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Surgidos em 2005 e constituídos por quatro músicos, que são: Alex Van True, Jorge Sousa, Zé Fusco e Mário Duarte, os «One Vision» são a banda portuguesa de tributo aos Queen.

O que têm para oferecer os «One Vision» ao público da Festa da Europa/Artes do Alto Côa, no dia 29 de Julho no Sabugal?
Pois, nada mais nada menos que isto:
– Uma energia interminável e uma voz extraordinariamente parecida com a de Freddie Mercury;
– Um fantástico som de guitarra eléctrica com todo o feeling e calor de Brian May;
– O grave que nos faz bater o coração, nota por nota, como criou o grande John Deacon;
– A bateria levada ao mais ínfimo pormenor, os falsettos levados ao extremo, como nos habituou Roger Taylor;
– O sentimento e expressão dos teclados como se de um piano de cauda se tratasse.
Desde a mais curta nota de baixo ao mais longo solo de guitarra. Desde o mais agudo vibrato vocal, até à nota mais à esquerda no piano, tudo é recriado na perfeição.
«Bohemian Rhapsody», «The Show Must Go On», «Radio GaGa», «We Are The Champions», «Crazy Little Thing Called Love», «Another One Bites The Dust», ou «I Want to Break Free», entre muitas outras canções do Queen, farão parte do alinhamento do concerto, que terá a duração mínima de uma hora e meia.
Segundo eles próprios costumam dizer: «Nós também somos fãs (dos Queen, claro)… e divertimo-nos tanto ou mais que vocês, público. Os Queen serviram-nos a nós quando éramos crianças. Agora que somos adultos, é a nossa vez de os servir a eles, com esta homenagem.»
O que seria de esperar dos «Queen» é transmitido na perfeição pelos «One Vision».
A banda anda em digressão desde o início do ano e já passou (ou irá passar) por palcos de Moura, Fundão, Cartaxo, Sesimbra, Trancoso, Alpalhão, Leiria, Abrantes, Óbidos, Mirandela, etc. Chegou, agora, a vez do Sabugal apreciar esta banda ao vivo. A não perder…
Por João Aristides Duarte
«Imagem da Semana» do Capeia Arraiana. Envie-nos a sua escolha para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com
Data: 21 de Julho de 2010.
Local: Casteleiro, Sabugal.
Autoria: Capeia Arraiana.
Legenda: José Sócrates fez uma breve paragem no Casteleiro para cumprimentar António José Marques, presidente da Junta de Freguesia local e para receber uma monografia das mãos do autor, Daniel Machado.
jcl
No jardim, no quintal, a figueira ao cantinho das escadas, onde me sento dia após dia, durante horas, a ver as sombras do muro e da nogueira no jardim, o contorno das ramadas das carvalhas, o vulto das árvores, a noite a subir gradualmente no Arsaio e a engolir a cruz, o chão da forca.
No jardim, no quintal, a figueira ao cantinho das escadas, onde me sento dia após dia, durante horas, a ver as sombras do muro e da nogueira no jardim, o contorno das ramadas das carvalhas, o vulto das árvores, a noite a subir gradualmente no Arsaio e a engolir a cruz, o chão da forca.
Subo o balcão, muito cansado, tão cansado, que depois do jantar deixo-me ficar deitado no sofá da sala, um pouco sombria, quase às escuras. Pela janela o contorno negro dos cedros das Portas, e no intervalo deles, o disco vermelho do sol a descer. Pego num dos livros do meu pai sobre ervanária, para matar o tempo, e leio durante uns minutos.
Na sala a escuridão avança, enquanto lá fora o dia expira, até que me levanto e vou à varanda, de onde, avisto o contorno do castelo cada vez mais ténue, a agulha da torre que se apaga por cima dos telhados das casas e dos quintais, pouco a pouco. O muro da casa ainda está quente dos raios do sol. Arrasto uma cadeira e durante uns breves dez minutos fico sentado na varanda, os membros exaustos, olhos cansados, a despedir-me do dia.
As roseiras, espalhadas pelo canteiro do furo, ganham uma súbita tonalidade azul, depois vão-se apagando devagar, muito devagarinho, à medida que a luz se lhes vai escapando. Sem que me apercebesse, o verde da figueira e da nogueira transfigurou-se em negro e a crista dos montes desapareceu. A iluminação pública acendeu-se. Lá em baixo no caminho dos regatos, mesmo na orla da aldeia, passa um vulto de enxada ao ombro.
Regresso para dentro e acendo a luz. Abro de novo o livro numa página à sorte. Uma borboleta esvoaça pela sala, paira no ar com um leve bater de asas e vai bater no vidro do candeeiro do tecto.
Com novo esvoaçar, desaparece pela janela, para escuridão da noite. Com ela vai todo o mistério da criação, toda a sua magia, toda a sua maldição.
«Arroz com Todos», opinião de João Valente
joaovalenteadvogado@gmail.com
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