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A bolsa de valores e o sistema bancário têm como finalidade subtrair as pequenas poupanças às classes médias. Nos países ocidentais, União Europeia e Estados Unidos, estão subtraindo os enormes fundos de pensões através de depósitos bancários e privatizações.
Esta economia capitalista neoliberal necessita de dinheiro, mais dinheiro, para gerar mais dinheiro, tem que se expandir constantemente, esquecendo-se que os limites do planeta não lhe permitem esse crescimento eterno descontrolado. Nos últimos anos foi através do desenvolvimento imobiliário e da urbanização de grandes espaços nas cidades. Foi assim que as classes médias se endividaram para comprarem habitação, e são estas classes que fazem com que o sistema siga funcionando. A expansão e especulação imobiliária provocaram em muitos países um crescimento económico de três por cento.
Os empréstimos bancários vieram substituir os salários decentes, é propositadamente que os salários não têm aumentado significativamente nos últimos anos. Há uma dependência cada vez maior em relação aos bancos por parte das classes médias.
E agora que surgiu esta crise financeira, que vai fazer o grande capital? Vai procurar outros espaços de negócio, talvez a especulação alimentar, controlo da produção mundial dos alimentos. Em muitos países da União Europeia, entre eles Portugal, prevê-se um aumento significativo de médias e grandes superfícies. Estarão as coisas relacionadas umas com as outras, ou é só para debelar a crise através do consumismo? O tempo o dirá. O grande capital também queria, e penso que ainda quer, especular com o petróleo, para isso necessitava e necessita de uma guerra com o Irão, para fazer subir o preço do petróleo astronomicamente, nada se interessando com a morte de inocentes.
Sou um pessimista, como me chama muita gente, mas eu não tenho culpa de que a realidade seja o que é. As únicas pessoas interessadas em mudar este mundo são os pessimistas, porque os optimistas estão maravilhados com o que existe. Mas se o leitor(a) não quiser ser optimista nem pessimista, seja pelo menos realista.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
A Associação Pró-Raia-Associação de Desenvolvimento da Raia Centro foi reconhecida como Grupo de Acção Local (GAL) pelo PRODER-Programa de Desenvolvimento Rural do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
O portal do PRODER destaca os Grupos de Acção Local (GAL) reconhecidos para implementar as estratégias locais de desenvolvimento.
No âmbito do concurso para o reconhecimento dos Grupos de Acção Local (GAL) e para a aprovação das Estratégias Locais de Desenvolvimento (ELD), a Gestora do PRODER aprovou, em 31 de Outubro de 2008, ouvida a Autoridade de Gestão do PRODER, a lista com a classificação final.
No total de 48 candidaturas apresentadas, foram aprovadas 44, sendo que as restantes quatro dizem respeito a territórios que apresentam sobreposições parciais, pelo que irão ser analisadas no segundo concurso.
Os GAL, agora reconhecidos, são os responsáveis pela implementação das medidas do Subprograma 3-Dinamização das Zonas Rurais, em cada um dos territórios de intervenção propostos.
Objectivamente os GAL actuam na preparação e implementação de uma Estratégia de Desenvolvimento Local dotando os parceiros dos instrumentos e competências necessárias à elaboração e dinamização de Estratégias de Desenvolvimento Local e à divulgação da Estratégia de Desenvolvimento Local junto do público alvo através de acções de informação e animação local.
Consulte a lista hierarquizada das candidaturas aprovadas aqui.
Ver artigo relacionado (Pró-Raia prevê criar 400 postos de trabalho) aqui.
Parabéns à Pró-Raia por mais um excelente reconhecimento.
jcl
Hoje, 11 de Novembro, é o dia de São Martinho, bispo de Tours e evangelizador de França. Na memória popular ficou conhecido o adágio: «No dia de São Martinho, vai à adega e prova o vinho».
Também é conhecido o provérbio «no dia de São Martinho prova o teu pipinho», que afinal é uma simples variante do primeiro. A sua ligação ao vinho decorre apenas da altura do ano em que o famoso bispo morreu, na data que ficou consagrada em sua memória. Depois da vindima, feita em Setembro ou no início de Outubro, o vinho ferve no lagar e depois nos pipos e nas cubas, sendo assim o dia de São Martinho, o apropriado para se fazerem as primeiras provas. Ao vinho novo juntam-se as castanhas assadas e assim se celebram os magustos, reunindo familiares e amigos. Este é portanto um tempo de convívio e de amizade.
São Martinho nasceu em Sabária da Panónia, na Hungria, no ano de 315. Com apenas 12 anos foi alistado pelo pai no exército romano, ficando muito conhecida a sua acção enquanto jovem oficial perante um pobre pedinte, a quem deu metade da sua capa para o cobrir do frio. Depois abandonou o exército, baptizou-se e viveu como eremita numa ilha ao largo da costa de França, aí fundando um mosteiro para uma comunidade religiosa que vivia em isolamento. Ordenado padre, foi depois nomeado bispo de Tours. Dedicou-se à evangelização, percorrendo a pé e a cavalo toda a sua diocese.
Hoje já poucos particulares têm lagares para a produção própria de vinho. Vão também rareando as adegas para aí se abrirem os espiches e se provar o vinho que ainda fermenta nos pipos. Os tempos são outros, mas o espírito e a tradição mantêm-se, realizando-se magustos e outros encontros de convívio e a jeropiga, são as bebidas eleitas.
plb
A obra «Grande Cancioneiro do Alto Douro», da autoria de Altino Moreira Cardoso, é o resultado da recolha de música tradicional do Alto Douro, que reúne, em 640 páginas, cerca de 600 canções da Vinha.
A obra é composta por uma introdução histórico-literária, onde se insere uma tese demonstrativa da continuidade das cantigas populares de amigo galaico-portuguesas no cancioneiro do Alto Douro, seguida do Cancioneiro composto por cerca de 600 músicas e letras.
Num ensaio introdutório, o autor, antigo tocador de um rancho do Alto Douro e elemento do Conservatório e da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, estabelece e demonstra, em muitas cantigas do Alto Douro, marcas irrefutáveis da sua origem galego-portuguesa, difundida de Santiago de Compostela para Lamego durante as peregrinações e movimentos militares dos cruzados na fundação de Portugal por D. Afonso Henriques e revivificada nas vindimas, após a fundação da Região Demarcada do Vinho do Porto.
Cantar a Vinha
Vinho fino, vinho fino, de forte, faz-me falar, faz-me alegre, folgazão, só me estrova no andar!… Os olhos da vide choram |
Debaixo desta ramada as videiras dão anéis: por via de ti, menina, sofro as penas mais cruéis! Ó ramada, dá-me um cacho, |
Não se me dá que vindimem videirinha que eu podei: não se me dá que outros logrem quem eu por gosto deixei… A videira sempre chora |
Vinho fino, vinho fino, de forte, faz-me falar, faz-me alegre, folgazão, só me estrova no andar!… – Ó meu rico regadinho, |
– Ó meu rico regadinho, que levas na tua mão? – Um cacho de malvasia para dar ao meu João. Se quereis que eu cante bem, |
Quem quiser que eu cante bem, dêem-me vinho ou dinheiro: que esta minha gargantinha não é forja de ferreiro. As soidades são escuras, |
Venha o copo, venha o vinho, venha mais meia canada: eu cá sem copo não bebo e, sem vinho, não sou nada! O vinho é coisa boa, |
Quando me dói a cabeça e me quer cair ao chão, bebo mais uma pinguinha, quer ela caia, quer não. O vinho das nossas cepas |
Rapazes, quando eu morrer, levai-me devagarinho, fazei-me a cova bem funda, por cima, deitai-me vinho! Já comi e já bebi, |
Muita gente, por ser velha, logo sábia se imagina, o vinho, em novo, é mau, depois de velho, refina. São Miguel, o nosso amigo, |
aps
Recomeça a 15 de Novembro o Ciclo de Teatro de Outono que o Inatel leva a cabo todos os anos no último trimestre do ano. O Grupo d’Arte vai estar em cena no Auditório do Sabugal, no dia 29 de Novembro, com a peça «A Birra do Morto».
A Delegação da Guarda do Inatel organiza este Ciclo de Teatro em parceria com diversas autarquias repartindo os custos do evento.
Participam sobretudo grupos do distrito (Aquilo Teatro, Escola Velha, Teatro do Imaginário, Senna em Palco, Guardiões da Lua, Grup’Arte) e dois grupos convidados (Grupo Teatro Olimpo, de Ansião e Grupo Vaatão, de Castelo Branco).
Trata-se de uma série de espectáculos a realizar no Sabugal, em Manteigas, Pinhel, Fornos de Algodres e Celorico da Beira, com a parceria das respectivas Câmaras Municipais.
O Ciclo pretende fazer circular os Grupos de Teatro do distrito por várias localidades incentivando ao gosto pelo espectáculo teatral e encorajando a actividade dos pequenos grupos locais.
Publicamos de seguida a lista dos 10 espectáculos a realizar em Novembro e Dezembro.
TEATRO DE OUTONO | |||||
DATA | HORA | LOCAL | TEATRO | GRUPO | PEÇA |
15-11 | 21.30 | Pinhel | Cine-Teatro São Luís |
Grup’Arte | A Birra do Morto |
15-11 | 21.30 | Manteigas | Auditório Centro Cívico |
Vaatão | Casa de Penhores |
22-11 | 21.30 | Celorico | Centro Cívico |
Vaatão | Casa de Penhores |
22-11 | 21.30 | Manteigas | Auditório Centro Cívico |
Aquilo Teatro |
Histórias em Papelão |
29-11 | 21.30 | Manteigas | Auditório Centro Cívico |
Senna em Palco |
Carta de Amor |
29-11 | 21.30 | SABUGAL | Auditório Municipal |
Grup’Arte | A Birra do Morto |
29-11 | 21.30 | Pinhel | Cine-Teatro São Luís |
Vaatão | Casa de Penhores |
06-12 | 21.30 | Fornos de Algodres |
Auditório da APSCDFA |
Teatro Imaginário |
Tão Longe + Presépio |
13-12 | 21.30 | Pinhel | Cine-Teatro São Luís |
Senna em Palco |
Carta de Amor |
20-12 | 21.30 | Celorico | Centro Cívico |
Teatro Imaginário |
Tão Longe + Presépio |
Aproveite e vá ao teatro. Apoie os grupos das Beiras.
jcl
A Mêda comemora o Dia do Município no dia 11 de Novembro. A Expomêda-Feira de Actividades Económicas registou no segundo dia uma afluência de cerca de 10 mil visitantes.
As cerimónias da comemoração do dia do Município da Mêda (11 de Novembro) terão início pelas 9 horas com o hastear da bandeira seguido de uma sessão solene com imposição de medalhas a funcionários da autarquia e palestra sobre o Dia do Município, proferida pelo escritor, investigador e poeta Manuel Daniel. Às 11 horas é chegado o momento da inauguração dos novos topónimos nas ruas da cidade da Mêda. A seguir ao almoço será inaugurada a exposição sobre Tito Reboredo e às 17 horas será tempo de um magusto convívio. Às 21 horas terá lugar um sarau cultural na Casa Municipal da Cultura com o Grupo Musical de Arlindo de Carvalho.
Entretanto a Expomêda-Feira de Actividades Económicas registou no segundo dia cerca de 10 mil visitantes que assistiram ao espectáculo da Just Girl’s, ao programa de animação musical e à exposição e venda de produtos e serviços do certame.
O Presidente da Câmara Municipal, João Mourato, manifestou a sua satisfação pelo êxito que a Expomêda – este ano na sua décima edição – e pelo movimento que tem despertado a nível comercial, de demonstração das potencialidades industriais, da vitivinicultura que está a conhecer uma fase de expansão com qualidade no concelho, o artesanato, o turismo e os serviços.
Destaca ainda e sobretudo a participação de instituições como as representações da Câmara Municipal de Cantanhede (com quem Mêda está geminada há mais de dez anos), de Pinhel, Parque Arqueológico do Vale do Côa/Estância Termal de Longroiva, Escola Profissional de Trancoso, Associação Empresarial do Nordeste da Beira – AENEBEIRA, Bombeiros Voluntários de Mêda, Juntas de Freguesia, Agrupamento de Escolas da Mêda, entre outros.
O Presidente da Câmara Municipal aproveitou a ocasião para reafirmar que «jovens e adultos, empresários e clientes, a população em geral, tem no espaço da Expomêcda até ao final do dia de domingo, um motivo de alegria, movimento e cor, num concelho que se mostra e abre ao exterior, motivando os locais, projectando-se no futuro a caminho do desenvolvimento».
aps
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