You are currently browsing the daily archive for Segunda-feira, 19 Abril, 2010.
A cerimónia de entronização da Confraria do Bucho Raiano e dos seus confrades, o desfile de confrarias e o almoço do Bucho, realizados no sábado, dia 17 de Abril, trouxeram protagonismo ao Sabugal, cidade que concentrou a atenção da imprensa regional.
Representantes dos órgãos de comunicação de referência da região vieram até ao Sabugal para acompanharem as iniciativas ligadas à realização do primeiro Capítulo da recém-criada Confraria do Bucho Raiano, que tem sede na cidade.
A presença na cerimónia de D. Manuel Felício, bispo da Guarda, onde benzeu as insígnias, a homenagem a personalidades, a comparência de confrarias vindas de todo o país, o desfile pelas ruas do Sabugal integrando a centenária Banda da Bendada e, também, o almoço do Bucho, primorosamente servido no RaiHotel, foram os grandes atractivos. O 1.º Capítulo da Confraria deu um colorido diferente ao Sabugal, tal como o deu o Encontro da Juventude Diocesana, realizado na mesma data.
A cerimónia do Capítulo, teve lugar no Auditório Municipal. Dentre os presentes contavam-se representantes do movimento confrádico nacional. Para além das «confrarias madrinhas» – da Chanfana (Vila Nova de Poiares) e do Queijo Serra da estrela (Oliveira do Hospital) – marcaram ainda presença: Confraria do Bucho de Arganil, Confraria Gastronómica do Pinhal do Rei (Leiria), Confraria dos Gastrónomos de Lafões (Vouzela), Confraria do Bodo (Pombal), Confraria do Azeite (Fundão), Confraria dos Sabores Raianos (Almeida), Confraria dos Nabos e Companhia (Mira), Confraria da Cereja de Portugal e Confraria da Lampreia (Penacova).
Quanto a convidados de honra, contou-se com a presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, Madalena Carrito, o Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, o Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, o Presidente da Câmara de Manteigas, Esmeraldo Carvalhinho, o Presidente do Tribunal da Relação de Évora, Manuel Nabais e o responsável cultural do INATEL da Guarda, Joaquim Igreja.
A cerimónia iniciou-se com a actuação da Banda da Bendada no palco, tendo depois falado o presidente da Câmara, António Robalo, que saudou os presentes e deu as boas-vindas ao Sabugal. O Bispo da Guarda benzeu as insígnias da confraria, compostas por medalhas, estandarte, varal e chambaril, desejando depois longa vida à Confraria e uma actividade profícua, seguindo sempre o ideal das confrarias: a cooperação e a amizade entre os seus confrades.
Constituída a mesa, presidida pelo Grão-Mestre, Joaquim Leal, iniciou-se a cerimónia, com a lição de sapiência do escritor Célio Rolinho Pires, que recordou as antigas matanças, os rituais que lhes estavam associados e os sabores que advinham do porco e que a dona de casa preparava ao longo de todo o ano, dentre os quais o bucho, peça do enchido que contribuía para união familiar, porque era degustado em família no domingo de Carnaval.
As confrarias madrinhas entronizaram os maiorais da confraria do bucho raiano, o Grão-Mestre, o Chanceler e o Vedor-Mor, e depois estes, já investidos de funções, entronizaram os restantes 37 confrades do bucho, que receberam a insígnia e o respectivo diploma.
A confraria homenageou o presidente da Câmara do Sabugal, António Robalo, e o presidente da Junta de Freguesia do Sabugal, Manuel Rasteiro, conferindo-lhes o título de Cavaleiro da Confraria, tendo em conta o apoio notável que ambos têm dado à associação.
O desfile com os confrades e seus acompanhantes, precedidos pela Banda da Bendada, foi do auditório ao RaiHotel, onde os participantes posaram para a foto de família.
Depois chegou a hora do almoço do bucho, degustado no restaurante D. Dinis por cerca de 140 pessoas, que aderiram à iniciativa.
O próximo capítulo da Confraria do Bucho Raiano acontecerá no concelho do Sabugal, no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. De permeio haverá ainda o já habitual almoço de Lisboa, que acontecerá em Novembro deste ano.
plb
O Auditório da Câmara Municipal do Sabugal recebe a 27 de Abril, pelas 14 horas, uma palestra, onde o tema principal será «A Floresta».
A palestra tem como orador convidado o Professor Doutor Jorge Paiva, professor jubilado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, conceituado cientista, investigador e ambientalista português.
A floresta será o tema privilegiado, girando o debate acerca das suas características e potencialidades.
A iniciativa é organizada por professores da Escola EB 2,3 do Sabugal, que assim pretendem contribuir para o lançamento de debates importantes para a comunidade educativa da cidade raiana.
A Câmara Municipal do Sabugal colabora na iniciativa.
plb
O avançado do Inter Zapresic, Tomislav Bosec, de apenas 19 anos, marcou o único golo da vitória frente ao rival Zadar em jogo a contar para a 26.ª jornada do campeonato croata. Mas comemorou o golo… na bancada errada.
A 17 de Abril, num dia que começava chuvoso, a pequena cidade do Sabugal, abria as suas portas para receber os grupos de jovens vindos da Diocese da Guarda para festejar mais um Dia Diocesano da Juventude.
Os jovens chegaram e foram encaminhados para o Largo da Fonte, onde todos os grupos presentes foram apresentados, e onde cada grupo mostrou algo de si, neste mesmo espaço realizou se também a pintura do mural.
O grupo representativo do Sabugal, encenou a passagem bíblica do «Jovem Rico», que esperamos tenha feito a todos pensar quantas vezes nós, os jovens de hoje, somos esse mesmo «Jovem Rico» que nos esquecemos e afastamos de Deus, mas que Ele nunca se esquece nem afasta de nós estando sempre ao nosso lado e de braços abertos para nos acolher.
Depois das apresentações, dirigimo-nos para a igreja paroquial, com o grupo «Coiros de cabra», de Badamalos, à frente e, a encerrar o cortejo, a fanfarra do Agrupamento de Escuteiros do Soito. Já na Igreja de S. João, teve inicio a Eucaristia presidida pelo Sr. Bispo Dom Manuel Felício, que na sua homília salientou a importância destes encontros entre os jovens e Deus, assim como o facto de todos termos a coragem e a força dos apóstolos que mesmo sofrendo nunca negaram a Jesus, anunciando sempre a sua mensagem. Foi animada por alguns elementos da Banda Jota e por todos nós que aceitámos o convite para o Banquete. As músicas muito animadas embelezando ainda mais a eucaristia, que com a igreja cheia de jovens ganhava outra cor. Também marcaram a sua presença o grupo de jovens, que frequenta a catequese do 10º ano e mais alguns que a eles se quiseram unir, louvando a Deus no momento de Acção de Graças, com uma pequena encenação.
Seguiu-se o almoço na central de camionagem, onde pudemos partilhar os nossos farnéis e conhecer melhor os jovens que vieram à nossa linda terra.
Após o almoço de convívio entre os grupos realizou-se o Festival Diocesano Jovem da Canção de Mensagem, que terminou com a nomeação e audição da canção vencedora do grupo «Trovadores de Deus», vindos de Celorico da beira.
Assim terminou um dia diferente, animado e de encontro com Deus.
Esperamos que eventos como este se realizem mais vezes na nossa paróquia e que os jovens sabugalenses comecem a aderir.
Ângela Afonso
A imagem de hoje refere-se a uma tourada com forcão realizada no Soito, em 1974. Foi a primeira vez que se realizou no redondel construído em cimento que foi erguido no Lameiro do Soito.
Efectivamente, até esse ano as touradas com forcão, no Soito, realizaram-se em muitos locais, incluindo este no Lameiro do Soito (onde hoje se localiza o Jardim), mas sempre com o perímetro da «Praça» feito por carros de vacas.
O redondel, que esteve neste local até 2005, foi construído em 1974 e estreado em Agosto desse ano, com esta tourada. Note-se que não me lembro de, no Soito, estas touradas serem conhecidas como capeias, nesta época, mas sim como touradas. Era a época em que havia os mordomos das Festas de S. Cristóvão e os mordomos da tourada. Só alguns anos mais tarde, no Soito, os mordomos das Festas de S. Cristóvão e da tourada seriam os mesmos e organizariam as duas actividades em conjunto. Antes disso acontecer, os mordomos da tourada eram sempre rapazes solteiros, como acontecia em muitas outras terras da raia sabugalense.
Repare-se, ainda, nos carros de vacas que serviam de escapatória para os mais afoitos. Hoje são substituídos por reboques de tractores.
Outra curiosidade das touradas desta época é que os que pegavam no forcão, faziam-no apenas dos lados, não havendo ninguém no seu interior (nesta fotografia aparece, no entanto, um rapaz no meio do forcão, o que era raríssimo, neste tempos), como hoje acontece em todas as capeias.
O colorido das roupas usadas nesta época (calças amarelas ou vermelhas, quase todas à boca-de-sino, bem como camisas de cores bastante garridas eram frequentes), não pode deixar de ser salientado.
Lembro-me que, nestes anos, os touros vinham a pé, acompanhados por cavalos (não se usavam automóveis, tractores nem motos-quatro) e, junto ao local onde se realizava a tourada as ruas eram tapadas com automóveis, colocados uns a seguir aos outros. Parecia que ninguém tinha medo que o touro estragasse a pintura dos automóveis (o que nunca vi acontecer). Outros tempos…
«Memória, Memórias…», opinião de João Aristides Duarte
akapunkrural@gmail.com
Comentários recentes