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«Terra-Vida-Alma, Valongo do Côa», é um livro escrito por uma família ilustre, de pedagogos e investigadores, fiéis ás berças, que lançaram mão a uma profunda e nobre tarefa: a elaboração de um rigoroso estudo sobre a história e a cultura da terra natal.
Os autores, unidos por laços de sangue, são: Francisco Carreira Tomé, Alice Tomé, Teresa Pires Carreira, Nuno Rafael Tomé e Filipe Alexandre Carreira. São professores nascidos em Valongo, mas que residem e trabalham longe da aldeia natal. Porém Valongo está-lhes no coração e o livro, editado no ano 2000, espelha a saudade dos tempos idos, da altura em que o povo sentia mais o pulsar da vida, com as casas habitadas e os campos em permanente cultivo.
Valongo é terra de gente sofredora, porque, no longo tempo, sujeita a muitas contrariedades: o clima agreste (nove meses de Inverno e três de inferno), a pobreza crónica das suas terras de cultivo, a sujeição histórica a invasões e a refregas fronteiriças. Só que a aldeia teve também os seus mimos, sobretudo visíveis nos excelentes produtos que a terra produz, e, ainda mais, na vivência quotidiana de antigamente, em que as tradições e os aspectos etnográficos das actividades desenvolvidas lhe deram um forte manancial de cultura popular que urge preservar. E este livro de fortes sentimentos, de exaltação de um povo, traz à liça os elementos que lhe podem consagrar o futuro, como sejam: o aproveitamento da beleza natural, a reposição de tradições, a dinamização do convívio entre os naturais espalhados pelas quatro partidas do mundo.
Interessante, quando não perspicaz, é a teoria da escassez populacional de Valongo, que assenta na tese de que foi a consequência da constante sujeição de Riba Côa, à administração militar, que era impessoal e se revelou efémera. De um dia para o outro os militares abandonaram as zonas de fronteira, recuando os aquartelamentos para junto do litoral, e com isso se desfez a sociologia local.
Na sua maior parte o texto é solto, correndo livre e folgazão, muito ao jeito das falas populares, recriadas com realismo. Noutras partes há uma linguagem coloquial, de tom afectuoso, só possível aos pedagogos, que, como estes, sabem ensinar cativando o discípulo. Notam-se sentimentos de nostalgia, como na descrição da vida e do ambiente familiar de outros tempos, quando os seus maiores irradiavam alegria e amor, mau grado as regras austeras da antiga vida em comunidade.
plb
O Governo português está a avaliar a possibilidade de introduzir um sistema de carta de condução por pontos semelhante ao que já existe em Espanha e França. A alteração tem como objectivo a prevenção rodoviária e a diminuição da sinistralidade.
O secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, declarou na estação radiofónica TSF que a alteração ao Código da Estrada está a ser estudada no âmbito da Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária e baseia-se no modelo e na experiência espanhola.
Em Julho de 2006 os condutores espanhóis receberam 12 pontos ou 8 pontos consoante tivessem mais ou menos de três anos de carta. Por cada três anos sem infracções há um bónus de dois pontos extra até ao máximo de 15. Por cada infracção (graves ou muito graves) o automobilista pode perder dois, três ou seis pontos. Duas infracções muito graves implicam a perda imediata da carta de condução. Além das multas se ficar sem pontos é-lhe retirada a carta e terá que frequentar cursos de reeducação rodoviárias.
O governante adiantou ainda que antes de qualquer decisão irão ter lugar reuniões com especialistas portugueses e espanhóis para analisar os dados e a relação entre a carta por pontos e a redução da sinistralidade automóvel.
Para o segundo semestre de 2008 está prevista a chegada de 300 caixas e 100 radares móveis para serem instalados em várias estradas do País. Este sistema é utilizado, por exemplo, na Suíça onde os radares são mudados pela polícia de caixa em caixa (ficando algumas vazias) mas sendo impossível aos automobilistas perceber quais estão activos.
jcl
Realizou-se no sábado, 13 de Outubro, no pavilhão das piscinas Municipais, o IV Torneio de Judo da Cidade do Sabugal. Marcaram presença na prova meia centena de judocas dos 5 aos 12 anos que praticam a modalidade no Sporting do Sabugal e em clubes de cidades vizinhas.
A competição decorreu dentro daquilo que estava previsto para este tipo de torneio, tendo em conta os escalões etário e à semelhança do que se faz em todo o País para este tipo de evento.
Pois, embora seja um desporto de contacto, os pequenos praticantes mostraram-se mais uma vez à altura do desafio, não tendo acontecido qualquer lesão. A surpresa foi mesmo a vontade da mais jovem praticante do clube sabugalense de apenas 3 anos de idade ter insistido em ir para o tapete e marcar presença. Sendo este tipo de torneio, adaptado às idades mais tenras, as regras são alteradas de forma a promover o desenvolvimento competitivo dos jovens praticantes.
A entrega dos prémios e respectivo lanche no final da prova acabou por ser o momento mais emotivo para os pequenos judocas merecedores de um resto de fim-de-semana de descanso.
Como tudo correu da melhor forma o Sporting Clube do Sabugal irá certamente promover para 2008 a quinta edição da prova tendo tido até hoje o apoio do Município, sempre atento e disponível para a este tipo de actividades.
O judo é praticado no Sabugal há mais de 10 anos e os resultados mesmo em confronto com com clubes com mais anos de experiência começam a aparecer para incentivo e satisfação de todos.
A organização agradece a todos os que directamente ou indirectamente fizeram com que o torneio fosse um sucesso lamentando apenas a falta de presença dos atletas da Guarda.
djmc
Segunda-feira é dia de publicar a «Imagem da Semana». Ficamos à espera que nos envie a sua escolha para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com
Local: Torneio de Judo no Pavilhão das Piscinas Municipais do Sabugal para judocas entre os 5 e os 12 anos
Autor: David Carreira
Legenda: De pequena é que se vence na arena
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