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Contribuir para a coordenação das políticas de juventude no concelho do Sabugal, é a grande atribuição do Conselho Municipal de Juventude que a Câmara Municipal vai criar, em cumprimento da lei vigente.
O regime jurídico dos conselhos municipais de juventude, estabelece que o organismo terá de ser constituído com representantes das forças vivas da sociedade sabugalense, tais como associações culturais e desportivas e associações de estudantes e de juventude partidária, desde que devidamente legalizadas.
O executivo camarário, reunido no dia 11 de Maio, decidiu convidar os grupos partidários representados na Assembleia Municipal para indicarem os deputados da assembleia que integrarão o Conselho de juventude do Sabugal.
Os conselhos municipais de juventude estão previstos na lei e têm por fim colaborar na definição e execução das políticas municipais de juventude, assegurando a sua articulação e coordenação com outras políticas sectoriais, nomeadamente nas áreas do emprego e formação profissional, habitação, educação e ensino superior, cultura, desporto, saúde e acção social. Cabe-lhes ainda assegurar a audição e representação das entidades públicas e privadas que, no âmbito municipal, prosseguem atribuições relativas à juventude, contribuir para o aprofundamento do conhecimento dos indicadores económicos, sociais e culturais relativos à juventude.
Outra função destes organismos consultivos é promover a discussão das matérias relativas às aspirações e necessidades da população jovem, promover a divulgação de trabalhos de investigação relativos à juventude, promover iniciativas sobre a juventude, colaborar com os órgãos do município, incentivar e apoiar a actividade associativa juvenil e promover a colaboração entre as associações juvenis.
O presidente da câmara integra o conselho e cabe-lhe assumir a sua presidência.
plb
Fornos de Algodres vai dispor, a curto prazo, de uma estância termal – as Termas de São Miguel – associadas ao empreendimento do Hotel Estrela à Vista em construção na Serra da Esgalhada, sobranceira à sede de concelho. Na apresentação do projecto o presidente da autarquia, José Miranda, realçou o empenho dos irmãos Jorge e Luís Patrão, respectivamente presidentes do pólo de Turismo Serra da Estrela e do Turismo de Portugal.
O empreendimento – Termas de São Miguel – foi apresentado pelo empresário Gumercindo Lourenço e pelo arquitecto autor do projecto, Miguel Correia, em sessão pública onde estiveram presentes o presidente do Município, vereadores e presidentes de Junta de Freguesia do concelho.
José Miranda recordou na apresentação que «o Município estava a fazer um projecto na Câmara Municipal, baseado nos conhecimentos e experiência do empresário Gumercindo Lourenço, para poupar dinheiro mas no Turismo de Portugal exigiram que, em termos arquitectónicos, nesta segunda fase do projecto, se contrabalançasse aquilo que lá está, que fosse algo dinâmico, que chamasse a atenção, que fosse uma peça de arquitectura que chamasse e cativasse os visitante».
José Miranda agradeceu ao empresário Gumercindo Lourenço «a confiança que depositou e a escolha que fez para o investimento no Município de Fornos de Algodres» acrescentando que «o senhor não tem mãos a medir nas ofertas que fazem. O país, infelizmente, está na situação em que está e as ofertas de investimento são enormes e, se calhar, em condições mais vantajosas daquilo que o Município de Fornos de Algodres ofereceu. Mas felizmente Gumercindo Lourenço acreditou em nós e levou avante um sonho que eu tinha já de há muitos anos e a melhor maneira de eu sair destas lides é eu poder compartilhar a alegria de ser inaugurado esta obra depois de completa e ser criada uma mais-valia para a população em termos turísticos e de emprego. O seu sucesso será o mesmo da Câmara Municipal e de todos os que habitam esta terra».
Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal realçou o empenho do presidente do Pólo de Turismo Serra da Estrela, Jorge Patrão, que, segundo afirmou, «tem-se preocupado com a sua região» assegurando que «honra lhe seja feita porque, se hoje existe Pólo da Serra da Estrela, deve-se à família Patrão (Jorge Patrão e Luís Patrão) e aos seus amigos porque senão não teríamos este pólo e estaríamos integrados no Pólo de Turismo da Região Centro com Coimbra a manobrar tudo e nós não teríamos a possibilidade de sermos uma zona de prioridade em termos de investimento turístico».
O empresário Gumercindo Lourenço justificou o investimento «tendo em conta as acessibilidades de Fornos de Algodres (a auto-estrada A-25/Vilar Formoso-Aveiro, a Linha Férrea Internacional da Beira Alta) que a região tem alguma beleza, boa localização pelo que foi considerado ser importante desenvolver um projecto a nível internacional».
Inicialmente o hotel estava previsto para ficar com 100 quartos e três suites mas, na expectativa de novos investimentos no concelho e região de Fornos de Algodres, Gumercindo Lourenço disse que se optou por construir-se com 130 quartos e 17 suites, com destaque para a «suite presidencial» com 140 metros quadrados.
«Temos que vender no estrangeiro e não temos que nos envergonhar de ser portugueses e desde que sejam facultados conforto e bem-estar, os potenciais visitantes vão gostar de vir a Fornos de Algodres», expressou.
Observou também que «no tempo dos romanos, não havia remédios e tratavam as pessoas com água e com produtos naturais e atendendo à quantidade de doenças que tem havido, entendeu-se que é uma ideia nova no mundo voltar a tratar-se a pessoa com a água e evitar que a doença apareça e, tal como no passado, a ideia é prevenir a doença».
Gumercindo Lourenço sublinhou que é importante haver a coragem de realizar «independentemente do que as pessoas possam pensar e de fazer algo com inovação» e, por isso, evocou o facto de ter sido o responsável da construção da primeira piscina dinâmica hidro-termal de Portugal, onde «a pessoa vai para dentro da piscina e, até se lavar com a água, desde a unha do pé até à cabeça, escolhe a maneira de lavar com a água e depois á todos os outros tratamentos, desde o vichy, de tudo o que há de mais moderno no país».
«È preciso ter a coragem de colocar e investir dinheiro numa terra tão carenciada mas que sonha em desenvolver-se. Quisemos contribuir e criar uma unidade com inovação e daá, no balneário pensou-se numa situação mais moderna em que, quem passar na A25 e olhar para o hotel este seja visto como atractivo. Pretende aqui criar-se uma catedral da água em que as pessoas que pretendessem estar os terraços podem admirar a Serra da Estrela», disse, a propósito, Gumercindo Lourenço.
Na sua opinião «Fornos de Algodres fica com pés para andar porque, além de as pessoas aqui residirem e se fixarem, os visitantes podem aqui adquirir produtos regionais como o presunto ou o queijo Serra da Estrela ou artesanato e é importante que este género de pessoas apareça».
O projecto prevê uma piscina interior com água termal, dinâmica à semelhança do que acontece nas Termas de Penafiel e vai ter uma outra exterior, virada para o lazer.
O arquitecto autor do projecto, Miguel Correia, é também o responsável pela Gare do Oriente em Lisboa e está a desenhar uma nova cidade na Guiné Equatorial.
Miguel Correia frisou que no planeamento da construção das Termas de São Miguel houve o cuidado de respeitar-se o local onde existem penedos muito bonitos, além de um conjunto de árvores assinaláveis, nomeadamente carvalhos, pelo que houve a preocupação de afastar a construção desta mancha . O edifício vai ter muitas áreas de vidro, transparentes, que permitem usufruir da paisagem que definiu como maravilhosa.
O edifício termal divide-se em três pisos, três mil metros quadrados de construção, utilizando o granito da região, dominando no exterior o branco termal ou medicinal na fachada complementado com o negro da cobertura.
O complexo hoteleiro de Fornos de Algodres «Hotel Estrela à Vista» corresponde ao investimento de 11,5 milhões de euros que podem vir a ser comparticipados em metade das despesas elegíveis se forem atingidos alguns objectivos, designadamente o prazo de construção, inovação, dinamização hoteleira, operacionalidade e empreendedorismo.
jcl (com Gabinete de Imprensa da C. M. Fornos Algodres)
Na tarde do dia 4 de Junho, sábado, pelas 16,30 horas, a Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, recebe a 33.ª Capeia Arraiana, organizada pela Casa do Concelho de Sabugal.
O forcão vai rodopiar de novo na arena mais prestigiada de Portugal e os rapazes raianos vão demonstrar a sua força e valentia. O espectáculo tauromáquico popular, original das terras raianas do concelho do Sabugal, proporcionará ainda momentos de convívio e de amizade entre os sabugalense e os seus amigos.
Espera-se que largas centenas, ou milhares, de pessoas, muitas vindas de propósito das terras do concelho, se juntem nesta grande manifestação de alegria que todos os anos acontece em Lisboa.
Os touros são do ganadeiro José Dias, de Benavente. A Banda da Bendada animará a festa e marcará o ritmo.
Depois da tourada haverá os habituais petiscos, no ringue junto à Praça de Touros, onde se degustarão os nossos enchidos grelhados e outras iguarias que os convivas trarão.
A capeia de Lisboa marca o arranque para as touradas do forcão nas terras raianas. Depois de Lisboa, quem quiser sentir a verdadeira alma raiana, vai às aldeias fronteiriças do concelho do Sabugal em Agosto, onde poderá apreciar a verdadeira tourada popular, à moda raiana.
plb
Todos os dias somos confrontados com notícias que dão conta da evidente falta de autoridade da Polícia que temos, que é a todo o instante desrespeitada e vilipendiada, colocando-se assim em crise a ordem e a segurança públicas.
Dantes, aquele que, empregando violências ou ameaças, se opusesse à autoridade, era de imediato detido, ficando sujeito a uma pena de prisão correccional. O indivíduo que desrespeitasse a Polícia, recusando cumprir uma ordem legítima, cometia o crime de desobediência. O mesmo sucedia com quem resistisse aos mandados legais das autoridades.
Havia respeito pela Polícia e pelos seus agentes. E quem não se sujeitasse à legítima acção coerciva, tinha de responder por isso em juízo, em imediato processo sumário.
E antigamente um processo sumário era isso mesmo, ou seja: um processo que corria imediatamente os seus termos, em acto contínuo à detenção do criminoso, ouvindo-o em audiência e condenando-o ou absolvendo-o.
A frieza da lei e o rigor dos procedimentos não deixavam espaço para os que prevaricavam. Também havia muitos actos criminais, pois isso é próprio das sociedades, sendo um mal inevitável, mas o certo é que se agia para fazer justiça, nunca deixando um caso sem a devida resposta.
Hoje ninguém respeita a autoridade. Uma farda de polícia ou de guarda-republicano não impõem o temor que eu lhes tinha nos meus tempos de rapaz. E falo de um temor, que era um sinal de respeito. Uma ordem proferida por um polícia era para cumprir, desde que a mesma fosse legítima. Se um agente intervinha para deter um prevaricador, ninguém se interpunha. Quanto muito os populares ajudavam o polícia, se este lhes pedisse apoio.
Ouvimos falar de casos em que os agentes de autoridade são ofendidos e vilipendiados, quando não até agredidos e sovados, num completo desrespeito pelo estado de direito. E depois ainda vêm alguns defender esses actos infames, com a conivência e o aplauso dos jornais e das televisões!
Vamos de mal a pior, e não se vislumbram soluções para travar esta decadência.
«Tornadoiro», crónica de Ventura Reis
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