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O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) é uma das instituições que vai assinalar, no dia 28 de Setembro, a «Noite Europeia dos Investigadores», um evento anual comemorado por toda a Europa de forma a celebrar a ciência e dar a conhecer a atividade dos investigadores científicos, nas diferentes áreas.
No corrente ano, o IPG está integrado no projeto nacional coordenado pela Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Cientifica e Tecnológica, o qual tem como principal objetivo aumentar o reconhecimento público dos investigadores nas suas diversas perspetivas e componentes, oferecendo, ao público em geral, a oportunidade de descobrir a «face humana» de ciência.
Este contato será viabilizado através de intercâmbios e discussões diretas com os investigadores, bem como proporcionando a reflexão sobre o impacto da pesquisa em suas vidas diárias.
A sensibilização para este evento, por parte do Instituto Politécnico inclui algumas atividades prévias, nomeadamente visitas a escolas (24 e 25 de Setembro) e a um programa de avaliação desportiva, a realizar dia 22 de Setembro, na pista do Parque Polis, na Guarda.
No dia 28 terá lugar, no IPG, uma conferência subordinada ao tema «Desporto e Ciência”», que terá como orador o Prof. Doutor Taborda Barata (Presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior). Esta conferência decorrerá a partir das 16 horas. As inscrições são gratuitas (embora obrigatórias) e podem ser feitas através do e-mail: udigeral@ipg.pt
Nesse mesmo dia, entre as 17h30 e as 22 horas, decorrerá no Café Concerto do TMG uma atividade de speed dating, que conta com a colaboração do Teatro Municipal da Guarda. No local será disponibilizado um Mural da Ciência e o Desporto para apoio da atividade de speed dating, onde os participantes no evento podem expressar os seus pensamentos.
Ao longo do speed dating, diferentes investigadores científicos, docentes do IPG, estarão disponíveis para rápidas conversas individuais ou em grupo, com a população em geral, de modo a explicarem o que fazem enquanto cientistas, bem como para responderem às questões que lhes forem colocadas.
jcl (com IPG)
Na má comunicação ao Partido, de que é chefe, e indirectamente ao País, Passos Coelho blasonou com os elogios que a sua acção governativa vem merecendo da Troika.
Estabelecendo uma nova trindade, cujos vértices situa respectivamente um naquela entidade supranacional, outro no Governo e o terceiro no Povo Português, Sua Excelência formula um silogismo, baseado na premissa de que tudo o que é bom para a TROIKA, é, por essência, bom para Portugal, esquecendo, no entanto, ser aquele simultaneamente um organismo de tutela e de representação dos nossos credores internacionais.
Ora, se pode ter-se como genericamente certo que o tutor quer sempre o melhor para o tutelado, já a mesma identificação de interesses não interliga credor e devedor, sobretudo quando aquele é o capital anónimo e vagabundo interessado em explorar o devedor, quaisquer que sejam os sacrifícios a este impostos.
E mesmo para os credores dominados por sentimentos de filantropia e benemerência, normalmente inexistentes nos senhores do dinheiro, há dois factores onde a divergência é fatal – taxas de juros e prazos de vencimento.
A Igreja Católica, humaníssima em todas as suas cambiantes, sempre ensinou que a usura traz peso de consciência aos que a praticam e avilta aqueles que a sofrem.
Como sempre proclamou também contra a imposição de prazos que implique sacrifícios que a sua live negociação possa evitar.
E esta luz, o que é bom para a Troika é inelutavelmente mau para o Povo.
E, de qualquer modo, o Governo, que é governo, tem obrigação de buscar e encontrar o ponto de equilíbrio entre os interesses da Troika e os do Povo Português, dando, em caso de conflito, prevalência a estes últimos que têm de ser os primeiros.
De acordo até com um princípio de direito natural: Salus populi summa lex est.
E neste momento, há dois desígnios nacionais que a todos se têm de sobrepor – dar uma enxada a cada braço e fazer crescer a economia nacional. Sem a plena realização do primeiro, está posta em causa a paz social. Sem o segundo, quaisquer que sejam os sacrifícios impostos á grei, não podemos sequer pagar os juros, quanto mais a dívida.
Pelo que falharemos também ante a Troika.
«Caso da Semana», opinião de Manuel Leal Freire
Já em tempos, então diretor de um jornal, me referi à Raia Sabugalense nos termos que o faço neste título. Fi-lo, e faço-o, com a convicção que assim é relativamente ao potencial turístico que esta região pode ter, principalmente no mês de agosto. Pode argumentar-se que a comparação peca por excesso. Talvez, mas também penso que temos aproveitado por defeito as possibilidades que a Raia, as suas tradições seculares e o seu património humano e natural oferecem para uma realidade socioeconómica que poderia apresentar outro cariz.
Habitualmente me manifesto sobre a injustiça que tem sido feita com o esforço de tantos sabugalenses que tiverem que partir à procura de um futuro melhor, principalmente em terras de França. O seu esforço, os seus sacrifícios, contabilizaram-se em números, nas remessas de dinheiro que enviavam para Portugal. Apesar disso, também por culpa própria, essas verbas serviram principalmente para desenvolver outras regiões. É certo que havia/há muita gente que teve arte para ganhar dinheiro, mas faltou-lhe sabedoria para o investir, nomeadamente no concelho. Investimento que criasse emprego e mais riqueza para todos, impedindo o êxodo que se tem observado nas últimas décadas. Faltou também, talvez, uma estratégia por parte dos responsáveis autárquicos que ajudasse a que as coisas fossem diferentes.
Voltando às comparações com as Terras do Sul, podemos dizer, para os mais pessimistas, que também o Algarve não está cheio o ano inteiro, mas sabemos como um bom verão pode «salvar» o ano inteiro. Salvaguardadas as devidas distâncias, também a Raia pode ter um bom verão que ajude o resto do ano. Quem não gostaria de ver nas diversas aldeias o movimento que se verifica no verão? Também os empresários algarvios desejariam o mesmo. Tal não é possível quando se fala de prestação de serviços e não na produção de produtos transacionáveis.
Apesar de as duas atividades serem distintas, uma e outra podem estar ligadas, nomeadamente, na Raia, no que aos produtos tradicionais se refere, e são estes, aqueles que são diferentes e que constituem uma marca de identidade, que podem ser uma mais-valia para o concelho.
A classificação da Capeia Arraiana como Património Cultural Imaterial, pelo Instituto dos Museus e da Conservação, pode ajudar, mas vale de pouco se não se lhe acrescentar valor. Não se trata de regular, por lhe retirar autenticidade, uma manifestação de cultura popular, que emanou do Povo, é vivida pelo Povo e paga pelo Povo. A Capeia não pode ser vítima da sua notoriedade mais recente e deve ser fiel ao seu passado. No entanto, pode haver algumas iniciativas que potenciem este fenómeno, sem deixar de ser aquilo que sempre foi: uma festa do Povo.
Quando este verão, em Nave de Haver, observei uma banca de uns nossos vizinhos espanhóis a vender miniaturas de forcões a 10 euros, pensei para comigo: «Caramba, generosa é a gente da Raia, todos lá vão buscar e ninguém leva para lá nada!» Será que a culpa é de quem tem iniciativa ou de quem a não tem? Certamente é de quem a não tem. E já é tempo de fazer alguma coisa. Voltaremos ao assunto, apresentando algumas sugestões.
«Raia e Coriscos», opinião de António Pissarra
António Pereira de Andrade Pissarra é natural de Vila Garcia, concelho da Guarda, tem 50 anos, é professor de comunicação social no Instituto Politécnico da Guarda e foi o último director do Jornal Nova Guarda. Casado em Aldeia Velha, concelho do Sabugal, tem dois filhos, e mantém uma forte relação sentimental com as tradições raianas. Estudou na Guarda, leccionou em Évora, onde frequentou o curso de engenharia agrícola (que não concluiu), licenciou-se em Tecnologias da Informação aplicadas à educação, fez o mestrado em comunicação educacional multimédia e frequentou o doutoramento em processos de formação em espaços virtuais na Universidade de Salamanca. Actualmente é presidente e fundador do Guarda Unida Futebol Clube.
O Capeia Arraiana dá as boas-vindas ao jornalista e professor universitário António Pissarra que inicia hoje uma série de crónicas sob a rúbrica «Raia e Coriscos». O nosso bem-haja por ter aceite o convite para integrar e valorizar este painel da opinião raiana.
jcl e plb
A publicação da Lei n.º 49/2012 de 29agosto aprova novas regras no que diz respeito ao pessoal dirigente das Câmaras Municipais, com reflexos imediatos no Município do Sabugal.
Vejamos algumas das regras publicadas e, de seguida, o seu impacto local.
– Só os Municípios com 100.000 habitantes ou mais podem ter diretor municipal.
– Para um Município ter, pelo menos, um diretor de departamento deve ter uma população igual ou superior a 40.000 habitantes.
– Nos Municípios com mais de 10.000 habitantes e menos de 20.000 só podem existir 3 chefes de divisão municipal.
– Todos os municípios podem prover um cargo de direção intermédia de 3.º grau ou inferior.
– Não são contabilizados, para efeitos dos limites previstos os cargos dirigentes ou de comando impostos por lei específica, designadamente os relativos a serviço municipal de proteção civil e serviços veterinários municipais.
– Cabe à assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal, a definição das competências, da área, dos requisitos do recrutamento, bem como da respetiva remuneração, a qual deve ser fixada entre a 3.ª e 6.ª posições remuneratórias, inclusive, da carreira geral de técnico superior.
– Os titulares dos cargos de direção superior são recrutados, por procedimento concursal, de entre indivíduos com licenciatura concluída à data de abertura do concurso há pelo menos oito anos, vinculados ou não à Administração Pública, por um período de cinco anos, não podendo exceder, na globalidade, 10 anos consecutivos.
– O júri de recrutamento é designado por deliberação da assembleia municipal, sob proposta da câmara municipal.
Atualmente a Estrutura Orgânica Flexível dos Serviços Municipais da Câmara do Sabugal, aprovada por maioria em reunião de Câmara a 21 de dezembro de 2011, prevê:
– Seis Divisões dirigidas por um dirigente intermédio de nível 2;
– Nove Serviços dirigidos por um dirigente intermédio de nível 3;
– Dois Núcleos dirigidos por um dirigente intermédio de nível 4;
– Uma Equipa Projeto coordenada por um Coordenador.
Não estão autonomizados os Serviços de Proteção Civil e de veterinários municipais.
Era previsível nos finais de 2011 que a estrutura aprovada teria de ser revista logo que publicada esta Lei cujos contornos principais já eram na altura conhecidos.
Impõe-se agora que o Município do Sabugal reveja a sua estrutura, adequando-a à nova Lei, que se encontra em vigor desde o dia 30 de agosto.
PS1. Também na semana passada foi publicado o diploma (Lei nº 50 de 2012 de 31 de agosto) referente à atividade empresarial local, com impactos diretos na questão da SABUGAL+, tema a que me referi nas semanas anteriores, mas a que voltarei na próxima semana.
PS2. Não posso deixar de lamentar a morte de um dos maiores compositores da história da música portuguesa e mundial – Emmanuel Nunes.
«Sabugal Melhor», opinião de Ramiro Matos
rmlmatos@gmail.com
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