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O tradicional almoço de bucho que a Confraria do Bucho Raiano organiza anualmente em Lisboa realizou-se no sábado, dia 12 de Novembro, juntando cerca de 70 confrades e amigos das terras raianas.
A sala do conhecido restaurante Churrasqueira do Campo Grande encheu para receber os convivas que ali degustaram o bucho raiano acompanhado por grelos de nabo e batatas cozidas. De entrada comeu-se morcela e farinheira assadas e à sobremesa houve o tradicional arroz doce e a aletria. A finalizar houve ainda castanhas assadas e jeropiga.
A refeição foi regada com o vinho de Belmonte, de marca «doispontocinco», vinho oficial da Confraria do Bucho Raiano. O sortelhense Manuel Gouveia, proprietário do vinho, embora impossibilidade de estar presente, fez questão de oferecer o vinho que foi consumido no almoço.
No final o Chanceler transmitiu aos presentes mensagens dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal do Sabugal que, respectivamente, por razões de agenda e de saúde, não puderam estar presentes. Anunciou ainda que o terceiro capítulo da Confraria vai realizar-se no Sabugal no dia 18 de Fevereiro de 2012.
Um confrade apresentou e deu a provar o doce de mostajo, feito a partir do fruto do mostajeiro, uma árvore endémica que existe no Sabugal e outras terras do país e que dá como fruto umas bagas alaranjadas, a que geralmente não se dá importância. O mostajo pode ser afinal um produto gastronómico a explorar no futuro.
O escritor Vítor Pereira Neves, também presente, ofereceu o seu livro «Sortelha – Aldeia Museu de Portugal», que foi leiloado na ocasião, rendido 40 euros, que reverteram para a Confraria.
O almoço de convívio terminou com as palavras do Grão-Mestre da Confraria, Joaquim Silva Leal, que trouxe à evidência o papel relevante da Confraria enquanto grande embaixadora da gastronomia raiana e do Sabugal em todo o país. Ele próprio tem vindo a representar a Confraria em diversos capítulos de outras confrarias gastronómicas e tem testemunhado o grande prestígio que a confraria do Bucho já tem perante o movimento confrádico nacional.
plb
Olá Côa! Olho para ti e sempre sinto Felicidade.
Através do dinheiro, poder, casas, carros, Ronaldos e outros que tais, políticos e outras personagens, sexo, música, cinema, teatro, viagens, artes, comida e bebida, etc., etc., às vezes é possível experimentar felicidade.
Aqui, e junto de ti não vejo nem sinto nada disso, mas é possível experimentar um verdadeiro sentimento de unidade com um Todo que produz um sentimento de profunda e tranquila beatitude e abnegação. Pois é Côa, quando coisas agradáveis são apresentadas à mente existe felicidade. Mas quando se mergulha no Eu superior, na beatitude Interior, essa felicidade supera a outra, então sente-se que somos idênticos à Felicidade e que isso é o próprio Eu superior. Então sente-se essa união com o Todo, com tudo e contigo, Côa!
«Paixão pelo Côa – fotografia», crónica de Carlos Marques
carlos3arabia@yahoo.com
Este domingo, dia 13 de Novembro, estiveram connosco duas dezenas de pessoas, que se fazem transportar em auto-caravanas e que, quando circulam, dão vida, alma e alegria às freguesias por onde passam e onde estacionam.
Com a crise que ultrapassamos, em termos de gente, é caso para dizer que todas as pessoas são bem-vindas.
Este grupo, de ilustres personalidades, que já mais algumas vezes por aqui tinham passado, têm-nos incentivado à criação do parque de caravanas que estamos a implantar.
O grupo chegou ao espaço, do futuro parque de auto-caravanas, por volta das 13,30 horas, onde almoçaram e onde eu tive o prazer de, com eles, ter tomado café e copa.
De seguida todas as pessoas se deslocaram ao Centro Cívico onde a Junta de Freguesia ofereceu umas castanhas assadas regadas com a saborosa jeropiga da região.
Depois de um franco e útil diálogo chegámos à conclusão de que o parque de auto-caravanas de Foios poderá ser inaugurado na Primavera do próximo ano de 2012.
Antes da despedida foi feita uma foto de grupo e, de seguida, todas as pessoas ocuparam lugar nas respectivas viaturas em direcção da vizinha localidade de Alfaiates.
Pela parte que nos diz respeito só temos a agradecer a passagem pelos Foios com a certeza de que sempre teremos o maior prazer em os receber e com eles conviver.
Não esquecer: Turismo é Futuro!
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
Mais uma vez começo uma crónica com título emprestado, agora o da célebre canção popularizada por Liza Minnelli e Frank Sinatra, que retrata o fascínio exercido pela Big Apple sobre todos aqueles que a visitam e, principalmente, sobre os que nela moram. Na verdade, com todos os seus defeitos e os seus perigos, Nova Iorque é uma cidade única, apaixonante. Como dizia Fernando Pessoa acerca da coca-cola, «primeiro estranha-se, depois entranha-se».
Quando, às vezes, conversava com amigos sobre países, viagens e cidades, mostrava-me sempre um tanto ou quanto céptico relativamente aos Estados Unidos em geral e a Nova Iorque em particular. O cinema deixara-me na retina uma cidade perigosa, cheia de drogados e de mafiosos, loucas correrias de psicadélicos e ululantes carros da polícia, bairros pobres com tomadas de água esguichando por todo o lado e tampas de esgoto fumegantes. Para mim só existia a cidade do Scorsese em «Nova Iorque fora de horas» e no «Taxi Driver», ou então a Nova Iorque dos chocantes contrastes sociais, dos grandes especuladores financeiros, de Wall Street e Central Park Avenue, e também a terrífica megalópole dos “«ghettos» do Bronx e do Harlem, magistralmente descritos por Tom Wolfe na «Fogueira das Vaidades». Como podia alguma vez gostar de uma babilónia daquelas, eu que tinha uma dúzia de autênticas «paixões urbanas», cidades carregadas de patine e de magia, como Paris, Praga, Veneza, Florença, Siena, Roma, Toledo, Salamanca, Istambul, etc.?
Pois bem, leitores amigos, dou de bom grado a mão à palmatória. Nova Iorque, tal como aconteceu com São Francisco, passou a integrar a minha lista pessoal das cidades mais belas e fascinantes do mundo. Claro que tudo separa a grande metrópole americana das lindíssimas cidades europeias que eu referi. Mas é exactamente aí que reside o fascínio: Nova Iorque é absolutamente única. Quem conheça bem as deslumbrantes cidadezinhas da Itália central, como Pisa, Lucca, Siena, San Gimignano, Gubbio, Assis ou Orvietto, dificilmente poderá destacar uma. São todas verdadeiras preciosidades, mas têm muitos pontos comuns. Agora Nova Iorque, essa não tem similar, nenhuma outra cidade do mundo se lhe pode comparar! É a urbe cosmopolita por excelência, a capital do mundo, o coração financeiro do planeta (coração que recentemente tem tido alguns «enfartes»!). É «a cidade», a big apple, a grande tentação, que não admite meias tintas: ou se ama ou se detesta. Não hesito em confessar que mordi a maçã, aceitei conscientemente a tentação e voltarei a Nova Iorque sempre que possa.
A baía do rio Hudson, onde se situa Nova Iorque, foi inicialmente explorada pelo navegador italiano Giovanni da Verrazano, em 1524 e, em 1609, por Henry Hudson, que daria o nome ao lugar. Em 1624, a ilha de Manhattan, situada entre o East River e o Hudson, foi comprada aos índios pela Companhia Holandesa das Índias Orientais. Aí viria a nascer a cidade de Nova Amsterdão, capital da Nova Holanda. Pouco tempo depois, porém, a região seria ocupada pelos Ingleses, que mudaram o nome da cidade para Nova Iorque, em homenagem ao duque de York, irmão do rei Carlos I.
Na segunda metade do século XVII, Nova Iorque tinha apenas cerca de mil habitantes. No final do século XVIII, pouco depois da independência dos EUA, a cidade alcançava já as 50 mil almas. Dispondo de um belíssimo porto natural, em breve Nova Iorque se transformaria na principal e mais populosa cidade da União. O seu poderio aumentou graças sobretudo ao comércio e à industrialização e, em 1830, contava com 200 mil habitantes, em consequência das sucessivas vagas de emigrantes, principalmente irlandeses. Em 1884, Manhattan uniu-se a mais quatro “burgos” vizinhos (os boroughs de Bronx, Brooklyn, Queens e Richmond), formando a Grande Nova Iorque, cuja população atingia 3,5 milhões por volta de 1900.
Actualmente, a Grande Nova Iorque alberga cerca de 11 milhões de habitantes, constituídos por numerosas comunidades descendentes de emigrantes vindos de todo o lado. As maiores dessas comunidades são a asiática (8%), a irlandesa (10%), a italiana (12%), a hispânica (13%), a judaica (18%) e a afro-americana (22%).
Além de ser uma das áreas mais urbanizadas do mundo, Nova Iorque é um grande centro industrial, com mais de 30 mil unidades fabris, e um imenso complexo comercial, onde é possível comprar e vender literalmente tudo (a título de exemplo – na fachada de um grande armazém podia ler-se: «Seja o que for que procura, entre. Nós temos.»). Esta intensa actividade fabril e mercantil fez de Nova Iorque o centro vital da alta finança. Em Wall Street, na Lower Manhattan, tem a sua sede a bolsa de valores de que todas as outras dependem (por isso é costume dizer-se: “quando Wall Street espirra o mundo constipa-se!”). Aí se situam também os maiores e mais poderosos bancos, companhias de seguros, empresas financeiras, etc. Quando passeamos por Wall Street e avenidas adjacentes temos a nítida sensação de que os destinos do mundo se decidem ali. Não na Casa Branca, ou em qualquer outra sede do poder político, mas ali, onde o poder do dólar é estabelecido. Como dizia o outro, quem comanda o mundo é o Goldman Sachs.
No entanto, Nova Iorque não é só poder, riqueza, dinheiro. É também cultura. Nova Iorque possui uma das mais dinâmicas vidas culturais de todo o planeta. Na Broadway situam-se as melhores salas de teatro declamado e de teatro musical; por toda a cidade encontramos um extraordinário dinamismo das actividades artísticas, como a pintura, a música e a dança. A Orquestra Filarmónica de Nova Iorque, a Metropolitan Opera, o New York City Ballet têm uma actividade regular e os seus espectáculos estão sistematicamente esgotados, em salas prestigiadíssimas como o Carnegie Hall, o Lincoln Center ou o Radio City Music Hall. Na região de Nova Iorque funcionam várias universidades, com um total de quase meio milhão de alunos, e existem 1300 bibliotecas. A Biblioteca Pública de Nova Iorque, uma das maiores do mundo, tem quase 10 milhões de livros. E existem em Nova Iorque alguns dos mais prestigiados jornais, como o New York Times, com milhões de exemplares de tiragem todos os dias.
Nova Iorque tem inúmeros museus. Visitei quatro, qual deles o melhor. O Natural History Museum, que possui excepcionais colecções de mineralogia, botânica e biologia, museologicamente expostas de forma altamente atractiva e pedagógica. O Metropolitan Museum of Art, com as suas mais de 380 mil peças, desde o Egipto Antigo até Picasso, foi um dos meus lugares de perdição: para me arrancarem de lá foi preciso empurrarem-me! O Guggenheim Museum, cujo edifício, da autoria de Frank Lloyd Wright, é em si mesmo uma verdadeira obra de arte: desenvolve-se em espiral invertida e os visitantes vão observando a colecção descendo essa espiral. E, finalmente, o Museum of Modern Art, o famoso MOMA, com uma vastíssima e completíssima colecção de pintura moderna, desde os pós-impressionistas, como Van Gogh, Gauguin e Cézanne, aos fauvistas, como Matisse, aos cubistas, como Picasso e Braque, aos surrealistas, como Magritte, Dali e Miró, passando por abstraccionistas como Kandinsky e Mondrian, e todas as demais tendências contemporâneas, da op art de Vasarely à pop art de Lichtenstein e Warhol, das colagens de Rauschenberg à action painting de Pollock.
Mas ninguém consegue descrever Nova Iorque sem falar das suas imensas avenidas e dos seus gigantescos arranha-céus. Ao contrário daquilo que se pode pensar, os altíssimos edifícios de Manhattan não tornam a cidade escura, sombria. As grandes avenidas são muito largas e as construções vão-se desenvolvendo em sucessivos planos à medida que sobem, não impedindo, por isso, que a luz chegue ao solo. Por outro lado, os arquitectos utilizam frequentemente o vidro e o aço polido, o que reflecte não só a luz como o céu, as árvores, as cores, os edifícios em frente, etc. Aquilo que aparentemente é uma floresta de cimento torna-se um jardim de luz e cor. E os próprios arranha-céus são, boa parte deles, verdadeiras obras-primas da arquitectura contemporânea, como acontece com o Empire State Building ou o Chrysler Building. O Empire State, por exemplo, é um lindíssimo edifício art déco, com um perfil elegante e acabamentos requintados. Inaugurado em 1929, com os seus mais de cem andares, constituiu durante muito tempo o mais alto arranha-céus do mundo. Por sua vez, o Chrysler Building, concluído em 1930, com a sua torre também art déco, destaca-se na paisagem como um verdadeiro símbolo do urbanismo moderno. No entanto, os dois edifícios mais altos de Nova Iorque eram as duas torres gémeas do World Trade Center. Do seu terraço tinha-se uma vista espectacular sobre a cidade, a baía e os arredores. Um panorama de ficar sem fôlego. Infelizmente, porém, a tragédia de 2001 roubou à cidade um dos seus ex-libris. Também a vista do cimo do Empire State, sobretudo à noite, é um espectáculo deslumbrante.
Muito mais haveria que dizer ainda: poderia falar aos leitores dos meus passeios pelo Central Park, da ida à Liberty Island, onde está a célebre estátua da Liberdade, ou à Ellis Island, que foi durante décadas o centro de recepção dos milhares de emigrantes que afluíam a Nova Iorque. Ou falar ainda das vastíssimas e requintadas livrarias onde me perdi e me encontrei (e onde gastei boa parte do meu dinheiro!) Ou dos restaurantezinhos de Little Italy e dos bares-restaurantes sulistas onde se come a boa comida de New Orleans e se ouve o puro dixie-jazz. Ou dos passeios a pé pela 5.ª Avenida, sem compromissos nem destino, vendo as montras faiscantes da Tiffany, da Cartier e da Van Cleef, ou abrindo os olhos de espanto para os cinco mil euros de um fato Armani. E, ao mesmo tempo, dar de caras com uma exposição de autênticas estátuas de Rodin, incluindo «O Pensador», ao ar livre, junto ao Rockefeller Center. E, entretanto, entrar na St. Patrick’s Cathedral, também em plena 5.ª Avenida, uma imensa catedral neo-gótica, igualzinha às grandes catedrais europeias mas ladeada de espelhentos arranha-céus de vidro e aço.
Muito mais haveria para contar, claro. Mas assim pouco ficaria para o leitor poder descobrir, ao vivo, quando lá for. E aconselho-o, sinceramente, a ir logo que possa.
«Na Raia da Memória», opinião de Adérito Tavares
ad.tavares@netcabo.pt
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Soito iniciou em 16 de Setembro de 2011 a ampliação das instalações do quartel. O projecto é um grande salto na melhoria das condições da corporação e uma das maiores iniciativas da actual Direcção presidida por Maria Benedita Rito Dias.
As obras avançam num passo impetuoso, apesar do mau tempo que tem assolado a região, sendo certo que mais de 50.000 euros já estão enterrados neste projeto honroso para a região. Quem pretender ajudar os bombeiros pode transferir o seu donativo para:
NIB: 003507020001137293062
ou, se for no estrangeiro, através do:
IBAN: PT50003507020001137293062, código CGDIPTPL.
A Direção e os Bombeiros Voluntários do Soito agradecem.
jcl
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