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A Câmara Municipal de Matosinhos agraciou o escritor sabugalense Manuel António Pina com a Medalha de Mérito Dourada, por ocasião da sétima edição da Festa da Poesia, em cerimónia realizada no dia 8 de Dezembro.
Dezenas de amigos e admiradores da obra literária de Manuel António Pina marcaram presença na homenagem que a Autarquia lhe prestou.
Segundo uma nota divulgada pelo Município, o vencedor do Prémio Camões 2011, que foi aplaudido de pé, enalteceu o carinho com que foi acolhido. «É bom sermos amados», disse o escritor e jornalista.
Ao lado do presidente da Câmara, Guilherme Pinto, Manuel António Pina agradeceu a homenagem: «Todos nós gostamos de ser conhecidos, é uma forma de sermos amados. Agradeço, por isso, esta homenagem e fico particularmente feliz por ser neste local, ou seja, na Biblioteca Florbela Espanca, e nesta altura, na Festa da Poesia».
O poeta nascido no Sabugal em 1943 recordou que estamos a passar por tempos difíceis, «tempos de prosa, a pior das prosas». Por isso considerou que é um verdadeiro milagre a existência, desde há sete anos, da Festa da Poesia promovida pela Câmara Municipal de Matosinhos. «Esta sobrevivência da Festa da Poesia é algo misterioso e o facto de a Autarquia de Matosinhos não a considerar apenas “gordura” é, no mínimo, admirável», confessou. «Nesta Câmara, não se fala de poesia. Faz-se! E não dá votos, não dá lucro… Então porquê? É admirável e por isso mais me honra e mais me torna feliz este reconhecimento nesta casa», concluiu.
O presidente da Câmara agradeceu as palavras elogiosas de Manuel António Pina, mas discordou da ideia de que a poesia não dá «lucro». O autarca explicou que a Cultura é uma das estratégias mais poderosas para fomentar o desenvolvimento de Matosinhos, terra de mar, que é, cada vez mais, o porto das artes: «Este é o porto das artes, o porto onde chega quem gosta de teatro, de arte, de música, de cultura», explicou Guilherme Pinto, que seguidamente elogiou Manuel António Pina, destacando o seu olhar arguto e a sua «escrita acerada, atenta e rigorosa».
plb
Há uma coisa que a História nos ensina, entre muitas outras, que é isto: o avançar do tempo não pode ser visto como o avanço dos valores humanos, morais, culturais, espirituais, de justiça social e de solidariedade. A História caminha sempre em frente, mas nunca deixa atrás o passado…O «eterno regresso do mesmo» como dizia Nietzshe. Olhemos para o século XX, para o CRACHE de 1929, para as duas guerras mundiais, para os gulagues e para Auschwitz.
Nos anos 20 do século passado, entre 1924 e 1929, as acções quotizadas em Wall Street triplicam. Tudo estava a correr bem, até que em 1929 surge o Crache, as quotizações afundam-se, dando lugar então à Grande Depressão. Passa-se isto nos Estados Unidos.
Na Europa, as repercussões desta crise começam a propagar-se a partir da Primavera de 1930. É curioso notar que em Portugal e também na Itália, essas repercussões são bastante atenuadas, porque os seus Estados Autoritários tomam as rédeas da economia. A Inglaterra vê-se obrigada a desvalorizar a sua moeda em 1931, a França só a partir de 1933 sofre verdadeiramente a crise, atinge um milhão de desempregados, mas em 1936, Léon Blum, socialista, vai para o governo, com o apoio dos comunistas, mas sem a participação destes na governação, adoptou medidas que beneficiaram a maioria da população e que foram consideradas durante muito tempo, inalienáveis. Alemanha, em 1932 metade da sua população vive na miséria, conta com 6.200.000 desempregados, metade da população alemã vive na miséria, já não está em condições de fazer frente ás indemnizações a que está obrigada pelo tratado de Versalles. Adopta a política dos salários baixíssimos, para a exportação, mas em vez de conquistar mercados, debilita o consumo interno e incrementa o défice. Foi o tempo em que um quilo de pão custava um milhão de marcos, e uma prostituta se conseguia por um cigarro.
O ano de 1929 não foi só o ano de uma profunda crise económica, foi a data crucial de uma crise política e civilizacional. Os princípios liberais eram motivo de violentos ataques e de escárnio.
Termina tudo como? Ano de 1930, o Partido Nacional socialista Alemão (NAZI), obtém 18.3 por cento nas eleições legislativas, em 1932, 37.4 por cento e, em Março de 1933, 43.9 por cento. Até que em 1939 começa a Segunda Guerra Mundial, deixando pelo caminho sessenta milhões de mortos.
Século XXI, ano de 2008, começo de uma crise económica, também uma data crucial de uma crise política e civilizacional. Os princípios democráticos estão a ser motivo de violentos ataques e até de escárnio. Como terminará tudo? Não sabemos, o que sabemos é que a Alemanha domina economicamente, a sua Chanceler, Merkel, decide em solitário, não aceita nenhuma sugestão de nenhum outro país da UE, obriga a modificar as constituições dos Estados membros, considera debates e votações coisas antiquadas e desfasadas. Não manda à ponta de baioneta, mas de dívida pública e de empréstimos bancários, a Europa já fala alemão.
Nós portugueses tivemos azar no Primeiro Ministro que escolhemos, Passos Coelho, é Merkeliano, ou Germanófilo, como queiram, também é um expoente do «modernismo» Neoliberal a nível europeu, mas muito temo que qualquer dia tenhamos de o alcunhar como «O Primeiro Ministro da Miséria».
Estamos em vésperas de uma divisão da Europa? A França irá liderar o Mediterrâneo e a Alemanha o Leste? O tempo o dirá. Mas estou muito desconfiado que os «Amores» entre Merkel e Sarkozy não passam de interesses para uma divisão da Europa entre estas duas nações. Se assim não fosse, a França, neste caso Sarkozy, não teria uma postura de subserviência, tenhamos em atenção que sarkozy é judeu, nunca poderia ver com bons olhos o expansionismo alemão.
O passado veio a fazer uma visita ao presente, e isso está a ter repercussões nos líderes europeus.
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
A vereadora Sandra Fortuna propôs que os donativos que as empresas de energia eólica se propõem oferecer às instituições das freguesias onde estão instaladas sejam distribuídos por todas as Associações Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho do Sabugal.
A recomendação da vereadora socialista foi apresentada aos seus pares do executivo autárquico na reunião do passado dia 23 de Novembro. Face à proposta o presidente da Câmara Municipal, António Robalo, informou que iria consultar as empresas concessionárias no sentido de as sensibilizar para essa possibilidade.
O facto da empresa proprietária dos aerogeradores instalados em Sortelha ter decidido contemplar algumas das instituições daquela freguesia com várias dezenas de milhares de euros, levou Sandra Fortuna a defender no executivo que a câmara deveria fazer uma abordagem às mesmas empresas no sentido de apurar «da sua abertura para darem um subsídio para todas as IPSS do concelho».
Capeia Arraiana falou com a vereadora do Casteleiro, que defendeu a oportunidade da sua proposta por se tratar de «uma questão de justiça». «Neste momento vários lares de terceira idade do concelho estão sujeitos a dispendiosas obras de remodelação impostas pela Segurança Social, pelo que qualquer ajuda se revela fundamental», disse-nos Sandra Fortuna. Algumas freguesias do concelho do Sabugal têm parques eólicos instalados enquanto que outras não os possuem, até porque nem todas detêm condições naturais para tal, sendo contudo importante que todo o concelho beneficie das compensações financeiras daí resultantes.
O lar de Sortelha recebeu uma verba que rondou os 75 mil euros, sendo outras associações da freguesia também contempladas, num processo que aparenta tratar-se de uma «compensação» pelos danos paisagísticos que a instalação das eólicas causou na aldeia histórica, o que motivou diversas críticas e protestos pelo prejuízo que isso poderia acarretar face à descaracterização sofrida.
plb
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