You are currently browsing the daily archive for Sexta-feira, 30 Abril, 2010.
No dia das Confrarias e Entronização do Bucho Raiano, lembrei-me que era jornalista e veio-me aquele gosto… De gravador em punho, a minha paixão, toca a entrevistar todo e qualquer confrade, confreira ou observador que se agrupavam no átrio junto às mostras de queijos, enchidos, mel, compotas e outras delícias dos produtores regionais presentes. É um meio de levar à conversa enquanto se prepara a festa e cada um em azáfama, prossegue no seu lidar. Quando for grande quero ser outra vez jornalista!
O 1.º Capítulo de Sua Excelência o Bucho Raiano
A boina é novidade
Diz a sorrir a Talinha
Ficam lindas as Senhoras
Elegantes de boininha
Os cavalheiros também
Se a boina lhe assenta bem!
Confraria Pinhal do Rei
De Leiria, é bom de ver
Há três anos já fundada
Também veio para conviver
Defende da terra e do mar
Bons produtos a provar.
Traz o Capitão Rapoula
A Cereja de Portugal
Revelar-lhe as qualidades
Que defende sem igual
Os valores da cereja
E que o País a proteja.
Da Confraria da Chanfana
Bem vestidas e vistosas
Madrinhas muito simpáticas
Sorridentes, bem-dispostas
Alice Simões sentia-se bem
Confia nesta partilha, também.
Confraria dos Nabos-Mira
Fala-nos Francisco Ferrão
Em Lisboa e Porto
Todo o nabo é dali
E o mais o que me fez rir
Não digo agora aqui.
Pois não estamos nas conversas
De escárnio e maldizer
Do livro da malcriadice
Do poeta «encartado»
Que me lembrou p´ra não esquecer
Podemos rir e brincar
Alegria salutar.
Fui revendo um por um
Os que no blogue escreviam
E aproveitei nessa onda
Os que ali conviviam
Vinham como convidados
Ou Confrades irmanados.
Ramiro Matos é mais um
Que quer o bem da região
É no dinamismo que aposta
Optando na certificação
E para ter resposta boa
Defende os produtos do Côa.
José Morgado, entre Côa e Raia
Faz pausas para reflexão
Considera o blogue Capeia
Um bom meio de comunicação
E aconselha moderador
Para evitar mau humor.
E o que nos diz Paulo Saraiva
Do nosso Bucho Raiano?
Já está preparadinha
Mas que boa comidinha!
(O fast food de antigamente)
Com Vinho Pinhel ou Figueira
Fica a refeição à maneira!
Cabanas tem pouco vagar
Não admira, é Vice-Presidente
E quando escreve no blogue
Sempre aborda tema quente
Sei que também é escritor
Isso é bom, para Penamacor.
Chanceler Lino, do Azeite
No Sabugal está feliz
A criação de Confrarias
Faz-nos voltar à raiz
Os produtos da região
São melhores, estão à mão.
Este movimento europeu
Veio, ficou e venceu.
Produzir, criar riqueza
Defendendo a natureza.
«O Cheiro das Palavras», opinião de Teresa Duarte Reis
netitas19@gmail.com
O caminho faz-se caminhando, ou, em castelhano, «El camino se hace caminando»
Com a devida autorização da Sr.ª Alcaldesa de Valverde del Fresno, Ana Perez, e tal como havia sido combinado, oito dias antes, deslocaram-se hoje, a Foios, o consejal – Pedro – e o Guarda Florestal – Paco – para com o Presidente da Junta de Foios e os responsáveis pelo «Clube Vertical» da modalidade do «parapente» sedeada em Manteigas, poderem analisar as necessidades físicas para a prática dessa modalidade na raia entre Foios e Valverde del Fresno no sítio do «Cancho Sozinho».
O grupo chegou ao local de voo por volta das 10 horas e depois de terem verificado in loco os, poucos, trabalhos que urge levar a efeito deslocaram-se, de seguida, a outro local de hipotéticas ou necessárias aterragens tendo o Professor das escolas de parapente, Victor Baía, dado algumas indicações quanto à preparação do terreno em causa.
Por volta das 13 horas o grupo deslocou-se para o restaurante Eldorado onde lhes foi oferecido um almoço pelo amigo Senhor Adelino, madeireiro, da Freguesia de Verdelhos.
Depois do almoço os amigos espanhóis partiram para Valverde e os amantes do parapente aproveitaram a oportunidade para fazerem uns voos de parapente visto que os ventos estavam favoráveis.
Conclusão: para que possamos alcançar as metas desejadas contamos, como sempre, com a colaboração da Câmara do Sabugal, Ayuntamiento de Valverde del Fresno e Junta de Freguesia de Foios.
Para que todas as acções possam ser devidamente coordenadas vai ser combinado um encontro entre a Alcaldesa de Valverde (Ana Perez) Presidente da Câmara de Sabugal (António Robalo), Presidente da Junta de Freguesia de Foios (o signatário destas linhas) e o Presidente da Direcção do Clube de Parapente (Victor Baía).
Pretendo agradecer a presença e o empenhamento de todas as personalidades na esperança de que, em conjunto, possamos atingir as metas desejadas.
Se turismo é futuro vamos ao trabalho.
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia dos Foios)
jmncampos@gmail.com
O edifício central da Câmara Municipal do Sabugal foi esta noite assaltado. O cofre foi arrombado e dele, eventualmente, retirados valores monetários e documentação importante. Equipas de investigadores da GNR estão no local à procura de indícios.
Suspeita-se que os assaltantes tenham entrado no edifício durante a noite e depois trancado as portas, para, com tempo, percorrer todo o interior do edifício. O cofre foi arrombado e dele foram, eventualmente, retirados valores e também documentação importante.
Apenas se soube do assalto quando os funcionários entraram na Câmara, pela manhã. A GNR local foi de imediato chamada a tomar conta ocorrência. Entretanto o Comando Territorial da Guarda enviou para o Sabugal equipas de investigação criminal, que procedem agora ao exame do local e à recolha de indícios.
Os funcionários da Câmara permanecem no exterior do edifício, estando impedidos de entrar enquanto perdura a acção de recolha de vestígios, trabalho que se tem revelado moroso, uma vez que os assaltantes percorreram todo o edifício enquanto estiveram no seu interior.
Capeia Arraiana apurou que os investigadores da GNR terão entretanto começado a fazer uma análise comparativa com outros assaltos a edifícios na região, encontrando algumas similitudes no modus operandi utilizado com o que já aconteceu noutros casos, nomeadamente no assalto à Câmara Municipal de Celorico da Beira, ocorrido há pouco tempo. O assalto a esta Câmara aconteceu em finais de Janeiro deste ano e os assaltantes também «vasculharam» todo o edifício, tendo levado dinheiro, documentos importantes (incluindo alguns referentes a processos que corriam termos nos tribunais), uma arma de defesa pessoal e um computador portátil.
Actualização
Fonte da autarquia disse à agência Lusa que os assaltantes entraram no edifício da Câmara Municipal do Sabugal «pela porta das traseiras e as restantes fechaduras das portas de acesso ao interior foram todas danificadas para ninguém entrar».
Adiantou que durante o assalto foi rebentado o cofre que estava na tesouraria mas «ainda não está apurado o que terá desaparecido, embora tudo indique que tenham levado algum dinheiro e documentos».
A mesma fonte autárquica contou que os assaltantes «rebentaram as portas dos gabinetes que estavam fechadas mas numa primeira análise não levaram nada, a não ser do interior do cofre, porque nos gabinetes encontravam-se computadores portáteis e não tocaram em nada».
«Quem fez isto viria só à procura de dinheiro», admitiu, salientando que quem entrou no edifício dos Paços do Concelho «deu volta a tudo» tendo entrado «nos serviços de contabilidade, tesouraria, área do executivo e gabinetes».
Outra fonte da Câmara do Sabugal explicou que os autores do assalto «devem ter passado a noite toda no interior do edifício porque encostaram as portas interiores de todas as janelas e partiram e abriram as portas interiores que estavam fechadas à chave».
Devido ao assalto, os serviços que funcionam nos Paços do Concelho do Sabugal estão, de momento, encerrados ao público.
Capeia Arraiana (com agência Lusa)
Esta semana ecos de ventos em sentido contrário fizeram-se sentir na comunicação social relativos ao licenciamento de um parque eólico nas vizinhanças de Sortelha. Recebi no facebook um pedido para que me pronunciasse sobre este assunto. Respondendo a essa sugestão mas, também porque considero importante que o faça como cidadão e sabugalense em particular, aqui fica a minha posição.
Desde sempre defendi que Portugal tem condições excepcionais para desenvolver e apostar nas energias alternativas, nomeadamente a energia eólica e a energia solar, só para citar duas das mais conhecidas. O aproveitamento do vento para produção de energia, para além de ser um recurso energético natural, necessita de um investimento reduzido e como tal torna-se facilmente rentável. Tudo isto para dizer que efectivamente sou favorável a estes investimentos. Contudo, torna-se necessário analisar a localização dos aerogeradores (penso ser este o termo técnico para as chamadas ventoinhas) em função de critérios que devem ultrapassar os critérios da mera análise económico -financeira do projecto.
Nas últimas eleições autárquicas o projecto que encabecei apontava como um dos vectores de desenvolvimento do concelho, uma aposta no Turismo, turismo este que deveria ter em consideração a valorização do património natural e edificado.
Sortelha tem todas as condições para ser potenciada e vir a transformar-se, ainda mais do que é actualmente, num pólo de atracção de turistas, tanto nacionais como estrangeiros. Tem património edificado, que se apresenta em condições, nomeadamente o miolo central da aldeia, tem paisagens naturais, tem uma classificação de aldeia histórica, tem nome e uma marca.
Não conheço, admito, a localização exacta do parque. Mas, a acreditar nos promotores da petição, não me parece aceitável que, existindo tantos montes no concelho do Sabugal, um projecto desta natureza só se torne rentável nas imediações de Sortelha.
Porquê Sortelha? Foram estudadas e apontadas pela Câmara outras possíveis localizações? Penso que a Câmara deveria esclarecer esta questão.
É evidente que todos os investimentos são essenciais para o desenvolvimento do concelho, mas há que saber conciliar os vários interesses. Compreendo que para os proprietários dos terrenos, a renda que vão usufruir seja importante e uma fonte de rendimento, nos magros rendimentos familiares e que para eles possa ser um investimento «amigo». Mas, é preciso não matar, ou pelo menos, para não ser tão radical, não amputar as potencialidades existentes, e pelo contrário saber rentabilizá-las tanto económica como socialmente.
Ainda relativamente a esta questão, surge-me uma dúvida. Que estudo de impacto ambiental foi feito? Foi o mesmo posto a discussão pública?
Espero que todos os trâmites legais deste licenciamento tenham sido observados. Fica aqui mais uma vez o alerta para a necessidade da participação dos cidadãos na vida e nas decisões do poder local. É patente, neste e em tantos outros casos, que uma boa discussão pública pode resolver eventuais conflito e conciliar interesses. Repito interesses colectivos e interesses privados, quando estes sejam de conciliar, pois nem sempre é possível que assim aconteça.
Para terminar reafirmo que sendo favorável à produção de energias alternativas não é esta localização aquela que melhor defende os interesses, nem de Sortelha nem do concelho do Sabugal. A não ser que, após a colocação das ventoinhas, façamos de Sortelha o cenário para recriar a batalha dos moinhos de vento de D. Quixote e Sancho Pança…
«Largo de Alcanizes», opinião de José Manuel Monteiro
jose.m.monteiro@netcabo.pt
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