You are currently browsing the tag archive for the ‘rochita’ tag.
No dia 9 do corrente mês de Fevereiro foi colocado um cartaz na vitrina do Centro Cívico de Foios a anunciar a actuação da banda «Men’s».
Pela designação «Men’s» não conseguia identificar o grupo mas quando deparei com os nomes dos artistas – Rochita, Zé Chapeira, Tó Chuco, Zé Alberto – com quem já privei em algumas farras seguidas de umas boas sessões de fados e espanholadas, pensei, de imediato, que iria estar presente no local e data que o cartaz anunciava: 12 de Fevereiro. Assim aconteceu.
Após o jantar, acompanhado da minha esposa e de uma amiga, lá fomos até ao Auditório Municipal do Sabugal. Mas fui convencido que iria assistir a mais uma sessão de fados e guitarradas e algumas espanholadas. Mas para minha grande surpresa assisti à actuação de um grupo de jovens que também me surpreenderam com a enorme dinâmica e, sobretudo, por terem posto ao rubro a gente jovem que se encontrava na plateia.
Confesso que cheguei a pensar que os putos eram mesmo o prato forte mas para minha surpresa o prato forte foram mesmo os «Men’s».
Para além dos amigos que referi acima deparei ainda com outros amigos que não imaginava que integrassem a banda. Foi o caso do Filipe, Tó Zé e Jorge. A uma determinada altura o Tótó fez também uma perninha tendo provado que aquilo que bem se aprende tarde ou nunca se esquece.
Agradou-me a presença em palco de todos os executantes mas o amigo Rochita foi, sem dúvida, a grande surpresa da noite. Em determinadas farras já lhe tinha visto uns rasgos a nível do inglês mas confesso que estava muito longe de imaginar que tivesse tanta bagagem. Tem presença, dinâmica, descontracção e humor.
Estava em pleno espectáculo e a pensar contratar a banda para um dia poderem vir dar um espectáculo nos Foios. Falaremos do contrato e de datas muito brevemente.
Registei também, com muito agrado, o entusiasmo e as palavras proferidas pelo Presidente da Câmara, António Robalo. Distribuiu lembranças aos elementos dos dois grupos e dirigiu-lhes palavras de carinho e de incentivo.
Parabéns aos elementos das bandas e ao público que encheu, por completo, o auditório.
José Manuel Campos
(Presidente da Junta de Freguesia dos Foios)
Os STRADIVARIUS surgiram no panorama musical sabugalense, no final dos anos 70. Antes de se chamarem STRADIVARIUS chamam-se CLAVE (havia quem pronunciasse «Claive», pensando que era um nome inglês), mas tinham outros elementos na formação.
Era um grupo de baile, mas que, também, tocava algumas músicas mais «pesadas».
O grupo era formado por Totó (guitarra), Horácio (teclas), François (baixo) e Rochita (bateria).
Adquiriram os amplificadores Marshall, as válvulas, aos Spartaks, da Guarda, então em fase de mudança da sua aparelhagem.
Estes amplificadores eram (e ainda são) do melhor do mundo em termos de som. Tanto que um membro dos Mão Morta e dos Mundo Cão, chamado Vasco Vaz, cujo pai é natural do Soito, tendo visto um desses amplificadores a servir de «altifalante» do arraial, nas Festas de S. Cristóvão, do Soito, em 1995, ficou todo admirado e referiu que se o proprietário o vendesse, ele comprá-lo-ia, já que não era muito vulgar encontrar ainda amplificadores a válvulas, nessa época.
Foi, aliás, com a aparelhagem de som dos STRADIVARIUS que os Faíscas realizaram o concerto, já que apenas trouxeram as guitarras e algum (pouco) material de percussão.
Os STRADIVARIUS ensaiavam no antigo Cinema-Teatro do Sabugal. Foram inúmeras as vezes que fui ver os ensaios do grupo a esse local.
Horácio, hoje advogado, com escritório no Sabugal, e na época professor no Externato Secundário do Sabugal, tocava com um órgão Farfisa, e um amplificador da mesma marca. Ao órgão estava, também, acoplado um «Lesley».
Os STRADIVARIUS, para além das «marchas» e dos temas de baile da época (ainda não estava inventada a música Pimba, que é, hoje, norma nos grupos de baile) tocavam temas de Uriah Heep, Beatles, John Miles, etc.
As fotografias dos membros do grupo (aqui reproduzidas, numa colagem) foram tiradas no dia 27 de Maio de 1978, no Sabugal, no dia do concerto histórico dos Faíscas, quando os STRADIVARIUS estavam a tocar no palco. O fotógrafo que tirou essas fotografias foi Viriato Lopes, um dos mais famosos do distrito da Guarda, à época, e que não falhava nenhum acontecimento do género Baile de Finalistas.
Estas fotografias foram, depois, reproduzidas num cartaz onde estava escrito o nome do grupo e que servia de promoção.
O François, que tocava baixo, era o benjamim do grupo e nunca mais o vi, desde essa época. Sei que era de Quadrazais, mas perdi-lhe, completamente, o rasto.
Os restantes membros estão estabelecidos no Sabugal, em diversas actividades.
A pergunta que se impõe é: para quando uma reunião do grupo para um espectáculo, que será, certamente, histórico?
Bem se sabe que os afazeres profissionais de cada um não deixarão grande margem de manobra, mas «matar saudades» era muito bom.
«Música, Músicas…», opinião de João Aristides Duarte
akapunkrural@gmail.com
Comentários recentes