A proposta apresentada pelos vereadores do Partido Socialista para que fossem alterados os estatutos da Sabugal+ tornando-a numa «empresa local de gestão de serviços de interesse geral», evitando a sua dissolução, foi rejeitada pelo executivo municipal na reunião do dia 10 de Outubro.

A ideia dos vereadores do PS era, com base na sua interpretação da nova lei que regula o sector empresarial local, colocar a Sabugal+ a prestar serviços de interesse municipal nas áreas da «educação, acção social, cultura, saúde e desporto», enquadrando-a nos parâmetros agora impostos às empresas do sector local. Porém quer o presidente da Câmara quer o vereador Joaquim Ricardo consideraram essa solução inviável, rejeitando-a. Face ao facto, a empresa municipal irá ser dissolvida até ao dia 3 de Março de 2013, conforme a lei impõe.
O vereador independente, eleito pelo MPT, Joaquim Ricardo, defende que face à inviabilidade da empresa, à luz dos critérios definidos pela nova lei, a mesma terá de ser pura e simplesmente extinta. O vereador apresentou ainda uma longa proposta, na qual defende a «internalização» ou «integração» dos serviços até aqui prestados pela Sabugal+ em «serviços municipalizados» a criar. Quanto aos trabalhadores da empresa, defende que passem a exercer a sua actual actividade nas novas entidades, conforme prevê o diploma legal, salvaguardando-se por esta via os seus «inalienáveis direitos adquiridos». A proposta do vereador, por ser demasiado extensa, na opinião dos restantes membros do executivo, ficou pendente para melhor análise, sendo votada na próxima reunião da Câmara.
Entretanto Joaquim Ricardo recorreu ao Facebook para tornar pública a sua ideia, defendendo que é a que «melhor defende os justos interesses dos actuais trabalhadores da Sabugal+ e aquela que permite um melhor aproveitamento de todos os recursos humanos disponíveis na autarquia». O vereador acaba a sua mensagem na rede social com um apelo: «aos meus amigos peço-lhes uma opinião, ajudando-me a tomar a melhor decisão!»
Por sua vez o presidente António Robalo e os demais vereadores do PSD não apresentaram ainda qualquer proposta, mas defendem que, face à lei, a mesma terá de desaparecer, podendo surgir depois uma outra, enquadrada nos parâmetros que a nova lei impõe. Recorrendo igualmente ao Facebook, António Robalo critica fortemente as opções políticas dos adversários nesta matéria e aponta o caminho que quer trilhar: «Claro que vamos ter empresa local! Claro que vamos ter que cumprir a lei! Claro que se deve respeitar quem trabalha! Claro que se deve ter tino e contenção na língua e vocabulário! Quando não se cuida a conduta e não se tem vida própria, quando se é marioneta de feira qual autómato sujeito á vontade alheia, tem-se como destino…”o ridículo papel de representar a peça que não se queria” »
plb

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