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Tal como estava previsto realizaram-se nos dias 30 e 31 de Outubro as primeiras jornadas – transfronteiriças – sob a responsabilidade da Mancomunidad do Alto Águeda e Junta de Freguesia de Foios.
Apesar do tempo não ter vindo de feição ainda participaram mais de duas centenas de pessoas.
Muito embora o ano possa ser considerado fraco, em termos de cogumelos, os sete grupos, que saíram para o campo, ainda apanharam fungos em quantidade e de várias espécies. Deu para expor e deu para degustar.
Pretendo reconhecer e agradecer o querer e a vontade do Presidente e técnicos(as) da Mancomunidad do Alto Águeda com particular destaque para a Vicen que foi, na verdade, uma técnica dedicada e competente.
Os portugueses temos muito que aprender nestes aspectos da micologia. Em España é uma actividade em franca expansão e, mesmo nesta zona fronteiriça, já conheço bastantes pessoas a explorar, convenientemente, o mundo dos cogumelos.
No dia 29, do passado mês de Outubro, concentraram 150 alunos de diversos centros educativos da Mancomunidad do Alto Águeda, no Centro de Interpretação da Natureza, sedeado em Navasfrias.
Estes alunos foram para o campo, acompanhados de alguns senhores conhecedores do mundo dos cogumelos, nomeadamente dos farmacêuticos de algumas localidades vizinhas que, sob a sua orientação procuraram e recolheram cogumelos que mais tarde analisaram e estudaram com os referidos técnicos.
Também neste campo os portugueses estamos atrasados os tais trinta ou quarenta anos.
Para ilustrar o que acabo de afirmar dou o seguinte exemplo:
Em Navasfrias conheço, pelo menos, três senhores que exploram, comercialmente, os cogumelos.
Alguns são recolhidos em postos que têm, temporariamente, em algumas localidades vizinhas portuguesas, como é o caso de Foios. Ao começo da noite fazem a recolha. Levam-nos para España, transformam-os e passado algum tempo lá vamos nós comprar o produto já enlatado ou metido em frascos de vidro. Em tarros como eles lhe chamam.
Há poucos dias quando eu manifestava algum sentimento de mágoa e de alguma revolta, por tudo isto, o amigo com quem eu conversava ainda me disse: Calma, Zé Manel, porque ainda não te disse tudo. Os tarros também são portugueses.
Apenas exclamei: Somos o tal povo que não se governa nem se deixa governar!
«Nascente do Côa», opinião de José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia de Foios)
jmncampos@gmail.com
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