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Realiza-se esta semana, na Guarda, o Ciclo Manuel Poppe, pelo qual a Câmara Municipal homenageia um escritor que ali viveu os verdes anos e que nunca esqueceu essa sua terra de adopção.
Exposição, colóquio, peça de teatro, recital de poesia, encontros temáticos, são algumas das actividades que integram o programa do «ciclo» em que se celebra Manuel Poppe e a sua obra literária.
As actividades do ciclo começam hoje, segunda-feira, com uma oficina pedagógica para os alunos das escolas do 1º e 2º ciclos, que se prolongará até ao dia 25. Na terça-feira é a vez de uma conversa com o homenageado, no café-concerto do Teatro Municipal da Guarda (TMG), onde também será apresentado o seu livro «A Acácia Vermelha».
Na quarta-feira será representada a peça de teatro «A Acácia Vermelha», baseada no livro apresentado no dia anterior. Será também inaugurada, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, uma exposição intitulada «Manuel Poppe: os trabalhos e os dias», que estará patente ao público até 18 de Março.
Outra iniciativa é um colóquio, onde dois professores universitários falarão da obra literária de Manuel Poppe. Outra actividade prevista é o recital de poesia, que acontecerá no último dia do ciclo, no café-concerto do TMG. Américo Rodrigues, Albino Bárbara, Filipa Teixeira, entre outros, declamarão poemas, cabendo a Victor Afonso a animação musical.
Manuel Poppe passou a adolescência na Guarda, cidade para onde os pais o enviaram a conselho médico, pois sofria de tuberculose. Ali estudou e fez amigos, dentre os quais o sabugalense Pinharanda Gomes, que tal como ele vivia e estudava na cidade. A Guarda ficou-lhe para sempre no coração e na memória, dedicando-lhe uma boa parte dos seus textos.
Foi conselheiro cultural em diversas embaixadas de Portugal e manteve uma permanente actividade literária, publicando livros e assinando artigos em diversos jornais e revistas.
plb
Continua a luta dos anti-políticos. Agora circula pela Internet um e-mail convocando as pessoas para uma manifestação que querem que reúna um milhão de pessoas em Lisboa, pela demissão da classe política portuguesa.
Já recebi várias vezes e não passei nem passarei a nenhum dos meus contactos. Tenho a certeza que quem anda a enviar estes e-mails são aqueles que se sentem arrependidos pelo seu voto nas eleições. Não é o meu caso. Nunca me arrependi de nenhuma das escolhas que fiz em eleições, logo não tenho que querer a demissão da classe política. Se essa classe política é incompetente será por culpa dos que votaram neles e não por culpa minha.
Sei, também, que estes hipotéticos protestos têm bastante eco junto dos nostálgicos do antigo regime, que gostam muito destas coisas. Ao dizer-se mal da classe política (como eles lhe chamam) está, indirectamente, a dizer-se bem do regime salazarista onde ninguém era político (segundo eles dizem). Mas aqui é bom que se diga aos nostálgicos que Salazar foi eleito deputado, no tempo da I República, pelo círculo eleitoral de Guimarães, integrado numa lista de católicos, quando ele era natural de Santa Comba Dão e estudou em Coimbra, nada tendo a ver com a cidade-berço. Disto, no entanto, eles não falam.
Aliás, eu próprio me considero um político (e faço gala de o ser), pelo que não seria lógico eu contribuir para esse «peditório». Bem sei que os que enviam estes e-mails são aqueles que se dizem não políticos e andam nos cafés a discutir a «bola». Não é, também, o meu caso. Discussões de «bola» passam-me ao lado.
Claro que aparecem logo, também, aqueles que acham que não se sentem representados pelo deputado x ou y e queriam ser eles a escolher o deputado. Não me interessa isso, interessam-me as políticas que os deputados defendem. Para mim escolher entre o deputado x ou y do PSD ou o deputado x ou y do PS era igual ao litro. Ainda esta semana os deputados do PS e os do PSD dançaram o tango na Assembleia da República, votando contra um projecto-lei do CDS sobre os vencimentos dos gestores públicos visando limitar as suas remunerações, ou seja obrigando-os a, também eles, pagarem a crise. Ou só os outros é que têm que pagar a crise? A favor só votaram o BE e o PCP, por entre acusações do «Bloco Central» de demagogia e populismo (claro!!!).
Frank Zappa, um músico norte-americano de Pop/Rock, falecido em 1993, que chegou a ter intenções de se candidatar a Presidente dos Estados Unidos, nunca negou que era um político. Chegou a incentivar os seus fãs a registarem-se para votar e, inclusivamente, colocou cabines para registo de eleitor nos seus concertos.
Não deixa de ser irónico ler o que dizia ele em 1973: «É urgente usufruir o máximo desta sociedade, baseada num governo democrático, interessado, realmente, na vontade popular. Na minha opinião, falar-se, hoje em dia, em democracia é arriscar uma resposta irónica. Porque as pessoas que afirmam governar democraticamente perderam todo o sentido com o Povo que representam. Por outro lado, aparecem várias pessoas que não compõem o Governo, que apostam na defesa de determinadas coisas vistas sob um prisma pessoal e que significam proveito próprio. Esses intrusos deviam ser afastados da [órbita] do Governo, já que o que elas pretendem nada significa para o Povo. Porém a influência dessas pessoas é notória e pesam muito nas decisões governamentais. É uma situação lamentável.»
Estas afirmações proferidas em 1973 descrevem, quanto a mim, a situação vivida em Portugal, actualmente. O que, realmente, está a mais são as pessoas que andam na órbita dos Governos, que não foram eleitas nem mandatadas por ninguém (como muito bem escreve nas suas crónicas o António Emídio) e que conseguem influenciar, sempre, em proveito próprio, as decisões governamentais.
Note-se, também, que estas afirmações de Frank Zappa foram produzidas antes da Revolução do 25 de Abril de 1974, quando o Povo português teve hipóteses de fazer História. Foi, aliás, a única vez que teve essa hipótese no século XX. Não aproveitou a oportunidade porque a primeira coisa que fez foi escolher o regime político que, agora, temos, onde os tais da órbita do Governo (digamos o poder económico) influenciam para que as políticas sejam a seu favor. Do que se queixam, afinal, esses portugueses? Não têm o que queriam?
«Política, Políticas…», opinião de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
Na 17.ª jornada do Campeonato Distrital da Associação de Futebol da Guarda, o Sporting Clube do Sabugal recebeu e venceu o Sporting Clube de Vilar Formoso por duas bolas a uma, continuando assim imbatível no que toca a jogos em casa.
Oito jogos no Municipal do Sabugal corresponderam a outras tantas vitórias na presente época. A assistir à vitória deste domingo esteve nas bancadas do Municipal do Sabugal um bom número de espectadores.
No terreno de jogo o técnico do S.C. Sabugal, Marco Capela, fez alinhar o seguinte onze: Fred (1), Isidro (2), Janela (3), Carvalhinho (4), Tó Zé (5), Sérgio (6), Ricardito (7), Jorgito (8), Tiago Dias (9), Nuno (10) e Pereira (11).
Na primeira parte do encontro teve lugar um golo, para a equipa da casa. Foi o camisola 8, Jorgito, a provocar a primeira «explosão» de alegria da tarde no público. Quanto à equipa forasteira apenas chegou com algum perigo à baliza, à guarda de Fred, por duas vezes na primeira parte, através de dois livres, em que num a bola embateu na barra e no segundo obrigou Fred a uma boa defesa.
Na segunda parte, mais dois golos, um para cada das equipas. Primeiro para o Sabugal, por intermédio de Ricardito, na conversão de uma grande penalidade, e o segundo para a equipa forasteira. E assim ficou o resultado, em 2-1, o que permitiu ao SC Sabugal a permanência no segundo lugar da tabela classificativa a um ponto do primeiro classificado, o SC Meda, que venceu o ADC Soito por 4 a 0.
Nas camadas jovens, folgou a equipa de Juniores, por desistência da UD Pinhelenses, mas ainda assim continua na liderança do respectivo campeonato, à semelhança dos da equipa de Juvenis.
Após esta jornada também a equipa de Iniciados lidera o seu campeonato, ao ter vencido o conjunto da Guarda Unida, até então no primeiro lugar.
Ainda dentro das vitórias, a equipa de Infantis venceu o «derby raiano», goleando o ACDSoito.
Cláudia Janela
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