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Já muito se escreveu neste blogue, sobre a candidatura da arte de lidar o touro, característica única das terras arraianas do Riba-Côa a património Imaterial.
Segundo Luís Marques, director regional de Cultura de Lisboa, deveria ser criado para o Património Imaterial, um Instituto como existe para o património construído.
Há por todo o País uma série de manifestações e práticas culturais que vão de canções de trabalho, a procissões, de fórmulas mágicas a cantos de desafio e outras manifestações culturais, que merecem ser inventariadas e registadas, como a gíria quadrazenha e a Capeia Arraiana.
Para Manuel Maria Carrilho, embaixador de Portugal na Unesco, deve-se garantir a protecção de práticas que estejam ameaçadas de desaparecimento.
Desde Agosto de 2008 que em Portugal, existe um regime jurídico, para a protecção deste tipo de património, conforme Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial.
Assim, qualquer grupo, associação, município ou outra entidade pode candidatar uma «prática, representação, expressão, conhecimento e aptidão, tais como os instrumentos, objectos, artefactos e espaços culturais que lhes estão associados».
Para tal é preciso haver registos e documentação e uma aposta politica clara dos intervenientes.
Deixo aqui este pequeno apontamento, para relembrar, aos que tiveram a ideia, que a não a devem deixar morrer à nascença.
Pior que perder ou não conseguir é não tentar.
«Terras entre Côa e Raia», opinião de José Morgado
morgadio46@gmail.com
Segundo as estatísticas do Instituto Nacional de Estatística INE), a população do Sabugal decresceu 21,7 por cento, entre os anos 1991 e 2008, sendo um dos concelhos do distrito onde o fenómeno da desertificação se faz sentir mais.
Maior percentagem de decréscimo populacional do que o Sabugal, apenas a apresentam os concelhos de Almeida (-30,3), Mêda (-23,1) e Pinhel (-22,5).
A Guarda é o único concelho do distrito cuja população tem vindo a crescer desde 1991. Todos os restantes municípios perderam habitantes, sendo Almeida o caso mais dramático.
Este cenário de despovoamento nos últimos 17 anos, apenas é evitado pelo próprio concelho da sede do distrito, que no período compreendido entre 1991 e 2008 regista um crescimento de 14,7 por cento da sua população. Nos restantes municípios a população decresceu, o que acentua a tendência de desertificação humana, que é de resto considerado um dos maiores problemas estruturais da região.
A cidade da Guarda, mau grado o seu dinamismo, pois é a cidade da Beira Interior que mais cresce, não é o único destino dos habitantes dos restantes concelhos do distrito. De facto a capacidade de absorção da Guarda é muito limitada, pelo que a maior parte da população parece procurar destinos mais longínquos, como as cidades do Litoral do País, ou mesmo o estrangeiro.
Em 2011ocorrerá um novo censo da população portuguesa, a fim de se avaliar com rigor a situação, tendo já o INE em curso a preparação dessa operação censitária.
plb
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