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Foi ontem, dia 10 de Novembro, entregue ao filósofo quadrazenho Pinharanda Gomes a medalha de mérito, que o executivo municipal do Sabugal decidira conceder-lhe.

Na cerimónia solene que comemora o Dia do Concelho foram distinguidas diversas personalidades que a Câmara Municipal homenageou dada a sua meritória de dedicação ao desenvolvimento e à divulgação do concelho do Sabugal.
A medalha de mérito cultural foi entregue ao escritor Pinharanda Gomes, que a recebeu, como documenta a foto, das mãos do presidente da Câmara António Robalo, sob o olhar atento do Presidente da Assembleia Municipal, Ramiro Matos.
Na cerimónia solene foi ainda concedida a mesma Medalha de Mérito Cultural ao Grupo Etnográfico do Sabugal, à Associação Etnográfica de Sortelha e ao Centro de Convívio Cultural e Desportivo de Quarta-feira (Grupo de Teatro Guardiões da Lua).
Outra personalidade homenageada foi a judoca sabugalense Carla Gonçalves Vaz, que recebeu a Medalha de Mérito Desportivo.
Foram ainda distinguidas três empresas do concelho (Lactibar, Palagessos e Univest) com a Medalha de Mérito Empreendedor.
O agora chamado dia do concelho, foi criado pelo regulamento de distinções honoríficas. Não é porém feriado municipal – esse mantém-se inalterado e corre na segunda-feira de pascoela, dia de festa rija na Senhora da Granja e da Senhora da Graça. Ainda assim neste ano de 2012, o segundo em que o chamado dia do concelho é «festejado», aconteceu a um sábado, o que permitiu preparar uma digna e vistosa sessão solene no auditório do Município, a que assistiu muita gente.
plb

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«Sabores e Saberes do Interior» e o nome de um workshop que a Câmara Municipal do Sabugal e Empresa Municipal Sabugal+ promovem no âmbito da iniciativa gastronómica iniciativa «Sabugal à Mesa –Roteiros Gastronómicos», que acontece na quadra carnavalesca.

Marco Gomes, Chefe do Restaurante Foz Velha (Porto), Valdir Lubave, Chefe da Pousada Convento de Belmonte e Diogo Rocha, Chefe executivo do grupo Global Wines/Dão Sul, estarão presentes no Encontro/Debate «Sabores e Saberes do Interior» que tem lugar no próximo dia 17 de Fevereiro, às 15 horas, no Auditório Municipal do Sabugal.
A iniciativa contará ainda com a presença da Ana Paula Castelo, da Escola Superior de Gestão da Idanha, do gastrónomo Paulo Sá Machado e de Rodolfo Queirós, Director Técnico da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior.
O objectivo é abordar, em diferentes perspectivas, o potencial gastronómico do interior do país, enquanto factor de desenvolvimento. O painel de oradores, constituído por prestigiados chefes de cozinha e personalidades ligadas ao sector garantirão um debate de qualidade, que poderá apontar caminho pelos agentes do concelho do Sabugal ligados ao sector.
O evento «Sabugal à Mesa», em que o workshop está inserido, tem por objectivo potenciar a gastronomia regional, envolvendo 12 restaurantes do concelho que, de 18 a 21 de Fevereiro, apresentam ementas diversificadas tendo como denominador comum a riqueza e excelência dos produtos locais.
plb (com CMS)

No fim-de-semana do Carnaval estão programadas diversas iniciativas que promovem a gastronomia tradicional. Para além da iniciativa «Sabugal à Mesa», realiza-se o III Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, um workshop sobre os saberes e sabores da região. A par disso as Termas do Cró vão estar abertas e realizam-se desfiles carnavalescos.

As Termas do Cró, tirando partido dos equipamentos de vanguarda que possui, vão abrir em época especial durante o período do Entrudo, dando a possibilidade aos turistas de tirarem partidos da qualidade termal das suas águas e da excelência das infra-estruturas.
No que se refere à gastronomia, a grande aposta está na realização da iniciativa «Sabugal à Mesa – Roteiros Gastronómicos», uma proposta de descoberta dos sabores da cozinha típica raiana. A edição deste ano conta com a adesão de 12 restaurantes do concelho.
Integrado no programa do «Sabugal à Mesa» realiza-se no dia 17 de Fevereiro, às 15 horas, no Auditório Municipal, o workshop «Sabores e Saberes do Interior». Trata-se, de um encontro aberto ao público que reunirá diversos oradores, de onde se destacam Ana Paula Castelo (da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova), Paulo Sá Machado (da Confraria da Broa de Avintes), Rodolfo Queirós ( da Comissão Vitivinícola da Beira Interior) e ainda os chefs Valdir Lubave e Diogo Rocha.
A par da gastronomia, no sábado, dia 18, no Mercado Municipal, decorrerá uma Feira de Produtos Locais e, no domingo, dia 19, às 15 horas, as ruas da cidade vão ser palco de um grandioso desfile de Carnaval subordinado ao tema «A Cor, a Música e o Movimento», com a participação de cerca de 20 associações do concelho.
Ainda no quadro dos roteiros da gastronomia, realiza-se no dia 18 o 3º Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, que traz ao sabugal algumas personalidades, dentre as quais o professor Carvalho Rodrigues que proferirá a Lição de Sapiência, integrada da sessão solene onde os novos confrades farão a sua entronização confrádica. Haverá ainda a actuação musical de um jovem sabugalense, Pedro Cunha, e dos Bombos de Badamalos, que animarão o desfile de confraria que percorrerá as ruas do Sabugal. O almoço do Bucho acontece no Casteleiro.
plb

A Câmara Municipal do Sabugal e a empresa municipal Sabugal+ assinaram um contrato de gestão, pelo qual a empresa se compromete a executar alguns serviços de interesse geral, recebendo em contrapartida uma verba de 685 mil euros para apoio à exploração.

O protocolo é a forma de legitimar uma transferência financeira que suprirá os prejuízos operacionais previstos no decurso do exercício de 2012, dada a actividade deficitária da empresa.
Das actividades a desenvolver ao longo do ano de 2012 apenas a exploração das termas do Cró surge como rentável, prevendo-se um ganho de 45 mil euros. A exploração do pavilhão e das piscinas gera um prejuízo próximo dos 340 mil euros, valor bastante superior ao prejuízo previsto para a actividade a desenvolver no museu, auditório e castelo do Sabugal, que ronda os 150 mil euros. Já a praça de toiros do Soito, a colónia agrícola e outras actividades vão criar um prejuízo superior a 240 mil euros. Para fazer face a tudo isso a edilidade terá de transferir o dinheiro protocolado (685 mil euros), a que se juntarão outros 238 mil de subsídio para investimento. No total a Câmara transmitirá à empresa 923 mil euros durante este ano, o que representa 53 por cento do orçamento da Sabugal+.
A actividade deficitária da sabugal+ seria ainda mais gravosa se a empresa tivesse que suportar as despesas com o fornecimento de água e electricidade a todos os edifícios que gere, porquanto é a Câmara que assume directamente esse encargo, situação que já mereceu críticas por parte do revisor oficial de contas que acompanha e analisa os registos contabilísticos da empresa como seu Fiscal Único.
O acordo prevê a transferência de uma primeira tranche de 285 mil euros, até 28 de Fevereiro. A segunda fatia, de 200 mil, serão transferidos até 30 de Maio e a última, também de 200 mil, ocorrerá até 30 de Setembro.
De qualquer forma, o protocolo será remetido ao Tribunal de Contas (o montante envolvido a isso obriga), o que fará com que as transferências apenas possam ocorrer após o visto do tribunal. Esse processo poderá demorar alguns meses, à semelhança do que aconteceu eme 2011, em que o tribunal pediu esclarecimentos, tendo o contrato sido visado apenas em meados no ano.
O texto do protocolo, apresentado na reunião do executivo camarário realizada em 4 de Janeiro, foi aprovado com um voto favorável, o do presidente Robalo, e quatro abstenções, dos vereadores da oposição. De referir que nestes assuntos tocantes à empresa, o presidente fica sozinho perante os vereadores da oposição, já que os restantes elementos do executivo têm de abandonar a reunião pelo facto de integrarem o conselho de administração da empresa.
O protocolo foi formalmente celebrado entre o presidente e a vice-presidente da Câmara, que assinou enquanto presidente do conselho de administração da Sabugal+.
plb

Atrair mais visitantes ao concelho é a aposta estratégica da empresa municipal Sabugal+ para 2012, com a programação de inúmeros eventos e com a gestão dos equipamentos municipais que tem a seu cargo.

Para além da componente de actuação para com os munícipes, sobretudo fixada na actividade do pavilhão desportivo e piscinas, a empresa vai preocupar-se em gerir os demais equipamentos (museu e auditório, e Centro de Negócios do Soito, antiga colónia agrícola, postos de turismo, praça de toiros e centro hípico do Soito e termas do Cró) a pensar na promoção do território, pretendendo fazê-lo com eficiência e equilíbrio financeiro.
Com um orçamento que ronda um milhão e meio de euros, a Sabugal+, cuja presidente do conselho de administração é a vice-presidente da Câmara, Delfina Leal, conta divulgar a cultura dando maior visibilidade ao Museu Municipal através de uma programação diversificada de que farão parte diversas exposições temáticas. Nesse propósito aproveitar-se-ão ainda as excelentes condições do auditório, onde se realizarão eventos todos os meses do ano, dentre os quais o concerto de reis, dia mundial do teatro e feira do livro. Ainda no campo da promoção cultural a empresa municipal vai responsabilizar-se pela realização do desfile de Carnaval, roteiros gastronómicos, exposição canina nacional, muralhas com história, castelo dos cinco sentidos, exposição retrospectiva sobre as bienais de arte, exposição sobre o cão da Serra da Estrela, encontros de conservação e restauro, exposições de pintura e edição da revista Sabucale.
No referente ao desporto, as apostas para o ano de 2012 vão para o torneio interfreguesias de futsal, o open do Sabugal, torneio internacional de basquetebol, torneio de futsal cidade do Sabugal, grande prémio do Alto Côa em atletismo, torneio de natação e volta ao concelho em cicloturismo.
O geral das actividades desenvolvidas pela empresa são porém altamente deficitárias, vivendo sobretudo das transferências provindas do Município. No pavilhão e piscinas a empresa terá este ano um gasto que ultrapassa os 500 mil euros, contando arrecadar aqui uma receita que não vai além dos 180 mil. Com o auditório e o castelo do Sabugal a empresa conta gastar mais de 250 mil euros, sendo a receita prevista de pouco mais de 100 mil. Com a praça de toiros do Soito e a colónia agrícola os custos poderão ascender aos 140 mil euros, enquanto que as receitas apenas rondarão os 30 mil.
Nas termas do Cró a sabugal+ espera um custo de cerca de 360 mil euros, o que, neste caso, será totalmente coberto pela receita de exploração, que rondará os 400 mil euros.
Para o equilíbrio total das contas a Câmara Municipal do Sabugal transferirá para a Sabugal+, como subsídios à exploração e subsídios ao investimento uma verba superior a 920 mil euros.
plb

As cerimónias oficiais da evocação da Batalha do Sabugal no sítio do Gravato tiveram início no dia 2 de Abril de 2011 no Auditório Municipal do Sabugal. O professor Adérito Tavares abriu «as hostilidades» explicando (como só ele é capaz) o «expansionismo napoleónico na Península Ibérica: o princípio e o fim». Já no dia anterior, sexta-feira, no mesmo local, uma plateia repleta de alunos das Escolas do Sabugal tiveram oportunidade de aprender com o ilustre historiador natural de Aldeia do Bispo. Seguiu-se o lançamento dos livros «A Batalha do Gravato – Narrativas do famigerado combate do Sabugal» da autoria de Manuel Morgado e Marcos Osório e de «Sabugal e as Invasões Francesas» de Manuel Francisco Veiga Gouveia Mourão, Joaquim Tenreira Martins e Paulo Leitão Batista. O prefácio e a apresentação do livro escrito a «três mãos» esteve a cargo do filósofo e pensador sabugalense mestre Jesué Pinharanda Gomes.

Invasões Francesas - Batalha do Sabugal - Foto Natália Bispo

Na sexta-feira, 1 de Abril, os alunos do Agrupamento de Escolas do Sabugal encheram o Auditório Municipal do Sabugal para escutar e aprender com o historiador Adérito Tavares muitos pormenores pouco falados das chamadas batalhas napoleónicas entre franceses e ingleses (ajudados pelos portugueses).
No sábado, 2 de Abril, o Auditório voltou a encher-se de sabugalenses (e muitos militares fardados) para assistirem ao lançamento dos livros «A Batalha do Gravato – Narrativas do famigerado combate do Sabugal» da autoria de Manuel Morgado e Marcos Osório e de «Sabugal e as Invasões Francesas» de Manuel Francisco Veiga Gouveia Mourão, Joaquim Tenreira Martins e Paulo Leitão Batista.
O Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, destacou no seu discurso de abertura: «Celebramos um percurso histórico que nos orgulha!» e quase a finalizar enfatizou que «tendo a História como única juíza das nossas acções, acreditamos profundamente ser este o caminho certo que melhor defende e promove o bem comum da comunidade que pretendemos servir e tendo no sorriso de quem servimos o único medidor de satisfação, acreditamos profundamente na força do nosso concelho e da nossa gente».
A vice-presidente da autarquia, Delfina Leal, ocupou-se da moderação encontro temático «Sabugal e as Invasões Francesas» onde marcaram presença Pinharanda Gomes, Adérito Tavares e os autores dos dois livros.
Mestre Pinharanda Gomes, com aquela humildade que todos lhe conhecemos, começou por dizer que «se sentia duplamente intruso na cerimónia». Em primeiro lugar «é mentira que tenha escrito um prefácio para o livro porque é um pós-fácio escrito depois da obra terminada mas como assim está instituído vamos então chamar-lhe prefácio» e o segundo acto de intrusão está relacionado com «a gentileza do convite dos autores que não necessitavam necessariamente da minha apresentação». «Agradeço a honra e a gentileza que me deram de estar aqui presente e vou dar o meu contributo pessoal apenas como leitor desta obra que foi editada pela livraria portuguesa e galega Orpheu. Sobre a temática do tenente-coronel Gouveia Mourão não me vou pronunciar porque não tenho competência para tanto. Fiquei livre da tropa e penso mesmo que nunca dei um tiro na minha vida». «Sobre o doutor Joaquim Tenreira Martins, natural de Vale de Espinho, o que posso dizer de alguém que é licenciado em Ciências Políticas na Universidade de Lovaine – um exclusivo que só apareceu em Portugal na Universidade Católica – e mestre pela universidade de Lille?». «O meu amigo doutor Paulo Leitão Batista aplica as palavras num modo estilístico. O prosador não tem de saber colocar o sujeito, o predicado, o complemento. A palavra para ser palato tem de sair do palato. A palavra sai do céu da boca para o papel. No caso do Sabugal temos depois de Manuel Leal Freire o Paulo Leitão Batista. Se lerem o livro «Terra Batida» temos as três memórias.»
Após a apresentação dos três autores mestre Pinharanda Gomes «explicou» a obra «dividida em três obras». «No primeiro texto tive que aprender a interpretar o ensaio político, táctico e militar acompanhado das dificuldades do terreno. Quando um autor é capaz de sonhar o sítio e descrevê-lo historicamente é uma arte. O texto beneficia desta virtude. Nas terceiras invasões francesas nem todos morreram no campo de batalha.» «O segundo livro é um estudo entre o sociológico e o militar nos séculos XVII, XVIII e XIX. Algumas passagens fazem lembrar o Hans Christian Andersen. A sua narrativa termina com o desastre de Napoleão.» «Finalmente o terceiro livro obedece ao canône histórico com pesquisa feita em fontes avulsas e chama ao palco as principais personagens da guerra – o Maneta era um general terrível, era um homem de cortar à faca – e termina, também, com a derrota de Napoleão que passou à condição de reformado em Liège com apenas 45 anos.
Para Jesué Pinharanda Gomes o livro «é um resumo das invasões francesas e uma separata do que se passou no Côa mostrando que o Wellington não quis envolver-se muito nas batalhas da fronteira porque talvez pensasse que era mais importante a defesa de Lisboa apesar de Napoleão a partir de certo momento idealizar não uma União Europeia mas uma Europa Imperial». A concluir recordou que «ainda hoje no retábulo da Sé da Guarda estão os sinais dos disparos das tropas francesas» não sabendo contudo se «alguma vez se fez algum inquérito aos males que os franceses fizeram aqui na Raia». «Felicito vivamente os autores, o editor e sugiro que comprem a obra», rematou Pinharanda Gomes.
jcl

As cerimónias oficiais da evocação da Batalha do Sabugal no sítio do Gravato tiveram início no dia 2 de Abril de 2011 no Auditório Municipal do Sabugal. O professor Adérito Tavares abriu «as hostilidades» explicando (como só ele é capaz) o «expansionismo napoleónico na Península Ibérica: o princípio e o fim». Já no dia anterior, sexta-feira, no mesmo local, uma plateia repleta de alunos das Escolas do Sabugal tiveram oportunidade de aprender com o ilustre historiador natural de Aldeia do Bispo. Seguiu-se o lançamento dos livros «A Batalha do Gravato – Narrativas do famigerado combate do Sabugal» da autoria de Manuel Morgado e Marcos Osório e de «Sabugal e as Invasões Francesas» de Manuel Francisco Veiga Gouveia Mourão, Joaquim Tenreira Martins e Paulo Leitão Batista. O prefácio e a apresentação do livro escrito a «três mãos» esteve a cargo do filósofo e pensador sabugalense mestre Jesué Pinharanda Gomes.

Invasões Francesas - Batalha do Sabugal - Foto Natália Bispo

O Coronel Manuel Mourão falou em nome dos três escritores: «O meu agradecimento a Jesué Pinharanda Gomes por se ter dignado escrever o prefácio do livro. O livro está incompleto. O tema é muito vasto e estamos muito longe de esgotar o tema. Há muitos pontos obscuros acerca desta batalha. É preciso estudar a batalha tendo em atenção a doutrina e as forças em confronto. É preciso estudar tudo o que anda à volta desta batalha. É preciso contar o que pensavam as pessoas que cá viviam sobre a chegada dos franceses. É importante saber a visão que tinham os militares franceses sobre esta batalha. Em nome dos três autores do trabalho o meu muito obrigado a todos por terem comparecido.»
O editor Pinto da Silva (Editora Orfeu) aproveitou para fazer alguns agradecimentos: «Vou contar uma cena porque sou funcionário de uma instituição comunitária. Um dia um comissário europeu (alemão) foi a uma reunião e começou o discurso desta maneira – É a segunda vez que estou aqui. A primeira vez foi de pára-quedas – E, claro, criou um grande mal-estar. Estou aqui por causa da família Tenreira Martins que me deram a beber chá de poejo e fiquei assim e estou aqui por causa da Casa do Castelo e a família Bispo. Agradeço aos autores. A Orfeu está sedeada em Bruxelas e produz há 25 anos onde passaram por lá muito dos políticos e da cultura portuguesa. A nossa condicionante é a cultura portuguesa e nunca a política. Democraria, cultura, abertura é o que nos interessa na Orfeu.
A intervenção do professor Adérito Tavares teve por tema «O expansionismo napoleónico na Península Ibérica: o princípio do fim». O historiador, natural de Aldeia do Bispo, começou por recordar que «tinha sido um grande privilégio ter falado aqui ontem para cerca de 200 alunos das Escolas do Sabugal que se portaram lindamente. Será um momento marcante destas cerimónias».
O historiador ilustrou a sua apresentação com excelentes cartoons britânicos contemporâneas das batalhas das invasões francesas disponíveis na página web da Universidade de Oxford. E foram muitos os tópicos abordados por Adérito Tavares começando por desmistificar um símbolo da cidade do Porto que muitos confundem e transportam para a clubite desportiva. «A estátua do Porto com o leão e a águia é a luta ibérica. A águia napoleónica recebeu feridas profundas nas batalhas ibéricas. Napoleão Bonaparte foi um plano megalómano que pretendeu unir a Europa mas não contou com o apoio da Inglaterra. A Inglaterra veio à Península Ibérica defender Portugal porque entender ser um excelente campo de batalha para combater os franceses. Na verdade, foi na Península Ibérica que a águia napoleónica começou a ser ferida de morte, como vemos no monumento da Rotunda da Boavista, no Porto. A Guerra Peninsular, como dizia Churcill a propósito de outros combates foi o princípio do fim para Napoleão Bonaparte e para o seu projecto megalómano. E a Batalha do Sabugal contribuiu para apressar o fim desse princípio», esclareceu.
«A ocupação da Península Ibérica fez-se graças a poderosos exércitos mas também à custa de uma bárbara repressão exercida sobre a população portuguesa e espanhola. Junot e as suas tropas rapinaram tudo quanto puderam (incluindo ouro) em Portugal. O povo português sofreu tal como o espanhol que tiveram Goya para retratar os assassínios nas 80 gravuras «Los Desastres de la Guerra».
«Os efeitos da passagem dos exércitos napoleónicos pelas terras do Sabugal foram devastadores. Por todo o lado os invasores aterrorizaram as populações, que preferiram abandonar as aldeias e refugiar-se nos campos. Depois da imensa calamidade que foram as invasões francesas veio a ocupação britânica. Se Portugal não morreu da doença (franceses) podia ter morrido da cura (ingleses)», concluiu Adérito Tavares.
Joaquim Tenreira Martins falou de Massena. «Massena foi nomeado por Napoleão e prometeu-lhe um grandioso exército bem equipado. Massena veio para Portugal acompanhado da sua amante e contam-se sobre o casal várias situações anedóticas. Antes da Batalha do Buçaco o ajudante de campo teve de lhe bater à porta do quarto para lhe lembrar que já estava atrasado cerca de uma hora. Massena esteve perto de ser capturado. Na Ruvina aconteceu um episódio burlesco. Ainda antes da Batalha do Sabugal a tentação da carne fez com que Massena tivesse de saltar para o cavalo sem roupa para fugir. A primeira tentação que Massena teve aconteceu em Celorico. O exercito de Portugal tinha chegado a Celorico sem sapatos nem farda. O moral estava de rastos mas Masssena queria provar que o seu exército ainda tinha capacidades. No dia 22 de Março deu ordem aos três corpos de exército que avançasse contra a Guarda e Sabugal. Michael Ney informou Massena que sem ordens expressas do Imperador não avançaria contra os ingleses e mesmo que fosse destituído ou condenado à morte não tomaria a decisão de avançar sobre Almeida.
Paulo Leitão Batista reescreveu a história recordando que «é comum falarmos de três invasões de Portugal perpretadas pelos exércitos napoleónicos e todos conhecemos, aliás, os comandantes franceses dessas três invasões: Junot, Soult e Massena». Porém «houve uma quarta invasão de Portugal, comandada pelo marechal Marmont, que poucos conhecem e que a história, por regra, omite. É contudo ousadia chamar-lhe invasão, pois tratou-se tão só de uma incursão ou sortida do exército francês em território português, ou ainda, usando a linguagem táctico-militar, de uma manobra de diversão».
Durante a sua intervenção Paulo Leitão falou da substituição de Marmont por Massena, da acção de Wellington em Portugal, do susto de Napoleão Bonaparte com a possível ofensiva sobre Badajoz, a invasão de Portugal pelo marechal Marmont, o malogrado plano de Trant e as atrocidades da quarta invasão.
O encontro finalizou com a intervenção do coronel Sodré de Albuquerque com o tema «a importância da ponte do Côa, no Sabugal, para o êxito do exército aliado na perseguição a Massena».
Para ficar a saber tudo, mas mesmo tudo, sobre as Invasões Francesas recordamos a sugestão de Pinharanda Gomes: «Comprem a obra!»

O Capeia Arraiana felicita os três autores pela qualidade do seu trabalho.
jcl

A Feira do Livro do Sabugal foi inaugurada no dia 25 de Março por António dos Santos Robalo, presidente da autarquia, e por Teresa Duarte Reis, escritora, poetisa e colaboradora do Capeia Arraiana. Os alunos das Escolas do Sabugal que encheram o Auditório Municipal assistiram à leitura de passagens dos livros da autora natural de Unhais da Serra mas ligada ao Sabugal por laços familiares. Reportagem da jornalista Andreia Marques com imagens de Pedro Taborda da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

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O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano repartiu-se entre o Sabugal e o Soito no sábado, 5 de Março de 2011. Reportagem da jornalista Paula Pinto com imagens de Pedro Taborda da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

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No Auditório Municipal do Sabugal decorreram as cerimónias com a presença das confrarias madrinhas (Queijo Serra da Estrela e Chanfana) e uma dúzia de outras confrarias. Foram entronizados 21 novos confrades e condecorados com a Ordem de Cavaleiro o Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, o escritor Leal Freire e o empresário Manuel Joaquim Rito. Com o diploma de honra foram distinguidas a Casa do Concelho do Sabugal e a redacção da Guarda da LocalVisãoTv.
Após uma viagem em caravana pela nova estrada que faz a ligação entre os cruzamentos do Cardeal e do Ozendo as confrarias desfilaram em cortejo, no Soito, entre o Largo das Festas e o salão da igreja paroquial onde foram recebidas para um porto de honra pela Junta de Freguesia local.
O almoço com bucho raiano e vinho doispontocinco teve lugar no Restaurante «O Martins» com um serviço de excelente qualidade.
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«Os heróis do mar, o nobre povo, a nação valente e imortal celebra os 100 anos da República Portuguesa no concelho do Sabugal.» Reportagem da jornalista Paula Pinto com imagem de Sérgio Caetano da redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

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5 de Outubro de 1910. 5 de Outubro de 2010. Os 100 anos da República foram assinalados com pompa e circunstância no concelho do Sabugal. A Comissão do Centenário, presidida por Adérito Tavares, preparou com muita dignidade – e qualidade – um programa comemorativo que destaca os valores republicanos da educação, liberdade, igualdade e justiça para todos.

Centenário República - Sabugal

A sessão solene das comemorações do Centenário da Implantação da República no concelho do Sabugal, no dia 5 de Outubro de 2010, teve lugar no Auditório Municipal. A mesa foi constituída por António Robalo, presidente da Câmara Municipal do Sabugal, por Santinho Pacheco, governador civil da Guarda, por Ramiro Matos, presidente da Assembleia Municipal do Sabugal, por Adérito Tavares, presidente da Comissão Municipal para as Comemorações e por Jaime Vieira, igualmente da Comissão Municipal.
A sessão solene foi aberta pelo presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo. O autarca raiano deu as boas-vindas a todos os convidados e felicitou os membros da Comissão Municipal e todos os que colaboraram, nos serviços do município e da Sabugal+, para a organização das cerimónias dos 100 anos da República que decorrem até ao dia 30 de Outubro.
«Faz hoje 100 anos que foi implantada a República, na sequência de um processo revolucionário de republicanização progressiva do país. Finda a monarquia, institui-se a república, que mais não é que o regime político em que ainda, e felizmente, vivemos e em que os cidadãos exercem o poder por intermédio de representantes por si eleitos e em que não existem cargos hereditários», afirmou António Robalo no início do seu discurso. De seguida foram destacadas pelo autarca as principais medidas da República como a «expulsão do país das ordens religiosas, erradicação de qualquer conteúdo religioso do ensino público, na legislação ou nos órgãos do Estado, universalidade e obrigatoriedade do registo civil, mudança da unidade monetária, mudança dos símbolos nacionais (bandeira e hino), instituição do casamento civil obrigatório e do divórcio, igualdade perante a lei, livre expressão do pensamento, instrução obrigatória e gratuita para todas as crianças dos 7 aos 12 anos, autorização e regulamentação da greve, instituição do descanso semanal e obrigatório dos trabalhadores ou a limitação dos horários de trabalho».
Houve, contudo, no entendimento do autarca, «excessos» praticados pela revolução republicana «próprios de quem quer dar novos rumos ao País» mas que «permitiram implantar valores, princípios, ideiais e… a visão da República onde deve prevalecer o interesse público sobre os interesses particulares. O autarca sabugalense recordou o exemplo de Manuel de Arriaga que «não teve direito a habitação como primeiro Presidente da República e só ocupou o palácio de Belém mediante o pagamento de renda».
Para os tempos de crise que vivemos António Robalo aconselhou a «valorizar princípios que orientem a sociedade, a dar o nosso melhor, a trabalhar em prol da comunidade, a esquecer as diferenças e a reforçar o espírito de cooperação» e celebrar os valores republicanos como «igualdade, fraternidade, liberdade, solidariedade, austeridade e não ostentação, preocupação, sacrifício e dedicação ao bem comum».
O presidente sabugalense aproveitou para deixar alguns conselhos «locais»: «Quer a nível nacional quer a nível local que cada um sirva a sociedade. Como eleitos ou como eleitores, os ideais republicanos devem balizar o rumo que queremos para o País, para a região, para o município, para a freguesia. Privilegiar o interesse público acima dos interesses particulares, gerir a coisa pública com determinação, com visão, administrando com zelo o esforço dos contribuintes, dando o exemplo. Às oposições pede-se colaboração no sentido de promoverem o bem comum e não a satisfação dos interesses particulares, os interesses dos seus eleitores. Quantas vezes as oposições estão contra, entre outras razões, porque o poder está a favor? Ao celebrar o centenário da República são estes os valores que devemos celebrar, valores de igualdade, de fraternidade, de liberdade, de solidariedade, de austeridade e não de ostentação, de preocupação, sacrifício e dedicação ao bem comum».
A finalizar e antes do «Viva a República!» o presidente António Robalo recordou o grande Almeida Garret para quem «tudo o que se fizer há-de ser pelo povo e com o povo… ou não se faz».
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Discurso do Presidente da Câmara Municipal do Sabugal. Aqui.
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1 – As cerimónias do Centenário mereceram uma atenção especial por parte dos responsáveis municipais. O cartaz, da autoria de Manuel Morgado, é belíssimo e recebeu os parabéns de todos. Santinho Pacheco, governador civil da Guarda, quando foi presenteado pelo artista com uma serigrafia surpreendeu com uma tirada soberba: «Daqui a cem anos ninguém se vai lembrar dos nossos nomes mas tenho a certeza que vão recordar o de Manuel Morgado.»

2 – Excelente trabalho da Comissão Municipal para as Comemorações do Centenário presidida pelo professor Adérito Tavares. A exposição no Museu é historicamente valiosa. E o que falta cumprir do programa promete…

3 – A República «paga» para ter ao seu serviço centenas de mulheres e homens eleitos para representar o povo. O concelho do Sabugal tem 40 freguesias. As juntas de freguesia são constituídas por três elementos (executivos). A Assembleia Municipal tem, além dos 40 presidentes de Junta, 41 deputados (ou membros). Mas… estiveram presentes na sessão solene no Auditório Municipal do Sabugal, no dia 5 de Outubro, salvo melhor contagem um total de: 3 presidentes de Junta de Freguesia e menos de 10 deputados municipais. É simplesmente lamentável a falta de sentido de responsabilidade de alguns eleitos.

4 – Entre a insustentável leveza e ligeireza da indiferença de uns e as obscuras e bafientas tentativas de tudo tentar manter na mesma de outros há coisas que são difíceis de perceber no republicano concelho do Sabugal.
jcl

5 de Outubro de 1910. 5 de Outubro de 2010. Os 100 anos da República foram assinalados com pompa e circunstância no concelho do Sabugal. A Comissão do Centenário, presidida por Adérito Tavares, preparou com muita dignidade – e qualidade – um programa comemorativo que destaca os valores republicanos da educação, liberdade, igualdade e justiça para todos.

Adérito Tavares - Santinho Pacheco - António Robalo

Na sessão solene do 5 de Outubro de 2010 no Auditório Municipal do Sabugal discursaram António Robalo, presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Ramiro Matos, presidente da Assembleia Municipal do Sabugal e Santinho Pacheco, governador civil da Guarda. A oração de sapiência esteve a cargo de Adérito Tavares, historiador e presidente da Comissão Municipal das Comemorações do Centenário.
O presidente da Assembleia Municipal, Ramiro Matos, foi o segundo a discursar. Dirigindo-se aos presentes começou por dizer que «comemorar os cem anos da implantação da República é comprometer-nos na construção de um Sabugal melhor» e lembrando «a atitude de um punhado de portugueses que, transportando a vontade de todo um povo, souberam dar-se pela causa pública, acreditando nos ideais progressistas e modernistas das ideias republicanas e dispondo-se a lutar com risco da própria vida» e finalizou parafraseando José Relvas na sua proclamação nas varandas dos Paços do concelho de Lisboa: «Unidos todos, numa mesma aspiração ideal os sabugalenses vão reconstruir o concelho do Sabugal tornando-o num território sustentável e competitivo, atractivo para viver, trabalhar e investir, preservando as memórias, as tradições e a natureza».
«Viva a República! Viva o Sabugal!» aclamou Santinho Pacheco, governador civil da Guarda, a finalizar o seu discurso no Auditório Municipal do Sabugal no dia 5 de Outubro de 2010.
O representante do Governo português no distrito da Guarda começou por lembrar a toda a plateia do Auditório Municipal que estavam ali para «assinalar num gesto cultural da maior importância – o centenário da República».
Na sequência das duas intervenções anteriores Santinho Pacheco insistiu na importância do concelho do Sabugal no contexto distrital. «Permitam-me que pegue nas palavras dos dois oradores que me antecederam. Estamos num ponto de viragem. Temos que acreditar que vamos dar a volta por cima no concelho no Sabugal. Conheço poucos concelhos como o Sabugal com gente com genica, com garra. Vamos fazer deste concelho um território rural. Temos de envolver a população. Uma das lições que aprendemos com 100 anos de República é que não cabe aos poderes políticos fazer tudo», pediu o governador civil reafirmando que «em vários lados tenho dado o exemplo do Sabugal. Acredito na refundação do concelho do Sabugal como terra onde vai valer a pena viver e trabalhar».
Sobre as comemorações do centenário Santinho Pacheco recordou que «a República de 1910 insere-se nas correntes libertadoras da revolução francesa. Foi na revolução de 1820 que se deram os primeiros sinais da revolução que se avizinhava. O republicanismo foi utópico como são todas as ideologias que consideram que o homem é perfeito. O que se faz politicamente fica sempre aquém daquilo que se prometeu».
Na sua análise o governador civil considerou que «a situação política durante a monarquia tinha-se tornado explosiva porque em Portugal havia um rei mas já não havia monárquicos» e destacou «a democratização do ensino num país onde havia apenas 1800 estudantes liceais ensinados por 600 professores».
A República criou as universidades de Lisboa e do Porto num tempo em que a taxa de anafabetização nas mulheres atingia os 95 por cento mas a cartilha sociológica que invocavam os republicanos não passava de um espelho onde viam não o país real mas os seus ideais.
«Os republicanos revolucionários cometeram erros. Num país maioritariamente católico, rural e analfabeto quiseram impor em meio-ano um regime laico e com educação ao contrário da França onde foram precisos 20 anos para o alcançar» disse Santinho Pacheco acrescentando que «a questão religiosa, a participação na guerra, a pneumónica e as dificuldades económicas trouxeram o descontentamento das populações e criaram condições para o aparecimento do Estado Novo de Salazar».
A terminar o governador civil da Guarda, Santinho Pacheco pediu «mais responsabilidade e menos conflitos partidários».
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Discurso do Governador Civil da Guarda. Aqui.
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jcl

5 de Outubro de 1910. 5 de Outubro de 2010. Os 100 anos da República foram assinalados com pompa e circunstância no concelho do Sabugal. A Comissão do Centenário, presidida por Adérito Tavares, preparou com muita dignidade – e qualidade – um programa comemorativo que destaca os valores republicanos da educação, liberdade, igualdade e justiça para todos.

Adérito Tavares

A oração de sapiência na sessão solene no Auditório Municipal do Sabugal esteve a cargo do ilustre historiador Adérito Tavares, natural de Aldeia do Bispo, no concelho do Sabugal. Adérito Tavares preside à Comissão Municipal para as Comemorações do Centenário da República e é responsável pela recolha e classificação de muitos e valiosos documentos disponíveis na exposição sobre a história da República no Museu.
«No dia 12 de Maio de 2010 assisti no Largo da República, no Sabugal, à representação de um jovem que da varanda dos Paços do Concelho encarnou José Relvas e gritou – Está proclamada a República. Viva Portugal!», recordou Adérito Tavares no início da sua oração de sapiência que vamos reproduzir na íntegra.

«Intervenção na sessão solene de comemoração do Centenário da República no Sabugal
Na manhã de 5 de Outubro de 1910, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, José Relvas e Eusébio Leão, membros do Directório Republicano, anunciavam o estabelecimento do regime republicano e a composição do Governo Provisório, enquanto as suas palavras eram vibrantemente aplaudidas por uma multidão delirante.
Poucas horas depois, um suplemento do Diário do Governo «oficializava» a revolução: «Hoje, 5 de Outubro de 1910, às onze horas da manhã, foi proclamada a República de Portugal no salão nobre dos Paços do Município de Lisboa, depois de terminado o movimento da revolução nacional.»
No dia seguinte, o rei e a família real embarcavam na Ericeira a caminho do exílio.
O triunfo do levantamento republicano deveu-se menos aos méritos das diferentes forças empenhadas no derrube da Monarquia e mais às fragilidades desta. As condições objectivas eram extremamente favoráveis aos republicanos: o País encontrava-se mergulhado numa profunda crise económica, financeira, social e institucional. Por outro lado, a «republicanização» de vastas camadas da população urbana tinha também criado as condições subjectivas para a mudança de regime: a alternativa desenhada pelos ideais republicanos apontava para uma sociedade mais progressiva e mais justa, criando enormes expectativas na população. Mas seria justamente a frustração de muitas dessas expectativas que haveria de criar grandes dificuldades ao novo regime implantado em 1910.
No Sabugal, as notícias da proclamação da República chegaram depressa. Uma semana depois, um grupo de respeitados cidadãos republicanos formou um executivo camarário provisório, presidido pelo Doutor Aurélio de Almeida Santos e Vasconcelos, Morgado de Sortelha. No livro de actas da Câmara podemos ler:

Acta de instalação da Câmara Municipal Republicana, no dia 12 de Outubro de 1910
Presidência do cidadão Aurélio de Almeida Santos e Vasconcelos.
Presentes os senhores vogais João dos Santos Forte, Aníbal Esteves, José Augusto Rodrigues, Manuel António da Mota, José Casimiro da Costa Quintela e Alexandre Lourenço Leitão.
Sendo duas horas da tarde, o senhor Presidente abriu a sessão.
E, um pouco mais adiante:
[A Câmara] deliberou, finalmente, que se enviassem [telegramas] aos Excelentíssimos Presidente Provisório da República e ao Governador Civil deste Distrito, felicitando-os pela proclamação da República e dando-lhes conhecimento de que [esta Câmara] tomou hoje [posse] da Administração Municipal.
No dia seguinte, 13 de Outubro de 1910, voltou a reunir o novo executivo municipal republicano. O entusiasmo com que a República foi recebida transparece na seguinte passagem da acta dessa sessão:
… pedindo e obtendo a palavra, o cidadão vereador [José Casimiro da Costa] Quintela […] disse que se sentia muito à vontade no seu lugar, orgulhoso de pertencer à nova Câmara Republicana deste concelho, composta de cidadãos de uma envergadura moral acima de toda a suspeita e presidida por um dos [cidadãos] mais distintos que conhece.
Pouco tempo depois, em 27 de Outubro de 1910, o Governador Civil da Guarda, Dr. Arnaldo Bigotte de Carvalho, nomeou José Casimiro da Costa Quintela Presidente da Câmara Municipal do Sabugal e o Doutor Aurélio de Vasconcelos Administrador do Município. Lembro que o Administrador do concelho, que existia nos últimos tempos da Monarquia e continuou a existir durante os primeiros anos da República, era o representante do Governo central, o equivalente concelhio ao Governador Civil distrital.
Vale a pena determo-nos ainda noutro destes interessantes documentos, que ilustram bem os acontecimentos ocorridos há cem anos: na sessão do dia 17 de Outubro, ainda sob a presidência do Doutor Aurélio de Vasconcelos, encontramos estas palavras:
A Câmara deliberou que, na acta desta sessão, se lançasse um voto de profundo pesar pelo falecimento dos grandes democratas Doutor Miguel Bombarda e Vice-Almirante Cândido dos Reis, e das demais vítimas que houve para a proclamação da República.
A morte trágica destes dois líderes carismáticos da Revolução cobriu de luto o país republicano e impressionou vivamente as novas autoridades municipais. Por isso, as vilas e cidades de Portugal se encheram de ruas e praças com os nomes do Almirante Reis e do Doutor Miguel Bombarda. A começar, desde logo, pela grande Avenida Almirante Reis, em Lisboa, que até então se chamara Avenida Rainha D. Amélia.
Porque nestas breves palavras não se pode falar de tudo e de todos, detenhamo-nos um pouco sobre estes dois notáveis chefes do movimento republicano.
Miguel Bombarda foi um eminentíssimo médico psiquiatra, professor e ensaísta de renome internacional. Os seus ideais humanistas levaram-no a fundar, em 1906, a Junta Liberal. Impulsionada pelo ardor combativo do Professor Bombarda, esta Junta haveria de se destacar na luta contra a ditadura de João Franco e contra o clericalismo, particularmente contra o jesuitismo. Miguel Bombarda foi igualmente membro proeminente da Maçonaria. No entanto, a sua actividade política só se tornaria verdadeiramente empenhada e comprometida quando aderiu, em 1909, ao Partido Republicano.
O almirante Carlos Cândido dos Reis, a mais alta patente militar comprometida no movimento revolucionário, foi um membro activo da Carbonária e um dos mais empenhados conspiradores republicanos. Na madrugada de 4 de Outubro foi incorrectamente informado por um subordinado, que dava por perdida a batalha em terra. Tendo concluído que a revolução falhara, o almirante suicidou-se. Morreu ingloriamente.
Também Miguel Bombarda teve uma morte trágica, nas vésperas da revolução. Na manhã de 3 de Outubro foi procurado por um antigo doente, Aparício Rebelo dos Santos, oficial do Exército, que sobre ele disparou vários tiros de pistola. Atingido no ventre, foi levado para o Hospital de S. José, onde seria operado pelo prestigiado cirurgião Francisco Gentil, seu colega e amigo. Ao fim da tarde, porém, o seu estado piorou. À mesma hora que a revolução republicana estava na rua ia Miguel Bombarda a enterrar. Herói da República, mártir da ciência.
Nas ruas, a República foi aclamada porque prometia muito. Alguns dias depois da Revolução, um jornal noticiava: «Isto está bom! O feijão já desceu um vintém!» Infelizmente, porém, o caminho não era tão fácil, num país pobre, endividado e quase analfabeto.
No plano ideológico, a República trazia consigo a revalorização dos ideais democráticos, defendendo que o homem só se tornaria verdadeiramente livre quando quebrasse os grilhões da ignorância e da superstição. A herança da Revolução Liberal Francesa encontrava-se ainda no cerne do republicanismo, com a sua trilogia «liberté, egalité, fraternité». Lembremos, no entanto, que, apesar das sucessivas revoluções ocorridas um pouco por toda a Europa durante o século XIX, em 1910 apenas existiam duas repúblicas: na França e na Suíça. Portugal era a terceira.
Para além da consolidação do novo regime e da criação de um clima de pacificação nacional e de ordem pública, o governo provisório e os governos que se lhe seguiram procuraram dar cumprimento a algumas das promessas do Partido Republicano. Foram convocadas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1911. Procedeu-se à publicação de alguma legislação extremamente corajosa mas polémica, com vista à laicização do Estado, como a Lei de Separação da Igreja do Estado, o estabelecimento do registo civil obrigatório e a legalização do divórcio. No entanto, se a laicização do Estado, em si mesma, constituía um passo positivo no caminho da modernização da sociedade portuguesa, os excessos anticlericais e o desrespeito pelas tradições e convicções da maioria da população, profundamente católica, geraram um perigoso e escusado clima anti-republicano. O objectivo anunciado por Afonso Costa, de erradicar o catolicismo do País em duas gerações, apenas serviria para criar uma questão religiosa. Na exposição que hoje mesmo iremos inaugurar podemos ver duas cartas de D. Manuel Vieira de Matos, Bispo da Guarda, dirigidas ao Presidente da República Manuel da Arriaga. Escritas em 1911, numa linguagem serena e inteligente, denunciam desde cedo o clima de intolerância que o anticlericalismo jacobino estava a semear por todo o País e que apenas se atenuaria a partir dos anos da Grande Guerra.
No plano social, os governos republicanos procuraram também satisfazer muitas das reivindicações mais prementes, através da autorização e regulamentação da greve, da instituição do descanso semanal obrigatório e da limitação dos horários de trabalho; mas deixaram vastas camadas sociais descontentes, sobretudo o operariado. Sucederam-se as greves, muitas vezes reprimidas com bastante violência, o que criaria condições favoráveis ao crescimento do anarco-sindicalismo e do comunismo.
Foi, porém, no domínio da educação que a acção dos primeiros governos republicanos se revelou mais eficaz e duradoura. No dealbar do século, a taxa de analfabetismo, em Portugal, andava pelos 78%, fazendo do País um dos mais atrasados culturalmente. A República decretou a instrução obrigatória e gratuita para todas as crianças entre os 7 e os 12 anos, tendo também procedido à reforma do ensino superior, nomeadamente através da fundação do Instituto Superior Técnico e de duas novas universidades, em Lisboa e no Porto. Os governos republicanos colocaram igualmente entre as suas prioridades as questões da saúde pública, procedendo a uma profunda reforma do ensino médico.
Em síntese: o que hoje celebramos não é apenas uma mudança de regime, é também o começo de uma mudança de mentalidade. Não existem revoluções perfeitas nem regimes perfeitos. E, se a República trouxe consigo excessos e retrocessos, trouxe também indiscutíveis avanços para a modernização de Portugal.
A eclosão da I Guerra Mundial, em 1914, e a intervenção de Portugal no conflito, em 1916, travaram esse processo evolutivo. A participação na Grande Guerra foi um processo suicidário. Se o País se tivesse mantido afastado dos campos de batalha europeus, tudo poderia ter sido bem diferente. Mas a história contrafactual não é senão isso: imaginarmos aquilo que poderia ter acontecido mas que não aconteceu. Em história não há ses. E a verdade é que a Guerra contribuiu pesadamente para acentuar o desequilíbrio financeiro e os desentendimentos políticos, abrindo as portas ao messianismo de Sidónio Pais, essa espécie de “ensaio geral” da Ditadura Militar de 1926 e do Estado Novo salazarista.
Para além da instabilidade política e da incapacidade dos sucessivos governos de equilibrar as contas do Estado, que outras razões ajudam a explicar a queda da I República? A frustração das esperanças do operariado e das classes médias; a militância anti-republicana dos saudosos da Monarquia; o descontentamento da Igreja Católica, provocado pelos excessos do jacobinismo anticlerical; a instalação de um persistente clima de violência urbana, de que a tenebrosa “noite sangrenta” foi o clímax. Foi a conjugação de todos esses factores que acabou por lançar o País nos braços dos militares, em 28 de Maio de 1926. Chegava deste modo ao fim a I República, nascida faz precisamente hoje cem anos.
Pouco depois, em Dezembro de 1928, escrevia Fernando Pessoa:

«Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer.
[…]
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro.»

Também hoje o País parece mergulhado numa cerrada neblina. Saiamos do nevoeiro, sem esperar por D. Sebastião. E o melhor caminho para sair é o da Escola e dos centros de investigação científica. Sabiam-no todos os grandes republicanos. E sabia-o também o poeta João de Deus, que dizia que todas as revoluções, para triunfarem, deveriam começar pelo a, e, i, o, u. Era esse, do mesmo modo, o lema de um notável republicano sabugalense, o Doutor António Augusto Louro, que foi autarca, homem de ciência e pedagogo: ele acreditava também devotadamente nas potencialidades da educação e da cultura como forma de libertação do Homem. Termino com as suas palavras:
«Não há democracia sem liberdade. Não há liberdade sem educação.»
Adérito Tavares»

O Capeia Arraiana destaca o enorme trabalho dos profissionais da Câmara Municipal do Sabugal e da empresa municipal Sabugal+ que tornaram possível celebrar o Centenário da República com muita dignidade e valor histórico. Ao ilustre professor e historiador Adérito Tavares aqui deixamos um grande bem-haja pelo «brilho» da exposição e o «peso» do programa das comemorações.
jcl

5 de Outubro de 1910. 5 de Outubro de 2010. Os 100 anos da República foram assinalados com pompa e circunstância no concelho do Sabugal. A Comissão do Centenário, presidida por Adérito Tavares, preparou com muita dignidade – e qualidade – um programa comemorativo que destaca os valores republicanos da educação, liberdade, igualdade e justiça para todos.

GALERIA DE IMAGENS  –   COMEMORAÇÕES DA REPÚBLICA   –  5-10-2010
Clique nas imagens para ampliar

jcl

«Imagem da Semana» do Capeia Arraiana. Envie-nos a sua escolha para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com


(Clique na imagem para ampliar.)

Data: 5 de Outubro de 2010.
Local: Auditório Municipal do Subugal.
Legenda: Após a sessão solene no Auditório Municipal e antes da inauguração no Museu da exposição sobre a história da República foi apresentada e explicada publicamente a serigrafia alusiva à República da autoria do ilustrador sabugalense Manuel Machado.
Manuel Morgado aproveitou para entregar a Santinho Pacheco, governador civil da Guarda, um exemplar numerado e autografado.
As cerimónias terminaram com todos os presentes a entoar «A Portuguesa» (hino composto em 1890, com letra de Henrique Lopes de Mendonça e música de Alfredo Keil) rematado no final com um «Viva a República! Viva o Sabugal!»
jcl

O Capeia Arraiana transcreve na íntegra o comunicado dos deputados do MPT na Assembleia Municipal do Sabugal.

«COMUNICADO DOS DEPUTADOS DO MPT NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, EM RESPOSTA A UMA INTERVENÇAO DO PARTIDO SOCIALISTA, NA REUNIÃO DE 24 DE SETEMBRO

O grupo do MPT – Movimento do Partido da Terra na Assembleia Municipal do Sabugal, depois de analisar uma intervenção escrita do grupo do Partido Socialista, feita na última reunião da Assembleia, intervenção essa a cargo do respectivo presidente da Concelhia do PS, não pode deixar de vir na defesa da honra do vereador, eleito pelo MPT, Dr. Joaquim Ricardo, dizer:
Obviamente que o PS pode (e deve) manifestar o seu desencanto com a acção levada a cabo pelo Executivo Municipal, exercendo democraticamente o seu direito de oposição.
Mas não pode fazê-lo, maxime, quando atinge voluntária e directamente uma pessoa, no caso o Dr. Joaquim Ricardo, demonstrando ignorância, maldade e má-fé, e que mais não reflectem que um triste sublimar de recalcamentos que ainda decorrem da frustração da escolha do segundo vereador residente. Escolha essa, felizmente, acertada, diga-se.
O PS, como qualquer outro partido integrado nos órgãos da autarquia, tem o direito de não gostar (mesmo sem saber porquê, ou porque dá jeito dizer coisas, ou porque é giro criar polémica e aparecer nas fotografias) de um qualquer dirigente ou simples deputado municipal, seja pela sua actuação, seja porque seja…
O PS pode não gostar do Dr. Joaquim Ricardo, por ciumeira política ou porque acha que a maioria no Executivo ora estabelecida, não deixa de ser, fazendo fé num passado não muito longínquo, uma “facadinha nas ditas” e uma indigesta derrota.
O PS pode isso e muito mais (é olhar para o país que temos), mas não pode bolçar, publicamente, juízos ofensivos e inverdades, na malsã tentativa de besuntar os que não são da “cor” e os que importunam.
Estultícia seria virmos aqui apresentar o currículo do Dr. Joaquim Ricardo, já que ninguém, minimamente atento, desconhece o seu indefectível percurso profissional e cívico, com referências até no desempenho de funções autárquicas anteriores às actuais.
Acreditamos (porque nos chegaram manifestações nesse sentido, vindos do PS) que nem todos os Deputados deste partido seguiram o “His Master Voice” na sua aleivosa intervenção. É uma questão interna do PS que não nos cabe resolver, mas registamos a aparente falta de unanimidade e a preocupação de alguns ao desnecessário e injustificado pontapé na ética e na urbanidade.
Porque uma coisa é crítica, outra é raivinha de dentes, concluímos com um recado ao jovem e atormentado “speaker” de serviço: – “Para se avaliar a competência dos outros é preciso que, previa e reconhecidamente, sejamos nós mesmo competentes”.

Os Deputados do MPT.»

Victor Villadangos, um dos mais talentosos guitarristas argentinos da actualidade, dá esta sexta-feira, 10 de Setembro, às 21.30 horas, um concerto único no Auditório Municipal do Sabugal. Espectáculo imperdível onde não faltarão as interpretações dinâmicas e os arranjos de tangos da sua terra natal, Buenos Aires.

Victor Villadangos - Sabugal

O concerto, com entrada livre, é organizado pela Câmara Municipal do Sabugal e pela empresa municipal «Sabugal+».

Por motivos meteorológicos o espectáculo inicialmente marcado para o Castelo do Sabugal vai ter lugar no Auditório Municipal.
jcl

Victor Villadangos, um dos mais talentosos guitarristas argentinos da actualidade, tem marcado para o dia 10 de Setembro um concerto único no Sabugal. Espectáculo imperdível onde não faltarão as interpretações dinâmicas e os arranjos de tangos da sua terra natal, Buenos Aires.

Victor VilladangosVictor Villadangos nasceu em Buenos Aires e é considerado um dos mais talentosos guitarristas argentinos da actualidade. As análises às suas actuações destacam a sua precisão rítmica, a amplitude de cores e de fraseado sofisticado que coloca nas interpretações e nos arranjos de tangos eternos.
O recital solista no Sabugal, no dia 10 de Setembro, inclui interpretações da «Suite Argentina», de Eduardo Falú, variações sobre os temas «Atahualpa Yupanqui» e «Tres piezas rioplatenses» de Máximo Pujol e músicas de Leo Brouwer, Yukijiro Yocoh. O alinhamento para o Sabugal finaliza com três temas de Astor Piazzolla: «Jacinto Chiclana», «Triunfal» e… «Libertango».
Villadangos tem actuado, como solista e como músico de câmara, nas principais salas de concerto das cidades argentinas e internacionalmente na Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, Inglaterra, Irlanda, Itália, Israel, Japão, Luxemburgo, Noruega, Suécia, Suíça, Uruguai e Portugal.
O guitarrista das pampas já publicou 13 discos a solo e participou em inúmeras gravações de música popular latino-americana. Integrou como músico convidado espectáculos da Orquestra Sinfónica Nacional de Cuba, Orquestra Filarmónica de Montevideo, Orquestra Sinfónica de la Universidad Nacional de Cuvo, Orquestra Sinfónica Juan de Dios Filiberto, Israel Chamber Orchestra e Orquestra del Teatro Argentino Académica de La Plata entre outras.
Victor Villadangos formou-se no Juan José Castro Conservatório de Buenos Aires com o grau de professor superior de guitarra sob a orientação de Maria Herminia Antola de Gómez Crespo.

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Autoria: Direitos ReservadosPosted with: Galeria Vídeos Capeia Arraiana

Victor Villadangos vai actuar no Sabugal no dia 10 de Setembro. Espectáculo imperdível.
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