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O almoço anual em Lisboa de convívio e divulgação da Confraria do Bucho Raiano realiza-se no sábado, 7 de Novembro, a partir do meio-dia no palacete da Cooperativa Militar situado na Rua de São José, n.º 24, junto aos Restauradores. As marcações para o almoço – confrades (20 euros) e não confrades (25 euros) – encerram no dia 31 de Outubro. (actualização.)
Os confrades do bucho raiano vão reunir-se em Lisboa para o almoço anual da Confraria do Bucho Raiano.
O encontro está marcado para o dia 7 de Novembro no edifício da Cooperativa Militar aos Restauradores. Os dois palácios do conde de Magalhães e um jardim classificados com monumento nacional datam do século XVIII e pertenceram ao Barão de Orta, nobre espanhol cujo brasão em alvenaria decora a parede interior sobranceira à escadaria principal.
O imóvel foi adquirido pelo Ministério da Guerra em 1948 à Marquesa de Santa Cruz dos Manuelles, filha e herdeira do conde de Magalhães. A entrada faz-se por uma porta monumental em arco de volta inteira e conducente através de rampa abobadada ao pátio rectangular interior. O Palácio da Ordem Soberana de Malta cuja cruz ainda hoje ornamenta a fachada principal foi construído no século XIX e foi também utilizado pela Governo Militar de Lisboa. Ambos os palácios foram utilizados pela Cooperativa Militar até 26 de Outubro de 1998 até serem transferidos para o IASFA passando a fazer parte do património do Ministério da Defesa Nacional.
O encontro acontece no primeiro sábado de Novembro respeitando a regra dos dois almoços anuais da Confraria do Bucho Raiano que define uma reunião em Lisboa antes do final do ano e outra no Sabugal no domingo gordo (Carnaval), dia em que tradicionalmente as famílias mais chegadas se juntavam para comer o bucho.
A ementa será constituída por enchidos, seguidos do bucho, que virá à mesa acompanhado por batatas e grelos de nabo cozidos, em absoluto respeito pela tradição gastronómica raiana. Os produtos para o almoço da Confraria do Bucho Raiano serão fornecidos pelo talho certificado de produtos raianos do Adérito da Rebolosa.
O bucho é a peça de enchido mais genuína das terras raianas do centro de Portugal. Manda a tradição que após a matança do porco se juntem num barranhão pedaços de carne provindos da cabeça, orelhas e rabo, de mistura com a carne que restou agarrada aos ossos. Coloca-se essa carne em vinha d’alhos durante três dias, após o que se enchem as bexigas dos próprios porcos, indo para o fumeiro a fim de aí secarem com o calor provindo da lareira.
Dar a conhecer o bucho e contribuir para que se transforme numa oportunidade económica para a região raiana é o objectivo da Confraria do Bucho Raiano que organiza em Novembro o seu segundo encontro de 2009.
A iniciativa tem como mordomo o confrade José Morgado Carvalho e as marcações podem ser feitas até ao dia 31 de Outubro de 2009 para:
Telemóveis: 965 869 121 e 961 431 889.
Email: confrariabuchoraiano@gmail.com
Preços: Confrades (20 euros) – Não Confrades (25 euros).
Cooperativa Militar – GPS: 38° 43′ 7.41″ N – 9° 8′ 32.81″ W
Confraria do Bucho Raiano: agraciada com louvor da Câmara Municipal do Sabugal. Aqui.
jcl
O rio Côa nasce na Serra das Mesas, no limite dos Fóios (Sabugal-Guarda), percorre 130 quilómetros até desaguar, na margem esquerda do rio Douro em Vila Nova de Foz Côa (Guarda), correndo de Sul para Norte. Não confundir o seu nome com outro rio português, o Alcôa, que nasce em Chiqueda (Alcobaça), e a sete quilómetros em Alcobaça, junta-se ao rio Baça, desaguando no mar, perto da Nazaré.
Mas ao longo dos tempos, nem sempre o seu nome e localização exacta da sua nascente eram correctamente referidos, havendo várias versões.
Quando D. Dinis, confirmou o Foral do Sabugal, como consequência do Tratado de Alcanizes, esse actos registrais, não se tornaram de um momento para o outro do domínio público, pois o povo nas suas igrejas matrizes continuavam a ouvir párocos que dependiam do bispo de Ciudad Rodrigo a cuja jurisdição continuavam a pertencer, até aos princípios do Século XV.
As populações locais por onde o Côa passa só sabiam que a «rebera», como era conhecido o Côa, vem dali e corre para acolá e não um curso de água com principio, meio e fim. «Reberas», muitas, cada aldeia tinha a sua.Só os letrados, eventualmente, conheciam o percurso na generalidade. Para a cultura popular era a «rebera» de Vale de Espinho, «rebera» de Quadrazais, a «rebera» do Sabugal e por aí em diante até á foz, conhecendo assim só fragmentos do rio que correspondiam ao leito do rio, que passava no seu limite.
Os nomes relativos aos cursos de água eram do género feminino e ainda hoje na língua francesa esse arcaísmo persiste, pois o rio Sena, para eles ainda é a Sena.
Por outro lado, dizer «rio Côa ou ribeira Côa» é uma redundância, porque é o mesmo que dizer «ribeira-ribeira», pois «coda» ou Côa, já significa ribeira, caudal e os romanos chamavam-lhe «cuda».
Actualmente é inquestionável dizer rio Côa, mas é repetitivo, pois Côa continua a significar ribeira ou caudal.
O rio Côa, no decurso dos tempos, serviu de «fosso» entre ribacudanos (os da margem direita) e os transcudanos (os da margem esquerda), nos períodos tribais e através da Reconquista, serviu de Raia, entre o Reino Leonês e o Reino de Portugal e finalmente de «fosso» também ao Castelo de Sabugal.
Relativamente á nascente do Côa, alguns geógrafos civis e militares, como Duarte Nunes de Leão e Bernardo de Brito, colocam a sua nascente, junto de Alfaiates e António Brandão e outros eruditos, ao definirem o território de Riba-Cõa, escrevem: «Uma língua de terra de quinze léguas de comprido e de largo quatro, aonde tem mais largura.Está lançada de norte a sul, e cingida da parte de Portugal com o rio Côa, que tendo um nascimento na serra da Xalma, que é uma parte da serra da Gata, faz uma entrada em Portugal, pelos lugares de Fologozinho (erro:quereria dizer, talvez Fojinho), Vale de Espinho e Quadrazais, donde se avizinha de Sabugal, primeira vila acastelada desta comarca».
Num manuscrito de Brás Garcia de Mascarenhas, ilustre escritor e militar: «O Côa desce pelos lugares de Foginho, Vale de Espinho, Quadrazais e Sabugal, que lhe fica a leste» No Século XVII, Fóios era vulgarmente conhecido por Fojinhos e situa-se com rigor a nascente do Côa na Nave Molhada (no Lameiro dos Lourenços ou Curral das Moreiras) e na sua vertente portuguesa. (Continua.)
«Terras entre Côa e Raia», opinião de José Morgado
morgadio46@gmail.com
A Associação Raiar de Aldeia do Bispo organiza no dia 11 de Novembro na região de Paris o «Magusto da Raia».
A Raiar – Associação de Aldeia do Bispo – tem organizado diversos eventos, em terras de França e em Aldeia do Bispo, nomeadamente convívios anuais, exposição e debate sobre as origens de Aldeia do Bispo e terras de Riba-Côa na região de Paris, a instalação de uma mesa de orientação no Malhão, a criação e organização de percursos pedestres – a rota do Malhão, já terminada, sinalizada e em fase de certificação pelos organismos correspondentes –, e a limpeza e revalorização de espaços públicos em Aldeia do Bispo.
A Raiar vai, este ano, organizar aquilo a que chamou «Magusto da Raia» na região de Paris. O objectivo principal é reunir à volta das castanhas e do São Martinho, o maior número possivel de arraianos e amigos da Raia Sabugalense e reforçar através desta tradição, a amizade que sempre reinou entre as diferentes aldeias.
O programa «oferece» uma tarde alegre e divertida para rever amigos e como o local proporciona isso mesmo, um grande «Torneio de Petanque».
O encontro está marcado para dia 11 de Novembro, a partir das 14.00 horas, no Boulodrome de la ville de Paris, Stade Léo Lagrange, Rue des Fortifications, PARIS 12ème.
O lema da festa raiana é: Vem e diverte-te. Traz um arraiano contigo.
Um abraço desde Paris.
«Um lagarteiro em Paris», opinião de Paulo Adão
paulo.adao@free.fr
Os relógios vão atrasar 60 minutos na madrugada deste domingo, dia 25 de Outubro, altura em que entra em vigor a chamada «Hora de Inverno».
A mudança, em Portugal Continental e na Madeira, ocorre à 01.00 hora de domingo, altura em que os relógios deverão atrasar uma hora, passando para as 00.00 horas. A mudança da hora deve-se a uma directiva comunitária que determina que os países da União Europeia devem entrar na hora de Verão no último domingo de Março e adoptar a hora de Inverno no último domingo de Outubro, independentemente do fuso horário em que se encontrem.
A hora mundial exacta é estabelecida pelo Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), em Sèvres, nos arredores de Paris, França, onde é realizada a escala de tempo para uso geral internacional, através dos seguintes dois elementos essenciais: a realização da unidade de tempo (o segundo) e a manutenção de uma referência contínua temporal. Esta referência contínua é o Tempo Atómico Internacional (TAI) que é calculado no BIPM utilizando dados provenientes de mais de 200 relógios atómicos de mais de 50 países.
A estabilidade de longo-prazo do TAI é assegurada por uma judiciosa pesagem da participação dessas duas centenas de relógios e a escala é mantida tão próxima quanto possível da unidade «segundo» mantida pelos melhores relógios primários de césio de alguns laboratórios nacionais.
O TAI é uma escala estável e uniforme que é isenta das irregularidades da rotação da Terra. Para uso público e prático foi criada a escala UTC (Tempo Universal Coordenado) que é idêntica ao TAI, salvo uma pequena correcção de um «leap second», de tempos a tempos (em regra, no final de cada ano), em função das referidas irregularidades e que é determinada pelo IERS – Serviço Internacional da Rotação da Terra.
Página na Internet da BIPM. Aqui.
Página na Internet com a «Hora do Mundo». Aqui.
jcl
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