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Quatro milhões de euros!!!! É esta a quantia que o advogado de Carlos Queirós pede à Federação Portuguesa de Futebol pelo despedimento do seu constituinte, segundo notícia inserida no «Jornal de Notícias». Claro que não sendo Carlos Queirós parvo, vai alegar que o despedimento foi sem justa causa.
Confesso que pouco ou nada percebo de futebol (como já tinha referido em crónicas anteriores), mas não posso deixar de referir que me parece que isto anda tudo ligado.
Em 1 de Março deste ano, uma crónica minha sobre o «hino» que Carlos Queirós escolheu para ser o da selecção portuguesa de futebol («I Gotta Feeling», dos Black Eyed Peas) levantou alguma polémica entre os leitores deste blogue.
É claro que eu criticava a escolha de um tema de uma banda norte-americana para «hino», quando em Portugal existe muito boa música (e bons músicos).
Nessa altura era politicamente incorrecto dizer isso ou o que quer que fosse contra o senhor Carlos Queirós.
Devo referir aqui que, como membro da Assembleia Municipal do Sabugal, me abstive (para não votar contra) num voto de louvor à selecção (chamada de «todos nós») e referi isso mesmo: abstinha-me porque não concordava que o «hino da selecção» fosse um tema de uma banda norte-americana. Honra seja feita a Ana Vilardell, também deputada municipal, que votou contra esse voto de louvor.
Aquando da vitória da selecção nacional de futebol sobre a Coreia do Norte, por sete a zero, Carlos Queirós era tratado como um herói nacional, bem como todos os jogadores. Confesso que não sabia onde me meter, porque eu não gostava de Carlos Queirós e ai de mim se dissesse alguma coisa.
Hoje é o que se vê. Carlos Queirós passou de bestial a besta, de herói passou a ser quase um traidor. Já não interessa para nada, já não vale nada.
É meu entendimento que se Carlos Queirós e a selecção portuguesa tivessem ganho o Campeonato do Mundo (ou, digamos, ficassem classificados em terceiro lugar) nada se teria passado com Queirós. Continuaria a ser um herói, ninguém queria saber do que se passou com o famigerado controlo anti-doping e não só não seria despedido, como teríamos que o aturar (e mais as suas teorias), constantemente, nas televisões.
Tudo isto para dizer o quê? Se a Constituição proposta pelo PSD estivesse já em vigor, Carlos Queirós e mais o seu advogado bem poderiam dizer adeus à indemnização de quatro milhões de euros, uma vez que o despedimento passaria a ser mais fácil de resolver. Um «motivo atendível» é mais fácil de verificar do que uma «justa causa» (como ainda consta da Constituição da República Portuguesa).
É por isso que tenho que dizer que Carlos Queirós, se ganhar o recurso para os tribunais por ter sido despedido sem justa causa, prestou um grande serviço a Portugal.
A partir da sentença (que confesso, quero que seja favorável a Queirós) veremos quem quererá que na Constituição conste o despedimento «por motivo atendível».
«Política, Políticas…», opinião de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
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