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Uma das grandes bandeiras do Ministério da Educação, desde o tempo de Maria de Lurdes Rodrigues já deu a «barraca» que seria expectável. Trata-se do «Programa Novas Oportunidades» de que o Governo de José Sócrates fez a maior propaganda, afirmando que se pretendia qualificar mais de um milhão de portugueses que não tinham tido oportunidade de estudar.

Com poucas horas por dia, em menos de um ano e em horário pós-laboral, toda a gente ficava qualificada. Mas em conversa que tive com algumas pessoas que participaram, como formandos, nesse Programa parece que não era necessário saber Inglês, nem Matemática, nem nada disso, bastava realizar um trabalho sobre o seu percurso de vida e estava feito.
Segundo noticia o hebdomadário «Expresso» um aluno chamado Tomás desistiu de estudar, sem terminar o Ensino Secundário. Com as «Novas Oportunidades» teve equivalência ao 12.º Ano em poucos meses e entrou na Universidade com média de 20 valores, sendo portanto um dos melhores, senão o melhor aluno do país.
Apesar de ter que realizar apenas um exame a Inglês, a média manteve-se nos 20 valores e concorreu em igualdade de circunstâncias com todos os alunos que tiveram que «dar o litro» durante o ano lectivo para terem média inferior ao Tomás.
Ele próprio reconheceu que beneficiou de uma injustiça.
Como se sabe as «Novas Oportunidades» dão hipóteses a que um adulto (como o caso de Tomás) que tenha apenas a antiga 4.ª Classe chegue, rapidamente, ao 12.º Ano e possa concorrer à Universidade em igualdade com os alunos do ensino normal.
Já se tinham ouvido uns rumores, durante a silly season de que haveria alunos das «Novas Oportunidades» que entregavam trabalhos copiados na Net e que os mesmos eram aceites. Mas como esses rumores apareceram durante a silly season parece que pouca gente tomou atenção a eles.
Bem avisaram os professores e outros profissionais de que o «Programa Novas Oportunidades» era uma grande treta, mas ninguém quis saber. Parece que ficou tudo maluco com a hipótese de conseguir o 9.º Ano ou o 12.º Ano em pouco tempo, sem estudar. Ainda concedo que houve algumas pessoas que não tiveram hipóteses de estudar, quando eram jovens, mas a maior parte dos participantes nas «Novas Oportunidades» deixaram de estudar porque quiseram. Estudar dava um certo trabalho (mas «desenvolve o cérebro», como disse a Ministra da Educação, Isabel Alçada, numa recente comunicação ao país). Todas as condições existiam para que estudassem, só que, nesse tempo, o facilitismo ainda não era total e alguns tinham que ficar pelo caminho, já que não queriam, mesmo «pegar em book».
Entretanto o Governo decidiu terminar com o Ensino Recorrente. Este ensino era para adultos, só que era realizado nas escolas, em horário nocturno e os alunos tinham que realizar testes e ter um determinado número de aulas, mas, basicamente, era o mesmo que o ensino normal. Isto é, tinha que se aprender para se ter sucesso educativo. E ninguém conseguia as grandes notas que se conseguem nas «Novas Oportunidades».
Evidentemente que, para quem se preocupa apenas com as estatísticas, como o Ministério da Educação, não fazia sentido manter o Ensino Recorrente que, para além do mais, implicava maior despesa. E bem se sabe que estes homens (e mulheres) do Ministério da Educação nunca dormem. Estão sempre à procura de uma qualquer solução para gastar pouco e apresentar os melhores resultados, em termos de estatísticas educacionais.
Foi a partir desta constatação, digo eu, que surgiu (também durante a silly season) a peregrina ideia de terminar com os «chumbos» em todos os graus de ensino, tornando Portugal (a nível estatístico, claro) o país mais qualificado da Europa, senão do mundo. Como exemplo a seguir apresenta-se, depois, a Finlândia. Enfim… sem comentários.
PS (salvo seja): A novela Mourinho/Madaíl parece que já chegou ao fim. Ainda bem, digo eu. Para continuar a «silly season» já temos cá que chegue. Mourinho é, para mim, uma das personagens mais detestáveis, pela sua arrogância, que existem.
«Política, Políticas…», opinião de João Aristides Duarte
(Deputado da Assembleia Municipal do Sabugal)
akapunkrural@gmail.com
«Imagem da Semana» do Capeia Arraiana. Envie-nos a sua escolha para a caixa de correio electrónico: capeiaarraiana@gmail.com
Data: 21 de Julho de 2010.
Local: Casteleiro, Sabugal.
Autoria: Capeia Arraiana.
Legenda: José Sócrates fez uma breve paragem no Casteleiro para cumprimentar António José Marques, presidente da Junta de Freguesia local e para receber uma monografia das mãos do autor, Daniel Machado.
jcl
Estreia hoje Robin Hood, o Robin dos Bosques da nossa infância e adolescência, realizado desta vez por Ridley Scott. Por coincidência estreia no dia em que os dois principais partidos portugueses (PS e PSD) aprovam mais um conjunto de medidas para combate ao défice – Aumento de 1% no IRS em salários até 2.375 euros e 1,5% em salários superiores a esse valor. Aumento do IVA em 1%, aumento de 2% a taxa de IRC, redução de 5% no salário de políticos e gestores públicos e membros de entidades reguladoras, de acordo com o que a comunicação social divulga.
Todos conhecemos o argumento do filme e sabemos que o Robin herói da mitologia popular, tem como princípios a justiça e a aventura, junta-se assim a outros e formam um grupo de saqueadores que combate a corrupção desafiando a coroa. De forma simples rouba aos ricos para distribuir pelos pobres. Hoje qualquer realizador tem argumento para fazer um Robin dos Bosques mas em que o argumento seja tirar aos pobres, sendo aqui pobres igual a classe média, para permitir ao sector financeiro continuar a enriquecer.
Todos sabem que a crise internacional teve origem na especulação financeira, todos sabem que em Portugal continua o sector bancário e financeiro a dispor de benefícios fiscais que fazem com que as taxas efectivas de IRC pagas sejam não de 20% mas inferiores a 13%. A especulação bolsista continua sem ser taxada.
E como combatemos o défice?
Agravando a carga fiscal de quem trabalha, agravando a carga fiscal das empresas, diria eu, das médias e pequenas, pois as grandes encontram formas e benefícios para fugirem, aumentando o IVA, e depois para que o povo não refile, faz-se figura bonita com a redução de salários de políticos e gestores.
Ao sector financeiro e especulativo sorri-se…
Com todas estas medidas poder-se-á combater o défice, mas tenhamos a certeza que a economia não crescerá e o País não terá desenvolvimento. Fácil será de prever que as pequenas e médias empresas viradas para o mercado interno, terão dificuldades em se manter em funcionamento, resultado da diminuição dos rendimentos das famílias e consequentemente do consumo privado. O desemprego continuará a subir, o sector produtivo português continuará a ser aniquilado, cada vez mais ficaremos nas mãos dos poderosos da União Europeia.
José Sócrates e os seus pares da União Europeia até poderiam ser convidados a desempenhar o papel de Robin Hood, para que pudessem de uma vez por todas encarnar os princípios de justiça da personagem. Mas, não me parece que o desejem porque o futuro de muitos deles passará por assumirem funções de assessores e consultores de muitas das empresas do sector financeiro e especulativo. E por tudo isto, e antes de ficar sem mais 1,5% do vencimento vou (re)ver o Robin dos Bosques, num cinema perto de casa.
«Largo de Alcanizes», opinião de José Manuel Monteiro
jose.m.monteiro@netcabo.pt
O Primeiro-Ministro, José Sócrates, esteve hoje, 29 de Maio, na Guarda, onde lançou a primeira pedra da obra de ampliação do Hospital, cumprindo assim uma velha promessa que sucessivos governos fizeram à cidade.
A obra tem um prazo de execução de 22 meses e contempla a construção de um novo edifício, num investimento de cerca de 40 milhões de euros. Seguir-se-á depois uma segunda fase, com um investimento de 30 milhões de euros, que será lançada até ao final do ano e constará da remodelação dos edifícios que existem actualmente.
José Sócrates considerou o lançamento desta obra como «um elementar acto de justiça» para com as populações da cidade e do distrito da Guarda que esperaram vinte anos pela remodelação do Hospital.
«O mínimo que se pode dizer é que estamos a falar de pessoas com muita paciência», concluiu o primeiro-ministro, para depois afirmar que o Estado «não é digno de agradecimento quando apenas cumpre aquilo que é um dever de justiça para com o distrito da Guarda e para com a cidade da Guarda».
A Ministra da Saúde, Ana Jorge, também esteve presente, dizendo na cerimónia que com a construção do novo Hospital as 160 mil pessoas, de 12 dos 14 concelhos do distrito da Guarda, passarão a usufruir de melhores cuidados de saúde.
O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Valente, disse que a obra representava não apenas o cumprimento de uma promessa, mas sobretudo o de uma legítima ambição das pessoas da Guarda.
O lançamento desta obra essencial para a cidade, não evitou os já habituais actos de protesto que acompanham as deslocações do primeiro-ministro. Desta feita, a poucos metros da tenda onde José Sócrates discursava, duas dezenas de sindicalistas assobiaram e gritaram palavras de ordem em protesto contra a política económica do governo.
plb
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