nas muralhas engalanadas.
A Confraria do Bucho Raiano também se fez representar, tendo a seu cargo uma tenda de exposição e venda de enchidos raianos, dentre os quais o afamado bucho, peça gastronómica que se vai afirmando como iguaria de uma boa mesa. Também houve comes e bebes, venda de artesanato, demonstrações com animais, cortejos e recriações de combates. Para os mais novos a grade atracão eram os passeios de burro pelas ruas da aldeia.
A música medieval esteve sempre presente, com destaque para o concerto moçárabe e sefardita, que teve lugar no sábado à noite, ocasião em que da aldeia foi demasiado pequena para acolher tanta gente.
plb
A Aldeia Histórica de Sortelha, no Concelho do Sabugal, vai ser palco nos próximos dias 24 e 25 de Setembro do evento «Muralhas com História», uma viagem ao passado da Idade Média com recreações históricas, animação de rua, tabernas medievais e produtos regionais.
Durante os dois dias desta viagem de oito séculos, os visitantes poderão participar numa Feira Medieval com mercadores da época, assistir à teatralização da lenda do anel mágico de Sortija, treinos de combate para a defesa raiana, combates entre a milícia da vila e salteadores castelhanos, danças e folias com saltimbancos e menestréis e ao momento da elevação de Sortelha a cabeça de condado por El-rei D. João III.
Para além de um concerto mozarábe e sefardita, os visitantes poderão ainda assistir a um espectáculo de malabares de fogo e de pirotecnia, bem como percorrer as ruas da aldeia e deliciar-se com os acepipes da época nas tabernas e tendas de mercadores.
«Muralhas com História» é uma iniciativa da Câmara Municipal do Sabugal e da Sabugal+
plb (com CMS)
Foi meio a brincar meio a sério que há tempos escrevi que o elefante Salomão (o tal do livro de Saramago) passou no Casteleiro.
Para mim, isso é indiscutível e não pode ter passado de Caria para Sortelha sem passar na Ribeira da Cal, no Casteleiro, na Serra da Vila: é a calçada «romana» (ou medieval? – e aqui começam as dúvidas).
A verdade é que desde esse dia o problema não me tem largado.
E lancei-me numa micro-investigação.
Li bastante.
Reflecti.
Concluí algumas coisas que quero partilhar com o leitor do «Capeia». Fiquei com muitas dúvidas.
Primeiro.
Há factos que provam que os romanos estiveram no Casteleiro?
Há.
Exemplos: foram encontrados em escavações e registados oficialmente pesos de tear e pedaços de loiça fina de tempos recuados – seguramente da era romana –, como os referidos por Pedro Carvalho («Por terras do Sabugal na Época Romana»), e essas descobertas provam-me duas coisas: que os romanos passaram aqui, que se estabeleceram aqui – e que construíram aqui as suas «indústrias» de artefactos úteis, como era seu timbre por toda a parte onde chegaram. Ver Aqui.
Segundo.
Estiveram aqui. Mas: onde? Em que locais?
A acreditar nas investigações deste arqueólogo, que coloca a questão no condicional («haveria»), a verdade é que parece provável que nos limites dos actuais concelhos de Belmonte e do Sabugal houvesse um importante vicus (povoado) mesmo ao fundo das terras do Casteleiro, na fronteira com as Inguias, parece.
Outras provas da presença romana por estas bandas foram encontradas em locais como a Quinta do Espírito Santo, Gralhais e a Quinta de Santo Amaro. Esses são os locais da Freguesia do Casteleiro referidos nos registos do Museu do Sabugal. Ver Aqui.
Terceiro.
Parece pacífico e por muitos investigadores aceite que a grande via romana que ligou a Idanha a Castelo Branco, Caria, Sabugal e daí até Ciudad Rodrigo e até Salamanca passou pelo Casteleiro.
O circuito, desde Caria, seria mais ou menos este: Caria, Inguias, Santo Amaro, Ribeira da Cal, Casteleiro, Serra do Mosteiro (Santo Estêvão), Aldeia de Santo António, Sabugal.
Terá sido assim?
Quarto.
Mas aqui cumpre acrescentar uma nota muito importante.
É que para lá desta via eventualmente principal, havia outra: a via secundária que, do Casteleiro (ali por volta da Escola Feminina) arrancava em direcção a Sortelha. Isso é indiscutível.
Ainda lá está, e não tão mal definida como isso: é a Calçada Romana que vai do Casteleiro à Serra da Vila, pelos campos do Marineto e pelas encostas em direcção à Serra da Vila.
No Casteleiro pode pois ter havido um importante entroncamento de vias romanas: uma que vinha do Sul e seguia para a Hispânia; outra que se iniciava nesta, no local em que hoje fica o Casteleiro e seguia para Sortelha.
Quinto.
Ora a viagem do elefante Salomão, na versão de José Saramago, seguiu, quanto a mim, pela via principal até ao Casteleiro e daí subiu a Sortelha por essa outra via secundária.
Gostaria de saber mais sobre o assunto. Mas as fontes são muito vagas. Como disse, alguns investigadores chegam a colocar as questões no condicional – o que retira as certezas da matéria.
Fiquemos pois por aqui neste momento, e continuemos a ler e a reflectir.
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
Hoje, 15 de Agosto, celebra-se, como todos os anos, perto do Teixoso, a caminho da Covilhã, a festa e romaria da Senhora do Carmo. Em tempos idos, muita gente do Casteleiro deslocava-se neste dia para acorrer em massa a esta romaria – uma das cinco ou seis da região que concitavam a adesão das gentes da minha terra.

Nos anos 50 e 60, se bem me lembro, eram cinco as romarias a que as pessoas do Casteleiro aderiam em massa: Senhora do Bom Parto, no Terreiro das Bruxas; Santo Antão, em Sortelha; São Bartolomeu (Sã’ Bert’Lameu, como diz o Povo), nos Três Povos; Senhora da Póvoa, no então Vale de Lobo (hoje Vale da Senhora da Póvoa); e a já referida romaria da Senhora do Carmo.
Alguns também iam à Senhora da Graça, no Sabugal, mas eram poucos. Outros, menos ainda, iam à Senhora da Quebrada, na Benquerença.
Algumas linhas sobre cada uma destas festas profanas e romarias religiosas, no espírito de um tempo em que o místico e o ritual católico dominavam as mentes nestas terras da Cova da Beira.
Senhora do Bom Parto
Uma procissão da Moita para o Terreiro das Bruxas, missa e regresso era o ritual suficiente. O primeiro domingo de Maio é a data da romaria. O pessoal do Casteleiro, sobretudo os rapazes, faziam desta festa um campo de batalha com os rapazes das aldeias vizinhas – julgo que foi por isso que o Casteleiro deixou de marcar presença forte como já aconteceu antes, há 50 anos.
Santo Antão
É em Sortelha, na segunda-feira de Pascoela – domingo a seguir à Páscoa. Naqueles tempos, como se bebiam uns copos bem bebidos, às vezes também havia uns sopapos entre «amigos» dos arredores. Mas era uma festa e peras.
São Bartolomeu
Ia-se aos Três Povos, julgo que em Junho, para comprar sementes e produtos do género, destinados à faina agrícola. O São Bartolomeu teve muita fama no Casteleiro. Muitas pessoas deslocavam-se até lá, indo por Gralhais, uma anexa do Casteleiro, já nos limites da Freguesia que confinam com os Três Povos, concelho do Fundão.
Senhora da Póvoa
Esta era a rainha das festas e romarias para as pessoas do Casteleiro. Celebra-se sete semanas depois da Páscoa. Lá, valia tudo: para lá das cerimónias, havia a grande merenda familiar, os «sorvetes», as guloseimas para os mais pequenos, uns copos para os mais velhos e o monumental baile regional final no Largo do Casteleiro – como noutras terras dos arredores.
Se quiser ler alguns pormenores sobre esta romaria, pode aceder a este texto bem descritivo…
Senhora do Carmo
Uma romaria à moda antiga. O local é um ermo fora dos dias da festa. Mas nesse dia, é (era nesse tempo) um mar de gente. Pessoas de todo o lado, da Covilhã a Caria, do Casteleiro à Capinha, do Teixoso a toda a região da Serra. Era de facto muita gente.
E por fim…
Acrescento, à margem, que a ida todos os anos à Feira de Setembro, ao Sabugal, no primeiro domingo de Setembro, era para mim um momento ainda mais elevado e arrebatador do que as idas a qualquer das outras festas. Ia com os meus tios em cima de um carro de vacas carregadinho de melancias. Toda a noite a dormitar lá em cima, sobre uma «faxa» (feixe) de palha. Isso é que era vida. Daí por um mês, em fecho de ciclo das festas nos arredores, «Escola!» – e acaba-se o bem-bom das férias (nesse tempo as aulas recomeçavam em Outubro).
Se o leitor quiser, faça uma ronda por uns resquícios desta feira aqui.
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
Em honra de Teresa Duarte Reis, colaboradora do Capeia Arraiana, poetisa que domina, «em harmónica simbiose as técnicas da versificação», recebemos, em forma de «comentário», este belo texto de Manuel Leal Freire, a que decidimos dar o devido e merecido relevo.
Como antigo professor da Escola do Magistério Primário de Castelo Branco – possivelmente o único superstite do tempo em que se tratava de um estabelecimento de cariz privado da propriedade e direcção do Doutor João Folgado Frade Correia, insigne pedagogo e inspirado poeta, vibro ab imo corde com os êxitos dos alunos que saídos da famosa NORMAL espalharam e continuam a espalhar claridade e iluminar cérebros por todo esse vasto mundo onde se fixaram comunidades de raiz lusíada.
E pela minha qualidade de reformador dos ensinos da DIDÁCTICA, que abrangia as LÍNGUAS e a HISTORIA, mais e mais fortemente vibro quando vejo uma professora modelada no estabelecimento dominar em harmónica simbiose as técnicas da versificação e a realidade factual, magnificamente cadinhadas por uma sensibilidade verdadeiramente estremecida. Daí a minha homenagem sentidamente vivida…e que testemunho com uma peregrinação pelos lugares sacralizados pelo quotidiano heroísmo dos vergalhudos da Raia
Cinco concelhos inteiros
Cabem no do Sabugal
Cinco castelos roqueiros
Legendas de armorial
As vilas mortas morreram
Mas os torreões resistem
Nunca os heróis se esconderam
Por onde as heras se enristem
Passado com o futuro
Assim se engavinha e enleia
O porvir será venturo
Se o vaticina uma ideia
Além dos cinco concelhos
Ia o concelho plus ultra
Aprende nos livros velhos
Quem livros velhos consulta
O limite natural
Não se queda na barreira
Dava a guarda o Carvalhal
Castelo Mendo a Cerdeira
O Trans, o Riba, o Cis-Coa
Religou-os Alcanizes
Andaram Burgos á toa
Linha em perenes deslises.
Velavam as cinco vilas
Por sobre a velha Castela
Vigias não tranquilas
Acordadas sentinelas
Vilar Maior, Alfaiates,
Sortelha, Vila do Touro
Inspiram hoje outros vates
É outro o tempo vindouro
Não são sedes de concelho
Mas conservam a glória
Que garante o Evangelho
A quem se revê na Historia
Passado rima com luz
Com o futuro se entrosa
É guia que nos conduz
É rima, mote e glosa
Manuel Leal Freire
A Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo está a liderar o projecto de definição de uma rota turístico-cultural, baseada no livro de José Saramago «A viagem do elefante», a qual poderá incluir Sortelha e Sabugal.
Quando se completa um ano da morte do escritor, a 18 de Junho de 2010, o presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, António Edmundo, disse à Lusa que o projecto, que ligará Lisboa e aquele concelho raiano, poderá ser concretizada «ainda este ano».
«Estamos a preparar o caderno de encargos para a sinalética e para o que fruir em cada um dos territórios», indicou, salientando que a iniciativa também envolve as Câmaras Municipais de Lisboa, Constância, Sabugal, Belmonte, Fundão e Pinhel e a Fundação Saramago.
O livro de José Saramago «A viagem do elefante», editado em 2008, narra a jornada de um paquiderme asiático, que estava em Lisboa e que foi oferecido pelo nosso rei D. João III ao arquiduque da Áustria Maximiliano II (seu primo). A acção decorre no século XVI, em 1550, 1551 e 1552, quando o elefante tem de fazer a penosa caminhada, desde Lisboa até Viena, escoltado por um destacamento de soldados portugueses, a quem, em Castelo Rodrigo, se juntaram alguns soldados do arquiduque, o que gerou uma forte tensão entre as duas hostes militares.
Em Junho de 2009 o próprio Saramago fez com a mulher, Pilar del Rio, e outros amigos, o suporto percurso em Portugal que o elefante Salomão terá feito na sua viagem, tendo em vista lançar uma rota cultural, ideia que agora António Edmundo agarra com ambas as mãos.
plb
Os forais manuelinos do Sabugal, Sortelha e Vila do Touro, vão ser digitalizados pelo Arquivo Distrital da Guarda (ADG) com vista a sua disponibilização via Internet, a fim de facilitar o acesso aos documentos por parte de investigadores, estudiosos e o público em geral.
No âmbito do objectivo de disponibilizar, via Internet, documentos históricos em formato digital, o Arquivo Distrital da Guarda vem celebrando protocolos com os Municípios a fim de garantir a digitalização de alguns desses documentos.
No seguimento desse procedimento, o ADG pretende assinar um protocolo com a Câmara Municipal do Sabugal para garantir a digitalização de três forais manuelinos: o do Sabugal (1515), de Sortelha (1510) e de Vila do Touro (1510). Os forais originais, em pergaminho, estão na posse do Município sabugalense.
O protocolo garantirá ainda o estabelecimento de uma cooperação sistemática, que poderá ir da simples troca de informação até à realização conjunta de projectos de estudo e de valorização do património arquivístico.
O primeiro documento que o ADG disponibilizou através do seu sítio na Internet, foi a constituição sinodal aprovada em sínodo de 29 de Junho de 1614, sendo bispo D. Afonso Furtado Mendonça. A partir desse primeiro passo o ADG passou a disponibilizar sucessivas reproduções digitais, certificadas e não certificadas dos documentos detidos.
O Arquivo Distrital da Guarda está instalado no edifício do antigo Convento de São Francisco da Guarda, que também já foi quartel e sede do Regimento de Infantaria n.º 12.
Uma recuperação profunda das alas sul e poente do edifício veio dotar o Arquivo Distrital, a partir de 1993, de uma capacidade de depósito para cerca de três quilómetros de documentos, dispondo de uma ampla sala de leitura e de um espaço polivalente destinado a exposições e auditório.
plb
Peguei na «Ruta de los Castillos» do Sabugal Medieval e decidi honrá-los como eles merecem, quais guardiões do Côa, reforçando com a sua imponência, a fronteira que o rio definia. Espero não errar dados nem conceitos, mas prometi a mim mesma levar essa tarefa a bom termo, passando por todas estas fortalezas majestosas, quais marcos de pedra que contam segredos de príncípes e princesas e, quem sabe, de monstros e dragões. Vamos até Sortelha?

SORTELHA
Castelos são lugares com magia
Onde reis e princesas dominaram
Onde lutas se travaram
Numa ânsia de vencer.
Começo pelo de Sortelha
Altivo, dominador
D. Sancho 1º Senhor
Para marcar fronteiras.
D.Dinis e D. Fernando
De todo não o esqueceram
Mas com D. Manuel mereceram
Atenções, novo Foral.
Brasão Real e Pelourinho
Provam as honras recebidas
Em finais de noventa repetidas
Com honras de Aldeia Histórica.
São várias as suas portas
Porta da Vila a nascente
E a Nova da Vila a poente
No exterior medidas padrão.
Medidas de vara e côvado
Pois era ali o mercado
Por isso ali está marcado
Símbolo dessa actividade.
A Porta falsa e cisterna
E nada do que digo é miragem
A sua Torre de Menagem
E seteiras cruciformes.
A muralha defende a Vila
Mostra bem sua firmeza
Da urbe, em sua defesa
E elíptico traçado.
Talvez com Alcanizes perdesses
Mas imponência mantendo
Dominando e defendendo
O teu querido rio Côa.
Para Sortelha, a minha admiração.
«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
netitas19@gmail.com
Toda a gente do Casteleiro cresceu com aquela imagem atraente e bela de um edifício muito especial, bonito, elegante, no meio da serrania. É um hotel. Melhor: foi um hotel.
Cresci a pensar que aquilo era da minha Freguesia, o Casteleiro. Só muito mais tarde, já adolescente, é que percebi que era da Freguesia de Sortelha.
Isso, em termos administrativos. Mas em termos sociais e de vivência de cada um, era assim: a Serra da Pena é um local de encanto nosso.
Adiante.
Em pequeno, estive sempre muito ligado à gestão daquele equipamento. Conheci os representantes dos ingleses donos da empresa que explorava o hotel, já moribundo, e as Águas Radium. Assisti ao desmantelamento de um e de outra. Desmantelamento, literalmente: banheiras, torneiras, sanitas, canalizações… tudo foi levantado, levado, apropriado por alguém que se julgava prejudicado e quis prejudicar também. Até sei os nomes das pessoas em causa, porque eles faziam parte do meu dia-a-dia naqueles dias de meados da década de 50.
O hotel foi construído muito cedo: pouco depois de 1910. As termas e a utilização medicinal das águas radioactivas e depois das lamas com as mesmas propriedades foram crescendo.
As primeiras concessões das águas datam de 1922.
Aos espanhóis que fundaram este complexo, segue-se uma administração francesa, ligada ao urânio – não esquecer as Minas da Bica, ali perto da Azenha (Quarta-Feira).
A água era engarrafada e vendida como quase milagrosa (ver aí em baixo).
Nos anos 30 do século XX, jornais de Castelo Branco publicitam profusamente as Águas, as Termas e o Hotel.
Mas, provavelmente, nessa altura são já os ingleses que dominam por ali.
E depois, vinte anos depois, tudo acaba sem honra nem glória.
Ficou o «castelo» encantado.
Era assim que lhe chamávamos no Casteleiro quando eu era pequeno: o Castelo da Serra da Pena.
Para que serviam as Águas Radium e as lamas radioactivas?
Procurei informação. Eis uma síntese do que encontrei:
Indicações
Reumatismo, gota, hipertensão arterial, colites, edemas, insuficiência circulatórias (Acciaiuoli.1939)
Doenças do aparelho circulatório, rins e nas perturbações da nutrição, hipertensão arterial e nas feridas (Contreiras, 1951)
Doenças da circulação, gastrointestinais.
Tratamentos / caracterização de utentes
«O tratamento metódico por lamas radioactivas […] a aplicação de lamas radioactivas em artrites e artroses mono ou poli-articulares, é sem dúvida uma óptima aquisição da Águas de Radium com rendimento terapêutico, bem comprovado […] A aplicação de compressas eléctricas radioactivas G. Ray nas artrites, ciáticas, dores ováricas – provocam redução das dores.
O aparelho Studa Chair para lavagem do cólon, com 35 litros de água mineral, produz uma boa desinfecção mecânica.» (Acciaiuoli1940)
«”Studa chair” compressas e lamas radioactivas.» (Contreiras1951)
In aguas.ics.ul.pt.
«A Minha Aldeia», crónica de José Carlos Mendes
Cerca de 30 jovens de Portugal e Espanha realizaram nas últimas semanas uma catalogação de bens materiais e imateriais de várias localidades fronteiriças da região do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Douro-Duero. O projecto, denominado «Observatório para a Promoção Cultural do Eixo Duero-Douro», pretende segundo os promotores ajudar a preservar o património cultural e social da região para as novas gerações.
Jose Luis Pascual, alcaide de Trabanca e presidente do Agrupamento, explicou que se quer «resgatar do esquecimento» uma parte «muito rica do património, numa das fronteiras mais antigas da Europa». Permitirá ainda contribuir para a formação como agentes culturais dos jovens espanhóis e portugueses participantes, explicou. O projecto vai permitir a recompilação da informação relativa a festas, costumes, património arquitectónico, gastronomia, personagens, jogos, mapas ou construções de uma dezena de municípios dos dois lados da fronteira.
A documentação foi depois digitalizada em várias páginas web, uma por cada município, permitindo que a informação «esteja disponível para todos e se possa conhecer em qualquer parte do mundo», explicou Pascual.
Em concreto o projecto abrangeu as localidades portuguesas de Sortelha, Vila do Touro, Malcata, Miranda do Douro, Vila Nova de Foz Côa, Numão e Freixo de Espada à Cinta e do lado espanhol Almaraz de Duero, Cabeza de Caballo, Espeja, Trabanca e Villaseco de los Reyes.
aps (com agência Lusa)
No sábado, 30 de Outubro, o povo de Sortelha juntou-se para homenagear Manuel Gouveia no Centro de Dia que este benemérito ofereceu à sua terra. O momento ficou eternizado com uma placa de granito junto à entrada principal do edifício.

Dez anos após a inauguração do Centro de Dia Manuel Gouveia em Sortelha a actual direcção entendeu homenagear Manuel Gouveia o homem que tornou possível a sua construção ofertando-o na totalidade. É um homem discreto e aveso às luzes da ribalta mas com muito carisma junto dos funcionários do lar pelos quais é tratado como uma personalidade excepcional. Durante a cerimónia chegou a emocionar-se enquanto agradecia às pessoas da sua terra e se disponibilizava mais uma vez para tudo o que fosse necessário.
Estiveram presentes neste momento marcante para Sortelha os presidente e vice-presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo e Delfina Leal, o governador civil da Guarda, Santinho Pacheco, o presidente da direcção da Liga dos Amigos de Sortelha, Joaquim Leal, os funcionários do lar e muitos amigos do benemérito sortelhense.
Após o descerrar da placa que irá registar para sempre a passagem dos primeiros 10 anos sobre a construção do centro de dia e quando já se prepara a ampliação para 20 quartos com valências de lar foi tempo de entrar para o hall de entrada que se tornou acanhado para uma pequena multidão.
Após as palavras de boas-vindas e de agradecimento de Joaquim Leal, em nome da Liga dos Amigos de Sortelha foi tempo de ouvir o governador civil da Guarda, Santinho Pacheco. «Estou aqui como homem, como cidadão, como político para ter um gesto de gratidão para com o senhor Manuel Gouveia. A nossa terra é como a nossa mãe! Nós temos de sentir as nossas terras como sentimos a nossa família. As raízes que nos ligam à terra que nos viu nascer é uma característica essencial de manutenção da nossa cultura e da nossa memória. E é importante que os povos tenham memória. Estou plenamente convencido que quando o senhor Manuel Gouveia assumiu este gesto filantrópico, raríssimo no nosso país, de certa maneira estava a pensar que a terra onde nasceu era também a sua mãe. Por vezes a mãe não consegue dar tudo aos seus filhos e eles têm de sair, de emigrar, de procurar noutras paragens um futuro melhor. E foi o que se passou na nossa região com muitos de nós. Todos nós recordamos o que foi a saga da emigração à procura de uma vida melhor com a dignidade e honradez que nos caracteriza como beirões. Ser ingrato é uma característica que os beirões têm pouco. Estou convencido que ao longo de uma vida de trabalho o senhor Manuel Gouveia não esqueceu as raízes e quando pode retribuiu para a sua terra, para todos nós que somos seus conterrâneos. A nossa região e o concelho do Sabugal são disso um exemplo gritante a nível nacional. Nós sabemos ser solidários. O Sabugal é a nível nacional o concelho que per capita mais lares e centros de dia tem. Muitos deles com enorme qualidade e altruísmo. É uma terra de emigração mas sabemos que temos de dar àqueles que regressam – é uma característica nossa querer morrer onde nascemos – um final de vida com qualidade», disse durante o discurso Santinho Pacheco. «Há pessoas que nasceram no distrito da Guarda e que estão hoje em cargos importantíssimos no país e no estrangeiro e que de alguma forma se desligaram da nossa terra. Mas nós precisamos deles. Nós também, muitas vezes, os esquecemos. Não lhes damos a devida atenção porque pensamos que a Guarda somos só nós, aqueles que aqui estamos. Por isso mesmo o Governo Civil está a organizar umas jornadas que vão decorrer até ao final do ano com um tema – O que é que eu posso fazer pelo meu concelho? O que é que eu posso fazer pela Guarda? – porque a Guarda está numa encruzilhada e se não fizermos nada por mais investimentos que as Câmaras façam, por mais estradas que haja nós vamos morrendo aos poucos. A Guarda é uma terra que já teve glória mas que hoje não pode só olhar para o seu passado sem pensar no seu futuro. Nós os beirões somos assim. Nunca nos oferecemos para nada mas quando nos pedem uma oferta, por exemplo, para a festa da nossa terra nós gostamos de colaborar. Ao senhor Manuel Gouveia não foi necessário fazer nenhum desafio. Ele próprio decidiu fazer o centro de dia da sua terra. Estou convencido que é com exemplos destes que nós vamos conseguir. Os tempos são difíceis mas aqui os tempos foram sempre difíceis. Temos de acreditar no futuro.»
A terminar Santinho Pacheco agradeceu a Manuel Gouveia a solidariedade e altruísmo e afirmou perante todos os presentes que «o Ministério da Solidariedade Social vai assumir uma homenagem nacional a Manuel Gouveia como exemplo para todos». «Bendita terra que tais filhos tem porque – como escreveu Camões – são homens como estes que vão da morte se libertando», concluiu.
Santinho Pacheco ofereceu a Manuel Gouveia uma medalha do Governo Civil onde figura o brasão da cidade do Sabugal e aproveitou para dizer que foi presidente da Câmara Municipal de Gouveia durante 20 anos mas conhecia mal o Sabugal. «O concelho do Sabugal é grande. Grande nos valores, no património e na história mas particularmente nas pessoas. Esta terra do Côa, esta terra de Riba-Côa. Quero que o distrito da Guarda seja conhecido no país como o distrito do Côa, da Serra da Estrela e do Rio Douro».
Manuel Gouveia recebeu ainda duas recordações das mãos do presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, e do presidente da Liga dos Amigos de Sortelha, Joaquim Leal.
«É difícil para mim mas vou tentar dizer algumas palavras» começou por dizer emocionado Manuel Gouveia. «Gostaria de agradecer a todos os presentes e à direcção da Liga por terem promovido esta homenagem. Agradeço as palavras que me dirigiram porque nunca as irei esquecer. Quero desejar votos para que este centro de dia se mantenha sempre fiel aos princípios para o qual foi criado. Em determinado momento entendi que os idosos de Sortelha tinham direito a uma casa como esta e se entenderem transformar este centro de dia em lar podem contar comigo. Deixo uma palavra para as pessoas que trabalham neste centro para que façam tudo para tratar o melhor possível os utentes desta casa. Há duas actividades extraordinárias no meu entender. Trabalhar com crianças e trabalhar com idosos. Quero incluir nesta homenagem todos os que já trabalharam e trabalham nesta casa e todos os que me ajudaram. Quero ainda destacar duas pessoas que foram muito importantes. A doutora Isabel Branco que me apoiou desde o princípio estimulando-me para fazer esta obra e por último quero homenagear o meu filho porque podendo ficar um pouco prejudicado nunca me criticou pelas doações que faço em vida.» A finalizar incluiu na homenagem todas as pessoas de Sortelha com um grande abraço pessoal.
Foi uma homenagem mais do que merecida a uma personalidade excepcional. Homens assim já não há muitos!
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A Junta de Freguesia de Sortelha entendeu não comparecer na homenagem ao maior benemérito da aldeia histórica. Ele há coisas…
(Correcção)
Informação posterior regista a presença do tesoureiro e secretário da Junta de Freguesia de Sortelha a título particular. Aqui fica a devida correcção.
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jcl
No sábado, 30 de Outubro, o povo de Sortelha juntou-se para homenagear Manuel Gouveia no Centro de Dia que este benemérito ofereceu à sua terra. O momento ficou eternizado com uma placa de granito junto à entrada principal do edifício.
GALERIA DE IMAGENS – HOMENAGEM MANUEL GOUVEIA – 30-10-2010 |
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jcl
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