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Em resposta a um pedido formal da Rede de Judiarias de Portugal, o executivo da Câmara Municipal do Sabugal, reunido em 25 de Maio, decidiu por unanimidade aderir a essa associação, atendendo ao património histórico do concelho.
Jorge Patrão, presidente do Turismo Serra da Estrela e secretário-geral da Rede de Judiarias, tem visitado o Sabugal e estabelecido contactos com o presidente da Câmara, António Robalo, concluindo que o centro urbano tem importância histórica verificada na presença de vestígios sefardiastas. Por essa razão dirigiu uma carta ao Município sabugalense convidando-o a solicitar a adesão à associação que reúne algumas das cidades e vilas de Portugal que contêm património histórico ligado à presença dos judeus.
Nessa sequência o Gabinete de Arqueologia da Câmara elaborou um mapa com o levantamento das «marcas cruciformes cristãs» e «armários» que estão referenciados nos centros históricos do Sabugal, Vilar Maior e Vila do Touro.
Segundo a informação do Gabinete de Arqueologia, existem dois «armários» no centro histórico do Sabugal e um no centro histórico de Vilar Maior. No que toca a «marcas cruciformes» cada centro histórico (do Sabugal, Vilar Maior e Vila do Touro) possui cerca de duas dezenas desses vestígios. Na conformidade com a efectiva existência de marcas históricas da presença da cultura judaica no concelho, a Câmara decidiu que vai solicitar a adesão à Rede de Judiarias de Portugal.
A Rede de Judiarias tem sede em Belmonte e tem como grande objectivo defender o património judaico urbanístico e arquitectónico que existe em Portugal. A associação, que junta diversas entidades, foi formalmente constituída em 10 de Março de 2011, tendo sido assinada pelos representantes dos municípios de Belmonte, Castelo de Vide, Freixo de Espada à Cinta, Guarda, Lamego, Penamacor e Trancoso, bem como as Entidades Regionais de Turismo de Douro da Serra da Estrela, Lisboa e Vale do Tejo, Oeste, Alentejo e Algarve, assim como a Comunidade Judaica de Belmonte.
plb
Eis-me, de novo, pronta a enfrentar mais um desafio: prolongar “La Ruta de los Castillos” e versejar sobre os castelos das Aldeias Históricas. Apesar de continuar a considerar-me pouco digna de o fazer, tentarei honrá-las como merecem. Imbuídas de valor histórico, nascidas antes de Portugal, mas fortalecidas pelo seu amor pátrio, ei-las nobres e belas, altivas e dignas do seu passado, em luta pela sobrevivência, acarinhando as povoações que, por sua vez, as amam e eternamente admiram. Guardadoras de segredos, de lutas e terrores, de paixões e amores, é o coração que pulsa no Interior das Beiras e Interior Norte, como qualquer coração… que se impõe no amor aos seus.
ALMEIDA
De Castro pré-histórico
A castelo Muçulmano
Reconquistado por Leão
Mais tarde português ficaste…
Tão sublime, Almeida bafejaste!
É também Alcanizes
Que te define português
D. Dinis te deu castelo
Outros castelos se revigoraram
E com D. Fernando te renovaram.
Com covilhanense Mateus Fernandes
D. Manuel te duplicou muralhas
Figurado por Duarte de Armas
Em Livro das fortalezas
Por teu valor, tuas riquezas.
Revalorizado na Restauração
Por tua posição fronteiriça
Foste modernizado
Te tornaram Praça-forte
Mais por teu valor, do que por sorte.
Reedificadas fronteiras
Imponente, albergaste teu povo.
Em galerias subterrâneas
Onde o perigo esmorecia
E a população se recolhia
No século dezanove sofreste
Com a Guerra Peninsular
Em 17 dias, o que perdeste!
Mas mantiveste dignidade sem igual.
Como valioso Monumento Nacional
Tua planta hexagonal
E seu traçado em estrela
Com seis baluartes aos Santos
Foste prisão durante as lutas liberais
Mas os Santos eternizaram teus portais.
«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
netitas19@gmail.com
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