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O PSD apresentou hoje publicamente a lista de candidatos pela Guarda às eleições legislativas de 5 de Junho, que é encabeçada pelo soitense Manuel Meirinho, que afirmou que a polémica é algo de natural em política.
Sobre a polémica com a escolha de alguns candidatos por parte do PSD, especialmente a de Fernando Nobre para liderar a lista de Lisboa, Manuel Meirinho considerou que essa polémica é natural e contextualizada, sendo também normal porque isso faz parte da democracia. O facto de ser uma escolha conflituosa torna-a num acto saudável para a democracia, pois a polémica faz naturalmente parte do sistema político.
Para além da candidatura de Nobre provavelmente também a sua e as de Francisco José Viegas e de Carlos Abreu Amorim «podem causar alguma polémica» em «alguns sectores do partido» mas isso é positivo porque só assim os partidos se abrem à sociedade.
O candidato independente revelou que aceitou o convite para liderar a lista candidata pela Guarda porque essa é a forma de «contribuir para que as questões do distrito possam ter uma maior audição na Assembleia da República».
O presidente da federação distrital do partido, Álvaro Amaro, esvaziou a polémica acerca do lugar ocupado pelo actual deputado João Prata, que de segundo nas últimas eleições passou agora para o quarto lugar. «Na politica não há carreiras, como sucede na função pública», disse Amaro, que defendeu que em cada momento os candidatos são escolhidos consoante a oportunidade, salientando contudo que João Prata volta a ser candidato a deputado, ocupando o lugar que foi considerado adequado, e que se disponibilizou para ser o director de campanha na Guarda, o que revela que aceitou a situação. O líder distrital assegurou ainda estar satisfeito por Passos Coelho ter ouvido a estrutura local, ao escolher para liderar a lista uma figura do distrito, ao contrário do que sucedeu no PS, que escolher um homem nascido em Coimbra. «Paulo Campos andou por aqui, enquanto secretário de estado, a prometer estradas que não construiu, pelo que espero que aqui volte na campanha para pedir desculpa aos guardenses».
A Manuel Meirinho seguem-se na lista do PSD pela Guarda o actual deputado José Luís Peixoto (de Seia), Ângela Guerra (de Figueira de Castelo Rodrigo) e João Prata (da Guarda).
plb
A Confraria do Bucho Raiano, com sede no Sabugal, participou num encontro de confrarias gastronómicas, promovido pela Confraria da Chanfana, de Vila Nova de Poiares.
A Confraria da Chanfana, uma das mais dinâmicas do movimento confrádico português, tomou a iniciativa de convidar as confrarias que são suas afilhadas a participarem num encontro em Vila Nova de Poiares, tendo em vista fortalecer os laços de amizade e confraternização entre os confrades.
O encontro ocorreu no domingo, dia 17 de Abril, e nele participaram as seguintes confrarias, vindas de todo o território nacional, incluindo os Açores:
Maranhos, Bucho de Arganil, Broa de Avanca, Almeirim, Bodo, Cabrito, Atlântica do Chá, Tentúgal, Maça Portuguesa, Matança do Porco, Sopa dos Açores, Marmelada, Sardinha e Bucho Raiano.
A jornada começou logo pela manhã, com a realização de um rally paper temático, onde cada equipa assumiu o objectivo de seguir pistas para arranjar os ingredientes para a confecção da chanfana: na caçoila de barro preto teve de juntar-se carne de cabra velha, azeite, vinho tinto, sal, alho e piripiri. Ingredientes reunidos cada equipa tinha de encontrar o forno onde o «preparado» seria colocado.
Seguiu-se um encontro no Centro Cultural, juntando os representantes das confrarias presentes. Madalena Carrito, mordomo-mor da Confraria da Chanfana deu as boas-vindas e justificou o convite formulado para a realização do encontro.
O Juiz da confraria anfitriã, que também é o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, deu por sua vez as boas vindas aos convidados, defendendo que o movimento confrádico português tem crescido e tem-se consolidado, porque defende valores que provêm da alma do povo. «Olhando para o nosso passado encontraremos melhor os caminhos do futuro», concluiu. Seguiram-se as intervenções dos representantes das diversas confrarias, que deram sugestões para o futuro do movimento confrádico.
Ainda no Centro Cultural foi colhida a tradicional fotografia de família, seguindo depois a comitiva para o Mercado Municipal, onde a esperava um suculento e variado almoço, de que faziam parte algumas das melhores iguarias da região. À chanfana juntaram-se os negalhos, arroz de bucho (uma iguaria típica da terra), moelas, e outras ementas populares. Tudo foi regado com bons vinhos da região, e o repasto conclui-se com a degustação de saborosíssimas sobremesas.
Para finalizar o encontro alguns confrades de diferentes agremiações brindaram os presentes com músicas e cantares.
Uma iniciativa de muito mérito, na qual estiveram presentes dois confrades do bucho, idos do Sabugal para defender e afirmar a importância da gastronomia raiana no panorama nacional.
plb
O presidente da Câmara Municipal de Trancoso, Júlio Sarmento, foi eleito para presidente da Mesa da Assembleia Geral da Concelhia do PSD de Trancoso em eleições realizadas no dia 16 de Abril de 2011. A lista única incluiu António Manuel Santiago Oliveira da Silva que assumiu o cargo de presidente da concelhia.
Nas eleições, com lista única, para a secção política do PSD de Trancoso realizadas no dia 16 de Abril foi eleito Júlio Sarmento para presidente da Mesa da Assembleia Geral e António Manuel Santiago Oliveira da Silva para o cargo de presidente da concelhia.
António Oliveira é vice-presidente do município de Trancoso, presidente da AENEBEIRA- Associação Empresarial do Nordeste da Beira e director da EPT-Escola Profissional de Trancoso. Como vice-presidentes foram eleitos João António Figueiredo Rodrigues e João José Martins Campos de Carvalho (ambos vereadores do município de Trancoso).
A Assembleia Geral da Concelhia do PSD de Trancoso vai ser presidida por Júlio Sarmento (presidente do Município de Trancoso) e vai ter como vice-presidente, José Maximiano Cardoso Rodrigues, e secretário, Silvino Rodrigues.
A direcção da concelhia ficou assim constituída: António Manuel Santiago Oliveira da Silva (presidente), João António Figueiredo Rodrigues e João José Martins Campos de Carvalho (vice-presidentes), Manuel José dos Santos Costa (tesoureiro) e os vogais António Manuel Saraiva Sarmento, Maria José Guedes da Silva Botelho, Mário do Carmo Lopes Castela, João José Baptista de Sousa, José Augusto Soares Clemente, José dos Santos do Nascimento, Rogério Paulo Pires Tenreiro e Tomás Manuel Trigo Martins (presidente da concelhia da JSD). O representante dos TSD vai ser indicado pela estrutura.
jcl
Muitas das ideias políticas que nos séculos XIX e XX tiveram o seu auge e desencadearam paixões, terminaram. O comunismo estalinista, o radicalismo que na última metade do século XIX tanta influência teve na Europa e também em Portugal, o anarquismo e os movimentos populares, já fazem parte do cemitério da história.
No princípio do século XXI, neste momento histórico que a humanidade atravessa, é a vez da Social-Democracia (Socialismo Democrático) chegar ao fim? Tudo nos indica que sim. Os seus coveiros, foram e, são, uma série de governantes que renunciaram aos mais dignos ideias da Social-Democracia (Socialismo Democrático). O que era a sua doutrina, a sua orientação e, principalmente a sua identidade? A Revolução Social, a libertação do homem da pobreza, da exploração e da miséria. Com ela havia o pleno emprego, a defesa da justiça social e o desenvolvimento dos serviços públicos. A Social-Democracia (Socialismo Democrático) era um partido de trabalhadores, desde os do campo até aos dos escritórios.
Como é que a Social-Democracia (Socialismo Democrático) não conseguiu tirar partido da profunda crise em que se encontra o ultraliberalismo? Porque está sem orientação nenhuma, está à deriva, perdeu os seus ideais e caiu no descrédito dos povos, mais descrédito irá granjear quando se começarem a aplicar as medidas de austeridade e as políticas antipopulares exigidas por uma ultraliberal União Europeia.
Culpados desta deriva ideológica da Social-Democracia (Socialismo Democrático)? Todos os que governaram a partir da última metade dos anos setenta do século passado, foram pondo de parte o Estado Social e começaram a dar a primazia aos mercados. O trabalhista inglês Tony Blair e o Social Democrata alemão Gerhard Schroder, irão passar à história como os principais coveiros da Social-Democracia (Socialismo Democrático), foram eles os primeiros a repudiar o ideal Social-Democrata (Socialista Democrático), puseram de parte os interesses dos mais humildes e defenderam os das classes altas. A Schroder, os trabalhadores alemães chamavam o «Camarada dos chefes» e o «Empregado da patronal». Tony Blair foi contestado por trabalhadores e sindicatos , e muito querido pela classe opulenta inglesa. Este é o tal da Terceira Via…
Como atrás referi, foi a partir da última metade dos anos setenta do século XX, que a Social-Democracia (Socialismo Democrático) se entregou ao Neoliberalismo, essa ideia económica veio da Universidade de Chicago, cujos economistas adeptos dessa corrente económica eram, e são, chamados os «rapazes de Chicago», sendo o mais conhecido Milton Friedman. Na Europa, essas ideias foram aplicadas primeiramente na Inglaterra por Margareth Thatcher, enquanto primeiro-ministro. Tony Blair, embora trabalhista, foi um grande discípulo dela. Mas já antes deles, dos «rapazes de Chicago», essa teoria Neoliberal estava no pensamento e nos escritos de uma série de homens ligados à economia, vindos da Europa Central depois da Segunda Guerra Mundial , principalmente da Áustria, a maior parte deles como Von Mises e Friedrich Hayek (deste último fala-nos no seu artigo – A crise económica – abordagem filosófica e ética – o colaborador deste Blog, João Valente) são conhecidos como os «avós» da Escola de Chicago, tinham nas suas teorias económicas esta máxima:
«Manter o Estado fora da vida económica».
Há uns tempos, uma pessoa da elite económica, afirmou-me que os culpados da crise económica portuguesa eram, os funcionários públicos, os desempregados e os pobres. De onde veio este pensamento? De uma série de amigos Sociais Democratas (Socialistas Democratas), que chegam eles próprios a convencer-se que não foram os grandes capitalistas que criaram todo este Caos, mas sim os pobres que se aproveitaram dos impostos pagos pelos ricos…
Nesta Europa, a oligarquia económica tem à sua disposição presentemente duas correntes ideológicas, o ultraliberalismo e a Social-Democracia (Socialismo Democrático), quer governem uns, quer governem os outros, os ricos continuarão a ser mais ricos e os pobres mais pobres. O que faz Dominique Straus-Khan no FMI além de ser o seu director? Um homem que pertence ao Partido Socialista Francês? Defende o grande capital internacional. O leitor(a) acha que se ele não fosse de confiança estava lá como director? Nem como porteiro! Quero dizer-lhe querido leitor(a) que este senhor pediu «opinião» a um governante actual dos Estados Unidos, se deveria ou não candidatar-se à Presidência da República Francesa, nas presidenciais de 2012. Esse governante tem poder em Wall Street, símbolo máximo do capitalismo. Um socialista pede ordem a uma líder do capitalismo mundial, se deve ou não candidatar-se à Presidência da República do seu País! Este homem é um títere nas mãos dos Estados Unidos, faz o que eles mandarem.
Os Sociais-Democratas (Socialistas Democratas) de agora, já não são homens de Estado, são vulgares oportunistas ao serviço do grande capital.
Não me engano se disser que o Socialismo Democrático será o futuro da Humanidade, só com ele se poderá pôr cobro a estas gritantes injustiças que o Mundo atravessa.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
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