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Esta quarta-feira, dia 8 de Fevereiro, pelas 15 horas, vai ser apresentado no Sabugal, na Casa do Castelo, um projecto designado Sepharad Lands, o qual pretende desenvolver uma rede de promoção e apoio ao turismo cultural, com especial enfoque no património judaico sefardita.
O projecto Sepharad Lands, foi concebido para apoiar os empresários da região do Sabugal que têm actividade ligada ao sector turístico, garantindo-lhes o acompanhamento e a prestação de serviços de informação cultural, histórica e patrimonial aos visitantes, bem como transporte e estadias organizadas.
Segundo o comunicado hoje divulgado pela equipa que elaborou o projecto, o mesmo «surge da percepção que os operadores turísticos têm da necessidade de promover o estudo, preservação e promoção do património Sefardita da região como uma mais valia em termos de projecção turística».
A recente formação da Rede de Judiarias de Portugal, que reúne os municípios com património histórico judaico, foi a «janela de oportunidade para a promoção da região beirã junto de um mercado internacional específico que tem grande apetência por conhecer as suas raízes na Península Ibérica».
A necessidade de um tratamento e acompanhamento qualificado, trouxe à luz a ideia de se avançar na concepção de um projecto que envolveu o estabelecimento de parcerias «em torno de uma marca comum que tem a designação de Sepharad Lands».
«Os mercados alvo desta iniciativa são os mercados internacionais, com enfoque especial nos mercados da América do Norte, Estados Unidos e Canadá, nos países do Norte da Europa, da Europa de Leste e no Estado de Israel», refere o comunicado enviado à imprensa.
Trata-se de uma iniciativa de alguns empresários do Sabugal, estando porém aberta, segundo os promotores, «à integração de mais empresas da região que se queiram associar e participar no objectivo de proporcionar aos visitantes uma estadia de qualidade respeitando as suas crenças e hábitos».
A conjuntura de crise económica que o país e a região atravessam torna esta proposta aliciante por proporcionar condições para «um aumento de visitantes com o consequente incremento de potencial económico»
Os contactos do Sepharad Lands são: 00351 271 754 169 e 00351 962 408 648 (telefones) e sepharadlands@gmail.com (email).
O projecto pode ser visitado aqui.
plb
O executivo camarário aprovou no dia 1 de Fevreiro um projecto de Regulamento da Biblioteca Municipal do Sabugal e do Centro de Estudos Jesué Pinharanda Gomes. Porém o processo de aprovação foi algo atribulado.
Segundo o que o Capeia Arraiana apurou, o projecto de regulamento apresentado pelo presidente da Câmara não respeitava o que a próprio Município acordara com o escritor quadrazenho para que este doasse a sua biblioteca pessoal, que constituiria o suporte documental do centro de estudos com o seu nome.
O projecto apresentado ao colectivo de vereadores permitia que os livros e demais documentos do Centro de Documentação pudessem ser alvo de empréstimo aos leitores, à semelhança do que acontecia com o acervo de livros da Biblioteca, podendo portanto ser levados para o domicílio ou qualquer outro local. Face a isso, a vereadora socialista Sandra Fortuna terá alertado para o facto do protocolo assinado com o doador conter uma cláusula que impedia a saída dos documentos para consulta e leitura, como forma de se evitar a desintegração da obra legada. Face às incertezas, o projecto não foi votado nessa primeira reunião, ficando a sua discussão adiada.
Comprovada a existência de uma disposição no protocolo que impedia a saída dos documentos do Centro de Estudos Pinharanda Gomes, o projecto de regulamento foi alterado, nos termos de uma proposta formulada e apresentada pela vereadora do Casteleiro aos seus pares. Tal proposta terá ido de encontro ao que foi acordado, assim se aprovando na reunião de 1 de Fevereiro o projecto de Regulamento da Biblioteca Municipal do Sabugal e do Centro de Estudos Jesué Pinharanda Gomes, que será colocado seguidamente em processo de discussão pública.
O novo regulamento, define aos objectivos da Biblioteca e do Centro de Estudos, bem como os seus horários de funcionamento, as regras de acesso, consulta e utilização dos livros e documentos ali contidos, assim como os direitos e os deveres dos utentes.
O Centro de Estudos Pinharanda Gomes resultou, como acima se disse, de um protocolo acordado, em Outubro de 2008, entre o escritor quadrazenho, residente em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures, e a Câmara Municipal do Sabugal, na altura representada pelo presidente Manuel Rito Alves. O pensador quadrazenho propôs-se doar ao Município a sua biblioteca particular, com vasta bibliografia nos campos da Historia, Religião, Filosofia, Linguística, Arte e Literatura portuguesa e estrangeira. Foram ainda doados os arquivos pessoais com a correspondência particular e recortes de imprensa, fotografias, e outros objectos pessoais, incluindo as insígnias académicas, diplomas e distinções recebidas ao longo da sua vida enquanto escritor.
O protocolo estipulou que todo o processo de catalogação e acondicionamento dos livros estaria concluído no final do ano de 2010, porém, segundo o Capeia Arraiana apurou junto do escritor, nada lhe tem sido dito acerca do estado do processo, o que «muito o entristece», pois gostaria que tudo o que já foi para o Sabugal estivesse em boa ordem, para que o demais siga a qualquer momento.
plb
Este palavrão alemão foi dito por Ângela Merkel numa entrevista que deu a um órgão de comunicação social. Traduzindo, significa «Democracia de acordo com o mercado». Todos nós sabemos que o mercado, são as poderosas empresas multinacionais e os bancos.
Foi considerada a terceira «palavra do ano» pela sociedade da língua alemã. A frase completa é esta: «Vivemos numa Democracia Parlamentar e, portanto a elaboração das decisões é um direito básico do Parlamento, apesar disso vamos encontrar vias para a transformar de tal maneira que fique de acordo com os mercados». Isso significa que já não somos nós cidadãos eleitores que decidimos, mas sim os especuladores, os mercados financeiros, os tais hedge funds e os bancos. É uma Mudança de Regime, é um «golpe de estado silencioso», como dizia um ex-economista chefe do FMI, este não é suspeito…Com estas leis dos pactos fiscais e das regras de ouro, dogmas Neoliberais, uma outra política económica como a da Social Democracia e a do Socialismo Democrático, ficarão proibidas nas Constituições dos países pertencentes à União Europeia. Na Espanha, estes dogmas já estão na Constituição espanhola, em Portugal, Passos Coelho também já disse que a Constituição portuguesa precisa ser modificada, ou seja, pô-la de acordo com os tais dogmas Neoliberais.
A União Europeia alemã não está a ser construída conforme foi delineada, está a esquecer os grandes valores em que ela começou a ser assente: a unidade entre os países, a solidariedade e a igualdade entre os Estados membros. Seria impensável construir uma U. E. alemã com estes valores. Basta ver o que Merkel quis, ou ainda quer fazer à Grécia, enviar funcionários alemães para administrarem as finanças gregas.
Interessa também à Alemanha um euro forte porque é credora dos países mais débeis economicamente, estes não podem competir com ela, pode então deslocar para lá as suas empresas, explorando mão-de-obra barata, vendendo e exportando, depois em moeda forte. Não é por acaso que as leis laborais portuguesas, espanholas, gregas e da maioria dos países de Leste se tornaram tão penalizadoras para os trabalhadores, não é para a recuperação económica dos países, para isso as políticas económicas teriam de ser outras bem diferentes.
Eu gostava de perguntar a Passos Coelho, se por acaso foi obrigado a tomar as medidas económicas que tomou, esta austeridade quase selvagem, digo quase porque ainda falta vir o resto, ou se por acaso aceita de vontade própria a entrada do Neoliberalismo na Europa e no nosso País. Ou, ao pertencer à moderna classe política, sem grande capacidade e sem ideologia, renegou a Social Democracia para se converter ao Neoliberalismo, aceitando por isso a expansão e domínio do mercado, e a limitação da Democracia.
A Alemanha vai ser para a Europa o que os Estados Unidos foram para a América Latina. Os países centro americanos e sul americanos, quase todos têm presentemente governos que governam na mesma linha dos Sociais Democratas e Socialistas Democráticos europeus do pós II Guerra Mundial, devido a isso começaram a ter um grande incremento económico e justiça social, mas para chegar onde chegaram tiveram que se ver livres dos Estados Unidos e do FMI. Os países do Sul da Europa e do Leste, para a sua recuperação económica e voltarem a ter políticas sociais, terão que se ver livres da Alemanha, já que esta domina tudo e até já se opõe ao FMI, dizendo que na sua «Quinta» manda ela.
Não quero com isto dizer que não haja uma União Europeia onde a solidariedade e a igualdade entre estados seja lei. Não aceito uma UE vertical comandada pela Alemanha.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
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