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Frank Gehry, o consagrado arquitecto norte-americano vai assinar o projecto da nova unidade hoteleira cinco estrelas, do empreendimento turístico Cegonha Negra Golf Resort & SPA, a edificar em Gonçalo, concelho da Guarda, cuja conclusão está prevista para 2014.
O contrato com o arquitecto foi assinado no dia 18 de Agosto, no seu atelier em Los Angeles, entre o promotor do complexo turístico (o empresário Alexandre Abreu) e Frank Gehry, estando presente o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Joaquim Valente.
O Cegonha Negra Golf Resort & SPA é um empreendimento turístico, para que está previsto um investimento de 66 milhões de euros e que criará 240 postos de trabalho. O projecto, a construir na Quinta da Bica, incluirá ainda a edificação do Museu da Draga e um campo de golfe 18 buracos, desenhado por Severiano Ballasteros.
O projecto parte de uma estrutura existente desde 2003, que oferece actualmente um campo de golfe de nove buracos, um restaurante (recomendado pelo guia Michelin), um ginásio e uma discoteca.
O Cegonha Negra Golf Resort & SPA integrará ainda um aldeamento turístico de cinco estrelas com 94 apartamentos, 65 vivendas, um medical SPA , num investimento que ronda os 25 milhões de euros.
A Câmara da Guarda e a Assembleia Municipal reconheceram já o interesse municipal do projecto, que contribuirá para a promoção turística e a dinamização económica da região.
Frank O. Gehry tem assinado projectos arquitectónicos de referência, como o Museu Aeroespacial da Califórnia, o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles, o Fishdance Restaurant, no Japão, e o Vitra Design Museum, na Alemanha. Entre os variados galardões que recebeu encontra-se o prémio Pritzker Prize, em 1989. O seu trabalho mais conhecido é o Museu Guggenheim em Bilbao, na Espanha, recoberto de titânio, que foi finalizado em 1997.
plb
O Núcleo de Investigação Criminal da Guarda apreendeu, no final da tarde de ontem, dia 25 de Julho, 30 plantas de Cannabis Sativa na localidade de Gonçalo, concelho da Guarda.
Segundo um comunicado do Comando Territorial da Guarda da GNR, as 30 plantas de Cannabis Sativa, com alturas compreendidas entre 0,40 e 2,10 metros, encontravam-se num terreno próximo da localidade de Gonçalo, concelho da Guarda, onde foram cultivadas.
A investigação, que já decorria há algum tempo, permitiu a detenção, em flagrante delito, de um indivíduo de 31 anos de idade, com a profissão de jardineiro, residente naquela localidade, como suspeito de ter cultivado as plantas.
O suspeito detido, já com antecedentes criminais, foi presente ao Tribunal Judicial da Guarda, cujo juiz lhe aplicou a medida de coação de Termo de Identidade e Residência, situação em que aguardará pelo decorrer do processo criminal, que se manterá a cargo da GNR.
O Comando Territorial da Guada da GNR tem dado nota de sucessivas apreensões de plantas de Cannabis Sativa que são cultivadas em quintais particulares de diversas localidades da região.
plb
Quando alguém está em perigo, na iminência de um drama, logo há quem dê lugar a orações e invocações, apelando à intervenção divina. Em situações limite a fé apresenta-se como único recurso para obviar uma aflição. Foi assim ao longo dos tempos, e um dos testemunhos dessa realidade são os ex-votos, que constituem um património popular de grande valor.
As populações que viviam em pequenas comunidades, estavam entregues a si mesmas, isoladas do mundo, sem meios de socorro, e muitas vezes, perante o desespero, nada mais restava que rezar, apelando a Deus, por intermédio dos santos predilectos e da Senhora Sua Mãe, uma intervenção miraculosa.
Quando havia sinais que as preces foram ouvidas, a gente humilde queria agradecer a intervenção divina. A falta de meios materiais levava o povo a recorrer ao que tinha ao seu alcance. Agradecia através de pequenas e toscas esculturas de madeira ou pinturas em tábuas, que depois se iam depositar na capela ou ermida onde tinha abrigo o santo protector. Eram os ex-votos.
Se foi doença grave, de onde houve cura milagrosa, o crente pegava numa tábua, e ali desenhava o doente a padecer no leito, rodeado da mulher e dos filhos, contemplando a Virgem, que viera para lhe valer. Em rodapé uma legenda, que continha, em português vernáculo, o agradecimento pelo milagre. Mas se foi acidente, o quadro retratava o infeliz momento, contendo sempre a pequena legenda. Se a doença estava numa perna ou num braço o ex.-voto podia ser uma representação em madeira do membro afectado, talhado a podoa e navalha.
Tomemos como exemplo um ex-voto da vila de Gonçalo, concelho da Guarda, depositado na igreja local, onde se representa toscamente um homem a ser mordido no braço por um cão raivoso, com a Senhora no canto superior direito e parte do corpo envolto numa nuvem. Por baixo, a mensagem escrita:
Milagre q. fez N. S. da Mezericordia a Jozé, Prª da Quinta da Gaia, q. mordendo-lhe hum cão danado, N. S. lhe acodio, não teve prigo. No anno 1843.
Diga-se que nem tudo são representações ingénuas, efectuadas por quem não domina as técnicas da arte. Há tábuas que são autênticas obras-primas, onde transluz a sapiência do mestre que produziu uma autêntica peça de arte, de inestimável valor.
Em todo o País, mas em especial nas Beiras, há templos onde os ex-votos estão apinhados a um canto, a tapar um buraco ou servindo de estante improvisada. Noutros casos, as tábuas já desapareceram, porque viram nelas um estorvo e ninguém lhes achou utilidade. Poucos lugares de culto cuidaram deste relevante património, mescla entre a arte popular e a arte sacra, testemunho de fé e objecto de valor artístico que se deveria preservar.
Urge sensibilizar as comissões fabriqueiras das igrejas paroquiais, as comissões que tratam da preservação de capelas e ermidas, as ordens religiosas com lugares de culto a seu cargo, em suma toda a população, para a conveniência em preservar o património religioso que está depositado, mesmo quando parece ser algo sem valor, que apenas ocupa lugar. Em especial, é de atender à recolha e catalogação dos ex-votos, mesmo os mais toscos e em avançada deterioração, pois são um importantíssimo testemunho da fé popular, das preocupações das pessoas, da linguagem utilizada, das doenças e das catástrofes que se abateram sobre as populações. Riquíssimas fontes da História da religião popular e da Etnografia que é necessário guardar em acervo. Em Pinhel felizmente alguns ex-votos foram recolhidos no Museu Municipal, quase todos de invocação a Nossa Senhoras das Fontes.
Podiam-se recolher os ex-votos nos museus de arte sacra, que já vão existindo nos maiores centros, seria uma boa e prática solução. Contudo, sempre se dirá que o ex-voto deve, de preferência, ser contemplado no seu lugar de origem, onde foi depositado por mãos de quem teve fé e quis agradecer uma graça recebida. Em cada lugar há um misticismo próprio, no seio do qual os ex-votos melhor poderão ser apreciados. Por isso se revela importante a recuperação dessas peças de arte e a sua exposição nas igrejas, capelas e ermidas, para que quem passe tenha a real possibilidade de as admirar.
Paulo Leitão Batista
Trigais é uma das anexas da freguesia da Bendada e está situada na parte ocidental do concelho do Sabugal.
A povoação dos Trigais é uma das anexas da freguesia da Bendada, no concelho do Sabugal, mas o Instituto Geográfico Português (IGP) nas cartas militares, recentemente actualizadas, integra-a na freguesia de Inguias (do concelho de Belmonte).
Com cerca de 200 habitantes, a maior parte da população activa encontra-se empregada nas obras e nas confecções em empresas de Belmonte e a aldeia está integrada no Plano Director Municipal de Belmonte.
Mas por outro lado, como oficialmente pertence à Bendada, são munícipes do Sabugal onde se encontram recenseados e exercem o direito de voto.
Segundo Manuel Rito, actual Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, a aldeia foi anexada à Bendada e desanexada da freguesia de Inguias, pela Reforma Administrativa de 1836 (há 173 anos), não abdicando de Trigais e já protestou junto do IGP. Além disso o apoio escolar (o edifício da Escola é propriedade da autarquia) e o apoio paroquial, são dados pelo Sabugal.
Será que o IGP, não quer cumprir a Reforma Administrativa de 1836? Dará assim tanto trabalho fazer a alteração em conformidade? Ou não vale a pena preocupar-se com um ponto tão minúsculo do Interior esquecido?
É por essas e por outras que alguns moradores, com mais interesses económicos, sociais e profissionais, ligados a Belmonte, conseguiram a proeza de fazer aprovar, à Assembleia Municipal de Belmonte, em Março de 2002, uma moção em que se exigia a realização de um «referendum» em Trigais, para que a população se pronunciasse sobre a escolha de freguesia, ou Bendada ou Inguias.
As tentativas de alargamento do concelho de Belmonte já vêem de tempos longínquos.
Assim, em resposta a uma circular de 20 de Junho de 1859 do Governo Civil que pedia informação sobre a situação das paróquias daquele concelho, para se proceder à divisão, união e supressão de paróquias, a Câmara de Belmonte aproveitou a oportunidade de pedir que o Governo «anexasse à freguesia de Inguias as povoações de Rebelhos e Valverde (…) bem como a Quinta dos Trigais, pertencentes actualmente à freguesia da Bendada (…) e que à freguesia de Maçainhas, anexasse a Quinta das Olas.» (Canedo, David pg 123 a 125).
Em 5 de Janeiro de 1867, o administrador do concelho de Belmonte fez uma exposição pedindo a anexação de Orjais, Aldeia do Souto e Aldeia do Mato pertencentes à Covilhã; Valhelhas e Gonçalo, pertencentes à Guarda; e Bendada, pertencente ao Sabugal. Reforçado o pedido em 9 de Agosto, não teve sucesso.
Em 22 de Fevereiro de 1895 «vira-se o santo contra a esmola» e na Reforma Administrativa de José Dias Ferreira e Hintze Ribeiro o concelho da Covilhã é classificado de 1ª Ordem e Belmonte fica absorvido por este.
Começaram a surgir dificuldades derivadas da absorção do concelho de Belmonte, quando começou a vigorar o Código das Posturas da Covilhã em Belmonte. O Juiz de Paz de Belmonte pediu que se nomeasse um cidadão em Belmonte para receber o depósito de coimas para evitar que, por uma pequena coima se tivesse de ir de propósito à Covilhã. A proposta foi recusada por ser contra a lei.
A restauração do concelho de Belmonte só se efectivou com a publicação do Decreto-lei de 13 de Janeiro de 1898 que restaurou 29 concelhos entre os quais Belmonte unicamente com as freguesias que dele antes faziam parte.
«Terras entre Côa e Raia», opinião de José Morgado
morgadio46@gmail.com
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