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Após alguns pedidos neste sentido vou tentar esclarecer o cancro do colo de útero e a vacinação para o mesmo. O colo do útero é uma parte do aparelho reprodutor feminino. É a parte mais estreita do útero que liga a vagina a este. O colo do útero é também o órgão que produz o muco que vai ajudar os espermatozóides a deslocar-se desde a vagina até ao útero. Na gravidez este contrai-se para manter o bebé dentro do útero e no parto abre-se para permitir a sua passagem.
CANCRO DO COLO DO ÚTERO – Na verdade é um órgão com funções muito importantes. Na Europa morrem diariamente muitas mulheres devido a esta doença. Pode atingir as mulheres mais frequentemente entre os 15 e os 44 anos.
Este tipo de cancro ao contrário de outros é provocado por um vírus o Papilomavírus Humano (HPV), para ser detectado o método é muito simples deslocar-se ao seu médico e pedir uma citologia também conhecido por teste de Papanicolau. Esta é sem dúvida a única forma de o detectar.
Se o seu exame apresentar um resultado anormal deverá agir de imediato. Falando com o seu médico sobre todos os procedimentos a ter. Este tipo de cancro apesar de ser provocado por um vírus também ele não apresenta qualquer tipo de sintomas, até atingir uma forma avançada.
Nestas fases pode existir:
– Hemorragia vaginal anormal;
– Dor durante as relações sexuais;
– Corrimento vaginal anormal;
– Dores pélvicas.
Se estiver na presença de algum destes sintomas não perca tempo nem os ignore a sua rapidez pode na verdade salvar-lhe a vida. No entanto não quer dizer que estes sinais só estejam associados ao cancro podem estar associados a outro tipo de infecções, mas como se diz em bom português o «seguro morreu de velho» então o melhor caminho é ter a certeza.
No entanto cerca de 70 por cento das mulheres sexualmente activas já estiveram expostas ao HPV tanto na adolescência como na fase adulta.
Esta vacina cobre os tipos de HPV que são causadores de 75 por cento das causas de cancro do colo de útero. Actualmente a protecção mais eficaz contra o cancro do colo do útero consiste na aplicação de duas medidas complementares: o rastreio e a vacinação.
Vera Villanova
A «Vila», a zona do Sabugal que fica no interior das antigas muralhas do Castelo, assiste a um processo de regeneração assinalável, fruto, quase sempre, da iniciativa privada.
Na última deslocação ao Sabugal tive oportunidade de, mais uma vez, me deslocar à «Vila», local onde, na rua D. Dinis, vivi uma parte da minha meninice e juventude, na casa onde funcionou há muitas décadas o «Clube», e que hoje é propriedade do Município, objecto já de parcial demolição pelo perigo de derrocada que apresentava.
Tendo já ouvido falar de muitas ideias para aquele edifício, continuo a pensar que o espaço ocupado pelo edifício e pela «palheira» anexa deveria ser completamente liberto de construções, fazendo uma ligação à «Torre do Relógio», deixando à vista os restos da muralha onde assentava, e criando ali um espaço de utilização pública, como uma vista privilegiada para o Côa, podendo mesmo associar-se-lhe um parque infantil e uma esplanada.
Mas o motivo desta crónica não é falar desta casa, mas sim ressaltar os processos de regeneração de muitos dos edifícios antigos, recuperando a construção granítica, utilizando materiais tradicionais e tirando partido da riqueza patrimonial que esta zona possui, desde a Torre do Relógio ao Castelo. Por uma informação turística colocada junto à dita Torre, descobri que afinal se chama «torre sineira»… Cito Joaquim Manuel Correia que na página 97 do seu extraordinário livro «Memórias sobre o Concelho do Sabugal», de 1946, diz «(…) digamos algumas palavras acerca da torre chamada actualmente do relógio»).
Durante a volta tive a oportunidade de mais uma vez estar com a Talinha e o seu marido na Casa do Castelo, lugar que hoje é já uma referência, merecida, do Sabugal.
Durante algumas horas conversámos sobre muita coisa, mas sobretudo sobre o Sabugal tema que apaixona aquele casal, degustando um maravilhoso lanche.
Saímos e, algumas casas abaixo, entrámos no Bardo, lugar onde ia pela primeira vez.
A surpresa foi total. Numa casa granítica totalmente recuperada existe um espaço aprazível, dirigido por um natural de Rendo e sua esposa, e, pasme-se, possui cinco ou seis computadores onde se pode gratuitamente aceder à Internet.
Das conversas tidas ressaltou o empenho dos proprietários destes dois espaços em serem parceiros das dinâmicas de desenvolvimento turístico do Sabugal.
Próximos do principal destino turístico – o Castelo – inseridos no casco antigo da «Vila», espaços com qualidade e dirigidos por pessoas motivadas como estas, a Autarquia só tem a ganhar em os considerar como «agentes turísticos», apoiando-os na sua actividade, estabelecendo protocolos com os mesmos para a promoção e divulgação dos recursos turísticos do Concelho, em fim, considerando-os parceiros.
Mais valem a Casa do Castelo e o Bardo do que quantos carros e roulottes venham ao Sabugal uma vez na vida.
E não me venham dizer que o Posto de Turismo é logo ali, no interior do Castelo, pois os visitantes não se regem pelos horários da Função Pública…
PS: E no dia 11 de Novembro o Bardo colaborará com a Transcudânia no Magusto e na recuperação das «Rondas de S. Martinho», sendo hoje já visíveis as célebres campainhas que a família «Campainhas» fabricava, o que ainda hoje se mantém, embora com outros actores.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com
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