You are currently browsing the tag archive for the ‘táxi’ tag.
Na reunião de 22 de Junho, o executivo municipal do Sabugal aprovou alterações ao Regulamento Municipal do Transporte Público de Veículos Ligeiros de Passageiros – Transporte de Táxi. Não houve porém unanimidade, tendo o vereador Joaquim Ricardo votado contra o projecto.
O facto de terem chegado à Câmara Municipal várias reclamações acerca de um profissional taxista que recolhe clientes sem respeitar a sua vez na praça de táxis, recentemente mudada para o lado norte do Largo da Fonte, levou a Câmara a introduzir regras precisas de funcionamento do serviço.
A norma agora aprovada e acrescentada ao regulamento em vigor desde 2003, obriga a que a utilização dos táxis que estão parqueados respeite a sua ordem de chegada à praça, excepto nos casos em que seja solicitado o serviço de um táxi com lotação superior a cinco lugares, situação em que avançará a primeira viatura que reúna essas condições. Por outro lado, nenhum taxista poderá tomar passageiros na sua viatura a menos de 500 metros da praça de táxis.
O desrespeito pela norma agora introduzida do Regulamento constitui contra-ordenação punível com coima de 149,64 a 448,92 euros.
A alteração ao Regulamento não mereceu porém a unanimidade dos elementos do executivo, pois o vereador Joaquim Ricardo, eleito pelo MPT, votou contra por considerar que a nova regra relativa à tomada de passageiros faz com que deixe de haver livre escolha por parte dos utentes do serviço, corrompendo-se igualmente a livre concorrência entre os taxistas. O facto de se estar num meio rural, onde as pessoas se conhecem e há taxistas que têm clientes de há longo tempo, desaconselha à imposição de regras que desvirtuem essa realidade. O vereador considerou de resto a proposta ilegal já que não existe lei que condicione a livre escolha dos consumidores.
plb
Desconheço quem organizou o concerto dos «Táxi», no Sabugal. Lembro-me de ter visto um cartaz em algum local e lá fui eu.
O concerto teve lugar no dia 7 de Agosto de 1982, no castelo do Sabugal, onde foi montado um palco, no local onde, agora, se encontra o anfiteatro.
O público não era muito, o que entra em contradição com o verdadeiro sucesso que os «Táxi» tinham em todo o País.
Os «Táxi» eram um dos grupos mais famosos da época. Tinham já lançado os seus dois primeiros álbuns, «Táxi» e «Cairo». Este último é uma edição, hoje, de colecção, uma vez que é um LP de vinil dentro de uma caixa de lata.
Os «Táxi» eram do Porto. Antes de se chamarem «Táxi» usaram o nome «Pesquisa» e chegaram a gravar um single sob esse nome.
Em 1981, após o boom do Rock português (que teve início em 1980, com Rui Veloso) mudaram de nome para «Táxi» e editaram o seu primeiro álbum, que continha temas como «Chiclete», «Vida de Cão», «Lei da Selva», «Rosete» ou «TV WC», num estilo que misturava o Ska com a New Wave.
A formação da banda era a seguinte: João Grande (voz), Henrique Oliveira (guitarra), Rodrigo Freitas (bateria) e Rui Taborda (baixo).
O primeiro LP teve produção de António Pinho e Aníbal Miranda.
Aníbal Miranda tornou-se empresário da banda, ao mesmo tempo que desenvolvia uma carreira musical, a solo.
Foi Aníbal Miranda que fez a primeira parte dos «Táxi», no Sabugal.
Quando Aníbal Miranda iniciou o concerto disse as palavras «Alto castelão!» referindo-se à imponência do castelo de cinco quinas.
Miranda não era muito conhecido e, ainda por cima, cantava em inglês, numa época em que quase toda a gente o fazia em português, pelo que a sua prestação passou um pouco despercebida. No entanto, não deixou de interpretar «Don’t Shoot», o seu maior sucesso.
A seguir à actuação de Aníbal Miranda, surgiram em palco os «Táxi».
João Grande, o vocalista bem tentava animar as hostes, mas não eram grandes as manifestações de entusiasmo. Lembro-me que alguém comentou a meu lado que o baixista Rui Taborda (um homem bastante alto) era um pouco desprovido de beleza.
O baixista movimentava-se muito em palco, andando, constantemente, de um lado para o outro.
Os «Táxi» interpretaram, claro, os seus grandes sucessos e outros, como «Páginas Amarelas», «Cairo», «Hipertensão» ou «1, 2, Esquerdo – Direito».
Julgo que não houve encore.
Realmente este concerto deixou bastante a desejar. Não só pela pouca afluência de público, mas também porque os «Táxi» se limitaram a tocar os temas como estavam nos discos, sem improvisos ou rasgos de imaginação.
Este concerto só é mítico pelo facto de a banda em causa ser, ela própria, mítica. Musicalmente não teve muito interesse. Aliás, deu para perceber que os «Táxi» não teriam muito futuro, se continuassem no mesmo estilo de música, o que viria a suceder passados cinco anos (e após um interregno de dois anos); quando lançaram um disco cantado em inglês que não obteve qualquer feedback e levou à extinção da banda.
No entanto, a nostalgia está aí e os «Táxi» têm agendado o lançamento de um novo álbum para este ano, após terem tocado no Festival de Vilar de Mouros, em 2006.
Aníbal Miranda regressou ao Sabugal, em Abril de 2005 para assistir ao lançamento do meu livro «Memórias do Rock Português», onde contou aos presentes algumas das suas aventuras por terras raianas.
Nas imagens podem ver-se o bilhete do concerto e uma foto de Aníbal Miranda, na época.
«Música, Músicas…», opinião de João Aristides Duarte
akapunkrural@gmail.com
Comentários recentes