Na «Ruta de los Castillos» e ao encontrar-me com Alfaiates, tenho que confessar que me senti embaraçada por não conhecer suficientemente esta terra raiana. Li, reli folhetos, relatos e encontrei, como esperava, gente de coragem que luta pelos seus espaços, mantém a religiosidade e tradições, mima os seus idosos, defende as associações, investe na formação virtual e de futuro e, em contrapartida, é acarinhada pela Junta de Freguesia, pelo Presidente do Município, eng.º Robalo e pelo Governador Civil, dr. Santinho Pacheco, numa característica que lhes é tão peculiar, de amarem as gentes da terra e defenderem as riquezas raianas. Então,vamos até Alfaiates?

ALFAIATES
«Dos fracos não reza a História»
Sempre se ouviu dizer
Teu castelo por ser «pouco»
Ainda muito quer dizer.
Como castro pré-histórico
Ou como Castilho de La Luna
Pareces ganhar magia
Quando perdido entre a bruma.
Ó Castelo de Alfaiates
Embora erguido em planalto,
Deixas ver terras do Côa
Das tuas muralhas, lá do alto.
Homenageamos, de novo, D. Dinis
Estratega, homem de saber
Com o Tratado de Alcanizes
Veio fronteiras estabelecer.
E construindo ou reforçando
De Alfaiates, teu Castelo
Falar da «fermosíssima Maria»
Tornam-te ainda mais belo
Pelo estilo, D. Manuel
Marca presença, este Senhor
A linda coroa ao centro
Mostra bem o seu valor.
As cruzes da Ordem de Cristo
E as esferas armilares
São páginas vivas da história
Dessas páginas milenares.
Poeta Garcia de Mascarenhas
Teu alcaide e cavaleiro
Deixou seu nome na praça
Da Restauração o primeiro.
Com ele serviste Alfaiates
Apoiaste a Restauração
E com os outros castelos do Côa
Também defendeste a Nação.
Albergaste heróis anglo-lusos
Depois, um pouco esquecido
Mas recebeste aí teus mortos
Como um pai enternecido.
Algumas das tuas pedras
O hospital foram servir
De Interesse Público reconhecido
Não te esquecerão no porvir.
Se as tuas façanhas estão longe
O povo quere-as presentes
Pois se as pedras também falam
Não podem mentir as gentes.
O meu carinho para Alfaiates
«O Cheiro das Palavras», poesia de Teresa Duarte Reis
netitas19@gmail.com
2 comentários
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Terça-feira, 26 Abril, 2011 às 18:34
António Emidio
Teresa, tentei entrar no seu e-mail – netitas – não consegui. Queria dizer-lhe que acabei de ler o seu livro Ecos do meu pensar, o que penso dele? É um rio de águas límpidas que nos percorre a alma e a vai refrescando com a pureza das suas palavras.
Também uma estrela deixou um caminho traçado no meu olhar, o seu poema ESTRELA recordou-mo.
Como lhe digo, não consegui entrar no seu e-mail, teve de ser publicamente o meu comentário sobre o seu livro.
Quarta-feira, 27 Abril, 2011 às 21:47
Teresa Duarte Reis
Obrigada, amigo. Fico feliz e grata porque publica assim o que gostou do que leu. Fico feliz, repito, por tornar pública a sua opinião. É como gostarem dum filho nosso, nem que seja como a história da corujinha. O meu email (netitas19@gmail.com) fica público para os amigos de Capeia.
abraço amigo
Teresa