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A Confraria do Bucho Raiano do Sabugal marcou presença no segundo Grande Capítulo da Confraria da Marmelada de Odivelas que se realizou este sábado, 24 de Novembro, no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo.

A cerimónia de entronização de novos confrades realizou-se este sábado, dia 24 de Novembro, em Odivelas, com a presença de muitas pessoas ligadas ao poder local e empresarial, bem como diversas confrarias gastronómicas vindas de todo o país, entre as quais ao do Bucho Raiano, que ali esteve representada por seis confrades.

Lição de História de Máxima Vaz da Igreja do ConventoPelas 11 horas, após a concentração dos convidados, iniciou-se uma visita ao Mosteiro de São Dinis e São Bernardo. A cicerone foi a Professora Máxima Vaz, natural da Abitureira, freguesia de Vila do Touro, Sabugal, e residente em Odivelas. Doutorada em História é uma das mais importantes individualidades odivelenses e condecorada por entidades como o Rotary Clube de Odivelas ou a Confraria da Marmelada. A Junta de Freguesia de Odivelas atribuiu-lhe o nome de uma rua e a Câmara Municipal fez o mesmo em relação a uma escola básica do concelho.
A historiadora que conhece como ninguém, ou como muito poucos, a história do Reinado de D. Dinis, cativou a audiência pela forma clarividente com que exibiu o seu extenso saber, sempre doseado com um humor bem oportuno. Começou por mostrar o átrio da Rainha Santa, a cozinha velha do mosteiro, os claustros, a sala do capítulo, tendo a aula de história e a visita acabado na igreja do Mosteiro, junto ao túmulo do Rei Dom Dinis.
Máxima Vaz explicou o papel de D. Dinis em Odivelas, onde mandou erigir o mosteiro alegando fazê-lo em resultado de uma promessa que fizera quando no momento em quue foi atacado por um urso quando andava a caçar. Admiradora da figura histórica do Rei Lavrador, explicou ainda o seu papel relevante na consolidação das fronteiras do país, no desenvolvimento da economia e a sua habilidade na política e diplomacia do reino perante os demais monarcas europeus.
Maria Máxima Vaz concluiu a sua viagem «dinisina» afirmando que «Odivelas deve a sua existência a D. Dinis porque se não tivesse sido este Rei esta Terra não teria passado da vulgaridade, não teria tido história alguma».

Confrades do Bucho Raiano em OdivelasA cerimónia de entronização dos novos confrades aconteceu na sala do capítulo do convento, que estava repleta de pessoas, entre convidados e assistentes.
Na cerimónia foram entronizados 22 novos confrades, que prestaram juramento e receberam as insígnias, entre os quais José Carlos Lages, vice-chanceler da Confraria do Bucho Raiano, que residindo em Odivelas quis pertencer à confraria local.
À cerimónia de entronização seguiu-se o almoço no refeitório do Instituto.
A representar a Confraria do Bucho Raiano estiveram, para além do vice-chanceler, o grão-mestre Joaquim Silva Leal, o chanceler Paulo Leitão Batista, o almoxarife Paulo Terras Saraiva, e ainda as confreiras Delfina Leal e Ana Paula Sousa.
plb

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A Confraria do Bucho Raiano do Sabugal marcou presença no segundo Grande Capítulo da Confraria da Marmelada de Odivelas que se realizou este sábado, 24 de Novembro, no Mosteiro de São Dinis e São Bernardo.

CONFRARIA DA MARMELADA DE ODIVELAS  – 24-11-2012
Fotos Capeia Arraiana e José Valverde  –  Clique nas imagens para ampliar

jcl

Passou de cem o número de confrades e amigos do Sabugal e do bucho raiano que no sábado, dia 10 de Novembro, se juntaram no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete, para conviver e degustar os bons sabores das nossas terras.

(Clique nas imagens para ampliar.)

Fotos de Daniel Salgueiro e José Carlos Calixto

Passou de cem o número de confrades e amigos do Sabugal e do bucho raiano que hoje, dia 10 de Novembro, se juntaram no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete, para conviver e degustar os bons sabores das nossas terras.

O convidado de honra deste almoço foi o general Pina Monteiro, Chefe de Estado-Maior do Exército, que se juntou aos confrades para saborear com os conterrâneos o bom bucho.
Enquanto observavam a magnífica paisagem que o estuário do Tejo proporcionava, os convivas foram conversando e provando as farinheiras e morcelas grelhadas que serviram de entrada. Depois passou-se para o salão, onde, já nas mesas, foi servido o Dom Bucho, acompanhado, como manda a tradição, com grelos de nabo e batatas cozidas.
Após as sobremesas e os cafés, por ser véspera de S. Martinho, vieram à mesa castanhas assadas e jeropiga, tudo produto da terra, o que satisfez o apetite e o gosto dos comensais.
À mesa estiveram um chefe de cozinha e um monitor da Escola de Hotelaria da Casa Pia, que ali vieram a convite da Confraria para conhecerem o bucho e para dar seguimento a uma parceria. Os alunos terão formação acerca do que é uma confraria, tendo por modelo a Confraria do Bucho. Também estudarão e proporão novas formas de confeccionar e de apresentar o bucho. A ideia é aproveitar o sabor tradicional desta peça gastronómica para a partir dela se prepararem novas iguarias. Também se apresentarão propostas inovadoras acerca da forma como o bucho pode ser «empratado» e servido à mesa.
O almoço de Alcochete também serviu para se marcar o próximo convívio, que acontecerá em Elvas, no Alentejo, em 19 de Janeiro de 2013. Nessa data haverá almoço de bucho no Hotel Brasa, sendo anfitrião o confrade Daniel Salgueira.
plb

O habitual almoço anual da Confraria do Bucho Raiano na região de Lisboa realiza-se no dia 10 de Novembro, no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete.

O almoço anual na região de Lisboa da Confraria do Bucho Raiano está aberto a todos os sabugalenses e amigos do Sabugal que desejem inscrever-se, independentemente de serem ou não confrades da Confraria.
Os interessados podem inscrever-se por estas vias: enviando e-mail para o endereço confrariabuchoraiano@gmail.com, ou telefonando para os números 966823786 ou 963084143.
jcl

O habitual almoço anual da Confraria do Bucho Raiano na região de Lisboa realiza-se no dia 10 de Novembro, no Clube Náutico Al Foz, em Alcochete.

O convívio de 2012 da Confraria do Bucho Raiano está programado para num local especialmente aprazível, num salão à beira-Tejo, com vista para a baía de Alcochete.
A ementa já está elaborada e inclui entradas, com broa, manteigas, paté, azeitonas, bem como as morcelas e farinheiras raianas assadas.
Também haverá sopa de alho francês, ao que se seguirá o esperado prato de bucho acompanhado de batata, nabiças e grelos. Para beber haverá vinhos de Rio Frio e do Vale da Judia, para além de cerveja e refrigerantes.
A sobremesa inclui arroz doce e ananás, a que se seguirá o café.
Após o almoço virão à mesa castanhas assadas e geropiga de Ruivós, em homenagem a São Martinho, patrono das festas outonais.
Os interessados podem inscrever-se por estas vias: enviando e-mail para o endereço confrariabuchoraiano@gmail.com, ou telefonando para os números 966823786 ou 963084143.
O almoço de bucho está aberto a todos os interessados que desejem inscrever-se, independentemente de serem ou não confrades da Confraria.
Inscreva-se e vá degustar o saboroso bucho raiano, e conviver entre amigos num belo e aprazível local da margem sul do Tejo.
O restaurante é defronte ao conhecido Hotel Al Foz, de Alcochete.
Paulo Leitão Batista – Chanceler da Confraria do Bucho Raiano

O III Capítulo da Confraria do Bucho Raiano é já amanhã, sábado, 18 de Fevereiro, no Sabugal. A concentração está marcada para o Mercado Municipal do Sabugal às 09:30 horas e a cerimónia de entronização para as 11:00 horas no Auditório Municipal do Sabugal. O almoço de bucho (que conta já com 160 inscrições) terá lugar no Restaurante Casa da Esquila no Casteleiro.

III Capítulo Confraria do Bucho Raiano - Sabugal

A recepção no Mercado Municipal e a cerimónia no Auditório Municipal têm entrada livre. O almoço no restaurante Casa da Esquila, no Casteleiro, é por marcação mas aberto a todos os confrades e amigos do bucho raiano.
jcl

No sábado de Carnaval, 18 de Fevereiro, vai realizar-se no Sabugal o III Capítulo da Confraria do Bucho Raiano, que contará com a presença do Professor Carvalho Rodrigues, conhecido como «Pai do Satélite Português», natural de Casal de Cinza (Guarda), que proferirá a Oração de Sapiência, onde falará na gastronomia tradicional da região.

Os confrades do bucho e de outras confrarias convidadas vão concentrar-se no Mercado Municipal do Sabugal, onde haverá uma mostra de enchidos e outros produtos regionais, promovida pela Câmara Municipal, onde poderão ser degustados os bons sabores da terra.
A preceder a cerimónia, já no Auditório Municipal, haverá um momento musical, interpretado pelo jovem músico sabugalense João Cunha.
João Cunha, de 21 anos de idade, é natural de Águas Belas,e iniciou os estudos musicais aos14 anos, no Conservatório de Música de S. José, na Guarda. Actuou como intérprete em diversas salas de espectáculo da Guarda, Viseu, Sabugal, Belmonte, Seia, Figueira de Castelo Rodrigo, Coimbra, Porto, Lisboa. Destaca-se ainda a sua vertente como compositor, tendo já estreado, como intérprete, peças originais suas nos Dias da Música no Centro Cultural de Belém em 2008.
O Capítulo terá ainda a bênção das insígnias (pelo Padre Manuel Dinis), o juramento dos novos confrades e a homenagem a algumas personalidades pelo seu papel em prol da gastronomia da região.
Após a cerimónia os elementos das confrarias presentes efectuarão um desfile pelas ruas do Sabugal, abrilhantado pelos «Bombos de Badamalos».
No final do desfile a comitiva segue para o Casteleiro, onde haverá uma recepção aos participantes na Junta de Freguesia, imediatamente antes de se dirigirem ao restaurante Casa da Esquila onde será servido o almoço do bucho.
O Capítulo da Confraria está incluído no programa dos «Roteiros Gastronómicos – Sabugal à Mesa», iniciativa que se realiza de 18 a 21 de Fevereiro, na qual os restaurantes do concelho disponibilizam receitas tradicionais da cozinha raiana.
plb

Tal como ao redor da lareira, a ouvir o crepitar de um lume vivo, assim nós nos encontrávamos todos satisfeitos, em volta de um Bucho Raiano, algures, no começo de uma longa noite, em Bruxelas, entre meados de Janeiro e o Carnaval.

Joaquim Tenreira MartinsAqueles três homens e três mulheres estavam ali a festejar uma tradição que se transmitiu durante séculos e tenho a impressão de que só o olhar suave de um Bucho Raiano gorducho e redondinho, mas por demais astuto e vivaço, nos poderia fazer a contagem dos anos que o têm contemplado ao largo de tantas gerações.
Também não sabemos quantas lendas nos poderiam ter enfeitiçado para nos sentirmos como que endemoninhados perante um quase deus que ao mesmo tempo veneramos, nos encanta e alimenta. De que miragem fascinante andaríamos nós à procura?
Já cheirava a infância e a ternura, e repassavam pela nossa mente os gestos rituais das nossas mães e avós, quando o bucho nos activou as papilas gustativas, ao vê-lo todo rosado em cima da mesa. Parecia ter já bebido alguns copos de um clarete sorrateiro. Mesmo com as faces e as maçãs do rosto afogueadas, ainda não tinha perdido a sensatez ancestral de quem nos traz o sustento, a tradição, o encanto e a emoção de estarmos juntos.
Com o religioso silêncio, interrompido apenas pelo tilintar dos talheres e apressados para principiar um ritual iniciático, já estava preparado o ambiente para a evocação de lendas e tradições imemoriais ao redor de um Bucho Raiano. O anfitrião e confrade privar-se-ia de repetir os contos romanescos da sua infância e também nada diria sobre as múltiplas viagens ao interior de si próprio. Procuraria proporcionar uma atmosfera condigna, própria de um ritual legendário para favorecer o enlevo que brotaria espontaneamente das raízes e da memória.
Ambiente estranho este de estar em frente, melhor dito, em redor de um bucho. Todas as crenças, contos, lendas e produtos capitosos de uma terra se entremisturam para dar lugar ao dialogo amistoso e criativo que nos avivava o prazer de estarmos juntos. As histórias que cada um de nós tinha vivido ao longo da vida cruzavam-se com o olhar atento de um bucho que sabia observar, ouvir e interpelar para que a comunicação não se esgotasse num simples acto de levar à boca e que iria ter lugar dali a instantes. Este genuíno raiano de bucho pretendia assumir-se como uma caixa de ressonância, a transmitir-nos os ecos que evocavam a nostalgia e a saudade.
Mas este não era qualquer bucho. Era o Bucho Raiano! E já estávamos a esquecer este predicado distintivo e alusivo a culturas destinadas por natureza à ameaça e à extinção, simplesmente por estarem na fronteira e no interior. Porém, entre os convivas alguém as teria considerado ainda mais fecundas por terem resistido corajosamente entre dois mundos. A tradição teve a oportunidade de se afirmar ao longo dos séculos, mas não deixou de estar à escuta e com a porta aberta a outras culturas que nos alargavam os horizontes. Pudemos comparar, pudemos provar outros gostos, mas nem o rodar do tempo, nem as constantes passagens de forasteiros pela fronteira conseguiram destruir a tradição que se enraizou na nossa memória réptil, deixando-nos ficar um sabor constante e indelével que faz parte da nossa tradição cultural e gastronómica.
Este instinto de ir ao encontro e de observar tivemos o privilégio de o experimentar do cimo das serranias da nossa Serra da Malcata e dos vários montes que a constituem e a circundam. Das suas alturas pudemos olhar para mais longe, para outros mundos e não ficámos limitados aos horizontes que nos rodeavam, nem tão pouco asfixiados com o que tínhamos e comíamos.
E, a propósito do Bucho Raiano, já estávamos longe demais. É quando acordámos do nosso enlevo, já o professor Carvalho Rodrigues nos tinha conduzido para bem mais longe. Tínhamos passado várias fronteiras e estávamos já no Egipto, em companhia do Santo Antão. Este sim era um valente raiano e amigo dos buchos, das chouriças, dos porcos, dos presuntos, dos salpicões, das farinheiras e das farinhatas e de todas as tentações que de dia e de noite o assediavam. Não admira pois que também os grandes pintores como Jerónimo Bosch se tenham lembrado dele para o imortalizar numa pintura denominada as Tentações de Santo Antão, cujo belíssimo quadro, antes de chegar a Lisboa teria passado certamente pela raia sabugalense, itinerário fronteiriço obrigatório para chegar à capital do Reino.
O saco do bucho é um verdadeiro ninho de tentações. É o topo da raia humana atiçado por todas as seduções que nos assolam. A umas resistimos, mas a outras abrimos as portas, saboreando-as gostosamente até à medula dos ossos, inebriados com o prazer exacerbado da gula pecaminosa.
Que mistura esta da natureza tórrida, da concupiscência endiabrada e da ascética salamanquina ou avilena que se entrelaçam em vésperas de um tempo quaresmal, de deserto e de privações como se o mundo aqui terminasse!
Todo o saber acumulado num bucho raiano não caberá certamente na Livraria Orfeu, do Joaquim Pinto da Silva, observador atento aos sabores literários escondidos na raia beirã e que não deixava de manifestar a sua admiração pelos saberes acumulados numa peça de arte e tradição que se ia consumindo em cima de uma mesa à volta da qual não arredávamos pé. A sua Foz do Douro estava por um momento esquecida!
Eram os preparativos de um terceiro capítulo que se aproximava a passos largos. Tínhamos feito naquela noite uma longa viagem em companhia do fiel e solidário amigo Bucho Raiano. Agora, familiarizados com a sua amizade, iríamos com mais confiança ao seu encontro, em romagem peregrina, à escuta de um bom momento de inspiração e abertura a uma cultura e gastronomia ancestrais.
Joaquim Tenreira Martins

A gastronomia vai estar em destaque entre 17 e 21 de Fevereiro nas terras raianas do Sabugal. Entre as várias iniciativas destaque para o III Capítulo da Confraria do Bucho Raiano. Edição da jornalista Sara Castro com imagem de Paula Pinto da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

Local Visão Tv - Guarda
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A Taberna Típica Quarta-Feira, restaurante do sabugalense José Dias, recebeu a Confraria do Bucho Raiano para mais um almoço na capital alentejana.

Trinta convivas, entre confrades, amigos e familiares, foram até Évora no dia 21 de Janeiro, sábado, onde encheram a sala do restaurante do amigo José Dias, que prima pelo bem receber e melhor servir.
A mesa apresentava-se farta, com cogumelos recheados, bucho fatiado, presunto, torresmos, queijo assado com orégãos e azeitonas. Degustadas as saborosíssimas entradas, veio à mesa uma esplêndida sopa de grão, a que se seguiram costelas de porco grelhadas e cachaço de vitela, acompanhados por um espectacular esparregado de couve-flor e batatas assadas no forno.
O vinho foi o do conhecidíssimo enólogo Paulo Laureano, da Vidigueira, um velho amigo da casa, que por dificuldades de agenda não pode estar presente. Porém o José Dias informou que fora o enólogo a oferecer o vinho que os convivas do bucho ali degustavam. E que vinho: um reserva Paulo Laureano especial.
Para finalizar a refeição vieram as sobremesas, dentre doces tradicionais alentejanos, cerejas, morangos e frutos secos.
A hora do café foi o momento das palavras que a ocasião impunha. O Chanceler da Confraria agradeceu ao José Dias a amabilidade de receber os sabugalenses com entusiasmo e extrema atenção, proporcionando a degustação de excelentes petiscos confeccionados na sua aprimorada cozinha.
Pela mão do Grão Mestre, Joaquim Leal, a Confraria concedeu ao restaurante Taberna Típica Quarta-Feira o Diploma de Honra, atendendo ao contributo para a divulgação da gastronomia raiana e pela digna representação do Sabugal no Alentejo.
Entre os presentes esteve o juiz conselheiro jubilado Manuel Cipriano Nabais, um quadrazenho que acompanha com regularidade as iniciativas da Confraria e que ali proferiu algumas palavras para afirmar a seu apego ao torrão natal, ainda que a vida o tenha feito andar por longe.
A finalizar o José Vaz, de Vale de Espinho, brindou os presentes com dois fados cantados à capela, para gáudio dos confrades e amigos do bucho.

Reportagem fotográfica do confrade Daniel Salgueira no Facebook. Aqui.
plb

Começou no sábado na Casa do Concelho do Sabugal o que se deveria chamar «Mês do Bucho Raiano».

Ramiro Matos – «Sabugal Melhor»E começou, para mim, em Lisboa, na nossa Casa do Concelho.
Foi bom ver dezenas e dezenas de sabugalenses e de amigos do Concelho deliciando-se com uns ótimos «buchos de ossos», ao que me disseram vindos do Talho do Júlio no Sabugal.
Boa jornada de afirmação deste tão nosso enchido!
E uma mesa, digamos, da presidência, onde pontificavam, entre outros, o Presidente da Casa, José Lucas, O Procurador Geral da República, Pinto Monteriro, a Confraria do Bucho Raiano, representada ao mais alto nível pelo Paulo Leitão, e eu próprio, Presidente da Assembleia Municipal.
Saímos dali reconfortados e confiantes de que o futuro do bucho raiano está garantido.
Gostei de saber do entusiasmo da Direção da Casa em arrancar ainda este ano com as obras, mais que necessárias de reabilitação da sede, estando certo que quer a Câmara, quer o setor empresarial concelhio, quer os sócios em geral saberão estar ao lado da Direção para que as obras tornem a Casa do Concelho ainda melhor.
Gostei também de saber que já está marcada a capeia no Campo Pequeno para o dia 2 de junho!
E o mês do bucho continua sábado em Évora na «Taberna Típica Quarta-Feira» do sabugalense e meu grande amigo Zé Farias.
Lá estarei, mais 29, pois a Taberna não dá para mais.
Conhecendo como conheço a qualidade de cozinheiro do Zé e da sua comadre alentejana, não tenho dúvidas que vai ser mais uma jornada gloriosa para os 30 felizardos!
E o mês do Bucho, se puder, terminará, como não podia deixar de ser, no Carnaval no Sabugal onde se realizará (18 de fevereiro) o Capítulo da Confraria, rumando depois para o Casteleiro onde a Casa da Esquila prepara já uma «bucharia» que, acredito, vai ficar na memória de todos!

PS: Stéphane Hessel será um nome quase desconhecido para muitos. Francês, nascido em 1917, homem da resistência francesa, continua hoje resistindo e lutando por um mundo melhor.
Já havia feito referência a um seu pequeno livro já em português chamado apropriadamente «Indignai-vos!».
Volto a falar nele, pois tenho nas minhas mãos um novo livro do mesmo autor chamado agora «Empenhai-vos!», de leitura obrigatória para todos os que continuam a luta por um mundo melhor.

«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos

No dia 18 de Fevereiro (sábado de Carnaval) realiza-se no Sabugal o III Capítulo e Entronização da Confraria do Bucho Raiano, com a cerimónia protocolar prevista para o auditório municipal e o imprescindível almoço de bucho no restaurante A Casa da Esquila, no Casteleiro.

III Capítulo Entronização Confraria Bucho Raiano - Sabugal
(clique no cartaz para ampliar.)

A grande novidade do capítulo deste ano da confraria do Bucho é a presença do cientista e professor Carvalho Rodrigues, conhecido por «Pai do Primeiro Satélite Português», natural de Creado, freguesia de Casal de Cinza e concelho da Guarda. O director de programas de ciência da NATO em Bruxelas vem ao Sabugal para proferir a «oração de sapiência» na cerimónia de entronização, falando no valor da gastronomia raiana.
Cumprindo-se a tradição do Entrudo, em que o bucho é rei à mesa, a Confraria do Bucho Raiano vai realizar o seu Capítulo, dando expressão à gastronomia sabugalense, com ênfase nos enchidos e demais pratos típicos do Inverno. O certame está inserido na iniciativa «Circuitos Gastronómicos» promovida pelo Município do Sabugal.
A concentração dos confrades do bucho e das demais confrarias convidadas e de outros participantes que desejem acompanhar o certame, acontecerá às 9h30 no Mercado Municipal, onde haverá uma mostra e prova de enchidos e outros produtos regionais, organizada pela Câmara Municipal do Sabugal.
Pelas 10h45 a comitiva dirige-se para o Auditório Municipal, onde se realizará a cerimónia protocolar de entronização de novos confrades, com o início previsto para as 11 horas.
A abrir a cerimónia haverá um momento musical proporcionado pelo jovem sabugalense Pedro Cunha, a que se seguirá uma mensagem de boas-vindas proferida pelo presidente da Câmara Municipal. O pároco do Sabugal, padre Manuel Dinis, benzerá depois as insígnias da confraria.
Pelas 11h40 intervirá o professor Carvalho Rodrigues, proferindo a esperada «oração de sapiência». Haverá depois a cerimónia de juramento e recebimento de insígnias por parte dos novos confrades do bucho, a que se seguirá a distinção de honra a algumas personalidades que se relevaram na afirmação do valor da gastronomia raiana.
A encerrar a cerimónia protocolar intervirão o grão-mestre da confraria e o representante da Federação das Confrarias Gastronómicas Portuguesas.
Pelas 12h45 acontecerá o desfile pelas ruas do Sabugal, abrilhantado pelos «Bombos de Badamalos», após o que a comitiva partirá para o Casteleiro. Nessa aldeia do sul do concelho do Sabugal os confrades serão recebidos na Junta de Freguesia, dirigindo-se seguidamente para o Restaurante A Casa da esquila para o esperado almoço do bucho.
plb

Durante o corrente ano de 2011 a Confraria do Bucho Raiano levou o nome do Sabugal e da sua gastronomia de norte a sul do País, garantindo a representação em feiras, encontros e capítulos confrádicos. Inserindo-se nessa dinâmica de afirmação da nossa tradição gastronómica, um novo encontro de confrades e amigos da Raia está marcado para o dia 12 de Novembro, para o almoço de bucho que se realiza em Lisboa, na Churrasqueira do Campo Grande.

A última representação da confraria do Bucho Raiano aconteceu no passado sábado, dia 5 de Novembro, na Covilhã, no primeiro Capítulo da Confraria da Pastinaca e do Pastel de Molho. O confrade Joaquim Reis, garantiu a presença oficial da confraria sabugalense nesse evento, dando continuidade a uma série de deslocações onde o bucho se afirmou como uma iguaria que pretende estar a par com outros sabores de excelência da tradição gastronómica portuguesa.
Do dia 29 de Outubro tínhamos ido até Manteigas, onde se realizou o capítulo anual da Confraria da Feijoca, em cujo acto o Grão-Mestre Joaquim Silva Leal se encarregou de representar o Sabugal e a gastronomia raiana.
No dia 23 de Outubro a Confraria do Bucho foi Madrinha da novel Confraria do Cão da Serra da Estrela, também com sede no concelho do Sabugal, em Sortelha, à sombra de cujas muralhas se realizou o Capítulo de Entronização.
Nos dias 7 e 8 de Outubro a chancelaria da Confraria foi até à Figueira da Foz, em cujo Casino se realizou o IV Congresso Nacional das Confrarias Gastronómicas. No jantar de gala, realizado no dia 8, a Confraria do Bucho esteve entre as nomeadas para o prémio «Confraria do Ano», o mesmo sucedendo com o blogue Capeia Arraiana, igualmente nomeado para o prémio «Comunicação Social», tendo em conta o seu papel na divulgação da gastronomia portuguesa.
A 24 e 25 de Setembro a Confraria esteve na Feira Medieval realizada em Sortelha, com uma banca de exposição de enchidos raianos, no âmbito da iniciativa da Câmara Municipal designada «Muralhas com História». A presença da associação deu um reconhecido contributo para a divulgação do bucho e demais enchidos como produtos gastronómicos de qualidade do concelho do Sabugal.
No dia 12 de Setembro o bucho raiano foi até Vila Nova de Poiares, participando no X Capítulo da Confraria da Chanfana, onde estabeleceu relações muito profícuas com as dezenas de outras confrarias aí presentes (mais de 80) e assinou um protocolo com a confraria local no sentido de dar as mãos na divulgação por todo o país do bucho e da chanfana enquanto pratos representativos da boa gastronomia nacional.
No Sabugal, no dia 12 de Agosto, a Confraria do Bucho esteve presente, por proposta da Câmara Municipal, no programa Verão Total, transmitido em directo pela RTP a partir do Sabugal, por ocasião da realização da etapa Sabugal-Guarda da Volta a Portugal em Bicicleta. Para além das intervenções do Grão-Mestre, do Chanceler e do Almoxarife, a confraria exibiu perante as câmaras de televisão um bucho confeccionado e pronto a servir, assim como um conjunto de outros enchidos produzidos no concelho do Sabugal, nomeadamente na cidade sede de concelho e na Rebolosa, por produtores locais que defendem e respeitam as tradições.
A Mostra de Sabores Tradicionais, realizada em Coimbra, nos dias 2 e 3 de Julho, contou também com a presença da Confraria do Bucho. Pese embora não tenha montando banca para servir petiscos e refeições, dadas algumas dificuldades logísticas inultrapassáveis, a Confraria esteve no evento com as demais 34 confrarias de todo o país que ali se deslocaram a pedido da Federação Nacional que reúne estas agremiações que se esforçam por divulgar os nossos sabores tradicionais.
Na tarde quente do dia 25 de Junho, a Confraria do Bucho foi até Avintes, no norte de Portugal, participando no XV Capítulo da Confraria da Broa de Avintes, uma das mais antigas do movimento confrádico nacional. Proporcionou-se o encontro com o amigo do Sabugal e grande divulgador da gastronomia nacional, Paulo Sá Machado, que para além de grande dinamizador e promotor da broa de Avintes é também confrade da Confraria sabugalense.
Em Maio o confrade Tenreira Martins levou o bucho do Sabugal até Bruxelas, na Bélgica, onde o deu a degustar a dois portugueses ilustres aí temporariamente residentes, o Professor Carvalho Rodrigues e o General Pina Monteiro, que tendo-o apreciado, passarão a ser «embaixadores» do bucho raiano, assim contribuindo para a sua afirmação e divulgação.
No dia 15 de Maio, a Confraria do Bucho Raiano marcou presença no VI Capítulo da prestigiada Confraria Gastronómica de Almeirim, com a qual há muito se estabeleceram laços de amizade e de cooperação. A representação raiana esteve a cargo de quatro confrades, dois pertencentes à Chancelaria (José Marques e Horácio Pereira) e dois que têm colaborado nas diversas iniciativas (José Caçador e Cristiano Martins).
Ainda em Maio, no dia 7, a Confraria do Bucho foi até Trancoso, participar activamente no I Capítulo de Entronização da Confraria das Sardinhas Doces, juntando-se a outras agremiações gastronómicas vindas de vários pontos do país: Confraria da Urtiga (Fornos de Algodres), Confraria da Chanfana (Vila Nova de Poiares), Confraria da Maçã Portuguesa (Moimenta da Beira), Confraria da Panela ao Lume (Guimarães) e Confraria do Queijo Serra da Estrela (Oliveira do Hospital).
A Confraria do Bucho Raiano, participou, no dia 17 de Abril, num encontro de confrarias gastronómicas, promovido pela Confraria da Chanfana, de Vila Nova de Poiares, que é uma das mais dinâmicas do movimento confrádico português e é uma das confrarias madrinhas da Confraria do Bucho. O encontro serviu para analisar as diferentes formas de se garantir uma boa cooperação entre as associações confrádicas e como divulgar os produtos gastronómicos que cada uma representa.
No dia 16 de Abril, a Confraria do Bucho Raiano esteve representada no VIII Grande Capítulo Gastronómico da Real Confraria da Cabra Velha, em Miranda do Corvo, local onde igualmente se juntaram várias dezenas de confrarias representativas dos nossos sabores tradicionais.
Em Março a Confraria, em conjunto com a Câmara Municipal do Sabugal, apresentou a candidatura do bucho às Sete Maravilhas da Gastronomia Portuguesa, concorrendo com várias dezenas de pratos típicos na categoria prato de carne.
O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins». Confrarias de todo o país vieram até ao Sabugal participar no evento, onde o confrade João Inês Vaz proferiu a oração de sapiência e onde foram entronizados 21 novos confrades e condecorados com a Ordem de Cavaleiro o Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, o escritor Manuel Leal Freire e o empresário Manuel Joaquim Rito, sendo ainda distinguidos com Diplomas de Honra a Casa do Concelho do Sabugal e a redacção da Guarda da LocalVisãoTv.
Nos dias 23 e 27 de Fevereiro o concelho do Sabugal promoveu-se como destino turístico na Bolsa de Turismo de Lisboa 2011, integrado no espaço da «Turismo Serra da Estrela», com a participação da Confraria do Bucho, que para além de marcar presença possibilitou uma prova de bucho raiano.
No dia 12 de Fevereiro os confrades rumaram a Sul, à cidade de Évora, para o segundo almoço da Confraria do Bucho Raiano na Taberna Típica Quarta-Feira, propriedade do sabugalense José Dias, que nos recebeu de braços abertos e com mesa farta como é seu apanágio.
No começo do ano 2011, a 15 de Janeiro, uma vintena de confrades foram a Elvas, ao Restaurante Brasa, propriedade do confrade Daniel Salgueira, de Alfaiates, juntando-se a gente do Alentejo que degustou e apreciou a nossa iguaria gastronómica. O encontro incluiu uma visita à Adega Mayor, propriedade do comendador Rui Nabeiro.
Podemos concluir que no que já decorreu do ano de 2011, a Confraria do Bucho desenvolveu uma actividade intensíssima de divulgação do bucho e do concelho do Sabugal, cujo frenesim apenas foi possível dado o altruísmo e o interesse de alguns dos confrades que compõem a instituição sabugalense que actualmente é, sem margens para dúvidas, a grande embaixadora do concelho.
Paulo Leitão Batista (Chanceler da Confraria do Bucho Raiano)

A Confraria do Bucho Raiano, do Sabugal, marcou presença no X Capítulo da Confraria da Chanfana, que se realizou no dia 11 de Setembro, em Vila Nova de Poiares.

Foram sete os confrades do bucho raiano que se deslocaram a Vila Nova de Poiares: O grão-mestre Joaquim Leal, o chanceler Paulo Leitão Batista, o vice-chanceler José Carlos Lages, o almoxarife Paulo Saraiva e ainda os confrades Teresa Reis, Joaquim Reis e Luís Carlos Carriço.
Foi uma jornada memorável, de afirmação do movimento confrádico nacional, destacando-se a presença de 82 confrarias gastronómicas. Houve gente vida dos quatro cantos de Portugal Continental, das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, e até de Espanha, França e Cabo Verde.
Depois de uma óptima recepção, as confrarias desfilaram pelas ruas até ao Centro Cultural, onde se realizou a cerimónia protocolar, que incluiu a entronização de 16 novos confrades da chanfana e de oito confrades de honra. Dentre as personalidades distinguidas como confrades de honra figuaravam o padre Fontes, de Vilar de Perdizes, o actor Ruy de Carvalho, a cantora Madalena Iglésias e o ex-ministro da Agricultura Arlindo Cunha.
O Grande Juiz da Confraria da Chanfana, também presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, Jaime Soares, fez uma intervenção em defesa do poder local, ao qual se deve o desenvolvimento de Portugal e o apoio aos valores e tradições das terras portuguesas. Madalena Carrito, Mordomo Mor da mesma confraria e grande organizadora do evento, defendeu a amizade entre as confrarias, numa luta comum, que a todos deve unir, e que passa pela afirmação e defesa dos valores da nossa gastronomia tradicional.
Durante a cerimónia a Confraria do Bucho Raiano celebrou um protocolo com a Confraria da Chanfana, onde ambas as confrarias se comprometem a cooperar na defesa dos produtos que representam.
O protocolo estipula que as duas confrarias se comprometem a divulgar o seu plano de acção e iniciativas em tudo o que se considerar relevante para ambas, com o intuito de poderem participar, se possível, conjuntamente. Cada confraria deverá ainda promover e divulgar os produtos e a região da sua congénere, na sua área de influência, bem como nas suas iniciativas, e, bem assim, proporcionar condições especiais de participação, nas suas acções, iniciativas ou eventos. De modo a garantir a promoção das actividades de ambas, serão estudadas e implementadas estratégias comuns de publicitação e de comunicação.
plb

Manuel Leal Freire - Capeia ArraianaManuel Leal Freire, distinto escritor natural da Bismula, concelho do Sabugal, tem-se empenhado na defesa da gastronomia tradicional portuguesa, sendo membro de várias confrarias gastronómicas.
A sua primeira confraria é a do Queijo Serra da Estrela, da qual foi fundador e é Grão-Mestre, mas é também presidente do conselho fiscal da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, sendo além disso sócio de honra da Confraria do Bucho Raiano do Sabugal.
Dando nota do valor do bucho raiano, que considera «o melhor prato do mundo», Manuel Leal Freire publicou no nº.19 da revista «Gastronomias» (edição de Junho de 2011), dois sonetos dedicados ao bucho e à sua confraria, que aqui transcrevemos com a devida vénia.

Bucho Raiano – O Melhor Prato do Mundo
Sabores da mais rara qualidade
A que o tempo deu superno cunho
Atingiram no bucho a sumidade
De que a Confraria é testemunho

Qualquer um de nós pelo seu punho
O atesta escrivão da puridade
Perfeita assinatura e não rascunho
Que para sempre obrigar-nos há-de.

Que outros cantem hinos, carmes, loas
Gastem, horas de sexta, véspera e noas
Rendidos aos seus sabores, é natural.

Mas nós de nossas coisas sempre ufanos
Elegemos como Ambrósia dos raianos
O bucho que se serve em Sabugal.

De onde advirá todo este gosto
Que corpo e alma tanto nos deleita
Tão entranhado em nós que é pressuposto
De uma interacção quase perfeita.

Antiga, muito antiga é a receita,
Perene, em seus segredos, o composto
O fumo, a carne, o dedo que a confeita
O alho e colorau, em contragosto.

Os Deuses no Olimpo luminoso
Criaram um sabor suprafamoso
Que Homero eternizou, de nome Ambrósia

Porém, se o nosso bucho aos sete céus
Chegara um dia, então diria Zeus
Que tudo ali ao bucho é simples sósia
Manuel Leal Freire

O bucho raiano de confecção caseira foi oferecido por Francisco Bárrios que juntou à mesa, pelo segundo ano consecutivo, um grupo de amigos na Casa do Concelho do Sabugal. Entre os convidados destaque para um iniciado nestas andanças do bucho raiano – o cantor Carlos Mendes – que chegou acompanhado de Carlos Luís, actual secretário-geral do Inatel. A conversa à volta do bucho (que estava excelente) foi animada com as estórias do anfitrião e de Adérito Tavares. Para o ano há mais…

Bucho Raiano - Casa Concelho Sabugal

(Clique para ampliar.)

O presidente da Casa do Concelho do Sabugal, José Lucas, aproveitou para mostrar já emoldurado o Diploma de Honra atribuído pela Confraria do Bucho Raiano à instituição.

Paulo Leitão Batista - José Lucas - Diploma de Honra - Casa Concelho Sabugal - Confraria Bucho Raiano - Foto Capeia Arraiana

jcl

Já são conhecidos os 70 pré-finalistas do concurso «7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa». Nesta fase do concurso foram apurados os 10 pratos mais votados por categoria. A maior iguaria do Mundo – o Bucho Raiano – ficou de fora na categoria «Carnes». Não sabem o que perdem.

7 Maravilhas Gastronomia Portugal - Juri

ENTRADAS
ALHEIRA DE MIRANDELA – Trás-os-Montes e Alto Douro
BÔLA DE LAMEGO – Trás-os-Montes e Alto Douro
BOLO DE CACO – Madeira
ESPARGOS COM OVOS – Beira Interior
LAPAS DA MADEIRA – Madeira
MUXAMA DE ATUM – ALGARVE
PASTEL DE BACALHAU – Lisboa e Setúbal
PEZINHO DE COENTRADA – Alentejo
PRESUNTO DE BARRANCOS (DOP) – Alentejo
QUEIJO SERRA DA ESTRELA (DOP) – Beira Litoral

SOPAS
AÇORDA À ALENTEJANA – Alentejo
CALDO DE CASCAS – Trás-os-Montes e Alto Douro
CALDO VERDE – Entre Douro e Minho
CANJA DE BORREGO – Beira Interior
GASPACHO COM CARAPAUS FRITOS – Alentejo
SOPA DE PEDRA – Estremadura e Ribatejo
SOPA DE CAÇÃO – Alentejo
SOPA DE CASTANHAS – Madeira
SOPA DE PEIXE DA FIGUEIRA – Beira Litoral
SOPAS DO ESPÍRITO SANTO – Açores

MARISCO
AMEIJOAS À BULHÃO PATO – Lisboa e Setúbal
ARROZ DE MARISCO – Estremadura e Ribatejo
CAMARÃO DA COSTA DA FIGUEIRA – Beira Litoral
CAVACO COZIDO COM MOLHO VERDE – Açores
CRACAS COZIDAS – Açores
LAPAS GRELHADAS DOS AÇORES – Açores
MARISCADA DE SESIMBRA – Lisboa e Setúbal
OSTRAS DO SADO – Lisboa e Setúbal
PERCEBES DE ALJEZUR – Algarve
XARÉM COM CONQUILHAS – Algarve

PEIXE
AÇORDA DE BACALHAU – Alentejo
AÇORDA DE SÁVEL – Lisboa e Setúbal
ARROZ DE LAMPREIA – Entre Douro e Minho
ARROZ DE LINGUEIRÃO – Algarve
BACALHAU À BRAZ – Lisboa e Setúbal
BACALHAU À GOMES DE SÁ – Entre Douro e Minho
BACALHAU À ZÉ DO PIPO – Entre Douro e Minho
BIFE DE ATUM À MADEIRENSE – Madeira
POLVO ASSADO NO FORNO – Açores
SARDINHA ASSADA – Lisboa e Setúbal

CARNE
ALCATRA DA ILHA TERCEIRA – Açores
ALHEIRA DE MIRANDELA C/ GRELOS SALTEADOS – Trás-os-Montes e Alto Douro
CHANFANA – Beira Litoral
COZIDO À PORTUGUESA – Lisboa e Setúbal
COZIDO DAS FURNAS – Açores
ESPETADA DE CARNE DE VACA EM ESPETO DE PAULO DE LOURO – Madeira
LEITÃO DA BAIRRADA – Beira Litoral
MIGAS ALENTEJANAS – Alentejo
POSTA MIRANDESA – Trás-os-Montes e Alto Douro
TRIPAS À MODA DO PORTO – Entre Douro e Minho

CAÇA
ARROZ DE POMBO BRAVO COM HORTELÃ – Alentejo
COELHO À CAÇADOR – Beira Litoral
COELHO DO PORTO SANTO À CAÇADOR – Madeira
EMPADA DE COELHO BRAVO COM ARROZ DE PINHÃO E PASSAS – Alentejo
FEIJOADA DE JAVALI – Trás-os-Montes e Alto Douro
JAVALI NO POTE COM CASTANHAS – Trás-os-Montes e Alto Douro
PERDIZ À ALGARVIA – Algarve
PERDIZ À CAÇADOR – Madeira
PERDIZ DE ESCABECHE DE ALPEDRINHA – Beira Interior
TORDOS FRITOS OU FRITADA DOS PASSARINHOS – Trás-os-Montes e Alto Douro

DOCES
ANANÁS DOS AÇORES (DOP) – Açores
BOLO DE MEL – Madeira
DOM RODRIGO – Algarve
ENCHARCADA DO CONVENTO DE SANTA CLARA – Alentejo
OVOS MOLES DE AVEIRO (IGP) – Beira Litoral
PÃO DE RALA – Alentejo
PASTÉS DE TENTÚGAL (IG) – Beira Litoral
PASTEL DE BELÉM – Lisboa e Setúbal
PUDIM ABADE DE PRISCOS – Entre Douro e Minho
SERICAIA /CERICAIA / SERICÁ – Alentejo

O património gastronómico português é riquíssimo e todas as nomeações concursais são discutíveis mas na lista dos 70 pré-seleccionados as regiões não estão representadas em pé de igualdade. A região de Trás-os-Montes e Alto Douro surpreende pela capacidade demonstrada em colocar vários pratos em diferentes categorias. Como curiosidade regista-se a Alheira de Mirandela em duas categorias: «Entradas» e «Carnes». Salta igualmente à vista a ausência na lista de muitos pratos tradicionais: caldeiradas de peixe e à fragateiro, ensopado de enguias, francesinhas, arroz de cabidela, cataplanas, carne de porco à alentejana, arroz doce e… o Bucho Raiano.
Viva o Bucho Raiano da Beira Alta!

jcl

A Câmara Municipal do Sabugal candidatou o Bucho Raiano, na categoria de «Carnes» ao Concurso «7 Maravilhas da Gastronomia»®, tal como havia avançado o Presidente da Câmara de Sabugal, António dos Santos Robalo, durante o II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano que teve lugar no passado dia 5 de Março no Auditório Municipal. Agora é fundamental o apoio de todos.

7 Maravilhas Gastronomia - Bucho Raiano

Em 2011 serão eleitas as «7 Maravilhas da Gastronomia»®, numa iniciativa que vai divulgar e promover o património gastronómico nacional, reconhecido e apreciado em todo o mundo pela sua diversidade.
O bucho raiano é candidato ao concurso «7 Maravilhas da Gastronomia»® numa iniciativa da Câmara Municipal do Sabugal com o apoio da Confraria do Bucho Raiano e de associações de desenvolvimento distrital.
Todas as receitas e pratos a considerar no processo de eleição serão organizados pelas 10 regiões do país e em 7 categorias: Entradas, Sopas, Carnes, Caça, Peixe, Marisco e Doces. Após um processo de seleção por parte de 70 especialistas, para chegar a uma lista de 70 pré-finalistas, e posteriormente por um painel de 21 personalidades notáveis. A lista final (short list) de 21 Finalistas será apresentada a 7 de Maio de 2011.
A votação pública por SMS, chamada telefónica, internet (www.7maravilhas.pt) e Facebook decorre entre 7 de Maio e 7 de Setembro de 2011.
«O Ministério da Agricultura não podia estar à margem desta iniciativa, pois não comemos nada que não venha deste sector. Uma das vias para promover a produção nacional é divulgando a gastronomia. É a alavanca do sector primário e a sociedade deve ser co-responsabilizada pela dinamização deste sector», referiu a propósito da iniciativa António Serrano, Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas.
«Uma iniciativa deste género valoriza o território nacional, reforça a relação de confiança que os portugueses devem assumir com Portugal. Temos a ambição de divulgar a gastronomia portuguesa a nível nacional e internacional», defendeu, também, Bernardo Trindade, Secretário de Estado do Turismo.
A revelação dos 7 pratos mais votados pelos portugueses será feita no final do mês de Setembro, em Santarém, durante o Festival Nacional de Gastronomia. A representatividade geográfica do país é assegurada através da presença no mínimo de um finalista de cada uma das 10 regiões do país e todo o processo de selecção e votação é auditado pela pwc.
O certame que comemora este ano o 31.º aniversário realiza-se todos os anos na cidade ribatejana e é uma iniciativa da Câmara Municipal de Santarém e da Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo.
Os 7 vencedores serão revelados numa cerimónia única, a transmitir em directo a partir de Santarém pela RTP, Televisão Oficial das «7 Maravilhas da Gastronomia»®.
À semelhança da operação realizada com as «Maravilhas Naturais de Portugal»®, a RTP vai envolver as áreas de informação e programação e divulgar as 21 finalistas durante os meses de Julho e Agosto, no programa «Verão Total». A declaração oficial será mais uma vez apresentada por Catarina Furtado e José Carlos Malato.

O processo para eleger as «7 Maravilhas da Gastronomia»® teve início a 7 de Fevereiro, com a abertura da fase de candidaturas. Página oficial: Aqui.
aps

O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins».

GALERIA DE IMAGENS  –   II CAPÍTULO  –  CONFRARIA BUCHO RAIANO  –  5-3-2011
Fotos Capeia Arraiana –  Clique nas imagens para ampliar

(Continua.)
jcl

O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins».

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O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins».

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O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins».

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O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins».

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O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano decorreu no dia 5 de Março, sábado de Carnaval. A primeira parte teve lugar no Auditório Municipal do Sabugal com a cerimónia de entronização e a segunda parte no Soito com recepção na Junta de Freguesia e almoço no Restaurante «O Martins».

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O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano repartiu-se entre o Sabugal e o Soito no sábado, 5 de Março de 2011. Reportagem da jornalista Paula Pinto com imagens de Pedro Taborda da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

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No Auditório Municipal do Sabugal decorreram as cerimónias com a presença das confrarias madrinhas (Queijo Serra da Estrela e Chanfana) e uma dúzia de outras confrarias. Foram entronizados 21 novos confrades e condecorados com a Ordem de Cavaleiro o Governador Civil da Guarda, Santinho Pacheco, o escritor Leal Freire e o empresário Manuel Joaquim Rito. Com o diploma de honra foram distinguidas a Casa do Concelho do Sabugal e a redacção da Guarda da LocalVisãoTv.
Após uma viagem em caravana pela nova estrada que faz a ligação entre os cruzamentos do Cardeal e do Ozendo as confrarias desfilaram em cortejo, no Soito, entre o Largo das Festas e o salão da igreja paroquial onde foram recebidas para um porto de honra pela Junta de Freguesia local.
O almoço com bucho raiano e vinho doispontocinco teve lugar no Restaurante «O Martins» com um serviço de excelente qualidade.
jcl

O II Capítulo da Confraria do Bucho Raiano foi o momento escolhido pelo presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António dos Santos Robalo, para anunciar duas novidades. O Bucho Raiano vai ser candidatado pela Câmara Municipal do Sabugal, com o apoio da Confraria do Bucho Raiano e outras associações de desenvolvimento do distrito da Guarda, ao concurso 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa e a autarquia vai disponibilizar para quem estiver interessado o licenciamento de uma cozinha tradicional para o fabrico local de enchidos. Reportagem da jornalista Paula Pinto com imagens de Pedro Taborda da Redacção da LocalVisãoTv (Guarda).

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Foi dia de festa em Odivelas. A jovem Confraria da Marmelada realizou este domingo, 28 de Novembro, o seu primeiro capítulo. O Sabugal esteve representado pela Confraria do Bucho Raiano.

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No 1.º Capítulo da Confraria da Marmelada foram entronizados cerca de 20 confrades e tiveram como confrarias madrinhas a Confraria Queijo Serra da Estrela e a Confraria da Chanfana.
Os confrades foram recebidos na Junta de Freguesia de Odivelas onde decorreram todas as cerimónias. A mesa do monumento ao senhor Roubado estava reservada para a Confraria do Bucho Raiano do Sabugal.
Na cerimónia realçamos a entronização de Maria Máxima Vaz como Confreira Honorária.
Após a entronização fomos abordados pela homenageada que nos surpreendeu com uma declaração inesperada: «Somos conterrâneos. Sou natural de Aldeia da Ponte.»
A conversa com esta senhora muito simpática e de trato muito afável foi muito interessante. Foi também ela quem fez o discurso sobre a origem de Odivelas e da Marmelada de Odivelas.
O movimento confrádico em espírito de irmandade reforça-se na defesa do que é tradicional e ancestral.

Odivelas – Um pouco de história
«O nome da cidade é explicado pelo povo através de uma lenda. Conta-se que «O Lavrador» tinha por hábito deslocar-se à noite a uma localidade nos arredores de Lisboa para visitar raparigas de seu agrado. A rainha Dona Isabel, conhecedora do facto, acompanhada por outras damas da corte, deslocou-se até ao Lumiar, na altura desabitado, com grandes archotes acesos, a fim de iluminar o caminho ao «marido infiel». Quando D. Dinis com o seu séquito passou junto dela, a rainha dirigiu-se-lhe nestes termos: «Ide vê-las», por evolução, teria surgido o topónimo «Odivelas».
No entanto a filologia explica de modo diferente. A palavra é composta por dois elementos «Odi» e «Velas» sendo o primeiro de origem árabe e tendo como significado «curso de água» (efectivamente em Odivelas passa uma ribeira) e o segundo de origem latina em alusão às velas dos muitos moinhos que povoavam a região.

Marmelada branca de Odivelas
A marmelada é um doce confeccionado em todo o País. A marmelada branca é um doce exclusivo de Odivelas, tendo sido confeccionado no mosteiro das Bernardas que sempre guardaram o segredo que lhes permitia obter um doce de cor muito clara, próximo do branco. A marmelada tinha a forma de quadradinhos e pegava-se nela à mão como qualquer bolo seco.
O segredo só foi desvendado depois da morte da última freira, em finais do século XIX, porque ela deixou um caderno de receitas escrito pela sua mão a uma afilhada onde além de muitos outro doces deste mosteiro estava escrita a receita da marmelada branca.
Maria Máxima Vaz dá-nos a receita da marmelada branca tal como está manuscrita no caderno da última freira:
«Vão-se esburgando os marmelos e deitando-os em água fria. Põe-se a ferver em lume brando, estando bem cozidos se passam por peneira. Para 1kg de massa 2kg de açúcar em ponto alto de sorte que deitando uma pinga n’agua coalhe. Tira-se o tacho do lume e se lhe deita a massa muito bem desfeita com a colher, torna ao lume até levantar empolas. Tira-se para fora e se bate até esfriar para se pôr em pratos a secar.»

Odivelas e o Sabugal estão unidos, há séculos, por laços reais protagonizados por el-Rei D. Dinis e D. Isabel.
Paulo Saraiva

No dia 25 de Novembro todos os caminhos vão dar à Rebolosa. A camaradagem, o convívio e a amizade com que se festeja a Santa Catarina faz com que a festa seja excelente.

Santa Catarina - Rebolosa - 2010

Além disto, todos os que ano após ano visitam a Rebolosa neste dia, já não dispensam outros sabores excelentes: o do porco assado na brasa, em assadores espalhados pelo largo da aldeia, o das azeitonas e pimentos curtidos por mãos de cá, o do tinto graminês para regar a refeição, o da geropiga espalhada pelas adegas e pelas penhas…
Também tradicional é comprar uma navalha na feira de ano (pois todos se esquecem dela para o almoço) e tirar a licença para matar o porco, pois com o frio gélido que se faz sentir nesta altura, já é tempo de matanças.
Este ano também houve bucho, pois a Confraria do Bucho Raiano visitou a festa da Santa Catarina e comeu o melhor bucho que se faz por estas terras, não fosse do Adérito da Rebolosa e como bairristas que somos, defendemos o que é nosso.
Quem vai à Santa Catarina fica com vontade de passar por lá o dia todo e por isso a hora do baile chega depressa, entre uma música e outra, mais uns momentos de convívio único, e é por tudo isto que viver aqui, por estas bandas esquecidas, é tão especial!!!
Felismina Rito

No sábado, dia 13 de Novembro, cerca de 60 confrades e amigos do bucho raiano reuniram-se em Lisboa, na Churrasqueira do Campo Grande, para ali apreciarem a iguaria gastronómica. Entre os convivas contavam-se pessoas gradas da cultura naturais do concelho do Sabugal.

GALERIA DE IMAGENS  –  CONFRARIA BUCHO RAIANO  –  LISBOA – 13-11-2010
Fotos Capeia Arraiana  –  Clique nas imagens para ampliar

jcl

Aos 16 anos Maria Antunes foi de Aldeia Velha para França, seguindo os passos da emigração. Em 2001, rumou a Lisboa para gerir o famoso café «Cacau da Ribeira», que se mantém em plena actividade recebendo pela madrugada adentro os noctívagos que ali aportam para beberem o célebre chocolate quente.

Maria Antunes possuía e administrava em Paris um restaurante de comida portuguesa, pelo que encarou a mudança para Lisboa, para trabalhar no mesmo ramo, com naturalidade. Com o marido, natural de Lisboa, adquiriu o mítico Cacau da Ribeira, e dedicou-se de alma e coração ao novo espaço comercial, que é uma das grandes referências da cidade.
Inserido no edifício do Mercado da Ribeira, com porta para a Avenida 24 de Julho e vista para a estação ferroviária do Cais do Sodré e para o rio Tejo, é ali que os noctâmbulos vão beber o cacau quente ao romper do dia após as longas noitadas de diversão.
Maria Antunes depressa se habituou ao horário e aos clientes do seu novo espaço comercial. O café tem de resto um horário peculiar: abre diariamente às 23 horas e encerra às 16. Por vezes há uma natural dificuldade em «aturar» os que ali entram a altas horas da noite, «tomados pelos copos», mas a calma e o bom senso de Maria Antunes e das suas empregadas tudo resolve, mantendo o espaço atractivo.
Dentre os clientes que ali comparecem a beber o chocolate quente mais famoso de Lisboa, há algumas figuras públicas, como o actor Fernando Mendes, «um grande amigo da casa», destaca Maria Antunes. Fátima Lopes, Tony Carreira e Teresa Guilherme são outros nomes de celebridades que acorrem ocasionalmente ao café da empresária sabugalense. Conta que, noutro tempo, a fadista Amália Rodrigues era presença assídua por ser grande apreciadora do cacau da casa.
A hospitalidade é uma das razões do sucesso desta casa e Maria Antunes esforça-se por a manter. E aponta um quadro preto onde está escrito: «Obrigado, Volte Sempre». «Todos os dias reescrevo com giz aquela frase, porque aqui todos são bem-vindos e acolhidos de igual maneira», salienta a proprietária.
Embora os afazeres da profissão a obriguem a estar sempre presente e a par do negócio, Maria Antunes, nunca deixou de ir a Aldeia Velha. «Gosto especialmente de ali ir no tempo dos tartulhos, no Outono. É um grande prazer ir pelo campo à cata de tartulhos nas tapadas e de míscaros e setas nos pinhais». Gosta especialmente dos tartulhos assados na brasa: «são o melhor petisco do mundo», afiança com toda a convicção.
Conhecemos Maria Antunes do decurso do Festival das confrarias Gastronómicas, onde estivemos em representação da Confraria do Bucho Raiano. A empresária da raia que foi para Paris e depois se fixou em Lisboa, confessou-nos ter ficado surpreendida pela presença do bucho do Sabugal nesse certame da gastronomia portuguesa. O cacau quente continuará a ser o chamariz do seu famoso café, mas garantiu-nos que passará a falar do bucho aos seus clientes para que alguns se decidam a visitar as terras raianas onde o poderão degustar.
plb

As cerimónias do 1.º Capítulo e Entronização da Confraria do Bucho Raiano que tiveram lugar no dia 17 de Abril no Sabugal tiveram honras de destaque na Imprensa do distrito da Guarda. Aqui deixamos o que ficou escrito nas páginas do jornal «A Guarda», «O Interior» e «Nova Guarda».

Clique nas primeiras páginas para ler as notícias

jcl

O escritor Célio Rolinho Pires, natural da freguesia de Pêga, no concelho da Guarda, proferiu a «Oração de Sapiência» durante as cerimónias do 1.º Capítulo da Confraria do Bucho Raiano que decorreram no Sabugal no dia 17 de Abril de 2010. O Capeia Arraiana publica o valioso escrito – dividido em duas partes – no domingo, 25 de Abril, e este domingo, 2 de Maio. (Parte 2).

Oração de Sapiência - Célio Rolinho Pires - 1.º Capítulo da Confraria do Bucho Raiano - Sabugal

«O BUCHO» – Oração de Sapiência de Célio Rolinho Pires

(continuação.)
«O Bucho, em termos sociais e gastronómicos, é, assim, espécie de bandeira ou estandarte que antecede a procissão das gentes lavradeiras, simples, humildes mas fartas que, ao longo do ano, anunciará a Festa dos Sentidos, a lembrar a matança do porco com o predomínio dos cheiros e dos vários paladares.
Tudo no porco é bom e de diferente sabor. Para lá do presunto, seja ou não seja o «pata negra», o porco lá de baixo ou alentejano, o porco de pia, para além das várias entremeadas, do próprio toucinho ou carne gorda que, curtida na salgadeira, servia para amaciar o vinho, quem não se lembra, no próprio dia da matança, ou a seguir, no dia da desmancha, os vários sabores da carne nova a rescender acabadinha de tirar da vítima sacrificada, seja ela cozida ou assada no lume, a espinhela ou esterno, o soventre ou carne da barriga, as molejas, a orelheira, os boches, o fígado, o coração, os lombinhos ou lagartos, a passarinha ou pâncreas, o osso da suã que unta a barba e deixa a barriga vã, os pesunhos, os toros e os pernis, as banhas que, derretidas em panela de ferro ao lume dão untura para todo o ano e de que sobrarão os chichorros ou torresmos que, com um copo de vinho do novo e em boa companhia até Deus perdoa?… e os «riles» ou rins, a sopa dos miolos, as espadas ou omoplatas cozidas no molho das farinheiras, a barbela por onde penetrou a faca assassina, a burgigada feita com o sangue do bicho apulado no alguidar, alho e o miolo do pão centeio, etc, etc, etc…?
Em termos históricos, sociais e religiosos, a matança do porco, enquanto mantida na sua puridade original, mais não é que a continuação de um rito sacrificial de origem indo-europeia que consistia na imolação ou sacrifício do porco, um dos animais sagrados que, juntamente com a ovelha e o touro, integravam o rito sacrificial denominado suovetaurilia, complementado, às vezes, pelo sacrifício do cavalo e do próprio homem. No caso muito concreto dos nossos antepassados, o porco era oferecido a um dos três atributos do Deus dos Lusitanos. A inscrição das Fráguas, aqui bem próxima, não pode ser mais explícita: à Ussbo sacrifiquem (Loim) um porco comaiam íccona, ou seja, com a madre e os outros elementos que fazem o aparelho reprodutivo das fêmeas e a que os espanhóis chamam «conho». De outra forma: um porco do sexo feminino mas inteiro. Nada que espante: trata-se ou tratava-se de um epiceno e ainda hoje das fêmeas estéreis se diz que têm a maia ou a madre seca. O banco da matança mais não é que a ara sacrificial à imitação das muitas que por aí existem por cerros e barrocais.
A matança circunscrita à família alargada, as rezas inerentes, o vocabulário, alguns símbolos que teimam em persistir, mais não são que a cristianização posterior desses ritos antigos, sobremaneira associados ao culto dos mortos. Vejamos.
Aos preparativos da matança, aí incluída a tripa de vaca, o vinho, o azeite, o alho, a cebola, a linha e os cadilhos para atar o enchido, o pimento de cor, o pão centeio e o trigo, a farinha, dava-se o nome de Mortalha. No caso dos humanos toda a gente sabe o que é a mortalha e para que serve!
Ao peritoneu que é, como se sabe, «a membrana serosa que reveste interiormente as paredes do abdómen e recobre os órgãos nele contidos, fixando-os às próprias paredes da cavidade abdominal», e que servia para cobrir o porco na zona das banhas, depois de aberto e dependurado pelo chambaril, dava-se o nome de véu ou sudário.
O próprio porco aberto e suspenso do chambaril da trave mestra da loja representa figurativamente a crucificação ao contrário; até os dois pauzinhos na parte superior do bucho, par além da vantagem de não deixar desfazer o nó que cispa e fecha a boca do Bucho, mais não são que uma cruz equilátera do tipo das dos alvores do cristianismo e que superabundam por esses barrocais para igualmente cristianizar as Pedras afectas a ritos antigos. O De Correctione Rusticorom de S. Martinho de Dume (século VI) e algumas Constituições dos Bispados referem-se a essas Pedras a propósito de cultos que tardaram em ser assimilados pela Nova Ordem.
De uma gente poupada e ausente se dizia: «Com uma missa e com um marrano tem para todo o ano».
E ainda: «Pelo Santo André, o tal que mata as moscas, marraninho pelo pé»!
Mas, e o mais importante, é que, da ceia da matança, com toda a família alargada reunida, fazia parte impreterivelmente a reza pelos mortos da família, orientada sempre pelo mais velho, o patriarca do clã, seguida do pedido da bênção pelos mais novos, em que a fórmula era:
– Bote-me a sua bênção!
– Que Deus te abençoes!
E assim se rezava: «Pelas almas dos nossos avós, pais e mães, padrinhos e madrinhas, e já defuntos – Padre Nosso…».
A cultura dos verrões, tão generalizada entre lusitanos e vetões, terá, assim, a sua origem neste culto zoolátrico antigo. Aliás, verraco mais não é, em termos etimológicos que verraecus, ou seja, verres+aecus: igual ou parecido a porco.
José Leite de Vasconcelos aponta o termo verraco como sendo uma divindade doméstica e associa-a a ritos de carácter funerário (Religiões da Lusitânia, Vol. III). Teófilo Braga em «O Povo Português nos seus Costumes e Tradições», Vol. I, e no tocante ao culto dos mortos, afirma também: «Ligado ao primeiro rudimento social do familismo o culto dos mortos antecedeu todas as outras formas religiosas e como observa Fustel de Coulanges antes de conhecer Indra ou Zeus o homem adorou os seus mortos».
Ainda hoje, e salvo a horrível contradição daqueles que se fazem explodir entre flores e meninos, o culto dos nossos mortos é ainda e continuará a ser, penso, a grande religião universal comum a judeus, cristãos, muçulmanos, hindus, ateus, agnósticos, eruditos, ignorantes, ricos, pobres…
Quanto aos vários modelos de berrões, e do lado de lá da fronteira, sirvam de exemplo os «toros» monumentais de Guisando (Ávila), o berrão de Salamanca na ponte romana que dá acesso à parte velha da cidade, o «toro» de Talavera de la Reina (Estremadura), etc, etc. Do lado de cá, e a título exemplificativo também, são bem conhecidos os verrões decapitados de Castelo Mendo, e até, mais a norte, a famosa porca de Murça que, segundo se diz, mudava de cor consoante o partido político que ocupava o poder. Não sei se ainda muda. Menos conhecidos, embora mais próximos, mas igualmente carregados de simbolismo, entendo dever referir os casos muito concretos do Peneducho (Vale Mourisco) mesmo junto à EN 233, sendo um deles conhecido por Barnabé, o de Vila do Touro na Maçaperra, o da Cova da Raposa (Carvalhal Meão), o da Miuzela no caminho para Porto de Ovelha, o do Cabeço de S. Cornélio junto à segunda plataforma do parque eólico, o porco-perro de Águas Belas no sítio da Sangrinheira de Baixo, etc, etc, etc. No geral trata-se de figuras intencionalmente híbridas, podendo assim sugerir touros, bezerros, ursos, porcos, bodes, cavalos – ao fim e ao cabo os vários animais que integravam o rito sacrificial indo-europeu do a que já se fez referência. Muitos destes modelos não têm cabeça, o que entendo ser intencional já que colocados à entrada da civitas, de um ópido, do acampamento, nas pontes e velhos caminhos carreteiros, dizem simbolicamente da lei da comunidade em relação aos prevaricadores que era a Decapitação.
Num mundo cada vez mais ausente e descaracterizado, não posso deixar de felicitar todos aqueles que, através de iniciativas como esta, procuram o convívio, a amizade, a solidariedade, a fraternidade, um pouco à imagem das Irmandades Medievais, em busca das suas origens para através delas afirmarem uma identidade sempre muito para lá do indivíduo enquanto tal, e também (por que não?) a divulgação e a promoção daquilo que, na verdade, nos distingue – os produtos regionais. Na circunstância, o Bucho raiano e todos os seus parentes e afins. Parabéns, pois, à Confraria do Bucho Raiano e a todas as outras aqui presentes que, pela mesma via, prosseguem objectivos idênticos.
Também, e porque aquilo que aqui vos trouxe mais não foi que um saudoso peregrinar pelas infâncias dos meninos que também fomos, deixem que eu felicite carinhosamente a Banda Filarmónica da Bendada, a música dos meus verdes anos, que nós garotos íamos esperar, todos os anos, no início de Maio, ali para as bandas das Lajas e do Picoto, no caminho do ora tão celebrado Cabeço das Fráguas. É que, eles, os músicos, ao tempo, atalhavam pela Água da Figueira, Penalobo e Pousafoles e o percurso entre a Bendada e a minha aldeia era feito a pé com uma ou outra alimária quer transportava os instrumentos nos alforges. Parabéns, longa vida e as maiores felicidades e êxitos para a Banda enquanto instituição e também para todos os seus elementos, os legítimos herdeiros e continuadores de uns tantos certamente já desaparecidos que tiveram o condão de encher de alegria e de felicidade o coração da pequenada que, em todos os tempos e lugares, há-de marchar sempre à frente de todas as Bandas Filarmónicas do mundo e há-de correr sem medo atrás das canas dos foguetes como quem corre atrás de sonhos lindos. Obrigado.
Para concluir, e no que ao bucho se refere, será de acrescentar que cozido em panela de ferro, ao lume, com batatas e grelos, é de comer e chorar por mais, quer seja em dia de Domingo Gordo, dia de Entrudo, ou Domingo de Páscoa. Se for em tempo de Quaresma, e quebrando apesar de tudo a tradição, peço encarecidamente ao Chanceler, o meu amigo Dr. Paulo Leitão Baptista, que não se esqueça de tratar do assunto sério das Bulas para que amigos e confrades, autorizados por essa via pela Santa Madre Igreja, não tenham pruridos na sua consciência no que respeita a dieta, jejum ou abstinência. No dia de hoje, e se a ementa for o bucho, como pertence, porque estamos em Abril, dia 17, esse problema não se põe – a Quaresma já lá vai! Comamos então e sem medo!
Como diria o Dr. João Governo, o médico de serviço da RTP, acerca dos enchidos da Guarda: «Comam, não tenham receios quanto à saúde e, se houver excedentes, mandem para Lisboa que a gente trata do resto.»
Muito obrigado.
Célio Rolinho Pires (oração de sapiência)

Teresa Duarte ReisNo dia das Confrarias e Entronização do Bucho Raiano, lembrei-me que era jornalista e veio-me aquele gosto… De gravador em punho, a minha paixão, toca a entrevistar todo e qualquer confrade, confreira ou observador que se agrupavam no átrio junto às mostras de queijos, enchidos, mel, compotas e outras delícias dos produtores regionais presentes. É um meio de levar à conversa enquanto se prepara a festa e cada um em azáfama, prossegue no seu lidar. Quando for grande quero ser outra vez jornalista!

O 1.º Capítulo de Sua Excelência o Bucho Raiano

A boina é novidade
Diz a sorrir a Talinha
Ficam lindas as Senhoras
Elegantes de boininha
Os cavalheiros também
Se a boina lhe assenta bem!

Confraria Pinhal do Rei
De Leiria, é bom de ver
Há três anos já fundada
Também veio para conviver
Defende da terra e do mar
Bons produtos a provar.

Traz o Capitão Rapoula
A Cereja de Portugal
Revelar-lhe as qualidades
Que defende sem igual
Os valores da cereja
E que o País a proteja.

Da Confraria da Chanfana
Bem vestidas e vistosas
Madrinhas muito simpáticas
Sorridentes, bem-dispostas
Alice Simões sentia-se bem
Confia nesta partilha, também.

Confraria dos Nabos-Mira
Fala-nos Francisco Ferrão
Em Lisboa e Porto
Todo o nabo é dali
E o mais o que me fez rir
Não digo agora aqui.

Pois não estamos nas conversas
De escárnio e maldizer
Do livro da malcriadice
Do poeta «encartado»
Que me lembrou p´ra não esquecer
Podemos rir e brincar
Alegria salutar.

Fui revendo um por um
Os que no blogue escreviam
E aproveitei nessa onda
Os que ali conviviam
Vinham como convidados
Ou Confrades irmanados.

Ramiro Matos é mais um
Que quer o bem da região
É no dinamismo que aposta
Optando na certificação
E para ter resposta boa
Defende os produtos do Côa.

José Morgado, entre Côa e Raia
Faz pausas para reflexão
Considera o blogue Capeia
Um bom meio de comunicação
E aconselha moderador
Para evitar mau humor.

E o que nos diz Paulo Saraiva
Do nosso Bucho Raiano?
Já está preparadinha
Mas que boa comidinha!
(O fast food de antigamente)
Com Vinho Pinhel ou Figueira
Fica a refeição à maneira!

Cabanas tem pouco vagar
Não admira, é Vice-Presidente
E quando escreve no blogue
Sempre aborda tema quente
Sei que também é escritor
Isso é bom, para Penamacor.

Chanceler Lino, do Azeite
No Sabugal está feliz
A criação de Confrarias
Faz-nos voltar à raiz
Os produtos da região
São melhores, estão à mão.

Este movimento europeu
Veio, ficou e venceu.
Produzir, criar riqueza
Defendendo a natureza.

«O Cheiro das Palavras», opinião de Teresa Duarte Reis
netitas19@gmail.com

No dia 17 de Abril, fui de propósito com os meus pais e a minha irmã, de Vila Nova de Gaia ao Sabugal, para assistir à cerimónia de entronização da Confraria do Bucho Raiano. Ficámos hospedados no RaiHotel e o motivo era nobre: a minha mãe foi receber uma insígnia e nós fomos acompanhá-la, claro.

Raquel Lages BaptistaA minha avó Glória nasceu por aqueles lados, em Ruivós, e desde pequena que eu vou todos os anos de férias à aldeia. Um dia aqui, outro ali, lá passeávamos até ao Sabugal, mas verdade é uma: uma realidade que me deveria ser familiar, passou-me completamente ao lado! Chegar ao Sabugal a perguntar-me o que era uma Confraria, com uma vaga noção do que era um Bucho e o desconhecimento total da definição de Raiano, deixou-me de certa forma envergonhada.
Numa atitude de quase auto-desculpabilização pensei: «Está bem, é bom, mas é só um bucho certo?»
Assim, estava eu a estudar para o teste de filosofia, quando comecei a olhar à volta. Fiz uma breve estimativa do número de pessoas que ali se encontravam na cerimónia. Era muita gente é certo, e dentro do espírito filosófico em que me encontrava naquele momento, lembrei-me do princípio da causalidade – «tudo o que acontece tem uma causa» – dizia Immanuel Kant, como eu acabara de ler no livro. De facto, tanta gente reunida não era obra do acaso. Existia realmente uma causa precendente a esta celebração. Ouvi o Sr. Célio Rolinho Pires dizer: «Para permitir a divulgação e promoção daquilo que na realidade nos distingue: os produtos da nossa região.»
O que distingue os sujeitos uns dos outros são os seus diferentes atributos e características. Julgo durante muito tempo ter deixado que me passassem ao lado, muitas dessas características e atributos de uma região que, de certa forma, é também um bocadinho minha.
A Confraria tem sido assim uma boa oportunidade para me colocar mais próxima dela e, obviamente, para me recordar das maravilhas da gastronomia local. É que, saliente-se «Sua Excelência o Bucho Raiano» como o primo Carlos lhe chamou, bem mereceu a homenagem de entrada que lhe foi feita ao almoço. Para além da gastronomia, o almoço permitiu também o contacto entre as confrarias de diferentes regiões e produtos.
Daí a importância destes grupos: o Bucho é uma característica da região (que também é minha) e que tem de ser promovida e divulgada para que, mais e mais, o Sabugal se distinga.
Raquel Lages Baptista

A Raquel tem 16 anos e é filha da confreira Maria Manuela Lages. É mais uma geração de descendentes de raianos que – ou se ganha ou se perde – nesta eterna valorização dos nossos valores e das nossas raízes.
jcl

JOAQUIM SAPINHO

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