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Jogou-se no dia 13 de Fevereiro, no Pavilhão Municipal do Sabugal, a 15.ª jornada do Campeonato Distrital de Futsal, entre a equipa da Rapoula do Côa e a formação das Lameirinhas. Quase no final um golo amargo da equipa visitante empatou a partida a três bolas.
Embora qualquer uma das equipas pudesse ganhar, a equipa da Rapoula do Côa, era a favorita, uma vez que jogava em casa perante o seu público.
O jogou começou equilibrado, com a equipa das Lameirinhas a ter mais posse de bola e apostar em jogadas de laboratório, mas sempre sem sucesso, pois a equipa da casa, estava bastante coesa em termos defensivos.
Por sua vez, a Rapoula do Côa, praticava um jogo mais simples e objectivo e contudo mais eficaz! Adianta-se no marcador por intermédio de Zé Cunha (1-0) e mais tarde João Luís aumenta a vantagem para 2-0.
Estava melhor a equipa sabugalense, criando várias situações de finalização, que não resultaram em golos, dada a inspiração do guarda-redes visitante e em determinadas situações a falta de pontaria dos atletas locais!
A vantagem verificada ao intervalo, penalizava de alguma forma a equipa da Rapoula do Côa, tendo em conta as situações de golo criadas ao longo da primeira parte.
Para a segunda parte, entrou melhor a equipa das Lameirinhas, mais pressionante e determinada. Neste período, onde foi superior, consegue fazer dois golos em pouco tempo e igualando a partida.
A reacção aos golos sofridos por parte da equipa da Rapoula do Côa foi pronta, equilibrando de novo o jogo, o que permitiu «sacudir» a pressão realizada pela equipa visitante.
O perigo rondava as duas balizas, e com mais ou menos dificuldades as equipas iam adiando os golos.
Numa jogada de insistência, Hugo Fernandes marca o terceiro golo para a equipa da Rapoula do Côa, colocando o resultado em 3-2! Quando se prévia ser este o resultado final, a equipa visitante chega ao golo do empate, a segundos do fim!
Foi mais um jogo em que a equipa da Rapoula do Côa, não consegue segurar a vantagem e mais um, em que perde pontos nos minutos finais da partida.
Próxima jornada (17 de Fevereiro, 21.30 horas, Pavilhão Sabugal): Rapoula do Côa-Manteigas.
Marco Capela
O guarda-redes do Ebbsfleet, Preston Edwards, equipa dos campeonatos regionais ingleses, protagonizou uma das expulsões mais rápidas da história do futebol. Viu o cartão vermelho directo quando estavam cumpridos… dez segundos de jogo. Preston saiu furioso do campo.
jcl
Manuel Leal Freire nasceu na freguesia da Bismula, concelho do Sabugal. Viveu grande parte da adolescência nas Batocas (Raia sabugalense) onde o seu pai era guarda-fiscal. Actualmente reside no Porto, onde tem um escritório de advogados, e em Gouveia, onde tem uma quinta. Aos 83 anos mantém uma memória impressionante e surpreende quem não o conhece por fazer discursos sem papel e em verso. Envolvido em causas culturais e sociais, Manuel Leal Freire é o grão-mestre da Confraria do Queijo Serra da Estrela e mantém uma permanente actividade literária, publicando livros e colaborando em diversos meios de comunicação social. Um vulto com lugar na história cultural e literária das terras raianas e do concelho do Sabugal.
A CEIA DO LAVRADOR
Deram os sinos trindades
Por sobre as casas da aldeia
Toques de suavidades
Que prenunciam a ceia
Mas mesmo que ande de zorros
O lavrador, que é bom pai,
A ver se a ceia é pra todos
Não manda, que ele proprio vai.
Começa a sua inspecçáo
Plas vacas, gado mais nobre
Também cabonde ração
Prás cabras, vacas dos pobres.
Á égua, luxo da casa,
Á burra, sua cestinha,
Mangedora a feno rasa
Mais até do que convinha.
Pois na pia do cevado,
Que só pra comer nasceu,
É o farelo um pecado,
De fartura brada ao céu.
O gado de bico dorme
Ao fusco se regalara
Os cães aguardam que enforme
O caldo que nutre e sara
Aos animais sem razão
Aconchego já não falta
A seguir vem o pregão
Chamando pra mesa a malta.
Filhos, netos, jornaleiros
O conhecem e de cor
Mendigos e passageiros
Também cabem em redor.
Na mesa, que é um altarzinho
Que branca toalha cobre
Não falta caldo nem vinho
Nem pão. Regalo do pobre.
Vem á ceia as courelas
Cada uma traz seus mimos
Dá o quintal bagatelas
A veiga fartos arrimos
Das bouças vêm canhotos
Que um bento calor evolam
E até os manigotos
Mandam cheiros que consolam
Vinhedos, chões e vergéis
Primasias se disputam…
Nem as rochas são revéis
Em dura freima labutam.
As do monte mandam coelhos
As da ribeira bordalos
Pirilampos são espelhos
A cegarrega é dos ralos.
As Almas Santas dos Céus
Também descem para a mesa
A noite, negra de breu,
Resplandesce com a reza.
E quando acaba a litânia
A prece que ceia encerra
Manda pra longe a cizânia
A paz reina sobre a Terra,
Dia um da criação
A quantos na tasca estão.
Manuel Leal Freire
Apresentamos uma peça teatral em três actos, da autoria de João Valente, cuja cena se passa no Sabugal, no tempo d’El-Rei D. Dinis. Leia o Prólogo e clique no link para ler o resto da peça.
Prólogo (Apresentação)
Era a Semana da Paixão de 1296, pela tarde. hora das vésperas, e pela rua direita, a mais movimentada e formosa da terra, que atravessa o velho casario da judiaria, a multidão circulava, apertada, por entre as tendas que se estendiam até ao largo, onde se realizava a feira franca.
O reboliço desacostumado, de povo comprando e vendendo, fervilhava no largo fronteiro à velha matriz da Senhora do Castelo, para onde se debruçava o castelo, na posse dos leoneses, a infanta viúva D. Maria, e seu filho adolescente, D. Sancho de Ledesma, senhores daquelas terras em redor.
El-rei D. Dinis, intervindo, aliado a D. Maria e Sancho de Ledesma, na sucessão dinástica de Leão, a favor do Infante D. João, entrara no país vizinho até Tordesilhas, de onde retirava contrariado, depois de as partes, à sua revelia, se comporem, e D. João reconhecer o sobrinho, D. Fernando, como rei de Leão.
D. Dinis, regressava à frente da sua hoste armada, fazendo ressoar pelos becos e encruzilhadas um tropear de passadas e cascos, um sussurro de vozes vagas, que indicavam ser inesperado, agitado e contrariado aquele regresso.
E assim foi, com efeito, como o ouvinte poderá averiguar por seus próprios olhos e ouvidos, se, manso e disfarçado quiser misturrar-se naquela turba de povo, que no largo do vetusto castelo, deambula entre as tendas da feira, ou assiste ao teatro religioso no adro da Senhora do Castelo. umas vinte casas acima da torre das portas da cidadela…
Para ler a peça completa. Aqui.
João Valente
A Câmara Municipal do Sabugal decidiu contrair um empréstimo bancário de curto prazo, no valor de um milhão de euros, para fazer frente a dificuldades de tesouraria, o que não mereceu a concordância de todos os vereadores.
A proposta apresentada na última reunião do executivo, acontecida a 2 de Fevereiro, enquadra-se na possibilidade legal dos Municípios recorrerem a empréstimos bancários com maturidade até um ano, para fazer face a dificuldades pontuais de tesouraria. Segundo os critérios legais aplicáveis o Município do Sabugal pode recorrer a esta via de financiamento, sendo o limite máximo de pouco mais que um milhão e 100 mil euros.
Os problemas de tesouraria que a Câmara está a sentir ditaram o recurso a este crédito bancário. O empréstimo tem que ser todavia amortizado no prazo de um ano após a sua contratação.
A proposta foi aprovada por maioria, com a votação favorável do presidente e vereadores do PSD e do MPT, votando contra os vereadores do PS, que fizeram a seguinte declaração de voto: «Votamos contra porque em nosso entender o empréstimo a curto prazo demonstra falta de gestão cuidada e prudente. A Câmara Municipal deve ser gerida com os dinheiros que recebe, por forma a evitar o recurso ao empréstimo».
Esta decisão marca apenas o início do procedimento, porquanto a decisão definitiva tem de ser tomada pela Assembleia Municipal, sendo ainda obrigatória a fiscalização prévia do Tribunal de Contas.
plb
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