António Robalo foi eleito presidente da Câmara Municipal do Sabugal nas eleições autárquicas de 11 de Outubro de 2009. Os sete lugares na vereação foram divididos entre o PSD com três (incluindo a presidência e vice-presidência), o PS (de António Dionísio) com três e o MPT (de Joaquim Ricardo) com um. As dificuldades de governar sem maioria absoluta levaram a que o presidente António Robalo chegasse a um entendimento com o vereador Joaquim Ricardo garantindo assim os quatro votos necessários nas votações do executivo camarário. O Capeia Arraiana publica estas segunda e terça-feiras uma grande entrevista com o engenheiro António Robalo, presidente da Câmara Municipal do Sabugal, sobre as grandes questões da actualidade e do futuro do concelho raiano. (Parte 2).
– Quais são as grandes parcerias do concelho do Sabugal?
– Actualmente não faz qualquer sentido trabalhar de forma isolada em investimentos que beneficiam, directa e indirectamente, toda uma região. Através da Associação de Municípios procuramos implementar estratégias consertadas para captar investimentos regionais. Em termos gerais o concelho está em várias plataformas, cada uma com os seus objectivos e isso por vezes confunde as pessoas e até a nossa gestão autárquica. Eu diria que por obrigação legal e por vontade e direito próprio estamos na entidade Turismo Serra da Estrela e queremos que seja o chapéu para aproveitarmos as suas potencialidades turísticas. Com o objectivo de potenciar Sortelha fazemos parte da Associação das Aldeias Históricas e estamos como parceiros de pleno direito na Associação de Municípios do Vale do Côa, na Associação das Terras de Portugal, Associação de Municípios da Cova da Beira, na Comurbeiras e na Pró-Raia. Na defesa da Serra da Malcata e do seu potencial integramos um projecto de cooperação transfronteiriça que integra o Sabugal, Penamacor e as mancomunidades espanholas de Sierra de Gata e Alto Águeda. Ainda nas parcerias transfronteiriças o concelho do Sabugal integra a Binsal – Comunidade de Trabalho Beira Interior Norte e Salamanca e, em breve, no Agrupamento Duero-Douro. São fóruns importantes de entendimento, de trabalho coordenado e de troca de informação e experiências. Procuramos pensar global não deixando de agir local.
– O que pensa da decisão do licenciamento do parque eólico no campo visual da Aldeia Histórica de Sortelha?
– Vou responder como Presidente da Câmara Municipal do Sabugal. Os processos dos aerogeradores do tipo torre eólica estão normalizados e quando entram nos serviços camarários obedecem, normalmente, a todos os requisitos legais e são de fácil aprovação. Desde que a empresa apresente no processo instrutório os documentos de todas as entidades exigidas por lei as autarquias não tem qualquer forma legal de impedir a aprovação e licenciamento dos projectos. Agora é evidente que no caso de Sortelha seria interessante saber se há pareceres adicionais de técnicos da área do Ambiente ou do IGESPAR ou de entidades ligados aos monumentos nacionais. De qualquer forma tive, recentemente, a excelente notícia da Tecneira, empresa que é responsável por dois parques eólicos no concelho – Soito e Malcata – que vão acrescentar mais 11 aerogeradores nas duas localidades. O processo foi-me entregue em mãos, chamei a directora de Planeamento e Urbanismo da Câmara que, depois de analisar os aspectos técnicos e se tudo estiver conforme despacha favoravelmente. Os acessos aos parques eólicos criaram oportunidades, por exemplo, para um centro interpretativo da energia ao longo da história que podia ser feito num percurso ao longo das sete eólicas de Sortelha.
– Como utilizam as autarquias as contrapartidas do licenciamento dos parques eólicos?
– O dono do terreno tem uma renda anual e os municípios recebem trimestralmente 2,5 por cento da produção. Essa contrapartida entra nos cofres da autarquia como receita extraordinária mas não é possível consignar esses valores para investimentos específicos. Aproveito para dizer que estão em fase adiantada as negociações onde reivindicamos os mesmos 2,5 por cento de rentabilidade na produção hidroeléctrica da água que sai da Barragem do Sabugal. Além disso as acessibilidades construídas para chegar às torres podem ser utilizadas em situações de prevenção e combate a incêndios.
– Muito se fala do fecho das escolas primárias. E no Sabugal como vai ser?
– Não há milagres. Cada vez temos menos miúdos. As conclusões da última reunião apontam para o encerramento das escolas de Alfaiates e de Vale de Espinho que no próximo ano teriam menos de dez alunos. Essa informação já foi transmitida ao agrupamento. Vamos criar centros com qualificações pedagógicas ao nível dos edifícios, recursos humanos e equipamentos. Temos uma carta educativa que foi aprovada pelo Ministério da Educação que contempla quatro centros educativas – Soito, Sabugal, Ruvina e Bendada – mas que se transformou num processo dinâmico. Para já avançam como prioridade o Sabugal e o Soito. A Escola Secundária do Sabugal e a EB 2,3 que estão lado a lado já chegaram a ter mais de mil alunos e registam actualmente um total de 500 alunos obrigam a tomar decisões com muito cuidado. As duas melhores apostas que se fizeram no concelho do Sabugal, nos últimos anos, em termos de ensino foi a extensão do ensino pré-escolar a todas as crianças do concelho e a entrada dos cursos profissionais públicos na Escola Secundária do Sabugal. É importante dizer que mesmo não sendo obrigatório a Câmara transporta os alunos do pré-escolar, entre os três os cinco anos, para as escolas e «ajudou» os adultos que já tinham deixado os estudos a retomar a formação.
– A Festa do Cavalo e do Toiro e a Artes do Alto Côa estão integradas numa nova atitude da Câmara do Sabugal?
– No fundo é uma estratégia global da promoção dos nossos produtos, da nossa gastronomia, dos enchidos como o bucho, a chouriça ou a farinheira, do rio Côa, das festas dos cavalos e dos toiros. O Sabugal é terra de gente afável no trato, que sabe receber e que se empenha a fundo nas causas e projectos. É gente disposta a dar muito antes de receber, gente que ama a sua terra, gosta de aqui viver e que procura soluções de progresso e desenvolvimento. Há muito que adoptámos o lema «Sabugal – Surpreenda os Sentidos». E é esse o nosso desafio a todos. Venham conhecer o Sabugal. Deixem-se surpreender pelo Sabugal. O objectivo final é a promoção das nossas marcas e do nosso concelho.
– Como está o investimento Ofélia Club na Malcata?
– A Câmara do Sabugal adquiriu e continua a adquirir terrenos junto à albufeira da Malcata para um aldeamento turístico. O objectivo é transformar todos aqueles terrenos num único artigo de cerca de 40 hectares que permita disponibilizá-lo a qualquer investidor que apareça. Vou aproveitar esta entrevista para clarificar todo o processo Ofélia Club que nunca foi bem explicado. Há um grupo francês com cerca de seis milhões de segurados, Existence, que tem investimentos em residências assistidas para a terceira idade na Europa. A empresa está presente em Espanha e delegou num português que é de origem sabugalense, António Reis, a gestão dos projectos em Portugal dando-lhe autonomia para contactar autarquias. António Reis criou um grupo de trabalho denominado Ofélia Club e inicou contactos com variadíssimas autarquias nos mais variados ramos, nomeadamente, hotelaria clássica para converter em hotéis de terceira idade, as termas de Nisa e Abrantes onde parecem ter surgido incompatibilidades. O Sabugal surge, naturalmente, porque António Reis nasceu e viveu no concelho até aos quatro anos. Na primeira reunião que tivemos disse-nos inclusivamente que a própria mãe lhe tinha pedido em França para tentar fazer alguma coisa pelo Sabugal. Depois de analisados os possíveis locais indicados pelo executivo anterior entendeu escolher a Malcata para o investimento que pretendia fazer. Juntou-se o útil ao agradável porque o planeamento municipal permitia construir naquele espaço ao contrário de outros que foram analisados…
– … entretanto já houve uma série de falsas partidas…
– A Câmara Municipal do Sabugal continua a cumprir com as suas obrigações, ou seja, adquirir os terrenos como previsto no plano de ordenamento turístico. Contudo estes processos estão dependentes dos licenciamentos de muitas entidades e há alguns que ainda estão em fase final de aprovação. Sobre o investidor ainda não tive nenhum sinal de que pretendia desistir. A situação nacional e internacional está economicamente difícil mas a Câmara tem a obrigação de se preparar para este ou outro investimento turístico na zona da Barragem do Sabugal.
– Como está a saúde económica da Câmara do Sabugal?
– Grande parte das receitas do município são encaminhados para serviços de proximidade como água e saneamento porque os valores reais estão muito acima das tarifas praticadas aos munícipes. O sistema de abastecimento de água, a recolha de lixos, o saneamento urbano, o sistema de transportes escolares que é ao mesmo tempo uma rede para todos os utentes, tudo isto é comparticipado pela Câmara Municipal do Sabugal. É muito dinheiro que nos permitiria fazer brilharetes em iniciativas de encher o olho. Os outros projectos que estão no terreno são para concluir mesmo que seja necessário arranjar fontes alternativas de financiamento. A autarquia é uma pessoa de bem. Para o futuro próximo é muito importante começar a preparar projectos para novas candidaturas no quadro do QREN e da Comurbeiras.
– As propostas municipais para atrair investimento têm sido bem promovidas?
– A aposta tem sido dirigida para a divulgação das nossas potencialidades através da realização de eventos e feiras temáticas que visem potenciar a procura do nosso património e dos produtos gastronómicos mais típicos e genuínos do nosso concelho. Outra das prioridades é dar-mos a conhecer as nossas belezas naturais como o Rio Côa e a barragem do Sabugal que aguarda investimento privado, a dinamização do potencial da Reserva Natural da Malcata, o Parque Termal do Cró e o Parque de Campismo. A maior parte das vezes as autarquias trabalham para ter concelhos bons para viver e para visitar. Eu gostaria de transformar o Sabugal num concelho bom para viver, para visitar e para investir.
– Que mensagem final quer deixar aos sabugalenses?
– A finalizar esta entrevista deixo um desejo. Cada sabugalense e cada amigo do Sabugal têm um papel muito importante no futuro da nossa região. Gostaria que cada um de nós, amando a nossa terra, conseguisse em cada momento e em qualquer lugar ser um embaixador do Sabugal, ser um angariador de vontades para o Sabugal, contribuindo para amplificarmos a nossa marca. Se não nos unirmos neste esforço colectivo tornar-se-á mais árdua a tarefa da promoção. Gostaria que os sabugalenses estivessem num patamar de desprendimento e união a favor desta causa comum. Gostaria que fosse criado um grande lobbie concelhio com todos os sabugalenses que estão espalhados pelo País em lugares de influência a que eu pudesse recorrer sempre que fosse necessário. Conto com todos. Com os sabugalenses que estão no concelho e com os sabugalenses que estão fora do concelho.
jcl
25 comentários
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Quinta-feira, 29 Julho, 2010 às 2:05
josnumar
Que se passa com os leitores do Capeiaarraiana? A entrevista do Presidente não está a suscitar comentários? Um excelente trabalho do Capeiaarraiana e até agora apenas uma pessoa escreveu o que pensa da entrevista.
Para mim, algumas afirmações proferidas pelo senhor Presidente da Câmara nesta entrevista merecem ser comentadas e tidas em conta, porque algumas ideias expressas pelo entrevistado deixaram-me pasmado.
Na 2ª parte da entrevista à pergunta sobre a decisão do licenciamento do parque eólico nas imediações das muralhas de Sortelha, a resposta merece ser nomeada a FRASE DO ANO, senão vejamos: “a autarquia não tem qualquer forma legal de impedir a aprovação e licenciamento dos projectos”.
Como? A Câmara não tem poderes para reprovar projectos? E no caso de Sortelha, revelou que “seria interessante saber se há pareceres adicionais de técnicos da área do Ambiente ou do IGESPAR ou de entidades ligadas aos monumentos nacionais ( Sortelha é Monumento ). Ou seja, desconhece se esses pareceres foram realizados e que conclusões obtiveram…mas a Câmara licenciou a obra. E remata a frase do ano com esta conclusão: ” Os acessos aos parques eólicos criaram oportunidades, por exemplo, para um centro interpretativo da energia ao longo da história que podia ser feito num percurso ao longo das sete eólicas de Sortelha”. Será esta a oportunidade para Sortelha se afirmar como uma das Aldeias Históricas com melhor futuro? Não creio!
E já leram a resposta da forma “como as autarquias utilizam as contrapartidas do licenciamento dos parques eólicos”? As contrapartidas do licenciamento, diz o senhor Presidente, que “entra nos cofres da autarquia como receita extraordinária, 2,5 por cento da produção.”
E assim vamos vivendo, cantando e rindo, porque esquecer as eólicas, os Ofélias e quem luta sozinho pelo êxito dos seus projectos, mas pensando no valor que o seu trabalho tem para ajudar no desenvolvimento da região, dá muitas dores de cabeça e às vezes vontade de procurar outros lugares. Um apelo a esses empreendedores: coragem porque o Sabugal necessita dos serviços que disponibilizam a todos nós e aos que nos visitam.
Quinta-feira, 29 Julho, 2010 às 9:18
agnelo abrantes
Posso concluir pelo seu nome que está no mar, ou melhor,prefere o mar do litoral às serras do interior. Dentro dessa lógica eu poderia ser o josnaserra. O Sr. não deve ter aprendido a ler numa escola primária do interior, como eu aprendi e quando não conseguiamos ler e interpretar, fucionava a menina dos “cinco olhos”. O sr. põe na boca do presidente coisas que ele não disse. Naturalmente que todos nós estamos obrigados a cumprir a lei e o presidente da camara tambem tem que cumprir a lei. Essa é a regra nº 1 dum estado de direito. Qualquer privado que apresente um projecto para aprovação na câmara que cumpra com todas as exigências legais e depois do parecer favoravel dos técnicos da autarquia o presidente está obrigado a…aprovar sob pena de ser responsabilizado, no limite com perda de mandato. Elementar meu caro Watson…
agnelo abrantes
Quinta-feira, 29 Julho, 2010 às 19:14
joao Valente
Ai sim? Então para que servem os instrumentos de gestão e ordenamento do território que são da responsabilidade e poder da autarquia? Nomeadamente o PDM que pode condicionar e ordenar a política de ocupação do território? Estamos a brincar, não estamos?
Sexta-feira, 30 Julho, 2010 às 1:36
agnelo abrantes
Senhor Joao Valente:essa não lembra ao diabo.Entao o Sr. quer um pdm para impedir a implantação das eolicas? Entao o sr. como advogado não sabe que as leis sao gerais e abstractas?Quando dizemos que sao abstractas queremos dizer que ao ser feita a lei, não se pode prejudicar ou beneficiar ninguem.
Um abraço
agnelo abrantes
Domingo, 1 Agosto, 2010 às 3:16
joao Valente
A abstracção e generalidade da lei, não é nada disso. Até há leis que discriminam pela positiva casos particilares… e são gerais e abstractas. O PDM é, para qualquer leigo, um instrumento de gestão e ordenamento do território, que define as políticas de ocupação do solo na área de um concelho. Permite definir previamente e com seguança jurídica, outro conceito jurídico que o amigo desconhece, os direitos e interesses dos particulares sobre esse território. Quando uma Câmara não tem uma política de território bem definida e orientada, é “apanhada com as calças na mão” e tem de licenciar o inimaginável, como em Sortelha… Ou se não foi o caso, é muito mais grave, ainda! Não tapemos o sol com a peneira…
Outro abraço
Sexta-feira, 30 Julho, 2010 às 1:59
josnumar
Meu caro “agnelo abrantes”, ainda hesitei entre responder ou não mas aqui fica um pequeno apontamento. Em nenhum momento pus palavras na boca do senhor Presidente a Câmara. Limitei-me a citá-las ( entre aspas!…) com base na leitura da entrevista publicada no Capeiaarraiana.
Quanto às restantes ironias, apenas lhe digo que nasci numa aldeia raiana e lá andei na escola primária. Para continuar os estudos tive que sair para onde havia onde o pudesse fazer, ou seja, fora do concelho do Sabugal. Quanto aos resto, por serem de carácter pessoal não me merecem qualquer comentário.
Sexta-feira, 30 Julho, 2010 às 19:20
jorge clara
Desde já os meus mais sinceros parabéns ao Sr. Angelo Abrantes por não ter ( papas na lingua)
Ao sr Presidente da câmara os meus parabéns por seguir em frente com o seu trabalho na câmara e por saber sim gerir as leis. Parabéns pelo parque eólico que está a nascer em Sortelha significa que estamos a evoluir.
Se mais comentários não existem de desagrado é muito bom sinal porque significa que a população está contente com o seu trabalho Sr. Presidente.
Posso garantir que aqui em Sortelha a população em nada está desagradada com o referido parque.Parabéns
Sábado, 31 Julho, 2010 às 12:46
Celino Augusto
Ainda alguém me há-de explicar como é que a “plantação” de um parque eólico é sinal de evolução local. Não será que um parque eólico apenas traz uma nova paisagem e rendimentos a alguns (imagino que poucos) proprietários dos terrenos? Sinceramente também não percebo como é que não se pode estar desagradado em Sortelha com a paisagem que por ali andar a nascer. É claro que estes parques têm de surgir em qualquer lado porque são sim sinal de evolução para a humanidade, mas parece-me que haverá outros lugares cuja preservação da paisagem não será certamente tão importante como em Sortelha, mas enfim.
Já agora, e pensando eu saber quem é o Jorge Clara, aqui fica uma pergunta: Quantas pessoas em Sortelha vão ficar a ganhar com o parque eólico, ou seja, quantos habitantes de Sortelha vão ficar a receber rendimentos provenientes das eólicas?
Em relação a Sortelha o que eu acho é que para minimizar o estrago, que eu considero ser grande, mas o futuro o dirá, em vez do conformismo ou ausência de desagrado dos locais, deveria ser reivindicado um forte investimento em infra-estruturas e actividades para o turismo, como por exemplo piscinas, parque de merendas/zona de lazer, centro interpretativo, programas de animação e divulgação. Isso sim seria sinal de desenvolvimento.
Também não podemos esquecer que Sortelha é hoje o que é (ou deveria ser) pela falta de “desenvolvimento”. É que durante anos Sortelha foi abandonada, o que fez com que a parte histórica se mantivesse praticamente intacta, ao contrário de outras localidades em que o tal “desenvolvimento” (da família do das eólicas) destruiu quase tudo.
Domingo, 1 Agosto, 2010 às 3:20
joao Valente
Subscrevo na integra. Podem limpar as mãos à parede, de tanto orgulho do que fizeram.
Sábado, 31 Julho, 2010 às 21:06
joao martins
Na confirmação do comentario do Sr. Roberto Calamote na parte 1 da entrevista e como penso conhecer mais ou menos o António Robalo, diria que não tenho duvida nenhuma que a sua forma de ver e exercer o poder sem exibicionismos, com desapego, respeitando e tratando todos por igual, quer os ricos quer os pobres, quer os doutores quer os analfabetos, sem pavonices que outros usavam e abusavam se estivessem no seu lugar, tudo isto é próprio de um Homem seguro de si, pelo elevada formação tecnica e cientifica que tem, experiencia, pelo trato e relações humanas, pela capacidade de adaptação e intelegencia, que permitem que se imponha com naturalidade. A tudo isto acresce uma capacidade de trabalho e disponibilidade impar!Experimentem e verão que no contacto directa ele transmite uma serenidade enorme.
joao martins
Domingo, 1 Agosto, 2010 às 3:23
joao Valente
Nisto, concordo.
Domingo, 1 Agosto, 2010 às 8:46
josnumar
Meus caros, o cidadão António Robalo, que por vontade do povo e do sistema eleitoral vigente no nosso país, exerce actualmente as funções de Presidente da C.M.Sabugal. Não estamos aqui a duvidar da segurança pessoal, da sua formação técnica e científica e da sua capacidade para as relações humanas ou da sua capacidade de trabalho. A verdade é que ao aceitar exercer as funções de Presidente de Câmara e ao assumir alguns projectos do anterior presidente, passou a ser responsabilizado pelo andamento dos mesmos. Em Sortelha, as eólicas só não deram mais polémica e mais cedo, porque o povo, embora culto e inteligente, foi levado por ilusões de ganhar dinheiro. Se não fosse isso, nunca elas deixariam destruir as suas terras. E em Malcata, está a ser outra ilusão,porque já lá vão quase dois anos e o grande projecto “Ofélia Club” ainda não saiu do papel, se é que existiu algum desenho desse projecto. Houve sim anúncios bombásticos no Salão Nobre da Câmara Municipal, várias reuniões com os proprietários dos terrenos, promessas de que a obra seria realizada e o pedido de facilitar a venda das terras e não colocar muitos obstáculos para não colocar o projecto em causa. Depois disto, digam-me se os cidadãos devem ou não comentar a entrevista do senhor Presidente? Não comentam porque são poucos os que sabem utilizar a internet e o computador. As aldeias possuem internet gratuita, mas nunca ninguém, até agora, se preocupou em explicar, formar ou incentivar o uso desta tecnologia para o benefício dos cidadãos. Entretanto, o mundo pula e avança e enquanto uns concordam, outros discordam das decisões do Presidente António Robalo. A democracia é mesmo assim.
Terça-feira, 3 Agosto, 2010 às 10:44
Ana Vilardell
Caros Comentadores, li atentamente aquilo que escreveram, assim como li com atenção a entrevista do Sr. Presidente; Apetece-me só dizer-vos de que, se por acaso, o nosso Concelho ficasse de fora nesta “coisa” da energia eólica, automaticamente diriam que o Concelho não acompanhava a evolução do Pais; Mas como a atitude, foi exactamente contraria, então vamos “deitar abaixo” porque nós somos opositores a tudo aquilo que se faz no Concelho; é sempre assim que até chateia…
Convençam-se de uma coisa: o futuro do nosso Planeta passa em grande parte pelo uso da energia eólica, e como tal temos de aproveitá-la da melhor forma que pudermos e soubermos e,mais importante, o quanto antes… e creio que a nossa localização geografica é uma mais valia para este tema…
Ou preferem a nuclear?? aqui dirão: “ui essa não, porque é muito à frente!!!”
Até me apetece dizer mais: com tanto pessimismo e “politica do deita abaixo”, atrevo-me a dizer (e partilhando da opinião da maioria das pessoas com quem falo!) “pessoas como os Srs, nós não precisamos! Precisamos sim de mais parques eólicos!!!”
Para si Presidente, essa sua forma de estar à frente da Autarquia e de desenvolver os serviços de proximidade e outros em prol das pessoas, que estão a dar frutos, deixe que lhe diga, “faz comichão a muita gente!!”
Terça-feira, 3 Agosto, 2010 às 18:59
joao Valente
Ninguém está contra as eólicas! Estão é contra onde colocam certas eólicas, o que é bem diferente…
Quarta-feira, 4 Agosto, 2010 às 0:39
Celino Augusto
Primeiro: Não me parece que alguém esteja contra a energia eólica, pelo menos eu não estou.
Segundo: Não concordar com a instalação de parques eólicos em determinados locais não é estar contra a energia eólica.
Terceiro: Tenho tanto o direito de não concordar com a instalação de parques eólicos em determinados locais, como qualquer pessoa terá o direito de concordar, pelo que a minha opinião merece tanto respeito como a dos outros.
Quarto: “Pessoas como os Srs (que não concordam com determinada situação?), nós não precisamos” Mas “nós” quem? É que não me parece que seja o concelho que não precisa. Na minha opinião todos fazem cá falta, mesmo os que cá não estão, e mais uma vez respeito a opinião contrária, mas “correr” com quem não concorda connosco não me parece solução e as torres eólicas infelizmente não substituem as pessoas, essas sim, que tanta falta cá fazem.
Seja como for tenho uma certeza: o concelho não conseguirá viver só do vento, mesmo que para alguns isso possa parecer um sinal de grande desenvolvimento. Depois dos parques eólicos estarem todos “plantados”, poderemos então analisar o nível de desenvoilvimento das zonas onde eles estão inseridos.
Quarta-feira, 4 Agosto, 2010 às 1:15
joao Valente
Em tempo: O Sr Presidente da Câmara não precisa que o defendam, porque ninguém o ataca. Além disso, pelo que conheço dele, sabe muito bem defender-se se for preciso.
Quarta-feira, 4 Agosto, 2010 às 13:02
Luis Afonso
Bom dia,
Na minha opinião é claro que as eólicas podem trazer desenvolvimento, consoante os donos dos terrenos em que são implantadas. Há vários exemplos no concelho. Se os donos forem as juntas por exemplo…
Podíamos era não resumir a discussão de uma entrevista tão abrangente do sr. Presidente da câmara a uma mera questão local de uma freguesia que realmente tem sido o cartão de visita principal do concelho, e que até pode perder algum do encanto que tinha, mas não será o fim do mundo com certeza. O que temos em Sortelha não desaparece com o parque eólico.
Quarta-feira, 4 Agosto, 2010 às 20:49
Ana Vilardell
Se a energia eólica não fosse sinal de desenvolvimento ou sinal de que os tempos mudam, a GALP não iria agora construir um!aqui ninguem corre com ninguem, mas para o Sr. a quem tocou o meu comentário, ainda espero pelo dia em que o vejo ou ouço escrever que algo de bom se faz por cá….
Sexta-feira, 6 Agosto, 2010 às 8:41
joao Valente
A santa ingenuidade quando é muita, confrange! O objectivo da Galp é o lucro; a margem entre o custo de produção e venda aos consumidores, Por isso quando mais caro vender a electricidade, melhor. Com as eólicas, a Galp apenas está a subsidiar a sua produção com os nossos impostos e incentivos comunitários, para vender ao máximo preço. As vantagens para nós? nenhumas! Outra coisa seriam os particulares, as autarquias promoverem a construção dos parques para venderem aos associados ou munícipes a preço mais reduzido… Mas aí temos o monopólio da REN que onera a distribuição da energia em conluio com a EDP a quem não interessa a concorrência. É este o panorama, Ana!
Quinta-feira, 5 Agosto, 2010 às 12:45
joao valente
Se o “remoque” é para mim, é injusto, porque tenho apoio entusiásticamente o que é bem feito. Outra coisa é ser cego pelas amizades (sou amigo do Eng.º Robalo ha décadas e conheço o Manel Rito desde a infância) ou conveniências. Globalmente, tirando um o outro pormenor, até penso que a entrevista do Eng.º Robalo regista uma mudança de atitude e abordagem dos problemas concelhios, que não existia até às últimas eleições. E ao contrário de muita gente, neste sentido, o Eng.º Robalo não me surpreendeu…
Quinta-feira, 5 Agosto, 2010 às 12:52
joao valente
Em tempo; Tenho mitíssimos defeitos ( e quem os não tem?), mas subserviência e bajulação, não fazem parte da minha perssonalidade. Digo o que penso sempre, correctamente, sem subterfúgios e com total independência!
Quinta-feira, 5 Agosto, 2010 às 14:52
Sopro
Eu quis fazer uma casa em Sortelha e não me deixaram porque estava na zona ecológica ou agrícola, ou seja lá isso… Iria fixar-se pelo menos uma familia e trazer mais consumo à aldeia. As eólicas podem avançar! Quando o dinheiro fala mais alto…
Sábado, 7 Agosto, 2010 às 11:32
Celino Augusto
Ok, já percebi: ninguém corre com ninguém, simplesmente os que têm opiniões divergentes não fazem cá falta… só ainda não percebi é quem é o “nós”.
Reafirmo tudo o que disse e não é a opinião que alguém tem formada de mim, que sem sequer me conhece ou me conhece mesmo muito pouco, que vai condicionar as minhas opiniões nem a minha concordância ou discordância. Eu concordo ou discordo das propostas e das iniciativas, não pela origem ou autoria mas sim pelo seu conteúdo e objectivo.
Relativamente às eólicas, venham elas, mas que não prejudiquem. No entanto, e apesar de já não ver tão bem como há uns anos, eu não quero nem vão conseguir pôr-me a ver gigantes onde estão simples moinhos…
Segunda-feira, 9 Agosto, 2010 às 20:52
Ana Vilardell
para quê, falar com perspectiva de futuro, quando não se olha a mais de um palmo…continuo a dizer, ainda bem que se lembram do nosso concelho para este tema e o mesmo não ficou esquecido como tanta vezes acontece…..
e só para terminar, porque eu gosto de dialogos com clareza, ainda bem que muitas vezes “palavras leva-as o vento”….
P.S. Sr. Joao Valente, se o capuz lhe serve….pode ficar com ele!
Terça-feira, 10 Agosto, 2010 às 10:34
joao Valente
Eu só enfio o que quero e não o que me impingem. Sou completamente livre em todos os sentidos. Tem oportunidade de mostrar o que vale na Assembleia Municipal. Força!