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A Câmara Municipal de Penamacor chamou a si a exposição fotográfica «Terra de Linces», uma organização da Associação Iberlinx (que o município de Penamacor integra), em parceria com a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, Águas do Algarve, Junta de Andalucia, Ayuntamento de Valencia del Mombuey e ICNB.
A mostra, que irá estar patente no Museu Municipal entre 15 de Fevereiro até 20 de Abril, visa tornar presente a difícil situação do felino mais ameaçado do mundo, criar um sentimento de urgência nas populações relativamente à preservação da biodiversidade e, particularmente, estimular um clima favorável à reintrodução do lince ibérico na região.
Desde a sua inauguração em Lisboa, em Maio do ano passado, «Terra de Linces» já passou pelo Porto, Silves e Sevilha, de onde veio directamente para Penamacor.
A exposição
Os animais não posam nem marcam entrevistas. São muitas vezes apenas vislumbrados no meandro de um rio, numa clareira, na orla de um bosque, ou então observados de muito longe, sem que o pressintam.
A imagem traz-nos a natureza que amamos. Aqui, pela arte e engenho do fotógrafo, somos levados a conhecer, de modo íntimo, o lince-ibérico e o seu habitat.
A terra de linces é a nossa terra, o local que temos de partilhar. Esta exposição leva-nos a reflectir sobre o que está mal e sobre o que é necessário fazer para conseguirmos trazer o lince de volta à nossa região e assegurar-lhe um futuro entre nós. Futuro só possível pelo respeito que devemos à natureza e a esse admirável animal, que nos sentimos inclinados a amar, e que ainda é a espécie de felino mais ameaçada no mundo.
O fotógrafo
Andoni Canela é um fotógrafo profissional, de nacionalidade espanhola, especializado em fotografia de Natureza. Há mais de vinte anos que fotografa áreas naturais e temas relacionados com a biodiversidade no mundo.
Vencedor do Prémio Godo de Fotojornalismo, em 2009, por uma reportagem sobre o lobo-ibérico, o seu trabalho ilustra dezenas de reportagens da revista National Geographic, em diferentes edições publicadas em Espanha, Portugal, Itália e França. Possui igualmente trabalhos em publicações de prestígio como La Vanguardia, Geo, Altaïr, BBC Wildlife, Newsweek e The Sunday Times.
Por outro lado, a obra de Andoni Canela tem sido compilada em vários livros, traduzidos para diversos idiomas, e tem sido exibida em numerosas exposições. O seu último livro, «La Mirada Selvage», reúne fotos de mais de uma centena de animais selvagens fotografados em liberdade nos seus habitats ibéricos. Outros livros do autor a destacar são «El Oso Cantábrico», «Un viage soñado», «Éter, la esencia de los quatro elementos» e «Planeta Fútbol», publicado em Espanha, Portugal, França, Itália, Inglaterra e México.
Andoni desenvolveu parte da sua carreira profissional percorrendo os cinco continentes, por destinos como o Alasca, Austrália, Botswana, Madagáscar, Nova Zelândia, Sumatra, Polinésia, Amazónia ou Himalaias. Entre os últimos trabalhos realizados fora de Espanha destacam-se os que abordam as alterações climáticas no Ártico, que incluem reportagens sobre o retrocesso dos glaciares, o gelo marinho e os ursos polares.
aps (com Gabinete de Informação da C.M.Penamacor)
A Câmara Municipal de Penamacor chamou a si a exposição fotográfica «Terra de Linces», uma organização da Associação Iberlinx (que o município de Penamacor integra), em parceria com a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, Águas do Algarve, Junta de Andalucia, Ayuntamento de Valencia del Mombuey e ICNB.
aps
Confesso que não compreendo o frenesim que vai por aí por causa da canção «Parva que sou», dos Deolinda. Deve estar a ficar «bota-de-elástico», mas não penso que essa canção seja assim tão interessante ou, como o cronista sr. Ramiro Matos lhe chamou aqui no blogue, uma das grandes canções deste século que irá «mexer» com muita gente.
Acho os Deolinda um fenómeno de moda, que até poderá durar muitos anos, mas não terá, nunca o impacto de um José Afonso na sua importância, tanto musical como poética (analisando-o, apenas, no seu prisma de cantor de intervenção).
Embora seja do século passado, muitas das canções (de intervenção) do Zeca Afonso mantêm-se actuais e são, constantemente, recriadas por músicos das novas gerações.
Não estou a ver o José Afonso a escrever uma letra com os versos «Sou da geração sem remuneração e não me incomoda esta situação, porque isto está mal e vai continuar» ou «Sou da geração ‘vou-me queixar para quê’?», como está em «Parva que sou», uma vez que ele dizia, sempre, que as pessoas deviam lutar e «criar desassossego» e não resignarem-se, como me parece ser a interpretação da letra da canção dos Deolinda (mesmo que seja de uma forma irónica). Pessoalmente gostava mais de um grupo que a Ana Bacalhau (vocalista dos Deolinda) tinha antes, chamado Lupanar, que trazia propostas bastante mais inovadoras e criativas.
Descendo mais à terra, e sendo ainda mais «bota-de-elástico», anda por aí um tema de Paco Bandeira (com vídeo no youtube), que parece que nunca passa nas rádios, num estilo musical a imitar a chula, que também é de intervenção, e, quanto a mim retrata bem melhor a realidade portuguesa, destes tempos.
A sua letra reza o seguinte:
Viva Portugal do «deixa andar»
Viva o futebol cada vez mais
Viva a Liberdade, viva a impunidade
Dos aldrabões quejandos e que tais
Viva o Tribunal, viva o juiz
E paga o justo pelo pecador
Viva a incompetência, viva a arrogância
Viva Portugal no seu melhor
Viva a notícia, da chafurda social
De que o Povo tanto gosta
Espectáculo da devassa Refrão
Viva o delator sem fuça
É a morte do artista
Viva a «petineira» do «show-off»
Dos apresentadores de televisão
Viva a voz do tacho
De quem vem de baixo, do chefe do ministro ou do patrão
E viva a vilanagem financeira
E a licenciatura virtual
Viva a corretagem, viva a roubalheira
Viva a edição do «Tal & Qual»
E viva a inveja nacional
Viva o fausto, viva a exibição
Da dívida calada, que hoje não se paga
Mas amanhã os outros pagarão
Viva a moda, viva o Carnaval
Como uma ilusão, larilolé
Viva a tatuagem, brinco à «bebunagem»
Que vai na Internet e na TV
Calem-se o Cravinho e o bastonário
O Medina, o Neto e sempre o Zé
Viva o foguetório, conto do vigário
Que dá p’ra Aeroporto e TGV
Viva o mundo da publicidade
O «share» ou não «share» eis a questão
O esperto da sondagem, o assessor de imagem
Viva o fazedor de opinião.
«Política, Políticas…», opinião de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
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