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Celebra-se, no próximo dia 1 de Outubro, o Dia Internacional do Idoso, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A instituição deste dia tinha como objetivo reconhecer os idosos e o envelhecimento demográfico da humanidade, criando-se condições de acolhimento, bem-estar social, económico, cultural e espiritual que bem mereciam.
Nós e vós jovens, se, nas Instituições Particulares de Solidariedade Social ou cá fora, muito mais não lhes pudermos dar, poderemos, com certeza, e é mesmo nosso dever e obrigação, dar-lhes, ao menos, conforto, carinho e afeto e agradecer-lhes todos os ensinamentos que nos transmitiram, resultantes da sabedoria e experiência que, com suor e lágrimas, adquiriram nessa douta «Universidade da vida».
Em memória e reconhecimento, apelamos às novas gerações que respeitem e sigam o nobre exemplo daqueles que nos ensinaram a trabalhar nos diversos campos da vida e a viver esse modus vivendi, fruto duma aprendizagem e experiência adquiridas, ao longo dos anos, na «Universidade da vida».
Daniel Machado
Um grupo de motociclistas invadiu as ruas da cidade do Sabugal no passado fim-de-semana e visitou o castelo das cinco quinas, onde posou para a foto que aqui se publica.
Os motards, iam a caminho dos Fóios, a freguesia do concelho que cada vez se assume mais como destino dos muitos que nos visitam. Tinham aí marcado um convívio festivo, mas passando no Sabugal, não ficaram indiferentes ao ex-libris do concelho.
Os visitantes pertencem a vários moto-clubes da Beira Alta: Gang 232 de Viseu, Motoclube de Mangualde, Zangoens do Asfalto de Pampilhosa da Serra e Diabos da Noite de S. João de Areias.
Esta foto demonstra a importância do castelo do Sabugal para promoção turística das terras beiroas. Ninguém fica alheio à imponência do monumento, à sua imensa beleza e à paisagem soberba que se avista desse privilegiado miradouro.
plb
A Assembleia Municipal (AM) do Sabugal vai reunir em sessão ordinária no dia 28 de Setembro de 2012, pelas 20h15, no auditório municipal.
O presidente da AM, Ramiro Matos, convocou os eleitos para sessão, divulgando a respectiva Ordem de Trabalhos, assim constituída:
Antes da ordem do dia:
1. Discussão e votação da ata da Sessão Ordinária realizada no dia 29/06/2012.
2. Expediente.
3. Assuntos Diversos.
Ordem do dia:
1. Reorganização Administrativa Territorial Autárquica – Emissão de Pronúncia;
2. Terceira Revisão ao Orçamento de 2012 e 3ª Revisão às Grandes Opções do Plano 2012-2015;
3. Cargos Dirigentes:
– Regulamento para Cargos de Direção Intermédia de 3º Grau;
– Alteração do artº 6º da «Visão, Missão, Princípios e Valores a adotar pelos serviços municipais, o modelo da estrutura orgânica e o número de unidades orgânicas flexíveis»;
– Despesas de Representação.
4. Compromissos Plurianuais;
5. Distinções Honoríficas:
6. Regulamento de Gestão de Resíduos Urbanos;
7. Taxa do Direito de Passagem;
8. Taxas do Imposto Municipal sobre Imóveis;
9. Participação Variável do IRS;
10. Atividade Municipal.
plb
Este artigo é dedicado aos colaboracionistas. Como símbolo do colaboracionismo ficou o governo de Vichy em França, que colaborou com os ocupantes alemães durante a II Guerra Mundial. Foi considerado o governo da desonra.
Há bem pouco tempo, todos nos lembramos disso, poderei mesmo afirmar, no tempo do Portugal Soberano e quando a Democracia estava no Parlamento, presentemente o Povo Português trouxe-a atá à rua, depois de umas eleições sabíamos perfeitamente quem iria exercer o poder Executivo, era o vencedor, ou vencedora do acto eleitoral. Tinha o poder que o Povo lhe outorgava. O que acontece presentemente em Portugal? Acontece que o vencedor, ou vencedora das eleições terá de obedecer cegamente a todas as leis emanadas da Alemanha, caso contrário isso obriga a sansões contra o Povo Português. Chegou-se a uma altura em que a ambição alemã quer controlar todos os Estados Europeus a nível económico, político e cultural, a crise económica não passa de uma boa ocasião para concretizar tudo isto. Mas para o concretizar necessita de colaboracionistas dentro dos próprios países. Será que as lições da História não ensinaram a estes e estas colaboracionistas que a Alemanha é o país mais visceralmente totalitário da União Europeia? E que para nos destroçar já não necessita de Panzeres, Guetos de Varsóvia e Auscwitz? Basta dominar os mercados, como de facto faz? Claro que sabem! Estão é a colaborar com ela porque ideologicamente são a mesma coisa e estão a aproveitar a crise para ensaiar em Portugal uma nova ideologia fazendo do nosso país uma cobaia. A continuar assim, preparemo-nos para a pobreza, nós e os nossos filhos. Só seremos um protectorado da Alemanha enquanto os nossos políticos quiserem, mas pode ser que todos se enganem e haja um novo «desembarque da Normandia», eu pessoalmente acredito que este IV Reich, económico, irá ter o mesmo fim do III Reich militar.
Vamos até aos colaboracionistas. São gente que aceita políticas estrangeiras, mesmo que essas políticas sejam para subjugar e empobrecer os seus povos. Esta gente tem de ser levada a um tribunal, tem de responder pela infâmia.
Colaboracionistas não são só os que governam a nível central, há muitos peões de brega a nível da província que também o são. Vi numa manifestação em que tomei parte no dia 15 de Setembro, um grande pano preto colocado numa parede de um prédio onde se acusava uma senhora «política» de colaboracionista. Perguntei quem era, disseram-me que é alguém que faz da política um negócio.
Ps 1 – As pessoas de agora escutam com a mesma ansiedade e medo as medidas de austeridade propostas pela Alemanha, como as que viveram a II Guerra Mundial ouviam as notícias do avanço das tropas alemãs com todo o seu cortejo de morte e destruição.
Ps 2 – Custa-me dizer isto, mas há gente pertencente a partidos e organizações de esquerda, mas que é tão sofisticada, por isso colaboracionista também, bastando que desse colaboracionismo consiga algum proveito…
Ps 3 – Uma notícia num jornal português «FMI distancia-se da inflexibilidade europeia». Para não dizer alemã. Como já ninguém se entende será que esses dois também já não?
«Passeio pelo Côa», opinião de António Emídio
ant.emidio@gmail.com
Numa passagem pelo Sabugal, desloquei-me à Casa do Castelo, em que a Dona Natália Bispo, gerente daquele espaço cultural, me deu conhecimento do 2º Ciclo da Cultura Judaica a decorrer na Cidade da Guarda nos dias 19 e 20 de Setembro.
Lançou-me o repto para estar presente, para me inscrever apresentando o respetivo programa. Fixei o olhar na palestra que a própria irá proferir sobre o tema «A Raiz Histórica Judaica em espaço privado, aberto ao público», e na da Dr.ª Maria Antonieta Garcia sobre, «Beira Interior – Peregrinação em torno da Herança Judaica», num programa imensamente vasto com visitas, festas e tradições judaicas e sobre produtos Kosher.
Os assuntos ligados à Cultura Judaica sempre motivaram interesse, principalmente a partir do momento que a minha saudosa Mãe me dizer, que os seus antepassados eram de origem judia da zona de Caria, que se dedicam à venda de carne e peles. Estes negócios tiveram continuidade e mantiveram-se até à morte de António Alves Martinho, um dos últimos talhantes da antiga Praça da Guarda, espaço onde hoje está construído o edifício da Camara Municipal.
Com esta valiosa oferta cultural resolvi ir no dia 20 de Setembro, o dia dedicado a dois painéis temáticos. Cheguei cedo à cidade Egitaniense, ainda os oradores estavam nos últimos retoques às suas intervenções e fazer as suas maquilhagens. A cidade pelo movimento nas ruas ainda estava meio adormecida. Resolvi fazer uma pequena romagem de saudade. Nas escadarias em frente ao Museu da Cidade lá se encontra um quadro de azulejaria de Frei Pedro da Guarda. Desço e passo pelo local onde estava instalado o Café Mondego, hoje casa comercial, onde vi, à porta em 1958, pela primeira vez televisão, uns desenhos animados.
Subi a calçada para o Paço Episcopal, onde não se vislumbra qualquer presença, e passei pelo edifício da Cáritas Diocesana. Verifiquei que mudou de instalações para o Ex-Colégio de S. José. Fiquei perplexo por desconhecer esta nova morada, porque colaboro voluntariamente neste organismo, mas deve ser culpa própria.
Desci para a Sé e admirei, a um canto, a Estátua de D. Sancho I, que deu o primeiro foral a esta cidade, em Novembro de 1199. Encostado às paredes centenárias da Sé, está um vizinho do Rei Povoador, com vestimentas velhas e rotas muito extravagantes, com cabelo e barbas crescidas de alguns anos, com pinces espalhados pelas orelhas, nariz e parte do rosto. No chão tinha diversos sacos de plástico. Abeirei-me e perguntei-lhe se falava português, francês, inglês… Respondeu-me numa língua que não percebi uma sílaba. Ainda numa mímica gestual lhe dei a entender se queria algum alimento para a boca, fazendo gesto negativo.
Subi as escadas da Sé que demorou cento e cinquenta anos a construir. Apesar deste longo período não foram precisos na construção muitos cadernos de encargos, comparados com as permanentes alterações das de hoje. Entrei. Uma dúzia de cristãos madrugadores recitava o terço.
A cidade começava a despertar. Da zona da Judiaria instalada na cidade amuralhada, começaram a aparecer as pessoas. Um polícia em passo cadenciado dirigiu-se para o seu Posto. Passei em frente á Igreja da Misericórdia, mandada construir por D. João V, na sua frontaria tem um nicho de Nossa Senhora, e ouvi o meu nome. Era a Dona Natália Bispo que se aproximava e me cumprimentou. Lá seguimos para o Auditório do Paço da Cultura.
Na hora do almoço regressei ao local onde se situava a antiga Adega Regional, hoje um moderno restaurante. Foi ali que almocei no Verão de 1956, uma dobrada, com o meu pai, na primeira visita à cidade da Guarda, prémio de ter feito exame da 4ª classe no Sabugal. Era ali que encontrava mais tarde quando esperava o transporte para Gouveia ou para a Cerdeira do Coa, o meu tio Manuel Alves Martinho, às vezes com os néctares vinícolas já muito acentuados. Depois de um trabalho duro no Matadouro Municipal, era ali que tinha o seu escritório e um ambiente de afetos, com os muitos amigos. Com a família numerosa, hoje os filhos espalhados pelo mundo, com exceção da filha Maria de Lurdes Alves Martinho, funcionária na União dos Sindicatos da Guarda.
Com o restaurante cheio, sinal que se come bem e barato, aproximou-se um utente que pediu para se sentar na minha mesa. Notei no rosto daquele homem ares de sofrimento. Sentou-se e abriu o seu Livro de Job. Disse-me que é de Videmonte e que nunca teve necessidade de emigrar, mas há uns meses que não trabalha. Não está desempregado. A esposa anda há muito em tratamento oncológico, mas nos últimos meses a situação tem-se degradado, tem piorado. «Tive de deixar de trabalhar para cuidar da minha mulher, porque ela merece este meu sacrifício, ele merece tudo o que eu possa fazer para seu bem», e as lágrimas caem para o prato da sopa que estava a fazer o esforço para comer. Tem dois filhos, mas esses tiveram de partir para França à procura do futuro. Arrepiou-se-me a alma…
Segui para o Auditório no antigo Seminário Episcopal, mas o meu pensamento já lá não estava.
Falaram uns rabinos sobre o Genesis, o Êxodo e sobre os produtos alimentares animais e vegetais, que compõem as refeições. Já sabia que é um assunto muito sério e que merece muita atenção para os responsáveis pela restauração e turismo.
Ainda se falou de turismo judaico, das redes de judiaria, que afinal o Sabugal não está integrado. Um interveniente ainda chamou a atenção para os organizadores destas jornadas irem a Vilar Maior, Sortelha e Vila do Touro para in loco verem e estudarem vestígios da permanência desse Povo. Fiquei com a sensação de que não vão. Espero que me tenha enganado.
À saída para o Fundão passou à minha frente, o tal HOMEM da Sé, que vagueia pelas ruas citadinas vazias de afetos, imigrante de parte incerta, e lembrei-me do ÊXODO, da história da libertação do Povo de Israel, que caminha no deserto a quem Deus enviou o Profeta Moisés, na direção da Terra Prometida. Será que este jovem alcançará a sua liberdade, o Monte Sinai e toque na Arca da Aliança e se abrigue na Tenda da Terra Prometida?
António Alves Fernandes – Aldeia de Joanes
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