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Hoje destacamos o blogue da revista «Fugas – Sábados» do jornal «Público». A reportagem que reproduzimos vai ser publicada no sábado, dia 30 de Outubro no «Público», é assinada por Andreia Marques Pereira e tem como título «Em Portugal há sempre um castelo por perto».

Hoje destacamos... «Fugas» do Público«Há tantos castelos por aqui que às vezes os encontramos por acaso.» Aqui são as Terras de Riba Côa, onde encontramos Derek Miller, inglês de Bristol reformado no Castelo do Sabugal. Este «milionário do tempo», como se auto-define, está numa viagem por Portugal, à boleia de uma auto-caravana, maravilhado pelo «cenário rude e agreste» do interior português e encantado com os castelos que encontra pelo caminho.
Portugal nunca teve castelos grandiosos, concede o professor de História da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Mário Jorge Barroca, porque nunca foi um reino muito rico, mas eles encontram-se por todo o lado: de Norte a Sul do território, solitários ou em malhas urbanas. E têm algo de mágico, estes castelos que continuam a recortar as paisagens portuguesas e atrair visitantes regularmente — «sobretudo os mais emblemáticos», sublinha Mário Barroca.
«Vou onde for preciso só para ver castelos», afirma Carlos Bernardo, brigantino e membro da Associação Amigos dos Castelos, com quem nos cruzamos numa manhã de sexta-feira no Castelo de Lanhoso — onde não conseguiu entrar porque este fechou recentemente para obras. Olha a muralha e não está impressionado — «Este… Quem visita muitos [castelos] acaba por achá-los todos iguais, muralhas, ameias, torres». «Especialista-amador» não tem dúvidas em distinguir os castelos dos templários como os mais impressionantes: «Impõem respeito, tem algo muito específico.» O de São Jorge, em Lisboa é, diz, exemplar, «pela forma como está conservado, pela área que tem. Pode-se estar o dia inteiro lá»; ao de Guimarães reconhece o valor de «referência», mas, considera, «não é dos mais interessantes». Ao de Almourol já chegou caminhando pelas águas, impaciente de mais para esperar o barco.
Nós não fomos à boleia de Carlos Bernardo, mas de Mário Barroca, autor de extensa obra sobre o tema, a quem pedimos uma lista de seis castelos importantes para descobrir o país e a nossa história. Começámos pela Póvoa de Lanhoso a descobrir cronologias anteriores à nacionalidade (séculos X-XI); passámos por Tomar no tempo da reconquista cristã e espreitámos o lado muçulmano em Silves (segunda metade do século XII); em Lisboa detivemo-nos na alcáçova régia (século XIII); no Sabugal vimos o triunfo do gótico depois do triunfo das fronteiras definidas (século XIV); e chegamos a Vila Viçosa com a pirobalística (século XVI).
Sabíamo-lo teoricamente, agora sabemo-lo empiricamente: em Portugal, nunca estamos muito longe de um castelo. Porque o provámos na prática, ficámos a tratar por «tu» a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), que nos anos 30 e 40 do século XX levou a cabo uma ampla reconstrução deste património: mais ou menos controversa, o certo é que deu novamente corpo à história e devolveu torres e ameias às paisagens portuguesas. E é, então, atrás delas que partimos – de Norte a Sul.
Crónica assinada por Andreia Marques Pereira.
jcl (com Fugas)

Hoje destacamos… Florencio Avalos o primeiro mineiro dos 33 mineiros a ser resgatado da mina no Chile, depois de 69 dias em cativeiro, chegando à superfície cerca das 4.10 horas da madrugada em Lisboa. A viagem de 622 metros dentro da cápsula «Fénix 2» durou cerca de 20 minutos. Quando chegou à superfície o mineiro abraçou a família, cumprimentou o presidente do Chile, Sebastian Piñera Echenique, e foi encaminhado para o hospital montado no local para ser submetido a exames médicos.

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Para assistir ao resgate ao vivo dos mineiros. Aqui.
jcl

Instalado nas Casamatas, no subsolo do Baluarte de S. João de Deus, o Museu Histórico-Militar de Almeida contém uma exposição permanente e recebe também exposições temporárias, sendo de todo aconselhável uma vista a este local de cultura da vila histórica fronteiriça.

As Casamatas, também chamadas de Quartéis Velhos, são instalações subterrâneas datadas do século XVIII, construídas em abóbada, para efeitos de defesa militar, e que comportam vinte salas e corredores. As casamatas serviam para abrigar os militares da guarnição e a população civil nas situações de bombardeamento, servindo ainda para armazém de mantimentos, possuindo cisterna e poço de água.
Em Agosto de 2009, foi inaugurado o Museu Histórico-Militar de Almeida, que ocupou as várias galerias subterrâneas. É um espaço interactivo e multimédia em que se reconstitui a História de Portugal desde a época medieval até à era contemporânea, com especial destaque para as Guerras Peninsulares, e o cerco de Almeida.
Este interessante e muito bem cuidado museu tem-se tornado num dos locais mais visitados da vila histórica.
Num percurso pelas galerias, temos primeiramente um espaço dedicado às origens de Portugal e de Almeida, onde se expõem elmos e espadas lusitanas, bem como couraças e escudos romanos, para além de painéis interactivos. Passa-se depois à arte militar na Idade Média, onde há diversas armas antigas, elmos e armaduras.
Uma das galerias é dedicada à Guerra da Restauração, onde têm relevo os canhões e algumas gravuras alusivas. Passa-se depois à Guerra dos Sete Anos, ou «Guerra Fantástica», no âmbito da qual Almeida foi, em 1762, cercada e ocupada por franceses e espanhóis.
Merece realce o espaço dedicado à Guerra Peninsular e ao papel que a fortaleza teve no decurso das invasões francesas. Há gravuras alusivas, canhões e outras armas usadas na época, bem como recriações dos militares, envergando fardas militares.
As últimas galerias da exposição permanente são dedicadas às Lutas Liberais, onde Almeida também esteve envolvida, e à Grande Guerra, ou Primeira Guerra Mundial, onde tombaram muitos soldados naturais do concelho de Almeida.
Na actualidade está patente ao público uma exposição temporária denominada «As linhas de defesa de Lisboa durante a Guerra Peninsular». Trata-se de uma exposição cartográfica que mostra como as chamadas Linhas de Lisboa, permitiram que Portugal conservasse a sua independência ao evitarem que as tropas de Napoleão ocupassem a capital. O sistema defensivo, idealizado por Lord Wellington, foi construído pelo povo, sob orientação de engenheiros militares ingleses, portugueses e alemães.
Uma vista à fortaleza de Almeida e ao Museu Histórico-Militar é a viva sugestão que deixamos a quem anda pelas terras da raia neste Verão.
plb

O jornal «i» produziu um excelente trabalho multimédia sobre o roteiro da visita do Papa Bento XVI a Portugal.

Papa Bento XVI - Visita Portugal
Clique para ver o Roteiro

A primeira visita do Papa Bento XVI a Portugal serviu para a produção de grande trabalho multimédia do jornal «i». É o nosso destaque de hoje.
jcl

A equipa de futsal do Benfica sagrou-se campeã europeia na final disputada frente ao Interviú Madrid (Espanha) este domingo, 25 de Abril, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Benfica Campeão Europeu Futsal

Triunfo histórico da equipa de futsal do Sport Lisboa e Benfica. Perante 9400 espectadores no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, o Benfica sagrou-se ontem pela primeira vez no seu historial campeão europeu de futsal. Os encarnados derrotaram no jogo decisivo da final-four os ex-campeões da Europa, o Interviú Madrid, de Espanha, por 3-2, após prolongamento. Para os encarnados do futsal o nosso destaque de hoje.
jcl

Fiquei muito feliz quando ontem, sábado, dia 9 de Abril, recebi um telefonema do Manel Rito a dar-me conta de uma visita ao alcalde e amigo de Navasfrias, Celso Ramos.

Enquanto o Manel Rito foi Presidente da Câmara do Sabugal quantas viagens fizemos a Navasfrias para tratar de assuntos relacionados com «las carreteras» de cujos projectos a Câmara do Sabugal foi chefe de fila? Quantas reuniões com a Mancomunidad do Alto Águeda ou com a Presidente e Técnicos da Diputación de Salamanca?
As «carreteras» já estão feitas e não caíram do Céu! E que importância têm para a economia da região! Mas não foram só as «carreteras». Houve e haverá muito mais. É que a Europa é para lá, meus Senhores.
Os problemas de saúde que afectaram o amigo Manel Rito preocupavam-me e cheguei a recear que estas incursões, por España, se tornassem raras ou deixassem de se verificar. Por isso mesmo o dia de ontem foi um dia especial. Conheço, muito bem, a amizade entre o Manel Rito e o Celso Ramos e foi com imenso prazer que ontem os fotografei de novo.
Depois de em casa do Celso termos tomado um café, «charlado» um pouco sobre a saúde do Manel, e também sobre o progresso e desenvolvimento da zona, deslocámo-nos ao local onde o Ayuntamiento de Navasfrias possui um parque cinegético. Foi com agrado que observámos algumas espécies, sobretudo coelhos e lebres, que aí se vão reproduzindo para mais tarde poderem ser distribuídos pelas zonas mais convenientes, incluindo o lado de cá.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos

(Presidente da Junta de Freguesia dos Foios)

jmncampos@gmail.com

O ex-presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Manuel Rito Alves, tem mantido de há longo tempo uma dura batalha contra a doença que o afecta e os últimos meses foram particularmente difíceis, passando a maior parte do tempo internado no hospital. As boas novas quanto à sua recuperação enchem-nos de satisfação. O Capeia Arraiana associa-se ao Zé Manel, desejando a Manuel Rito continuadas melhoras.
plb

Manuel Morgado nasceu em 1979, em França, mas as suas raízes são do Sabugal de onde os seus pais são naturais. Estudou design de comunicação na ARCA em Coimbra e é autor do livro em banda desenhada «Sabugal – Peripécias históricas da gente do Alto Côa» editado pela Câmara Municipal do Sabugal.

Manuel MorgadoNa sua biografia o sabugalense Manuel Morgado assume-se «inspirado por diferentes tipos de arte, como quadrinhos, filmes, música ou pintura, principalmente em estilo renascentista barroco, como Caravagio, Rubens, Vermeer, entre outros, e ilustração de artistas contemporâneos, tais como Luis Royo, Jude Palencar John, Matt Stawicki, Tood Lockwood e Norman Rockwell» onde procura a «inspiração para o seu trabalho».
Manuel Morgado tem assinado, desde 1998, como designer de comunicação e ilustrador excelentes trabalhos gráficos em publicidade e em órgãos de comunicação como o Expresso, a Visão ou o Jornal de Noticias.
O seu mais recente trabalho – criado nos «Estúdios Manuel Morgado» em Vila do Conde – foi apresentado no Centro Colombo no dia 20 de Dezembro. É, nem mais nem menos, do que a ilustração de capa e base para a identidade do novo álbum dos D’ZRT.
Hoje destacamos e colocamos nas «Escolhas Capeia Arraiana» o indiscutível mérito e «jeito» do ilustrador sabugalense Manuel Morgado.

Página na Internet de Manuel Morgado. Aqui.
jcl

O jornalista Rui Isidro é director da Rádio Altitude e administrador do blogue «Jogo de Sombras». Hoje, 19 de Dezembro de 2009, quando se comemoram os dez anos da transferência de Macau para a soberania chinesa e na qual Rui Isidro teve intervenção directa é o momento ideal para destacar o seu espaço na blogosfera. A fotografia da cerimónia de arriar da bandeira portuguesa que reproduzimos é protagonizada, segundo nos confirma o Rui Isidro, por um cadete com origens no Sabugal. Que dê um passo em frente e se identifique…

Macau - Cadetes com a bandeira portuguesa durante a Cerimónia de Transferência de Poderes

«Dez anos depois da Cerimónia de Transferência de Poderes de Macau, decidi passar a público, neste caderno de bordo, pelo menos uma pequeníssima fracção de memórias documentais que guardo daquele tempo histórico. Que tive o privilégio de viver por dentro», escreve Rui Isidro na sua crónica intitulada «Há dez anos».
Macau foi a última jóia do Império. Portugal administrou o território «entalado» na grande China e vizinho da britânica Hong-Kong durante 442 anos. Mas… ao contrário do que aconteceu em todos os outros estados ultramarinos a passagem de testemunho em Macau decorreu após um longo processo diplomático entre as Repúblicas de Portugal e da China. Negociações que proporcionaram um futuro tranquilo e de grande pujança económica.
Parabéns, Rui Isidro, pelo excelente trabalho de guarda de memória colectiva. «Um jornalista deve, em primeiro lugar, relatar factos», ensinava-me um dia o professor Fernando Cascais. Os relatos escritos no presente do indicativo são, no futuro, testemunhos pessoais que preservam a memória dos povos. Dez anos depois é tempo de recordar a transferência de Macau no «Jogo de Sombras» onde a voz deu lugar à escrita e à imagem.

Um dos três cadetes presentes na cerimónia do arriar da bandeira portuguesa em Macau tem origens no Sabugal. Ficamos à espera que se identifique aqui no Capeia Arraiana.

Blogue «Jogo de Sombras» de Rui Isidro. Aqui.
jcl

Fernando Sobral é um respeitado e reconhecido opinion maker português que assina uma coluna de opinião no «Jornal de Negócios». Esta quinta-feira, 3 de Setembro, escreveu sobre «A pobreza e a riqueza». Como eu gostaria de poder substituir a palavra «Sabugal» por uma outra qualquer…

Fernando Sobral«A pobreza e a riqueza
Enquanto a classe política discute animadamente o TGV como se ele fosse uma linha ideológica determinante ou se devemos ter um Estado um bocadinho mais anémico ou com um pouco mais de músculo, olha-se para o País e descobre-se aquilo que não faz…

Enquanto a classe política discute animadamente o TGV como se ele fosse uma linha ideológica determinante ou se devemos ter um Estado um bocadinho mais anémico ou com um pouco mais de músculo, olha-se para o País e descobre-se aquilo que não faz cócegas aos líderes partidários. É a pobreza que se contrapõe à riqueza urbana. É o silêncio que os fogos vão ampliando no Interior. É a desertificação feita pelo vento forte do fecho das fábricas que sustentavam concelhos e onde só ficam os mais velhos, presos a um mundo que desaparece e não deixa mais ilusões. Quando se olha para o que sucedeu no Sabugal, um concelho praticamente dizimado pelo fogo, pensa-se sobre o verdadeiro peso dos debates entre líderes partidários que agora vão aquecer as noites nas televisões. No Sabugal foram homens e mulheres, muitos sem segurança social e sem riqueza própria, que perderam tudo: as colheitas, as cabras, os palheiros. Perderam o que restava da ilusão neste País que esquece quem vive nos grandes centros urbanos. É um País arruinado este que vive, como o “CM”, há dias referia, com 273 euros de pensão média em Bragança, com 288 euros de pensão média Guarda, com 297 euros de pensão média em Viseu. Quando se olha para os fogos do Sabugal percebe-se melhor o que Portugal e as suas elites fizeram ao Interior: desprezaram-no para sempre. Isto não tem a ver com recuperação económica, equilíbrio financeiro da segurança social, com auto-estradas ou aeroportos. Tem a ver com um País esquecido pelas suas elites.
Fernando Sobral (fsobral@negocios.pt)»

Infelizmente a nossa terra é notícia pelos piores motivos. É um Sabugal desiludido que ficou muito mais pobre em Setembro de 2009. Com estes trágicos incêndios percebemos todos que terminou o tempo de governar só a olhar para dentro.
O próximo Presidente da Câmara Municipal do Sabugal deverá ter capacidade para reinvindicar junto das «elites políticas» – referidas por Fernando Sobral – aquilo a que temos tanto ou mais direito que as populações urbanas do litoral.
O próximo Presidente da Câmara Municipal do Sabugal não vai ter tempo para se sentar na cadeirão do gabinete da presidência.
O próximo Presidente da Câmara Municipal do Sabugal deverá estar disposto a fazer milhares de quilómetros na A23 de ida e volta à capital do Império.
O próximo Presidente da Câmara Municipal do Sabugal deverá pedir o apoio de todos os sabugalenses que ocupam lugares de destaque na função pública e nas empresas privadas por todo o país e na emigração.
O próximo Presidente da Câmara Municipal do Sabugal deverá convidá-los a assinar um compromisso de honra de disponibilidade em defesa do concelho do Sabugal. Assim o futuro Presidente da Câmara Municipal do Sabugal o queira e deseje. Antes que seja tarde de mais…
jcl

Hoje destacamos o jornal «Público» pela sua chamada de primeira página à tragédia que se abateu sobre o concelho do Sabugal. A foto a quatro colunas de Nélson Garrido está titulada «Três dias de fogo devoram floresta de um concelho pobre».

«Maria de Lurdes salvou as vacas do incêndio, mas perdeu as cabras» é o título da crónica da jornalista Ana Cristina Pereira sobre os trágicos incêndios no concelho do Sabugal que merece honras de primeira página, esta quarta-feira, no jornal «Público».
O Capeia Arraiana reproduz, de seguida, o excelente artigo do jornal «Público» onde «ouvimos», mais uma vez, o relato na primeira pessoa de estórias de sabugalenses humildes que viram a sua vida dramaticamente alterada por mais de 50 horas de terror provocadas pelos incêndios incontroláveis que tudo destruíram.

«Uma galinha andou a esgravatar atrás da casa de Maria de Lurdes Esteves e pôs um ovo no caminho de terra batida. Atrás da casa, quase não há mato para fazer ninho. As chamas cobriram tudo de negro. “Está tudo desgraçado. Lá foram cinco cabras, dois palheiros de feno, dois carros de bois.”
O seu olhar estende-se até ao cimo do monte. “Passaram aí a dizer para botar os animais na rua.” Obedeceu. A noite engolira o domingo. Quinta da Ribeira da Nave, no Sabugal, transformara-se num “inferno”. As chamas cercaram a casa. “Para onde fugir com os animais?”
O vizinho, Orlindo Pires, julgou-a apoquentada. Mas a Quinta de Ribeira da Nave vivia o pior sinistro desta época de incêndios. Ele também “estava numa aflição”: “Nós até a água da piscina tirámos para ajudar os bombeiros!” E perderam carvalhos, macieiras, pessegueiros, vinhas, um palheiro de feno.
O incêndio deflagrou por volta da 1h00 de domingo entre a Moita e o Casteleiro. Chegou a ser dado como extinto à hora do almoço. Domingo à tarde, descontrolou-se. Na segunda-feira, tornou a parecer domado e a descontrolar-se. E ontem também.
No domingo à noite, como muitos vizinhos, o marido de Maria de Lurdes ocupou-se da casa. Pôs-se a regá-la. Tantos fardos de feno armazenados nas traseiras! “Se o lume chegava ao feno, ia casa, ia tudo.” A mulher pegou nas duas vacas e levou-as para o ribeiro que corre, fino, a uns metros. Três bombeiros mergulhavam as cabeças no poço. O fumo era denso. Ardiam-lhes os olhos. Salvou as vacas, as três galinhas, o burro. As cabras é que não. “Bem as ouvia berrar!”
Por volta das cinco da manhã de segunda-feira, uma bombeira pediu para usar a casa de banho dos Pires e perguntou se não havia fruta. Carmelinda Pires, que “é muita dada”, pegou na fruta que tinha e deu-a toda. E leite, pão, queijo, presunto.
Na segunda à tarde, Orlindo correu para Dirão da Rua.”Até os pés se me desgastaram de tanto andar.” Tem feridas nos dedos. “Os bombeiros não conseguem fazer tudo. Já viu a extensão do fogo?” Alguns especialistas falam em 15 mil hectares. Em redor das povoações de Sortelha, Urgueira, Santo António, Alagoas, Moita, Casteleiro, Santo Estevão, Pêga… Pouco escapou no concelho. “Um homem com 150 ovelhas já foi ao Fundão ver se lhe alugam umas quintas.”
Ontem, quando Orlindo saiu de Dirão da Rua eram já umas 9h00. Por volta dessa hora, o namorado de Sara Ferreira viu lume na estrada que liga Sortelha ao Sabugal. Chamou-a. Veio ela, o namorado, o irmão, o padrinho, os pais, com pás, com ramos a tentar salvar o pasto da vizinha. Os moradores mal se têm deitado. “Os fogos andam tanto!”
À hora do almoço, no posto de comando montado no Espinhal, descansavam dezenas de bombeiros de norte a sul do país. O comandante Operacional Distrital da Guarda, António Fonseca, dava uma volta pelo terreno: “Temos homens espalhados por todo o perímetro, neste momento está tudo controlado.” Às 14h56, o sinistro reacendia-se em Quinta do Anascer e para lá eram mobilizados 340 elementos apoiados por 114 viaturas, um helicóptero de ataque inicial, um helicóptero bombardeiro pesado, dois aviões de ataque inicial e três aviões bombardeiros pesados. Entraria em rescaldo às 21h00.
Desolada, Maria de Lurdes já nem dava pelo movimento. Quando o seu “inferno” acabou, levou as mãos ao céu: “Graças a Deus, salvou-se este abrigo de gente pobre.” Ainda esperou pelo regresso das cabras. Só uma o fez: “Coitadinha. Está toda inchada. Está toda queimada. Está cega. Nem come.” Maria de Lurdes não espera que ela se salve. Um vizinho já lhe ofereceu uma cabrinha. O campo de milho “está tostado”. Nem imagina como estarão as batatas debaixo da terra. “Eu e o meu marido não sabemos ler. Donde a gente se governa é no campo. Foi donde a gente criou os filhos.”
Nem reforma tem ainda: “Nunca paguei Caixa. Até para pagar a do meu homem era à rasca!” Foi à Segurança Social em Abril, depois de completar 65 anos. Mandaram-lhe uma carta a pedir uma fotocópia do bilhete de identidade. Levou-a um vizinho. Ela dera “cabo do pé esquerdo – não podia andar”. E não tem dinheiro para táxi.
jcl (com jornal «Público»)

Hoje destacamos o blogue «31 da Armada» onde escrevem irreverentes e inconformados republicanos e… monárquicos. Uma destas noites surpreenderam o País e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, substituindo a bandeira do município alfacinha pela bandeira monárquica.

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O «31 da Armada» (um dos nossos blogues recomendados) é uma das referências, tendencialmente de direita, do livre pensamento na blogosfera. Os seus administradores defendem que «a internet, e a blogosfera em particular, já é o mais parecido que há com a ideia de espaço livre» prometendo «ser comprometidos». «Assumidamente comprometidos. Defenderemos causas, defenderemos amigos – ou não – e criticaremos adversários. Estaremos de um dos lados em muitos conflitos, estaremos em vários lados noutros. Somos e seremos livres a pensar e absolutamente dependentes das nossas convicções a opinar. Nao temos a ambiçao de ser isentos, mas tentaremos ser rigorosos e sérios. Fanaticamente sérios».
Uma destas noites resolveram fazer um acto de pura propaganda bloguísta e documentaram em vídeo a substituição pouco depois da meia-noite da bandeira do município lisboeta pela bandeira monárquica.
Vivemos num país cinzentão e muito sério onde andam todos nervosamente engripados com as eleições legislativas e autárquicas e, por isso, o povo sorri quando o poder se sente afrontado e fica mal na fotografia.
Aqui deixamos um grande abraço ao Rodrigo Moita de Deus e não resistimos a publicar algumas das suas tiradas diárias:
«Não percebo se a CML apresentou “queixa à PSP” ou “queixa da PSP”…» (Rodrigo Moita de Deus)
ou ainda…
«Os sindicatos que representam os trabalhadores da TAP revelaram que a empresa comprou 42 carros para os seus directores, poucos dias depois de ter afirmado que não havia condições para efectuar revisões salariais. Eu percebo a indignação dos sindicatos. Mas a notícia não é a aquisição de 42 carros para directores. A notícia é a existência de 42 directores.» (Rodrigo Moita de Deus).
ou ainda…
«Couto dos Santos, Pacheco Pereira, Deus Pinheiro… Há qualquer coisa de RTP Memória no próximo grupo parlamentar do PSD.» (Rodrigo Moita de Deus).

Hoje destacamos… o blogue «31 da Armada» e haja tempo para pensar.
jcl

Hoje destacamos e retiramos do contexto «A Frase…» até porque na última ofensiva de Israel fora de portas, no vizinho Líbano, os militares que estavam a construir a ligação do Sabugal à A23 desertaram e abandonaram os sabugalenses para ajudar os pobres libaneses…

mono-avatar01a«Bem não interessa, de qualquer modo é um momento histórico na luta pelas autárquicas, mas eu pessoalmente espero que não se dediquem apenas a postas recicladas, mas também gostava de saber a opinião, por exemplo, acerca desta ofensiva israelita sobre Gaza. Se bem me lembro, da última vez que Israel se lembrou de fazer uma ofensiva, o Sabugal ficou sem ligação à A23.»

Veja o artigo completo aqui.
Mono, in Sabugal Tarrento

Os grelhados no carvão do restaurante do Clube Naval da Praia da Assenta constituem um mimo gastronómico. Ali o comensal isola-se do mundo, apreciando o paladar do peixe grelhado, ao mesmo tempo que se deleita com a vista espectacular do mar e das falésias.

Peixe-galo na Praia da AssentaÉ num rufo que se chega ao porto de pesca da Praia da Assenta, aproveitando as excelentes vias com que a região Oeste é servida. Quem vai de Lisboa só tem de tomar a A8 e torcer na direcção de Mafra, entrando na nova auto-estrada que dali arranca até à cidade do soberbo convento. Já em Mafra toma-se a direcção da Ericeira e depois de Ribamar, percorrendo uma estrada de bom asfalto que segue junto ao oceano. Atravessando o Barril, terá depois à esquerda a indicação «Praia da Assenta», por onde se seguirá até ao Porto dos Barcos.
A descida da falésia mete respeito, mas estando o dia soalheiro pode dali admirar-se o mar, cujas ondas esbarram nas rochas das arribas. No local o silêncio é apenas ferido pelo rugir de fundo do mar. Tudo o mais é sossego e mansidão.
Quase no fundo da falésia está o restaurante do Clube Naval, que é uma casa térrea, com ares de pré-fabricado. Mas quem ali entra é sempre bem acolhido. Logo defronte da porta de entrada está o balcão frigorífico onde o cliente pode ver o peixe disponível, contendo ao lado a tabela manuscrita com os preços de cada espécie. E é variadíssima a lista de peixes que a casa tem ao dispor: pargo, sargo, garoupa, dourada, robalo, pregado, cantaril, peixe-galo, peixe-galinha, imperador, salmonete, corvina, cherne, tamboril, moreia, raia, safio, besugo, goraz, pampo, lulas, chocos, polvo… E muito mais.
Não conte com a tradicional ementa que se leva à mesa. Aqui a regra é mais simples: antes de se sentar o cliente escolhe o peixe que vai comer, o qual é agarrado à sua frente e enviado para a cozinha, onde o espera a grelha colocada sobre o carvão incandescente.
Para entrada há azeitonas, rissóis, raia e polvo frito, acompanhada pelo saboroso pão de Mafra, que aqui é de genuína qualidade.
Aconselha-se um peixe-galo grelhado. Se o grupo for grande, o peixe virá à mesa dentro de uma enorme travessa, acompanhado por batatas assadas no forno, tudo bem regadinho com azeite. Para beber aconselha-se um vinho branco Marquês de Borba, que deverá ser servido bem fresco. E comer, beber e chorar por mais!
As meninas são simpáticas e prestam um primoroso serviço de mesa. No final prepare uma nota larga, porque estes mimos não se comem sem que tenham o seu custo.
Se não aprecia peixe, então este não é o seu lugar. Ali não há um único prato de carne… Ah, e os telemóveis não têm rede, nem há serviço de multibanco ou cartão de crédito.
Ir ao Clube Naval da Paria da Assenta é ficar isolado do mundo, ao fundo de uma alta falésia, defronte do mar e com um magnífico peixe para saborear.
plb

O espaço pessoal de Américo Rodrigues na blogosfera merece, pela segunda vez, o nosso destaque. O «Café Mondego» da Guarda, infelizmente já desaparecido, foi um espaço de tertúlias e de encontros e desencontros das vidas beirãs. E porque há identidades que não se podem perder «Café Mondego» é, simultaneamente, um programa de rádio conversado com convidados e transmitido na Rádio Altitude, ao sábado de manhã, e um blogue com referências «ao programa, ao autor, mas também a assuntos que tenham relação com a Guarda».

Américo RodriguesA propósito de uma ronda pelos castelos raianos que Américo Rodrigues fez com Elomar, brasileiro do sertão, cantor, compositor, arquitecto e criador de bodes aqui deixamos a sua «crónica» sobre Sortelha e o Sabugal.

«Sortelha – A menina do turismo não está dentro do contentor, está ao sol a falar com uma vendedora de compotas. Aí vem ela. O que tem a dizer-nos sobre o Castelo?: “está tudo no folheto!”, que estende. Insistimos: “de que época é?”. Resposta: “está tudo no folheto!”. Está bem, muito obrigado. Corremos pelas ruas até ao Castelo, erguido sobre as penedias. Elomar fica rendido à imponência do Castelo, à sua “integração na natureza”, como me dirá. Sobe às muralhas, espreita a cisterna, repara na Porta da Traição. E, por fim, declara. “Eu já estive aqui! Uma canção minha passa-se neste castelo!”. Não sei o que hei-de dizer. “Não estive, mas foi como se estivesse. Reconheço este Castelo. Já o vi antes, estava na minha cabeça. È como se tivesse vivido aqui! É engraçado, como conheço tão bem estas pedras, apesar de nunca cá ter estado fisicamente!”. Mais um passo: “Eu sou doutro tempo. Eu deveria ter vivido na Idade Média”, desabafa o trovador.
Bares e restaurante fechados. O lixo esvoaça. A menina do turismo continua à conversa com a senhora das compotas.

Sabugal – Ao lado do Castelo uma rebarbadora deita chispas e faz uma barulheira ensurdecedora. Tapamos os ouvidos e entramos. No posto de turismo encontro um amigo que já não encontrava há mais de vinte anos. Paga-se para entrar no único castelo de cinco quinas de Portugal. O funcionário quer saber de onde é Elomar e acompanhantes, por causa das estatísticas. No final, Elomar promete enviar-lhe por correio um chapéu do sertão. O Zé Luís levanta-se, dirige-se a um mapa e explica a importância daquele e de outros sítios. Voz habituada, discurso na ponta da língua. Entramos e Elomar sobe à Torre a que eu não subo por causa das vertigens. Elomar comenta com o filho que ali era o sítio ideal para um concerto deles. Visita rápida. Elomar: “Este já tem muita a intervenção recente, já não é o original!”.
Pausa para almoço num restaurante, que ostenta o nome de um “colega” (palavras do próprio) de Elomar: D. Dinis, o trovador.»

Houve, ainda tempo, para conhecer Belmonte, Almeida, Castelo Bom e Castelo Rodrigo. A visita à Casa do Castelo, no Largo do Castelo do Sabugal, ficou prometida para uma próxima oportunidade.
O texto integral pode ser lido aqui.
jcl

A edição n.º 617 do semanário «Nova Guarda» (20 de Agosto de 2008) inclui um suplemento especial sobre as Terras do Forcão intitulado «Olá Raia! Viver a Tradição» com uma panorâmica abrangente e cuidada sobre as grandes festas taurinas do mês de Agosto no concelho do Sabugal com encerros, capeias e desencerros. «Terei que dizer que não a um segundo mandato por questões de saúde», é uma das afirmações do presidente Manuel Rito Alves na entrevista que concede ao jornal.

Nova GuardaIlustrado com imagens, muitas e bonitas imagens da maior tradição sabugalense o suplemento inclui uma interessante e bem estruturada entrevista da jornalista Eduarda Pereira a Manuel Rito Alves, presidente do município sabugalense, onde o carismático líder confirma que não se vai recandidatar a um segundo mandato por motivos de saúde.
A fechar pode ainda ler-se um artigo que nos lembra que as aldeias da Raia estão cada vez mais bonitas e com melhor qualidade de vida.
Mas o nosso destaque de hoje vai para o editorial do director do «Nova Guarda», António de Andrade Pissarra, intitulado «O despovoamento do Interior». Com a devida vénia aqui reproduzimos um trecho dos seus pensamentos escritos:
«Perante tantos migrantes e emigrantes que anualmente regressam às suas terras, somos levados a concluir que a partida não terá sido fácil e razões muito ponderosas estarão na base de tão difícil decisão, ainda que os portugueses tenham espírito aventureiro. Ora, a questão que se coloca prende-se com a falta de investimento para que não se criassem condições para tamanho êxodo. Será que com políticas mais eficazes seria preciso fechar tantas escolas, tantos serviços de saúde e outros? Talvez não e um correcto aproveitamento do território deveria ter tido outros critérios. Até o turismo de que tanto se fala não pode viver sem pessoas. A adesão à União Europeia e a abolição das fronteiras tornaram obsoletas determinadas actividades e serviços, sem que se verificassem contrapartidas. A consequência foi a partida de muitas, nomeadamente para a região da Grande Lisboa, empobrecendo o interior.»

Jornal arrumado, actual, com qualidade gráfica e jornalística. Nem tudo vai mal… na Imprensa da região beirã.
jcl

Tudo começou em 1986 com a primeira edição do Concurso «Ó Forcão Rapazes». A festa das festas com forcão nasceu por iniciativa conjunta da Associação dos Amigos de Aldeia da Ponte e da Associação Recreativa e Cultural dos Forcalhos. No primeiro ano participaram, por convite, as freguesias com mais tradição nas capeias arraianas: Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Alfaiates, Fóios, Forcalhos, Lageosa da Raia e Soito.

O regulamento escrito elaborado pela Comissão Organizadora constituída por Tó Chorão (Aldeia da Ponte), Zé Beira Manso e Zé Gusmão (Forcalhos) definia que devia ser declarada vencedora a equipa que averbasse mais pontos na votação do júri constituído pelos oito presidentes de Junta de Freguesia participantes.
Após alguns desentendimentos por desacordo com a classificação final e a equipa vencedora foi decidido que deixava de haver vencedores e vencidos. O concurso deu lugar ao «Festival Ó Forcão Rapazes» e, em 2005, foi organizado pela primeira vez na Praça Municipal do Soito iniciando uma alternância anual com a Praça de Aldeia da Ponte.
A edição de 2008 do «Festival Ó Forcão Rapazes» realizou-se no dia 16 de Agosto na vila do Soito e provocou, como sempre, momentos espectaculares. Aqui ficam, em destaque, algumas imagens da coragem e destreza raiana na jornada-mor de todas as esperas com forcão.

Pedro Balhé (equipa do Soito)

Data: 16 de Agosto de 2008.
Local: Praça de Touros do Soito
Legenda: O «cortador» Pedro Balhé (Soito) salta por cima do touro
Autoria: João Nabais

Pedro Loto (equipa do Soito)

Data: 16 de Agosto de 2008.
Local: Praça de Touros do Soito
Legenda: Valente pega de caras de Pedro Loto (Soito)
Autoria: João Nabais

O Festival «Ó Forcão Rapazes» e a espera com forcão denominada «Capeia Arraiana» com origem nas Terras de Ribacôa são demonstrações colectivas de uma «gente muito especial». As capeias arraianas são uma tradição que simbolizam muito do que fomos, somos e queremos continuar a ser enquanto povo com uma identidade própria e única no Mundo.
jcl

O ilustre jornalista e comentador desportivo Rui Santos, sobrinho de Vítor Santos mítico chefe de redacção do jornal «A Bola», é um opinador directo que afirma, semanalmente, as verdades que muitos não gostam de ouvir e ler. Polémico e frontal tem sido, por diversas ocasiões, alvo de ameaças e tentativas de agressão daqueles que defendem a força da violência contra a força das palavras.

Rui SantosRui Santos nasceu a 6 de Junho de 1960, em Lisboa, e leva 30 anos a escrever na Imprensa. Jornalista profissional, publicou o seu primeiro artigo a 12 de Janeiro de 1976 no jornal «A Bola» onde cumpriu grande parte da sua carreira. Durante 26 anos ocupou diversos lugares de chefia (inclusive o de chefe de redacção), editando revistas e outras publicações especiais, uma das quais com algum impacto internacional. Saiu de «A Bola», por vontade própria, fechando um ciclo, criticando a nova forma de entender o jornalismo (em especial o desportivo), sempre muito dependente de outros poderes.
Actualmente é colaborador dos jornais «Record» e «Correio da Manhã», onde todas as semanas assina uma página de opinião («Nu&Cru»), estabelecendo pontes entre futebol e política. Na televisão é comentador da SIC e da SIC Notícias, onde o seu programa «Tempo Extra» é uma referência no universo do cabo.
Numa das suas incursões opinativas fora do panorama desportivo coloca em destaque na edição deste sábado, 24 de Maio, do «Correio da Manhã» uma nota sobre o actual momento social português, Merece o nosso destaque…

«Sócrates já não tem de dar mais provas de que é um primeiro-ministro inexpugnável. Não há Oposição que o bata. Mas, por favor, perceba que um primeiro-ministro sem povo transforma-se num ditador. É que o povo está a rebentar pelas costuras. Não aguenta mais, está estrangulado. Não aguenta mais aumentos, não aguenta mais sacrifícios. Portugal está à beira da explosão social, vulgo ruptura, por mais que não queira acreditar…»
:: ::
Convivi com o Rui Santos durante cerca de 12 anos no jornal «A Bola». É actualmente um dos últimos jornalistas que ainda consegue dizer aquilo que sabe e pensa sem estar dependente ou constrangido por ninguém do poder desportivo ou político.
jcl

No Dia Mundial dos Museus, 18 de Maio, destacamos o Museu Oriente inaugurado recentemente na Doca de Alcântara, próximo da zona de Belém, em Lisboa. Espaço de excelência no contexto cultura português é a concretização de um desígnio a que a Fundação de Carlos Monjardino se propôs desde que foi criada há 20 anos. A directora do Museu Oriente, Natália Correia Guedes, é neta do escritor sabugalense Joaquim Manuel Correia.

Museu do OrienteO Museu do Oriente, testemunho das relações históricas entre Portugal e a Ásia, foi inaugurado no dia 8 de Maio, em Lisboa.
Localizado na Doca de Alcântara, próximo de Belém, num edifício dos anos 40 devidamente adaptado e com uma situação privilegiada junto ao rio Tejo, o Museu do Oriente exibe, através das suas exposições, permanente e temporárias, testemunhos da presença portuguesa na Ásia.
O espaço cultural dirigido por Natália Correia Guedes, reúne colecções que têm o Oriente como temática principal, nas vertentes histórica, religiosa, antropológica e artística. O seu acervo resulta de aquisições efectuadas em Portugal e no estrangeiro e inclui núcleos de arte chinesa, indo-portuguesa, japonesa e timorense.
A exposição permanente engloba 1400 peças alusivas à presença portuguesa na Ásia e 650 pertencentes à colecção Kwok On, agrupadas sob a temática Deuses da Ásia. A exposição temporária inaugural é inteiramente dedicada às Máscaras da Ásia.
A presença portuguesa na Ásia está representada através de objectos adquiridos pela Fundação nas áreas da pintura, cerâmica, têxteis e outras artes decorativas.
A colecção é enriquecida por um espólio de 1250 peças artísticas e documentais pertencentes a vários museus e outras instituições culturais, cujo empréstimo ou depósito foi confiado ao Museu do Oriente.
A colecção Kwok On, testemunho ímpar das artes performativas de raiz popular e das grandes mitologias e religiões de toda a Ásia, é reconhecida como uma das mais importantes à escala europeia. Composta por mais de 13 mil peças relacionadas com a música e com o teatro (instrumentos musicais, trajes, marionetas, máscaras, pinturas, porcelanas) e com as festividades tradicionais (objectos rituais, lanternas, pinturas, jogos), constitui um elemento decisivo para colocar o Museu do Oriente no roteiro das grandes instituições internacionais dedicadas às culturas e civilizações asiáticas.
Além das exposições, o espaço multiusos do Museu do Oriente será palco de uma programação cultural ao nível da música, dança, teatro, cinema e marionetas, para além de conferências, seminários, cursos e congressos e ainda de outras actividades lúdico-pedagógicas promovidas pelo Serviço Educativo.
Para levar a cabo a sua diversificada actividade, o Museu do Oriente dispõe de um Auditório, de um Centro de Reuniões e de um Centro de Documentação, local de referência na pesquisa de informação na área das ciências sociais e humanas e em tudo o que diga respeito à Ásia e às suas relações com Portugal.

Apresentação em «powerpoint» do Museu do Oriente. Clique aqui.
jcl

As «Crónicas do Rochedo» são escritas pela pena do ilustre jornalista Carlos Barbosa de Oliveira. Portuense e portista assumido confessa que a blogosfera é uma diversão em que se deixou enredar.

Conheci o Carlos Barbosa de Oliveira no Cenjor (Centro de Formação Profissional para Jornalistas) no curso de jornalismo digital. Durante semanas, sentados lado a lado, fomos discutindo a actualidade noticiosa, pontos de vista politiqueiros e estas modernices de «escrever em formato web».
A produção de conteúdos e a construção por todos os elementos do curso da página web intitulada «Puro Tango» foi um dos trabalhos jornalísticos que mais gozo me deu até hoje. Foram momentos inesquecíveis desde a pesquisa histórica, passando pelos workshops na Voz do Operário até ao clímax final no «Festival Internacional de Tango» no Coliseu dos Recreios.
– Mas quem é o responsável pelo blogue «Crónicas do Rochedo»?
– Nasci no Porto em frente ao antigo Estádio das Antas. Sofri muito quando era puto e os benfiquistas iam lá fazer a festa. Agora… faço-a eu na minha conchinha do dragão.
Neto de António José Pinto de Oliveira, fundador da empresa Oliva, foi expulso da Faculdade de Direito em 1969 na sequência do Maio de 68. «Estudei na Inglaterra, Suíça, Estados Unidos e Suécia. No regresso e durante uns tempos considerei-me um estrangeiro no meu País. Percebi desde muito novo que era um andarilho», recorda com ar de criança traquina.
Como funcionário das Nações Unidas tornou-se cidadão do Mundo e viveu na Suécia, Jugoslávia e Brasil.
– Para mim viver num país é permanecer pelo menos três meses. A minha excepção foi na Papua-Nova Guiné onde vivi um intenso mês nas tribos do rio Sepik. Fui trabalhar 15 dias para a Argentina e fiquei seis meses. Tenho voltado quase todos os anos a Buenos Aires. (É o apelo de La Cumparsita acrescentamos nós).
A pretexto de uma conferência em Pequim permaneceu na China cerca de um mês e na Austrália prolongou um congresso até ficar satisfeito.
«Eu gosto da experiência da vida. No planeamento das minhas viagens deixei a Europa para depois dos 50 anos. Agora é para depois dos 60 quando já não me apetecer viajar de avião», diz-nos soltando os pensamentos.
– As pessoas vão passear ao fim-de-semana porque não têm espaço em casa. As pessoas fogem da sua própria vida. Vir a Lisboa é civilização. Quem me dera a mim não vir a Lisboa. A minha qualidade de vida é não aguentar engarrafamentos. Sou um privilegiado. Vivo no Lumiar e tenho o Metropolitano à porta. Não preciso de conduzir. Não tenho nem alimento rotinas. Gostei muito de viver em Castelo Branco e adoro Viana do Castelo mas não passo sem a minha casa do Rochedo.
Foi difícil convencer o jornalista Carlos Oliveira a autorizar a publicação desta conversa. «Detesto panegíricos. Tive uma má experiência quando dei uma entrevista para um jornal em Macau», foi a sua insistente expressão.
– E o blogue? – O blogue? O blogue é, para mim, uma diversão! – responde-nos o responsável pelo Crónicas do Rochedo. Aproveitamos para sugerir os seus marcadores «Rochedo das Memórias». Vale mesmo a pena!
Muito fica por dizer sobre este bloguísta que na sua definição diz gostar de ler, adorar viajar e andar a pé. Sobre a idade, depende… nuns dias sente-se com 25, noutros com 70.
Ah! É verdade! O Carlos Barbosa de Oliveira já foi iniciado na degustação do bucho arraiano na Casa do Concelho do Sabugal. Provou, gostou e prometeu voltar.
Aquele abraço raiano e até lá.
jcl

Hoje destacamos… «publico.pt». O Público online liga-se à blogosfera através das funcionalidades do Twingly. É o primeiro grande reconhecimento das empresas de Media da importância cada vez maior dos blogues enquanto fazedores de opinião e discussão da sociedade dita civil.

publico.ptO sítio do Público inaugurou na passada terça-feira, 25 de Março, uma nova ferramenta online que faz a ligações directa entre os conteúdos editoriais do jornal e os blogues que lhe fazem referência.
«As notícias do Público na Internet passam a ter ligações directa para os blogues que as comentam, através de uma nova ferramenta que hoje (25 de Março) entra funcionamento», pode ler-se no sítio do jornal. Ou seja, a partir de agora as notícias da edição online referenciam os blogues que comentaram os respectivos conteúdos.
«A ferramenta informática utilizada é o Twingly que já é usado por alguns jornais europeus, como o Politiken e tem apresentado bons resultados na criação de uma comunidade de leitores mais participativos», acrescenta a notícia editada pela redacção online do Público.
O suplemento da edição papel publica diariamente na rubrica «Blogues de Papel» destaques com referências a opiniões bloguístas.
O sítio do «Público» na Web tem sido desde a sua criação um endereço de referência para toda a Comunicação Social pela capacidade visionária no desbravamento dos caminhos do ciberespaço. Mais uma vez o publico.pt dá um passo em frente inovando e reconhecendo a importância dos blogues enquanto espaço de comunicação e opinião na Web.

O Capeia Arraiana considera o «publico.pt» um dos endereços de referência da comunicação social digital.
jcl

Hoje destacamos… o blogue de Américo Rodrigues, 46 anos, actor, encenador, poeta, autor de um programa de rádio e director do TMG-Teatro Municipal da Guarda. «Café Mondego» é, simultaneamente, o programa de rádio transmitido pelo Rádio Altitude, ao sábado de manhã, conversado com três convidados e o blogue com referências «ao programa, ao autor, mas também a assuntos que tenham relação com a Guarda».

Américo RodriguesAproveitamos para destacar a opinião atenta de Américo Rodrigues sobre dois criativos protestos da Comunicação Social do distrito da Guarda ao jeito de um pesado som do silêncio e da ausência.

«Todos sabemos como são pouco criativos os órgãos de Comunicação Social da nossa terra. Por isso, o Café Mondego (que tem jornais à disposição em todas as mesas e uma velha telefonia ainda a funcionar) saúda vivamente os autores de:
– uma crónica, de Ricardo Neves de Sousa, que a propósito da PLIE e da ausência de empresas aí instaladas deixou o espaço totalmente em branco, por nada haver para dizer. Publicada no Terras da Beira.
– uma crónica, de Carlos Gomes, que, a propósito da última reunião camarária (que demorou escassos minutos) aumentou a velocidade da gravação, na pressa vertiginosa de dizer tudo e mais umas botas em curto espaço de tempo. Emitida pela Rádio Altitude.
Não nos interessa aqui discutir a substância das crónicas (cada um tem direito à opinião) mas sim referir a sua forma inovadora.»
«Criatividade», por Américo Rodrigues (17-3-2008)

«Café Mondego» é um dos nossos blogues recomendados.
jcl

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