You are currently browsing the daily archive for Quarta-feira, 20 Fevereiro, 2008.
O Movimento Cívico «Regiões, Sim!» realizou em Beja, no dia 16 de Fevereiro, a sua primeira Assembleia Geral na qual elegeu os órgãos sociais. Na reunião foi aprovada uma petição para entregar na Assembleia da República em defesa do desbloqueamento do processo da regionalização administrativa.
Realizou-se no sábado, 16 de Fevereiro, na Pousada de São Francisco, em Beja, a primeira Assembleia Geral do Movimento Cívico «Regiões, Sim!». O algarvio Mendes Bota, fundador do Movimento constituído em 26 de Abril de 2007, foi eleito para presidir à Direcção durante os próximos três anos. Carvalho Guerra (ex-reitor da Universidade Católica do Porto) encabeça a Mesa da Assembleia Geral e Agostinho Abade (empresário do sectores turístico e automóvel) preside ao Conselho Fiscal.
Os mais de 100 associados e observadores presentes em Beja aprovaram o Relatório de Actividades e Contas de 2007 bem como o Plano de Actividades e Orçamento para o presente ano. Como melhor forma de implantar o Movimento em todo o País foram aprovadas alterações estatutárias que vão permitir a criação de núcleos municipais nas diferentes regiões.
O Movimento contava com 514 associados tendo dado entrada durante a Assembleia Geral mais 40 novas adesões, entre as quais a escritora Lídia Jorge e o presidente da Câmara Municipal de Castro Verde, Fernando Caeiros.
O Capeia Arraiana trocou algumas impressões com Mendes Bota que defendeu «a importância da Petição a endereçar à Assembleia da República, apelando para que sejam aliviados na próxima revisão constitucional os condicionalismos que permitam viabilizar a sua concretização na próxima legislatura».
Aproveitámos para defender a especificidade da Beira Interior e as possíveis vantagens das oito regiões administrativas mas o presidente do Movimento esclareceu que «o modelo só já pode assentar na base territorial das NUTs II, ou seja, as cinco regiões, Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve».
O deputado algarvio disse-nos ainda que «a Petição a entregar no Parlamento pedirá, de forma clara e inequívoca, aos partidos políticos para que assumam nos seus programas eleitorais às eleições legislativas de 2009 uma posição pró ou contra a regionalização». «As petições nunca são votadas mas para serem discutidas precisam de, pelo menos, 75 mil assinaturas, e o que está em causa é também acabar com a obrigação da simultaneidade, ou seja, as regiões têm que ser todas aprovadas ao mesmo tempo e o que nós propomos é que devem avançar as que receberem o voto positivo dos seus eleitores», esclareceu.
Para Mendes Bota «o importante é fixar os jovens, criar postos de trabalho e criar uma rivalidade positiva entre regiões sem perder o sentimento da identidade nacional até porque na Europa as regiões são parceiros privilegiados da discussão política e das decisões governativas».
À nossa questão «Até onde vai este Movimento?» o deputado algarvio foi taxativo: «Este movimento extingue-se no dia do referendo apesar de que em Portugal não foi preciso fazer um referendo para aprovar o Tratado de Lisboa mas… é na diversidade de opiniões que se constrói a solidez dos argumentos.»
jcl
A ADES (Associação Desenvolvimento Sabugal), em colaboração com a CÔAFLOR, apresentou, à Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), 29 candidaturas para equipar as Juntas de Freguesia com equipamentos de primeira intervenção para combate a incêndios. Os processos foram todos aprovados e os «kits» foram agora entregues nas freguesias.
É mais um instrumento à disposição das Juntas que, em caso de incêndio, poderá ser de grande utilidade. Algumas Juntas já adquiriram carrinhas para transportar os referidos equipamentos.
Os equipamentos custaram cerca de 8.000 Euros cada um. Foi pouco dinheiro em relação à grande importância dos mesmos.
Tal como avançado a 20 de Agosto de 2007 pelo Capeia Arraiana o programa governativo envolveu 8 milhões de euros e considerou prioritárias as freguesias com mais de 50 por cento da sua área abrangida por mancha florestal tendo aprovado 865 das 1845 candidaturas recebidas e apreciadas pela DGAL. Os distritos da Guarda (147), Viseu (121), Viana do Castelo (82), Castelo Branco (76) e Braga (72) conseguido o maior número de aprovações para os «kits» que incluem depósitos de água e de retardantes e equipamento básico de combate a incêndios.
As freguesias do Sabugal e do Soito não foram consideradas por terem corporações de bombeiros e houve algumas (poucas) juntas que nem tentaram candidatar-se.
Aqui deixamos as freguesias contempladas: Águas Belas, Aldeia da Ponte, Aldeia da Ribeira, Aldeia de Santo António, Aldeia do Bispo, Aldeia Velha, Alfaiates, Badamalos, Bendada, Bismula, Casteleiro, Cerdeira, Fóios, Forcalhos, Lomba, Malcata, Moita, Nave, Penalobo, Pousafoles do Bispo, Quadrazais, Rapoula do Côa, Ruvina, Santo Estêvão, Seixo do Côa, Vale das Éguas, Valongo do Côa, Vila do Touro e Vilar Maior.
As Juntas ficaram gratas à ADES, CÔAFLOR, e à DGAL. Que apareçam outras candidaturas do género são os votos sinceros dos elementos das Juntas de Freguesia.
Também uma palavra de agradecimento à Câmara Municipal do Sabugal por ter facultado o transporte e entrega dos referidos equipamentos nas sedes das Juntas de Freguesia.
José Manuel Campos
Os granitos da nossa região são famosos e abundantes. A sua exploração e comercialização teriam um custo primário relativamente baixo e por isso competitivo nos mercados nacionais e internacionais.
O concelho não tem nem nunca teve uma forte tradição neste sector de actividade económica. Apesar disso, é de salientar a existência de algumas unidades com alguma relevância económica e que tem contribuído positivamente para a fixação da população activa do concelho. E, sem querer desprezar outras pequenas industrias, destaco a têxtil com forte implantação na vila do Soito, que em muito tem contribuído para o seu desenvolvimento. Na própria cidade do Sabugal, assistiu-se recentemente ao nascer de algumas pequenas unidades ligadas a este ramo. Porém este sector tem uma forte componente de mão-de-obra e como tal foi fortemente prejudicada com a liberalização do comércio internacional e a consequente entrada de produtos oriundos de países cujo preço do «braço humano» é quase gratuito, quando comparado com os praticados em países desenvolvidos.
O fabrico de móveis deverá contar como fonte de alimentação em matérias-primas a madeira, oriunda da exploração da floresta raiana, cujas espécies – o freixo, o carvalho e a cerejeira, é imperativo incrementar.
O território do concelho tem fronteiras naturais com a Espanha. Este país tem uma taxa de crescimento da sua economia muito acima da média dos países que constituem a União Europeia e, sendo assim, deveremos aproveitar esse factor positivo desenvolvendo com as suas regiões, nossas vizinhas, parcerias que potenciem bem-estar para as suas populações irmãs, cujos problemas são comuns. Porém, opino que não deveremos apostar em sectores sensíveis à possível deslocação para países que apostam no seu desenvolvimento através da atribuição de baixos salários e até na exploração de mão-de-obra infantil, combatendo, desta forma, os resultados nefastos do fenómeno conhecido por globalização.
No rol dos sectores contemplados não constam indústrias poluentes ou inimigas do ambiente e por isso preservam a boa qualidade do nosso ar que, se fosse possível exportar, constituiria a maior fonte de receita do concelho.
A par do desenvolvimento de parcerias com regiões vizinhas do outro lado da fronteira, outros sectores regionais deverão ser apoiados e até incentivados porque são potenciadores de desenvolvimento. Refiro-me aos sectores ligados à transformação da madeira – fabrico de móveis e à exploração de granitos da região. O fabrico de móveis deverá contar como fonte de alimentação em matérias-primas a madeira, oriunda da exploração da floresta raiana, cujas espécies – o freixo, o carvalho e a cerejeira, é imperativo incrementar, como já foi aqui referido. Os granitos da nossa região são famosos e abundantes. A sua exploração e comercialização teriam um custo primário relativamente baixo e por isso competitivo nos mercados nacionais e internacionais.
Pelo exposto e sem entrar em pormenores, que só um estudo especializado poderia proporcionar, aqui expressei o meu pensamento sobre um possível contributo de desenvolvimento para a nossa região no que diz respeito ao sector industrial. Como se viu, no rol dos sectores contemplados não constam indústrias poluentes ou inimigas do ambiente e por isso preservam a boa qualidade do nosso ar que, se fosse possível exportar, constituiria a maior fonte de receita do concelho.
«Ideias Soltas», opinião de Joaquim Ricardo
dr_jfricardo@hotmail.com
Comentários recentes