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O Comando Territorial da Guarda da GNR informou no seu comunicado semanal ter procedido a detenções em Vilar Formoso (por posse ilegal de armas), em Pinhel (por tentativa de homicídio em acto de violência doméstica) e em Fornos de Algodres (por ofensas à integridade física).
No dia 6 de Dezembro, no decurso de uma acção de fiscalização de trânsito junto à fronteira de Vilar Formoso, a GNR deteve um homem de 37 anos idade, natural de Viseu e residente em Sezures (Penalva do Castelo), pelo crime de posse ilegal de armas. O detido transportava no veículo automóvel que conduzia uma carabina calibre 22mm, indocumentada, a qual se encontrava dissimulada no interior de uma caixa de papel e embrulhada em plásticos. Presente ao Tribunal Judicial da Almeida, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, passando o processo para a forma comum, a aguardar o resultado do inquérito.
No dia 7 de Dezembro, a GNR de Pinhel deteve, em flagrante delito, um homem de 71 anos, residente naquela cidade, por tentativa de homicídio num quadro de violência doméstica. A detenção aconteceu após a vítima ter alertado a GNR de que estava a ser alvo de agressões, na sua residência, praticadas pelo seu cônjuge. Os militares do Posto de Pinhel deslocaram-se de imediato ao local, logrando retirar a vítima da residência. A mesma apresentava ferimentos em ambas as mãos e na face, aparentemente infringidos por objectos cortantes (faca ou machado), sendo conduzida ao Centro de Saúde de onde seguiu para o Hospital da Guarda.
O agressor barricou-se no interior da sua residência, oferecendo numa primeira fase alguma resistência, acabando contudo detido e conduzido ao Tribunal Judicial de Pinhel, que lhe decretou como medida de coacção a obrigatoriedade de permanência na habitação (prisão domiciliária), tendo para o efeito da fiscalização do cumprimento das obrigações impostas, sido empregue meios técnicos de controlo à distância (pulseira electrónica). O detido já não habitava com a vítima e era reincidente neste tipo de crime.
Na noite de 10 de Dezembro, a GNR deteve um jovem de 21 anos, suspeito de ofensas à integridade física com recurso a arma branca, cometidas junto a um restaurante em Fornos de Algodres. O detido tinha na sua posse uma faca, que lhe foi apreendida. Presente em tribunal, foi-lhe aplicada a medida de coação de Termo de Identidade e Residência. A vítima teve necessidade de tratamento hospitalar.
plb
O Documento Verde da Reforma da Administração Local, apresentado pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, estabelece critérios para a redução de juntas de freguesias que, aplicadas ao distrito da Guarda fazem com que desapareçam 212 freguesias, num total de 336. No concelho do Sabugal desaparecerão 20 freguesias.
O documento, que tem por epígrafe «Uma Reforma de Gestão, uma Reforma de Território e uma Reforma Política», define uma metodologia baseada em critérios orientadores (demográficos e geográficos) que deverão presidir à nova organização autárquica.
Da aplicabilidade desses critérios orientadores elaborou-se um mapa que aponta para a agregação ou fusão de muitas freguesias, que, no caso do distrito da Guarda, se eleva a 212.
Vejamos as freguesias que vão desaparecer em cada concelho se a reforma autárquica avançar nos exactos termos em que está definida no Documento Verde.
Sabugal (desaparecem 20 freguesias, num total de 40): Águas Belas, Aldeia da Ribeira, Badamalos, Baraçal, Forcalhos, Lomba, Moita, Nave, Penalobo, Pousafoles do Bispo, Rapoula do Côa, Rendo, Ruivós, Ruvina, Seixo do Côa, Vale das Éguas, Valongo, Vila Boa, Vila do Touro. Vilar Maior.
Aguiar da Beira (sete freguesias, num total de 13): Eirado, Forninhos, Gradiz, Pinheiro, Sequeiros, Souto de Aguiar da Beira, Valverde.
Almeida (23 freguesias, num total de 29): Ade, Aldeia Nova, Azinhal, Cabreira, Castelo Bom, Castelo Mendo, Freixo, Junca, Leomil, Malpartida, Mesquitela, Mido, Monte Perobolço, Naves, Parada, Peva, Porto de Ovelha, São Pedro de Rio Seco, Senouras, Vale de Coelha, Vale da Mula, Vale Verde, Vilar Formoso.
Celorico da Beira (15 freguesias, num total de 22): Baraçal, Cadafaz, Carrapichana, Cortiçô da Serra, Lajeosa do Mondego, Linhares, Maçal do Chão, Mesquitela, Minhocal, Prados, Rapa, Salgueirais, Velosa, Vide Entre Vinhas, Vila Boa do Mondego.
Figueira de Castelo Rodrigo (12 freguesias, num total de 17): Algodres, Almofala, Cinco Vilas, Colmeal, Escarigo, Freixeda do Torrão, Penha de Águia, Quintã de Pêro Martins, Vale de Afonsinho, Vermiosa, Vilar de Amargo, Vilar Torpim.
Fornos de Algodres (11 freguesias, num total de 16): Cortiço, Fuinhas, Juncais, Maceira, Matança, Muxagata, Queiriz, Sobral Pichorro, Vila Chã, Vila Ruiva, Vila Soeiro do Chão.
Gouveia (cinco freguesias, num total de 22): Figueiró da Serra, Freixo da Serra, Mangualde da Serra, Vila Cortês da Serra, Vila Franca da Serra.
Guarda (39 freguesias, num total de 55): Adão, Albardo, Aldeia do Bispo, Aldeia Viçosa, Alvendre, Avelãs de Ambom, Avelãs da Ribeira, Benespera, Carvalhal Meão, Cavadoude, Codesseiro, Corujeira, Faia, Fernão Joanes, Gagos, Gonçalbocas, João Antão, Meios, Mizarela, Monte Margarida, Pêro Soares, Porto da Carne, Pousade, Ramela, Ribeira dos Carinhos, Rocamondo, Santana da Azinha, Jarmelo (São Miguel), Jarmelo (São Pedro), Seixo Amarelo, Sobral da Serra, Trinta, Vale de Estrela, Vela, Videmonte, Vila Cortês do Mondego, Vila Franca do Deão, Vila Garcia, Vila Soeiro.
Manteigas (uma freguesia, num total de quatro): Vale da Amoreira.
Mêda (13 freguesias, num total de 16): Aveloso, Barreira, Carvalhal, Casteição, Coriscada, Fonte Longa, Longroiva, Marialva, Pai Penela, Prova, Rabaçal, Ranhados, Vale Flor.
Pinhel (20 freguesias, num total de 27): Atalaia, Azevo, Bogalhal, Bouça Cova, Cerejo, Cidadelhe, Ervas Tenras, Ervedosa, Lamegal, Lameiras, Manigoto, Pereiro, Pomares, Póvoa D’ El-Rei, Safurdão, Santa Eufémia, Sorval, Valbom, Vale de Madeira, Vascoveiro.
Seia (10 freguesias, num total de 29): Cabeça, Carragozela, Folhadosa, Lajes, Santa Eulália, Santa Marinha, São Martinho, Sazes da Beira, Várzea de Meruge, Lapa dos Dinheiros.
Trancoso (26 freguesias, num total de 29): Aldeia Nova, Carnicães, Castanheira, Cogula, Cótimos, Feital, Fiães, Freches, Granja, Guilheiro, Moimentinha, Moreira de Rei, Palhais, Póvoa do Concelho, Reboleiro, Rio de Mel, Sebadelhe da Serra, Tamanhos, Terrenho, Torre do Terrenho, Torres, Valdujo, Vale do Seixo, Vila Franca das Naves, Vila Garcia, Vilares.
Vila Nova de Foz Côa (10 freguesias, num total de 17): Castelo Melhor, Chãs, Horta, Mós, Murça, Numão, Santa Comba, Santo Amaro, Sebadelhe, Touca.
A situação é muito diferente em Castelo Branco, onde a redução das freguesias levará apenas à agregação ou fusão de 39 em todo o distrito – as mesmas que desaparecem apenas no concelho da Guarda. Belmonte perde apenas uma freguesia – Colmeal da Torre – enquanto que Penamacor perde cinco – Águas, Aldeia de João Pires, Bemposta, Meimão e Vale da Senhora da Póvoa.
plb
Fornos de Algodres vai dispor, a curto prazo, de uma estância termal – as Termas de São Miguel – associadas ao empreendimento do Hotel Estrela à Vista em construção na Serra da Esgalhada, sobranceira à sede de concelho. Na apresentação do projecto o presidente da autarquia, José Miranda, realçou o empenho dos irmãos Jorge e Luís Patrão, respectivamente presidentes do pólo de Turismo Serra da Estrela e do Turismo de Portugal.

O empreendimento – Termas de São Miguel – foi apresentado pelo empresário Gumercindo Lourenço e pelo arquitecto autor do projecto, Miguel Correia, em sessão pública onde estiveram presentes o presidente do Município, vereadores e presidentes de Junta de Freguesia do concelho.
José Miranda recordou na apresentação que «o Município estava a fazer um projecto na Câmara Municipal, baseado nos conhecimentos e experiência do empresário Gumercindo Lourenço, para poupar dinheiro mas no Turismo de Portugal exigiram que, em termos arquitectónicos, nesta segunda fase do projecto, se contrabalançasse aquilo que lá está, que fosse algo dinâmico, que chamasse a atenção, que fosse uma peça de arquitectura que chamasse e cativasse os visitante».
José Miranda agradeceu ao empresário Gumercindo Lourenço «a confiança que depositou e a escolha que fez para o investimento no Município de Fornos de Algodres» acrescentando que «o senhor não tem mãos a medir nas ofertas que fazem. O país, infelizmente, está na situação em que está e as ofertas de investimento são enormes e, se calhar, em condições mais vantajosas daquilo que o Município de Fornos de Algodres ofereceu. Mas felizmente Gumercindo Lourenço acreditou em nós e levou avante um sonho que eu tinha já de há muitos anos e a melhor maneira de eu sair destas lides é eu poder compartilhar a alegria de ser inaugurado esta obra depois de completa e ser criada uma mais-valia para a população em termos turísticos e de emprego. O seu sucesso será o mesmo da Câmara Municipal e de todos os que habitam esta terra».
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal realçou o empenho do presidente do Pólo de Turismo Serra da Estrela, Jorge Patrão, que, segundo afirmou, «tem-se preocupado com a sua região» assegurando que «honra lhe seja feita porque, se hoje existe Pólo da Serra da Estrela, deve-se à família Patrão (Jorge Patrão e Luís Patrão) e aos seus amigos porque senão não teríamos este pólo e estaríamos integrados no Pólo de Turismo da Região Centro com Coimbra a manobrar tudo e nós não teríamos a possibilidade de sermos uma zona de prioridade em termos de investimento turístico».
O empresário Gumercindo Lourenço justificou o investimento «tendo em conta as acessibilidades de Fornos de Algodres (a auto-estrada A-25/Vilar Formoso-Aveiro, a Linha Férrea Internacional da Beira Alta) que a região tem alguma beleza, boa localização pelo que foi considerado ser importante desenvolver um projecto a nível internacional».
Inicialmente o hotel estava previsto para ficar com 100 quartos e três suites mas, na expectativa de novos investimentos no concelho e região de Fornos de Algodres, Gumercindo Lourenço disse que se optou por construir-se com 130 quartos e 17 suites, com destaque para a «suite presidencial» com 140 metros quadrados.
«Temos que vender no estrangeiro e não temos que nos envergonhar de ser portugueses e desde que sejam facultados conforto e bem-estar, os potenciais visitantes vão gostar de vir a Fornos de Algodres», expressou.
Observou também que «no tempo dos romanos, não havia remédios e tratavam as pessoas com água e com produtos naturais e atendendo à quantidade de doenças que tem havido, entendeu-se que é uma ideia nova no mundo voltar a tratar-se a pessoa com a água e evitar que a doença apareça e, tal como no passado, a ideia é prevenir a doença».
Gumercindo Lourenço sublinhou que é importante haver a coragem de realizar «independentemente do que as pessoas possam pensar e de fazer algo com inovação» e, por isso, evocou o facto de ter sido o responsável da construção da primeira piscina dinâmica hidro-termal de Portugal, onde «a pessoa vai para dentro da piscina e, até se lavar com a água, desde a unha do pé até à cabeça, escolhe a maneira de lavar com a água e depois á todos os outros tratamentos, desde o vichy, de tudo o que há de mais moderno no país».
«È preciso ter a coragem de colocar e investir dinheiro numa terra tão carenciada mas que sonha em desenvolver-se. Quisemos contribuir e criar uma unidade com inovação e daá, no balneário pensou-se numa situação mais moderna em que, quem passar na A25 e olhar para o hotel este seja visto como atractivo. Pretende aqui criar-se uma catedral da água em que as pessoas que pretendessem estar os terraços podem admirar a Serra da Estrela», disse, a propósito, Gumercindo Lourenço.
Na sua opinião «Fornos de Algodres fica com pés para andar porque, além de as pessoas aqui residirem e se fixarem, os visitantes podem aqui adquirir produtos regionais como o presunto ou o queijo Serra da Estrela ou artesanato e é importante que este género de pessoas apareça».
O projecto prevê uma piscina interior com água termal, dinâmica à semelhança do que acontece nas Termas de Penafiel e vai ter uma outra exterior, virada para o lazer.
O arquitecto autor do projecto, Miguel Correia, é também o responsável pela Gare do Oriente em Lisboa e está a desenhar uma nova cidade na Guiné Equatorial.
Miguel Correia frisou que no planeamento da construção das Termas de São Miguel houve o cuidado de respeitar-se o local onde existem penedos muito bonitos, além de um conjunto de árvores assinaláveis, nomeadamente carvalhos, pelo que houve a preocupação de afastar a construção desta mancha . O edifício vai ter muitas áreas de vidro, transparentes, que permitem usufruir da paisagem que definiu como maravilhosa.
O edifício termal divide-se em três pisos, três mil metros quadrados de construção, utilizando o granito da região, dominando no exterior o branco termal ou medicinal na fachada complementado com o negro da cobertura.
O complexo hoteleiro de Fornos de Algodres «Hotel Estrela à Vista» corresponde ao investimento de 11,5 milhões de euros que podem vir a ser comparticipados em metade das despesas elegíveis se forem atingidos alguns objectivos, designadamente o prazo de construção, inovação, dinamização hoteleira, operacionalidade e empreendedorismo.
jcl (com Gabinete de Imprensa da C. M. Fornos Algodres)
A Confraria da Urtiga, em parceria com a Câmara Municipal de Fornos de Algodres, organiza o Concurso «As melhores receitas à base de urtiga» inserido nas VI Jornadas de Etnobotânica de Fornos de Algodres que decorrem de 13 a 15 de Maio.
«Em homenagem à planta das mil virtudes» como o Grão Mestre da Confraria da Urtiga, Manuel Paraíso, classifica aquela espécie herbácea que nasce espontânea nos campos e que entrou de novo no vocabulário das gentes de Fornos de Algodres (e não só) que dela fazem já uma referência.
Conhecida por vezes como «erva menor» por criar comichões quando tocada, a Urtiga (cientificamente conhecida por Urtica Dióica) tem imensas aplicações e, tradicionalmente, aquela que era mais vulgar, a utilização na parte alimentar, sobretudo em épocas de maior fome, em que se recorria à Urtiga para suplantar eventuais carências alimentares e falhas da produção agrícola.
Mas tem também aplicações farmacêuticas, fitossanitárias, no ramo da tinturaria, do fabrico do têxtil, utilizada para fins medicinais, entre outras.
Regulamento do Concurso
1 – Organização – O Concurso gastronómico subordinado ao tema «As melhores receitas à base de Urtiga» é organizado pela Confraria da Urtiga e está integrado nas VI Jornadas de Etnobotânica de Fornos de Algodres que decorrem entre os dias 13, 14 e 15 de Maio de 2011.
2 – Objectivo – O concurso tem por objectivo incentivar a comercialização e consumo dos produtos endógenos, em particular, da Urtiga, através da criação de receitas originais que obrigatoriamente, incluam na sua constituição, este produto, honrando sabores e tradições remotas.
3 – Condições de Participação – a) O concurso é aberto a todos os interessados que queiram participar individualmente ou em grupo, apresentando uma ou mais iguarias gastronómicas; b) Os concorrentes deverão apresentar uma criação original, de uma receita de doces, salgados, bebidas ou outros, confeccionada com produtos endógenos, tendo por base a Urtiga; c) As iguarias gastronómicas apresentadas a concurso deverão ainda ter subjacente a eventual possibilidade de uma futura produção em série (ex: «Farinheira da Confraria da Urtiga»), razão pela qual os concorrentes terão de ceder à Confraria da Urtiga os direitos de autor sobre as mesmas; d) As iguarias gastronómicas a concurso deverão ser entregues no dia 16 de Abril de 2010, na sede da Confraria da Urtiga juntamente com a respectiva receita e a ficha de inscrição do concorrente; e) Todos os trabalhos serão expostos no Centro Cultural de Fornos de Algodres (atrás da Câmara) durante os dias 17 e 18 de Abril, integrando a «Mostra de Produtos Confeccionados à base de Urtiga»; f) A inscrição no concurso é inteiramente gratuita.
4 – Critérios de Avaliação – a) Na avaliação dos produtos confeccionados será dado particular ênfase aos seguintes critérios: Originalidade/Criatividade; Paladar; Tipo de ingredientes utilizados (os que mais respeitem a tradição); Apresentação; Possibilidade de produção em série; Outro que o Júri considere relevante.
5 – Júri – a) O júri será constituído por 3 elementos de reconhecida idoneidade; b) O júri reserva o direito de não atribuir prémios, caso as receitas a concurso não cumprirem os critérios definidos no presente regulamento; c) Os casos omissos no presente regulamento serão decididos pelo júri.
6 – Prémios – a) Serão atribuídos prémios aos três primeiros classificados e Diplomas de Participação a todos os concorrentes; b) Os prémios a atribuir serão os seguintes: 1.º – Troféu de cristal e cabaz de produtos endógenos; 2.º – Cabaz de produtos endógenos; 3.º – Publicações do Município de Fornos de Algodres. c) As decisões proferidas pelo Júri não serão susceptíveis de recurso.
A cerimónia de entrega de prémios realizar-se-á no dia 14 de Maio de 2011, na «Festa do Pão», no Jardim Municipal.
O III Capítulo da Confraria da Urtiga, sedeada em Fornos de Algodres, realiza-se no dia 15 de Maio.
jcl (com Gabinete de Imprensa da C.M. Fornos de Algodres)
O governador civil da Guarda, Santinho Pacheco, vai homenagear, esta quinta-feira, dia 28 de Abril, os primeiros presidentes de câmara municipal do distrito eleitos democraticamente após o 25 de Abril de 1974. A família de João A. Antunes Lopes, primeiro presidente da Câmara Municipal do Sabugal, vai receber a título póstumo a condecoração.
No salão nobre do Governo Civil da Guarda vai ter lugar, às 21.00 horas desta quinta-feira, a cerimónia de homenagem aos primeiros presidentes de câmara do distrito da Guarda.
A sessão solene vai contar com a presença do secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, do primeiro governador civil da Guarda, Alberto Antunes (do concelho do Sabugal) e do actual, Santinho Pacheco.
Além de João A. Antunes Lopes (a título póstumo), primeiro presidente da Câmara Municipal do Sabugal, vão ser homenageados os autarcas de Aguiar da Beira, António Raimundo Cunha (a título póstumo); Almeida, António José Sousa Júnior; Celorico da Beira, Carlos A. Faria de Almeida; Figueira de Castelo Rodrigo, José Pinto Lopes (a título póstumo); Fornos de Algodres, Francisco Paulo Almeida Menano; Gouveia, Alípio Mendes de Melo; Guarda, Victor Manuel Gonçalves Cabeço/Abílio Aleixo Curto; Manteigas, Homero Lopes Ambrósio (a título póstumo); Mêda, Luís E. Figueiredo Lopes (a título póstumo); Pinhel, António Luís Santos Fonseca; Seia, Jorge A. Santos Correia; Trancoso, António Almeida (a título póstumo) e Vila Nova de Foz Côa, José Costa Ferreira (a título póstumo).
«É tempo de a nível distrital se comemorar Abril da liberdade lembrando os primeiros presidentes de câmara eleitos nos 14 concelhos do nosso distrito, exaltando assim o papel insubstituível que o poder local desempenhou na construção desta segunda República e no arranque de um período de desenvolvimento e de modernização das nossas terras, sem paralelo em toda a nossa história secular», destacou Santinho Pacheco.
A cerimónia insere-se nas comemorações distritais do 25 de Abril.
jcl (com agência Lusa)
A Urtiga é, no âmbito das plantas silvestres, uma planta das mil virtudes. Conhecida por vezes como «erva menor» por criar comichões quando tocada, a Urtiga (cientificamente conhecida por Urtica Dióica) tem imensas aplicações e, tradicionalmente, aquela que era mais vulgar, a utilização na parte alimentar, sobretudo em épocas de maior fome, em que se recorria à Urtiga para suplantar eventuais carências alimentares e falhas da produção agrícola.

«Há alguns anos, um grupo de amigos começou a preocupar-se com a perda significativa dos saberes e das vivências ligadas ao campo, às plantas e criaram-se as Jornadas de Etnobotânica com almoços temáticos. Foram feitas várias incursões por outros ramos, por outras plantas, mas tivemos finalmente de render-nos à questão da Urtiga, pelas vantagens e todas as qualidades em termos alimentares que a planta apresenta e pela versatilidade que ela tem em termos de potencialidade gastronómica”, recorda Manuel Paraíso, grão-mestre da Confraria da Urtiga que tem sede em Fornos de Algodres.
Com a Urtiga pode fazer-se tudo, é uma planta versátil, muito simples em sabor, de fácil abordagem numa entrada, numa sopa, num prato de bacalhau e eventualmente uma sobremesa.
Manuel Paraíso refere, como exemplo, a Sopa de Urtigas à Moda da Confraria baseada na sopa ou caldo tradicional da Urtiga que se fez evoluir um pouco e foi candidato ao Festival das Sopas de São Paio, organizadas pela ADRUSE – Associação de Desenvolvimento Rural da Serra da Estrela, onde obteve o prémio da melhor sopa do festival.
Manuel Paraíso chama a atenção para o facto de a Urtiga já antes ter sido preparada e consumida, nesta como noutras regiões do país, onde se conhecem o «esparregado de urtigas», o «caldo dos pobres» e o «caldo de urtigas».
A Confraria esta apostada em levar a Urtiga de Fornos de Algodres além-fronteiras, pelo que se esteve já presente por duas vezes no Festival da Urtiga em França e onde, este ano, vão ser apresentados pela Confraria alguns produtos confeccionados com urtiga e promover também o concelho de Fornos de Algodres, pelo que será levado Queijo Serra da Estrela, um dos ex-libris do concelho e da região.
Em 9 de Abril a Confraria da Urtiga estará presente no Festival Gastronómico de Verin (Galiza-Espanha) a que concorre com o prato «Bacalhau com migas e pasta de urtigas».
aps (com Gabinete de Imprensa da C. M. Fornos de Algodres)
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