You are currently browsing the daily archive for Domingo, 18 Julho, 2010.

«Casa d`Irene» é o primeiro fascículo de um nova categoria do Capeia Arraiana denominada «Tesouros Gastronómicos das Beiras». Estes fascículos vão destacar espaços gastronómicos de eleição privilegiando as regiões raianas das Beiras. A «Casa d`Irene» está situada no Largo do Almo, na aldeia de Malpartida, no concelho de Almeida. É um acolhedor espaço familiar de comida tradicional gerido pela simpática Dona Irene onde o polvo e o bacalhau no forno reinam, bem longe dos mares, nas terras raianas de Almeida.

Almeida é uma das Aldeias Históricas de Portugal e sede de um concelho subdivido em 29 freguesias que tem como vizinhos Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Pinhel, Sabugal e Espanha. Avistada do ar apresenta o aspecto único de uma estrela mágica de 12 pontas que parece ter sido desenhada por seres extra-terrestres. Antes de passar pela porta de São Francisco o fosso que rodeia as muralhas surpreende os visitantes pela largura e pelo estado de conservação e limpeza extensível, aliás, a todo o centro histórico. O esmero e cuidado colocados pela autarquia na requalificação e manutenção das praças, ruas e ruelas permite fotografias para bilhetes postais mas… sem pessoas. Almeida é uma fortaleza que faz lembrar o cenário de um filme sobre as invasões francesas onde todos os figurantes saíram para ir almoçar…
…E para almoçar a escolha recai sobre a «Casa d`Irene», que fica ali bem perto no largo principal de Malpartida, terra com cerca de 100 eleitores. A proprietária e cozinheira, Irene Frias, nasceu na aldeia. Andou 10 anos por terras de França até decidir regressar para que a sua filha frequentasse a escola em Portugal.
Voltou nos anos 80, investiu na sua terra, adaptando uma casa de lavoura a minimercado e café e posteriormente «acrescentou» o restaurante quando abriram umas pedreiras na zona e os trabalhadores não tinham nada por perto para tomar as refeições.
«Alguns anos depois quando as pedreiras fecharam passei momentos difíceis», recorda Irene Frias reconhecendo que o alcatroamento da estrada – há cerca de seis anos – entre Almeida e Malpartida lhe deu um novo ânimo porque «com água vive-se no deserto». «A Câmara de Almeida e o presidente Baptista têm sido impecáveis no apoio ao meu restaurante», faz questão de afirmar.
«Nesse tempo não passava praticamente ninguém mas – nunca me esquecerei – um dia, uma quarta-feira, entrou pela porta o dono da empresa que andava a arranjar a estrada e perguntou-me o que havia para almoçar. Cozido à portuguesa, respondi-lhe. – Então somos quatro! – No dia seguinte vieram cerca de 20 e a partir desse dia nunca mais parou. Foram dizendo uns aos outros», recorda.
Irene Frias não tinha experiência profissional de cozinha mas confessa que aproveitou muito do que aprendeu com a mãe. «Costumo dizer que devemos dar valor ao que temos. Faço umas batatas à pobre com nabos refogados e carnes grelhadas iguais às que comia em casa quando era criança que ficam uma delícia. Claro que os tempos são outros e a fartura é outra. Mas o sabor das minhas origens está lá».
– O polvo e o bacalhau são reis na ementa da sua casa…
– Temos entradas de fumeiro, chouriças e buchos cortados aos bocadinhos, morcela doce com marmelo ou maça reineta, batatas compostas na frigideira e migas com bacalhau cozido e desfiado. O polvo e o bacalhau são tradições natalícias em toda a região da Guarda mesmo nas casas mais humildes. Adaptei os pratos porque, como não havia electricidade, mesmo o polvo chegava salgado. O polvo e o bacalhau no forno são as duas especialidades que temos por marcação. Também trabalhamos muito com o cabrito na brasa para quem chega e tem pouco tempo para comer. E aconselhamos o cozido à portuguesa e os peixinhos de escabeche, muito típicos da nossa região. Os pratos vão acompanhando a época do ano, como por exemplo, favas com presunto, bacalhau frito com arroz malandrinho… Estamos sempre a variar. Recebemos peixe fresco de Aveiro e as carnes são de produtores da região.
– Falta falar das sobremesas…
– Temos arroz doce e leite creme, porque não gosto muito de trabalhar com natas. Para aproveitar as claras faço as farófias e o doce de maça ou de marmelo quando é o tempo dele.
– Estão abertos ao domingo…
– Sim. Aliás abrimos todos os dias. Como é que faço isso? É uma questão de mentalidade. Abrimos todos os dias do ano. Quando foi no princípio custou-me muito adaptar-me a não ter férias nem fins-de-semana. Tenho três empregadas jovens e como já não sei fazer outra coisa a não ser trabalhar…
– Como define a Casa d`Irene?
– É uma casinha. No minimercado aqui ao lado – a que gosto de chamar a minha despensa organizada – podia fazer mais uma sala mas prefiro manter o espaço como está. Uma casinha. Um grupo que veio cá comer um dia entendeu voltar e oferecer-me uma moldura com uma declaração de qualidade assinada por todos. A minha melhor promoção são os meus clientes.
:: ::
Casa d`Irene – Largo de Almo – Malpartida – Almeida
Horário: Aberto todos os dias do ano
Tel.: 271 574 254
GPS: Latitude, 40°45’34.27″N – Longitude, 6°52’7.60″W
:: ::
Casa d`Irene, em Malpartida, uma agradável e saborosa surpresa. Um dos tesouros gastronómicos das Beiras.
jcl
A «Casa d`Irene» está situada no Largo do Almo, na aldeia de Malpartida, no concelho de Almeida e é um acolhedor espaço familiar de comida tradicional gerido pela simpática Dona Irene. O polvo e o bacalhau no forno reinam, bem longe dos mares, nas terras raianas de Almeida.
GALERIA DE IMAGENS – CASA D`IRENE |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
jcl
A vila de Penamacor recebeu nos dias 17 e 18 de Julho, pelo segundo ano consecutivo, o Encontro de Terapias Alternativas. O evento, é organizado por Anabela Martins, Mestre de Reiki, em conjunto com a Câmara Municipal de Penamacor.
Fotos Natália Bispo – Clique nas imagens para ampliar |
O Pen Magor decorreu nos dias 17 e 18 de Julho, com arranque no sábado às 15 horas para um programa repleto de actividades, quer individuais, quer em grupo.
Estiveram à venda produtos naturais, um bar com comida saudável e exposição de trabalhos sob a temática da ecologia e bem-estar. Tudo isto durante as tardes de sábado e domingo, mas também durante a noite do primeiro dia, em que após as actividades, houve música no Pátio das Laranjeiras, a cargo do grupo Tocafujir.
«Queremos colocar de novo Penamacor na rota dos eventos de qualidade, diferenciadores e que tragam novos públicos até à nossa vila. O Pen Magor tem tudo para poder ser um sucesso, mesmo que numa escala ainda reduzida, por isso o apoio da Câmara impunha-se», referiu Lídia Cruchinho, vereadora do pelouro da Cultura.
jcl (com Grand Yoga)
A Junta de Freguesia de Vale da Pinta, no concelho do Cartaxo, organizou no sábado, 10 de Julho, uma excursão ao concelho do Sabugal. Os visitantes foram recebidos com todas as honras gastronómicas na Praia Fluvial da Rapoula do Côa pelos elementos da Junta de Freguesia local. O presidente da Câmara Municipal do Sabugal, António Robalo, fez uma breve passagem pelo convívio para dar as boas-vindas aos forasteiros.
GALERIA DE IMAGENS – RAPOULA DO CÔA |
Fotos Capeia Arraiana – Clique nas imagens para ampliar |
jcl
NAMORISCADOR
Quero ir a Quadrasais
Falar à Maria Mim
Nem que a peçam generais
Não há-de negar-me o sim.
Mas deixai, ora me lembro,
Já tenho noiva aprazada.
Meu pai a pediu em rendo
Na lua nova passada
Passadas dei eu em vão
Nas ruas da Lageosa
Não quebrei o coração
Da dona da Genestosa
Porém, vingança a fartar
Hei-de tirá-la me afoito
É trotar a bom trotar
Para o mercado do Soito.
Hoje é a quarta segunda
As moças são a granel
Ou faço apanha que bunda
Ou não me chame Manuel
E se a sorte me não mima
Então arranco uma bula
E vou casar com uma prima
Que me espera na Bismula
Manuel Leal Freire
Comentários recentes