Em primeiro lugar quero agradecer a todos os que de algum modo se dirigiram à Casa do Castelo, felicitando-me por ter participado com a candidatura aos «Prémios Turismo de Portugal».

Fotos Natália Bispo – Clique nas imagens para ampliar

O facto da candidatura ter sido analisada por um vasto leque de pessoas da área do Turismo, incluindo o júri, já por si só foi uma divulgação e agora a foto no livro, ao lado de projectos de milhões de euros, considerados de interesse turístico, não tenho dúvida que a Casa do Castelo, situada entre muralhas no Sabugal, trouxe prestígio ao nosso Concelho. Esse prestígio todos sabem ser partilhado e não guardado só para os proprietários desta Casa.
Quanto à representação na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), traduzo a minha opinião escrevendo uma frase de um funcionário de uma Câmara do nosso distrito e entusiasta pela sua terra, que me dizia: «não nos mostramos… não existimos…».
A representação do Concelho do Sabugal, estava na região a que há pouco tempo ficámos a pertencer: a Região de Turismo da Serra da Estrela. Por isso, senti que estava muito diluída, no meio de muitos Municípios, com várias rotas nas áreas do Ambiente e da Cultura e depois com espaço que é lógico a Serra da Estrela representar: a neve e as suas montanhas. Apesar das pessoas responsáveis pelo stand tentarem repor os folhetos, acredito que não era fácil ver o que faltava, pois devido ao espaço só podiam colocar dois ou três folhetos de cada vez.
Assim fiz uma opção, resolvi fazer uma divulgação personalizada. Ao mesmo tempo que visitava os outros stands, perguntava se conheciam o Sabugal, entre algumas (poucas) respostas positivas, houve casos que me perguntavam se ficava no Algarve ou no Minho, se ficava no Alentejo ou na Serra da Estrela. Senti a confusão que faziam com Sabugueiro, nessa altura eu entregava o mapa do nosso Concelho e, claro, o folheto da Casa do Castelo esclarecendo as dúvidas.
Tendo percorrido a BTL durante três dias (a ideia era ficar um só), deu para ver o que deixámos de mostrar.
Temos a nossa gastronomia, com o agora tão falado bucho raiano, o javali e o cabrito assado, o queijo e o mel da Serra de Malcata, a nossa paisagem e o nosso património histórico, e outras potencialidades que nem sequer pensamos existir, mas que são reais e concretas.
Como podemos ter vergonha de mostrar aquilo que sabemos ter qualidade que é apreciado e que será a nossa salvação num futuro muito próximo?
Tudo isto não fará parte do nosso desenvolvimento, ou pelo menos da sua sustentabilidade?
No fim da cerimónia da entrega de prémios, dirigi-me ao grupo de jornalistas e membros do júri, agradecendo o terem avaliado a Casa do Castelo. Um dos jornalistas, o António Peres Metelo, disse-me que comeu o melhor cabrito assado da vida dele no Sabugal, apesar de terem passado mais de 30 anos nunca se esqueceu, perguntou-me se ainda existia esse restaurante. Aqui uma homenagem aos pais do João Robalo pela herança gastronómica que deixaram, uma herança que está a perdurar no Restaurante Robalo que eu confirmei ainda existir.
Num stand da raia espanhola, ao pedir informação sobre uma zona de Espanha onde a Casa do Castelo tem amigos e clientes, com surpresa a moça falou-me em português e que tinha grandes amigos no Soito, acompanhou um dos últimos passeios dos cavalos e que adoraria trabalhar no nosso Concelho. Mas com um sorriso triste disse que foi em Espanha que encontrou trabalho e que para lá teria de voltar.
Como imaginam, muito mais teria para escrever sobre estes três dias que eu considero de trabalho!
Penso que cheguei a várias conclusões, que eu procurarei transmitir assim que tenha oportunidade, a entidades públicas e privadas e que tenham responsabilidades ou interesses na área do turismo.
Como exemplo, trago fotos de vários stands de Municípios aos quais nos poderemos comparar. Espero conseguir passar a mensagem e todo o meu entusiasmo pela divulgação e promoção do nosso Concelho.
Natália Bispo